Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Índice

1. Responsáveis Pelo Formulário

1.0

- Identificação dos responsáveis

1

1.1

- Declaração do Diretor Presidente

2

1.2

- Declaração do Diretor de Relações Com Investidores

3

1.3

- Declaração do Diretor Presidente/relações Com Investidores

4

2. Auditores Independentes

2.1/2.2 - Identificação E Remuneração Dos Auditores

5

2.3 - Outras Informações Relevantes

7

3. Informações Financ. Selecionadas

3.1

- Informações Financeiras

8

3.2

- Medições Não Contábeis

9

3.3

- Eventos Subsequentes às Últimas Demonstrações Financeiras

13

3.4

- Política de Destinação Dos Resultados

15

3.5

- Distribuição de Dividendos E Retenção de Lucro Líquido

18

3.6

- Declaração de Dividendos À Conta de Lucros Retidos ou Reservas

19

3.7

- Nível de Endividamento

20

3.8

- Obrigações

21

3.9

- Outras Informações Relevantes

22

4. Fatores de Risco

4.1

- Descrição Dos Fatores de Risco

25

4.2

- Descrição Dos Principais Riscos de Mercado

67

4.3

- Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos E Relevantes

70

4.4

- Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos Cujas Partes Contrárias Sejam

74

Administradores, Ex-administradores, Controladores, Ex-controladores ou Investidores

4.5

- Processos Sigilosos Relevantes

76

4.6

- Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Repetitivos ou Conexos, Não Sigilosos E Relevantes em

77

Conjunto

4.7

- Outras Contingências Relevantes

78

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Índice

4.8 - Regras do País de Origem e do País em Que os Valores Mobiliários Estão Custodiados

80

5. Gerenciamento de Riscos E Controles Internos

5.1

- Política de Gerenciamento de Riscos

81

5.2

- Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado

88

5.3

- Descrição Dos Controles Internos

92

5.4

- Programa de Integridade

96

5.5

- Alterações significativas

102

5.6

- Outras inf. relev. - Gerenciamento de riscos e controles internos

103

6. Histórico do Emissor

6.1

/ 6.2 / 6.4 - Constituição do Emissor, Prazo de Duração E Data de Registro na Cvm

104

6.3

- Breve Histórico

105

6.5

- Informações de Pedido de Falência Fundado em Valor Relevante ou de Recuperação Judicial ou

107

Extrajudicial

6.6

- Outras Informações Relevantes

108

7. Atividades do Emissor

7.1

- Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

109

7.1.a - Informações específicas de sociedades de economia mista

119

7.2

- Informações Sobre Segmentos Operacionais

120

7.3

- Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

122

7.4

- Clientes Responsáveis Por Mais de 10% da Receita Líquida Total

141

7.5

- Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

142

7.6

- Receitas Relevantes Provenientes do Exterior

148

7.7

- Efeitos da Regulação Estrangeira Nas Atividades

149

7.8

- Políticas Socioambientais

151

7.9

- Outras Informações Relevantes

153

8. Negócios Extraordinários

8.1

- Negócios Extraordinários

167

8.2

- Alterações Significativas na Forma de Condução Dos Negócios do Emissor

168

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Índice

8.3

- Contratos Relevantes Celebrados Pelo Emissor E Suas Controladas Não Diretamente Relacionados Com

169

Suas Atividades Operacionais

8.4

- Outras Inf. Relev. - Negócios Extraord.

170

9. Ativos Relevantes

9.1

- Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

171

9.1

- Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.a - Ativos Imobilizados

176

9.1

- Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.b - Ativos Intangíveis

177

9.1

- Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.c - Participações em Sociedades

178

9.2

- Outras Informações Relevantes

180

10. Comentários Dos Diretores

10.1

- Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

181

10.2

- Resultado Operacional E Financeiro

209

10.3

- Eventos Com Efeitos Relevantes, Ocorridos E Esperados, Nas Demonstrações Financeiras

216

10.4

- Mudanças Significativas Nas Práticas Contábeis - Ressalvas e Ênfases no Parecer do Auditor

218

10.5

- Políticas Contábeis Críticas

221

10.6

- Itens Relevantes Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

223

10.7

- Comentários Sobre Itens Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

224

10.8

- Plano de Negócios

225

10.9

- Outros Fatores Com Influência Relevante

227

11.

Projeções

11.1

- Projeções Divulgadas E Premissas

229

11.2

- Acompanhamento E Alterações Das Projeções Divulgadas

231

12.

Assembléia E Administração

12.1

- Descrição da Estrutura Administrativa

232

12.2

- Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

243

12.3

- Regras, Políticas E Práticas Relativas ao Conselho de Administração

248

12.4

- Descrição da Cláusula Compromissória Para Resolução de Conflitos Por Meio de Arbitragem

251

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Índice

12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

252

12.7/8 - Composição Dos Comitês

265

12.9 - Existência de Relação Conjugal, União Estável ou Parentesco Até O 2º Grau Relacionadas A

276

Administradores do Emissor, Controladas E Controladores

12.10

- Relações de Subordinação, Prestação de Serviço ou Controle Entre Administradores E Controladas,

277

Controladores E Outros

12.11

- Acordos, Inclusive Apólices de Seguros, Para Pagamento ou Reembolso de Despesas Suportadas Pelos

278

Administradores

12.12

- Outras informações relevantes

279

13. Remuneração Dos Administradores

13.1

- Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

280

13.2

- Remuneração Total do Conselho de Administração, Diretoria Estatutária E Conselho Fiscal

286

13.3

- Remuneração Variável do Conselho de Administração, Diretoria Estatutária E Conselho Fiscal

288

13.4

- Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

289

13.5

- Remuneração Baseada em Ações

306

13.6

- Opções em Aberto

308

13.7

- Opções Exercidas E Ações Entregues

312

13.8

- Precificação Das Ações/opções

313

13.9

- Participações Detidas Por Órgão

315

13.10

- Informações Sobre Planos de Previdência Conferidos Aos Membros do Conselho de Administração E Aos

316

Diretores Estatutários

13.11

- Remuneração Individual Máxima, Mínima E Média do Conselho de Administração, da Diretoria Estatutária

317

E do Conselho Fiscal

13.12

- Mecanismos de Remuneração ou Indenização Para os Administradores em Caso de Destituição do Cargo

318

ou de Aposentadoria

13.13

- Percentual na Remuneração Total Detido Por Administradores E Membros do Conselho Fiscal Que Sejam

319

Partes Relacionadas Aos Controladores

13.14

- Remuneração de Administradores E Membros do Conselho Fiscal, Agrupados Por Órgão, Recebida Por

320

Qualquer Razão Que Não A Função Que Ocupam

13.15

- Remuneração de Administradores E Membros do Conselho Fiscal Reconhecida no Resultado de

321

Controladores, Diretos ou Indiretos, de Sociedades Sob Controle Comum E de Controladas do Emissor

13.16

- Outras Informações Relevantes

322

14. Recursos Humanos

14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

325

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Índice

14.2

- Alterações Relevantes - Recursos Humanos

329

14.3

- Descrição da Política de Remuneração Dos Empregados

330

14.4

- Descrição Das Relações Entre O Emissor E Sindicatos

331

14.5

- Outras Informações Relevantes - Recursos Humanos

332

15. Controle E Grupo Econômico

15.1

/ 15.2 - Posição Acionária

333

15.3

- Distribuição de Capital

346

15.4

- Organograma Dos Acionistas E do Grupo Econômico

347

15.5

- Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

352

15.6

- Alterações Relevantes Nas Participações Dos Membros do Grupo de Controle E Administradores do

356

Emissor

15.7

- Principais Operações Societárias

357

15.8

- Outras Informações Relevantes - Controle E Grupo Econômico

361

16. Transações Partes Relacionadas

16.1

- Descrição Das Regras, Políticas E Práticas do Emissor Quanto À Realização de Transações Com Partes

362

Relacionadas

16.2

- Informações Sobre as Transações Com Partes Relacionadas

364

16.3

- Identificação Das Medidas Tomadas Para Tratar de Conflitos de Interesses E Demonstração do Caráter

365

Estritamente Comutativo Das Condições Pactuadas ou do Pagamento Compensatório Adequado

16.4

- Outras Informações Relevantes - Transações Com Partes Relacionadas

366

17. Capital Social

17.1

- Informações Sobre O Capital Social

367

17.2

- Aumentos do Capital Social

368

17.3

- Informações Sobre Desdobramentos, Grupamentos E Bonificações de Ações

374

17.4

- Informações Sobre Reduções do Capital Social

375

17.5

- Outras Informações Relevantes

376

18. Valores Mobiliários

18.1 - Direitos Das Ações

378

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Índice

18.2

- Descrição de Eventuais Regras Estatutárias Que Limitem O Direito de Voto de Acionistas Significativos ou

379

Que os Obriguem A Realizar Oferta Pública

18.3

- Descrição de Exceções E Cláusulas Suspensivas Relativas A Direitos Patrimoniais ou Políticos Previstos

380

no Estatuto

18.4

- Volume de Negociações E Maiores E Menores Cotações Dos Valores Mobiliários Negociados

381

18.5

- Outros Valores Mobiliários Emitidos no Brasil

382

18.5.a - Número de Titulares de Valores Mobiliários

386

18.6

- Mercados Brasileiros em Que Valores Mobiliários São Admitidos À Negociação

387

18.7

- Informação Sobre Classe E Espécie de Valor Mobiliário Admitida À Negociação em Mercados Estrangeiros

388

18.8

- Títulos Emitidos no Exterior

389

18.9

- Ofertas Públicas de Distribuição

390

18.10

- Destinação de Recursos de Ofertas Públicas

391

18.11

- Ofertas Públicas de Aquisição

392

18.12

- Outras Inf. Relev. - Val. Mobiliários

393

19. Planos de Recompra/tesouraria

19.1

- Informações Sobre Planos de Recompra de Ações do Emissor

394

19.2

- Movimentação Dos Valores Mobiliários Mantidos em Tesouraria

395

19.3

- Outras Inf. Relev. - Recompra/tesouraria

396

20. Política de Negociação

20.1

- Informações Sobre A Política de Negociação de Valores Mobiliários

397

20.2

- Outras Informações Relevantes

398

21. Política de Divulgação

21.1

- Descrição Das Normas, Regimentos ou Procedimentos Internos Relativos À Divulgação de Informações

399

21.2

- Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção

400

de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

21.3

- Administradores Responsáveis Pela Implementação, Manutenção, Avaliação E Fiscalização da Política de

402

Divulgação de Informações

21.4

- Outras Informações Relevantes

403

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1.0 - Identificação dos responsáveis

Nome do responsável pelo conteúdo do

Viviane Behar de Castro

formulário

Cargo do responsável

Diretor de Relações com Investidores

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1.1 - Declaração do Diretor Presidente

1.1 - Declaração do Diretor Presidente

Este item não é aplicável, considerando que a Diretora de Relações com Investidores já prestou declaração individual na Seção 1.2 deste Formulário de Referência e não possuímos Diretor-Presidente, conforme o artigo 21 do nosso Estatuto Social.

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1.2 - Declaração do Diretor de Relações Com Investidores

DECLARAÇÃO

PARA FINS DO ITEM 1.2 DO FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA

VIVIANE BEHAR DE CASTRO, brasileira, casada, administradora de empresas, portadora da cédula de identidade RG nº 17.032.4497 SSP/SP, inscrita no CPF/ME sob o nº 075.375.618-85, com endereço profissional na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, nº 1.188, Vila Jaguara, CEP 05106- 000, na qualidade de Diretora de Relações com Investidores da Companhia, vem de acordo com o Anexo 24 da Instrução CVM nº 480, declarar que:

  1. reviu o Formulário de Referência;
  2. todas as informações que foram contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480, em especial aos arts. 14 e 19; e
  3. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira da Companhia dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ela emitidos.

São Paulo, 31 de julho de 2020.

___________________________________

VIVIANE BEHAR DE CASTRO

Diretora de Relações com Investidores

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2.1/2.2 - Identificação E Remuneração Dos Auditores

Possui auditor?

SIM

Código CVM

418-9

Tipo auditor

Nacional

Nome/Razão social

KPMG - AUDITORES INDEPENDENTES

CPF/CNPJ

57.755.217/0001-29

Data Início

16/07/2019

Descrição do serviço contratado

Execução dos trabalhos de auditoria independente com a finalidade de: (i) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis

individuais e consolidadas da Companhia e empresas controladas, correspondentes ao exercício anual; e (ii) emitir relatórios

de revisão das Informações Trimestrais (ITRs) individuais e consolidadas da Companhia.

Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço

No último exercício social, encerrado em 31 de dezembro de 2019, os auditores independentes receberam da Companhia honorários que totalizaram o valor de R$16 mil, compostos por: (i) R$ 14 mil referentes a serviços de auditoria, (ii) R$ 1 mil relacionados à auditoria externa, como por exemplo serviços de conformidade tributaria, asseguração e outros serviços de suporte a auditoria. Todas as informações apresentadas neste item 2.2 foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma, gerando com isso arredondamentos na última unidade e podendo, portanto, divergir imaterialmente nos cálculos.

Justificativa da substituição

Razão apresentada pelo auditor em caso da discordância da justificativa do emissor

A rescisão contratual se fez necessária por razões comerciais, e contou com a anuência da KPMG.

Não aplicável.

Nome responsável técnico

DATA_INICIO_ATUACAO

CPF

Endereço

Rogério Hernandez Garcia

16/07/2019

251.505.688-13

Rua Arquiteto Olavo Redig de Campos, nº 105, Torre A, 6º andar, Vila São Francisco, São Paulo,

SP, Brasil, CEP 04711-904, Telefone (11) 39403104, Fax (11) 39403104, e-mail:

rhgarcia@kpmg.com.br

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Possui auditor?

SIM

Código CVM

287-9

Tipo auditor

Nacional

Nome/Razão social

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes

CPF/CNPJ

61.562.112/0001-20

Data Início

01/04/2020

Descrição do serviço contratado

Execução dos trabalhos de auditoria independente com a finalidade de emissão do relatório dos auditores independentes do

exercício a findar em 31 de dezembro de 2020, contemplando o balanço patrimonial e as respectivas demonstrações do

resultado, demonstrações do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa, do valor

adicionado, notas explicativas e a sua adequação com as posições patrimonial e financeira e revisões trimestrais em 31 de

março, 30 de junho e 30 de setembro de 2020.

Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço

Justificativa da substituição

Razão apresentada pelo auditor em caso da discordância da justificativa do emissor

Não aplicável, tendo em vista que os trabalhos de auditoria independente da PwC serão executados a partir do exercício social de 2020.

Não houve substituição dos auditores independentes.

Não houve substituição dos auditores independentes.

Nome responsável técnico

DATA_INICIO_ATUACAO

CPF

Endereço

Leandro Mauro Ardito

01/04/2020

157.009.658-95

Av. Francisco Matarazzo, 1400, Torre Torino - 10°, Água Branca, São Paulo, SP, Brasil, CEP 05001

-903, Telefone (11) 36742000, e-mail: leandro.ardito@pwc.com

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2.3 - Outras Informações Relevantes

2.3 - Outras Informações Relevantes

Nossas informações contábeis e das nossas controladas relativas ao exercício social encerrado em 2019 foram auditadas pela KPMG Auditores Independentes ("KPMG"). A partir do exercício social a ser encerrado em 2020, nossas informações contábeis e das nossas controladas passarão a ser auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. A substituição dos auditores independentes fez-se necessária por razões comerciais e contou com a anuência da KPMG.

No intuito de evitar a existência de conflitos de interesse, perda de independência ou objetividade dos auditores independentes, consoante o previsto no Regimento Interno do nosso Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças ("Comitê de Auditoria"):

  • adotamos como procedimento consultar nossos auditores independentes antes da sua contratação para outros serviços que não os de auditoria externa, no sentido de assegurar que sua independência e a objetividade necessárias ao desempenho dos serviços de auditoria independente não sejam afetadas;
  • a contratação de serviços não relacionados à auditoria externa depende da aprovação do Comitê de Auditoria, que deve avaliar a existência de conflito de interesses, independência, objetividade e riscos de interferência na condução dos trabalhos. Assim, devem ser avaliados os seguintes aspectos: o auditor não deve (i) auditar o seu próprio trabalho; (ii) exercer funções gerenciais no seu cliente; e (iii) promover os interesses do seu cliente; e
  • após a análise da solicitação, o Comitê de Auditoria, se estiver de acordo com a contratação dos serviços, fará a recomendação de aprovação ao Conselho de Administração.

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3.1 - Informações Financeiras - Consolidado

(Reais)

Exercício social (31/12/2019)

Exercício social (31/12/2018)

Exercício social (31/12/2017)

Patrimônio Líquido

3.362.345.000,00

2.574.102.000,00

1.634.746.000,00

Ativo Total

21.184.512.000,00

15.379.549.000,00

14.957.462.000,00

Rec. Liq./Rec. Intermed.

14.444.690.000,00

13.397.418.000,00

9.852.708.000,00

Fin./Prem. Seg. Ganhos

Resultado Bruto

10.411.236.000,00

9.614.575.000,00

6.941.631.000,00

Resultado Líquido

155.467.000,00

548.379.000,00

670.251.000,00

Número de Ações, Ex-Tesouraria

865.660.042

865.660.042

865.660.042

(Unidades)

Valor Patrimonial da Ação (Reais

3,884140

2,973571

1,888439

Unidade)

Resultado Básico por Ação

0,179600

0,633500

0,774300

Resultado Diluído por Ação

0,18

0,63

0,77

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3.2 - Medições Não Contábeis

3.2 - Medições Não Contábeis

  1. Informar o valor das medições não contábeis

Apresentamos EBITDA, Margem EBITDA, EBITDA Ajustado, Margem EBITDA Ajustado, Dívida Líquida e Dívida Bruta, que são medições não contábeis, para conveniência dos investidores. Uma medição não contábil é geralmente definida como uma que visa medir o desempenho financeiro, mas exclui ou inclui valores que não seriam ajustados na medição contábil mais comparável.

O EBITDA, a Margem EBITDA, o EBITDA Ajustado e a Margem EBITDA Ajustado não são medidas contábeis reconhecidas segundo as Práticas Contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), e IFRS emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB) (conforme definidos neste Formulário de Referência) e não deve ser considerado como um substituto para o lucro líquido, fluxo de caixa proveniente de operações ou outras medidas de desempenho operacional ou de liquidez determinado sem determinados em IFRS ou BR GAAP.

Entendemos que, embora investidores e analistas financeiros usem EBITDA, Margem EBITDA, EBITDA Ajustado, Margem EBITDA Ajustado, Dívida Líquida e Dívida Bruta ao avaliar empresas, essas medições têm limitações como ferramentas analíticas e não devem ser consideradas isoladamente ou como substitutos ao avaliar nossos resultados operacionais divulgados em IFRS.

Além disso, nossos cálculos de EBITDA, Margem EBITDA, EBITDA Ajustado, Margem EBITDA Ajustado, Dívida Líquida e Dívida Bruta podem diferir dos cálculos realizados por outras empresas, incluindo nossos concorrentes no setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal, e, portanto, nossas medições podem não ser comparáveis aos de outras empresas.

EBITDA, Margem EBITDA, EBITDA Ajustado, Margem EBITDA Ajustado

EBITDA e EBITDA Ajustado são os principais indicadores de desempenho que usamos para medir o desempenho operacional financeiro. Nossa administração acredita que essas medidas financeiras não GAAP fornecem informações úteis para investidores e acionistas. Também usamos essas medidas internamente para estabelecer orçamentos e metas operacionais para gerenciar e monitorar nossos negócios, avaliar nosso desempenho histórico subjacente e estratégias de negócios e reportar nossos resultados ao conselho de administração.

Definimos "EBITDA" como o lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social, resultado financeiro líquido, depreciação e amortização.

O EBITDA Ajustado é calculado por meio do EBITDA que exclui os efeitos não considerados como usuais, recorrentes ou não-comparáveis entre os períodos analisados, como (i) outras provisões no Brasil; (ii) créditos fiscais, recuperações e reversões de provisões; (iii) despesas com aquisições e associações; (iv) custo de transformação da TBS; (v) baixa de ativos intangíveis.

Calculamos a Margem EBITDA e Margem EBITDA Ajustado por meio da divisão do EBITDA e do EBITDA Ajustado pela receita líquida consolidada, respectivamente.

O EBITDA apresenta limitações que prejudicam a sua utilização como medida de nossa lucratividade, uma vez que não leva em conta certos custos decorrentes de nossos negócios, o que poderia afetar adversamente nossos lucros, tais como despesas financeiras, tributos, depreciação, despesas de capital e outros encargos relacionados.

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3.2 - Medições Não Contábeis

Nossa definição de EBITDA pode ser diferente da utilizada por outras empresas. Nós utilizamos o EBITDA para analisar nosso desempenho financeiro e operacional, bem como uma base para algumas das nossas decisões administrativas.

Além disso, acreditamos que o EBITDA oferece a nós e aos investidores uma melhor compreensão da nossa capacidade de cumprir com nossas obrigações e nossa capacidade de obter novos financiamentos para nossos investimentos e capital de giro. No entanto, o EBITDA apresenta limitações que prejudicam a sua utilização como medida de nossa lucratividade, uma vez que não leva em conta certos custos decorrentes de nossos negócios, o que poderia afetar adversamente nossos lucros, tais como despesas financeiras, tributos, depreciação, despesas de capital e outros encargos relacionados.

Dívida Bruta e Dívida Líquida

A Dívida Bruta e a Dívida Líquida não são medidas de desempenho financeiro, liquidez ou endividamento reconhecidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, nem pelo IFRS e não possuem significado padrão. Também não podem ser comparáveis a medições com nomes similares apresentados por outras companhias, pois estas podem calcular a Dívida Bruta e a Dívida Líquida de maneira diferente da Companhia.

A Dívida Bruta representa a soma de empréstimos, financiamentos e debêntures circulantes e não circulantes, excluindo o arrendamento mercantil. A Companhia calcula a Dívida Líquida como Dívida Bruta, deduzidos caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras.

Utilizamos a Dívida Bruta e a Dívida Líquida como indicadores de liquidez financeira para medirmos nossa capacidade de pagar nossas obrigações. Calculamos a Dívida Bruta como a soma dos empréstimos, financiamentos e debêntures e derivativos circulantes e não circulantes. Calculamos a Dívida Líquida como Dívida Bruta, menos caixa e equivalentes de caixa. A Dívida Bruta e a Dívida Líquida não representam dívidas nos períodos indicados e não são indicadores de nossa condição financeira, liquidez ou capacidade de atender nossas obrigações. Nossa definição de Dívida Bruta e Dívida Líquida pode diferir da utilizada por outras empresas.

  1. Conciliação entre os valores divulgados e os valores das demonstrações financeiras auditadas

A tabela a seguir apresenta nossa reconciliação do EBITDA e EBITDA Ajustado com o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017, nossa mais recente medida financeira diretamente comparável, calculada e apresentada de acordo com o IFRS:

(em milhões de R$)

Exercício social

Exercício social

Exercício social

(31/12/2019)

(31/12/2018)

(31/12/2017)

Lucro líquido

  1. (Receitas) despesas financeiras líquidas
  1. Impostos sobre a constituição da Holding
  1. IRPJ e CSLL
  1. Depreciações e amortizações

155,5

548,4

670,3

840,1

583,3

387,4

206,6

-

-

149,1

125,0

300,9

1.117,4

589,9

383,4

EBITDA

2.468,7

1.846,6

1.742,0

Margem EBITDA

17,1%

13,8%

17,7%

EBITDA Consolidado Ex-IFRS 16

1.905,0

1.846,6

1.742,0

Outras provisões no Brasil

10,3

(34,0)

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3.2 - Medições Não Contábeis

IPI e outras provisões/reversões fiscais

-

-

(59,3)

Créditos fiscais, recuperações e reversões

de provisões (1)

(130,5)

(57,2)

(154,8)

Despesas com aquisição (2)

141,3

0,0

-

Custo de transformação da The Body

Shop (3)

51,5

98,5

-

Baixa de ativos intangíveis da The Body

Shop (4)

15,9

-

-

EBITDA The Body Shop 2017 (pro-forma)

-

-

20,7

EBITDA ajustado (comparável)

1.993,7

1.853,8

1.548,5

Margem EBITDA ajustada (comparável)

13,8%

13,8%

13,2%

  1. Créditos, recuperações e reversão de provisões fiscais: créditos fiscais relativos a exercícios anteriores, recuperações fiscais relativas à incidência de ICMS sobre a base de cálculo de PIS e COFINS, e reversão da provisão fiscal para ICMS.
  2. Despesas com a aquisição da Avon: custos não recorrentes associados à aquisição da Avon, relacionados essencialmente a serviços profissionais e custos de planejamento.
  3. Os custos de transformação da The Body Shop referem-se aos valores alocados para a execução do seu plano de transformação anunciado anteriormente pelo grupo, com impacto no EBITDA.
  4. Baixa não recorrente de ativos intangíveis na The Body Shop, relativos a contratos com subfranqueados no Brasil.

A tabela a seguir apresenta nossa reconciliação da dívida liquida considerando a posição patrimonial das contas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, nossa mais recente medida financeira diretamente comparável, calculada e apresentada de acordo com o IFRS:

R$ milhões

2019

2018

Curto Prazo

(3.354,4)

(1.113,1)

Longo Prazo

(7.432,0)

(6.881,1)

Dívida Bruta (s/ arrendamento mercantil)

(10.786,4)

(7.994,1)

Instrumentos de proteção cambial (Swaps)1

(662,1)

(557,4)

Total Dívida Bruta

10.124,3

7.436,8

(-) Caixa, equivalentes de caixa e Aplicações

Financeiras

(5.539,4)

(2.430,4)

(=) Dívida Líquida

4.584,8

5.006,3

Dívida Líquida/EBITDA (Ex-IFRS 16)

2,41x

2,71x

Dívida Total/EBITDA (Ex-IFRS 16)

5,31x

4,81x

1Ajuste dos instrumentos de proteção de câmbio, excluindo os efeitos de marcação a mercado.

  1. Explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações

Entendemos que o EBITDA é a medida mais apropriada para a correta compreensão da nossa condição financeira e do resultado de nossas operações, pois apresenta o verdadeiro lucro contábil a partir das atividades genuinamente ligadas ao nosso objeto social, sendo utilizados internamente como medidas para avaliar produtividade e eficiência e demonstrando-se útil para avaliar o nosso desempenho econômico-financeiro. Além disso, acreditamos que o EBITDA e a Margem EBITDA oferecem aos investidores uma melhor compreensão da nossa capacidade de cumprir com nossas obrigações e nossa capacidade de obter novos financiamentos para investimentos e capital de giro. Não obstante, o EBITDA é uma medição não contábil não reconhecida pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, nem pelas Normas Internacionais de Relatório Financeiro - International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB), por nós apurada e conciliada com nossas demonstrações financeiras consolidadas e não é uma medida de desempenho financeiro. O EBITDA não deve ser considerado isoladamente ou como substituto do resultado líquido ou o resultado operacional, não mede o fluxo de caixa, liquidez ou

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3.2 - Medições Não Contábeis

capacidade de pagamento de nossa dívida, mas funciona como indicador de nosso desempenho econômico geral, não sendo afetado pelo impacto de flutuações de taxas de juros em nossas dívidas e aplicações e alterações da carga tributária do imposto de renda e da contribuição social. Não poderá também ser considerado para o cálculo de distribuição de dividendos, nem possui um significado padrão e pode não ser comparável a medidas com títulos semelhantes fornecidos por outras companhias. Adicionalmente, essa medição não-contábil apresenta limitações que prejudicam a sua utilização como medidas de desempenho, em razão de desconsiderarem certos custos ou despesas que podem impactar significativamente os nossos resultados operacionais e de liquidez, tais como nosso resultado financeiro líquido, impostos de renda e contribuição social e depreciação e amortização.

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3.3 - Eventos Subsequentes às Últimas Demonstrações Financeiras

3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras

Ocorreram os seguintes eventos após as demonstrações financeiras individuais e consolidadas do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, cuja publicação foi aprovada em 5 de março de 2020.

Aquisição de Avon Products Inc. ("Avon")

No dia 3 de janeiro de 2020, a Nectarine Merger Sub II, Inc. ("Merger Sub II") foi incorporada pela Avon ("Primeira Incorporação") e a Nectarine Merger Sub I, Inc. ("Merger Sub I") foi subsequentemente incorporada pela Natura &Co ("Segunda Incorporação" e, juntamente à Primeira Incorporação, "Incorporações"). Com o resultado das Incorporações, a Avon se torna uma subsidiária integral direta da Natura &Co e cada ação ordinária da Avon emitida e em circulação imediatamente antes da consumação da Transação foi convertida e integralizada.

Na mesma data a Natura Cosméticos e a Natura &Co informaram ao mercado a (i) satisfação das condições suspensivas previstas no Protocolo e Justificação de Incorporação e no Agreement and Plan of Mergers; (ii) a relação de troca da incorporação de 0,6 ações ordinárias de emissão da Natura &Co ou 0,3 American Depositary Receipts ("ADR") da Natura &Co (sendo que cada ADR representa 2 ações ordinárias da Natura &Co), a critério de cada acionista, em cada caso, em substituição a cada 1 (uma) ação ordinária de emissão da Merger Sub I por eles detidas imediatamente antes da incorporação; (iii) o aumento de capital, mediante a emissão de 321.830.266 ações ordinárias da Natura &Co, pelo preço de subscrição total de R$ 10.376.920.792,08, correspondente a R$ 32,2434583951753, dos quais R$ 10,5575709394641 foram destinados à conta de capital social e o restante, no valor de R$ 21,6858874557113 por ação, foi destinado à conta de reserva de capital.

Os acionistas da Merger Sub I (que por sua vez eram acionistas da Avon) se tornaram titulares de ações ordinárias representativas de aproximadamente 27,1% do capital total e votante da Natura &Co, ao passo que os acionistas da Natura &Co imediatamente antes da consumação da incorporação permaneceram titulares de ações ordinárias representativas de aproximadamente 72,9% do capital total e votante da Natura &Co, em bases totalmente diluídas, sendo o capital social da Companhia alterado para R$ 4.883.182.328,04, dividido em 1.187.490.208 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Após as condições para fechamento da Transação serem atingidas, e através de uma série de reestruturações entre essas entidades houve a combinação de negócios entre Natura &Co e Avon, sendo a Natura &Co a adquirente. Os custos de Transação incorridos até o fechamento da transação no dia 3 de janeiro de 2020, pela Natura &Co Holding são aproximadamente R$ 112 milhões. Estes não são considerados componentes da contraprestação transferida, e foram reconhecidos como despesas nos períodos em que os custos foram incorridos. A tabela a seguir resume a o cálculo contraprestação transferida estimada em 3 de janeiro de 2020.

Em milhões de R$, exceto número de

ações

Número de ações ordinárias da Avon em circulação em 3 de janeiro

536.383.776

de 2020

Multiplicado pela Relação de Troca de 0,600 Ações Natura &Co

321.830.266

Holding por cada ação de ações ordinárias da Avon

Multiplicado pelo preço de mercado das ações da Natura &Co em 3

41,00

de janeiro de 2020

Consideração em emissão de ações

13.195

Ajuste a contraprestação em caixa estimada (*)

171

Contraprestação estimada a ser transferida

13.366

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3.3 - Eventos Subsequentes às Últimas Demonstrações Financeiras

  1. Ajustado para incluir os efeitos de eventuais das substituições e liquidação dos planos de pagamento baseado em ação.

A Natura &Co está analisando a alocação da contraprestação transferida pela Transação e preparou uma alocação preliminar conforme demonstrado na tabela abaixo. Em relação aos passivos contingentes assumidos, o valor demostrado no quadro abaixo corresponde ao valor histórico das contingências registradas, uma vez que nossa avaliação preliminar não foi concluída. A análise será baseada na normativa contábil do IFRS 3 (parágrafo 23) no qual um passivo contingente é reconhecido na data da aquisição da transação desde que: (i) represente uma obrigação presente oriunda de eventos passados e (ii) possa ser mensurado de forma confiável. A tabela a seguir resume a alocação preliminar da contraprestação transferida em 3 de janeiro de 2020.

Em milhões de R$

Total da contraprestação estimadas a ser transferida

13.366

(-) Valor justo dos ativos adquiridos:

Caixa e caixa equivalente de caixa

2.636

Contas a receber

1.135

Estoques

1.942

Outros ativos circulantes e caixa restrito

1.055

Ativos mantidos para venda

185

Imobilizado

2.884

Imposto de renda e contribuição social diferido

667

Ativos de direito de uso

580

Outros ativos não circulantes

475

Depósitos judiciais

284

Impostos a recuperar

516

Plano de benefícios a empregados

553

Intangíveis

5.709

(+) Valor justo dos passivos assumidos:

Passivos circulantes

6.094

Provisão para contingências

651

Dívida a longo prazo

7.082

Arrendamento mercantil

586

Imposto de renda diferido

672

Outros passivos

809

(-) Ativos Líquidos

2.727

(+) Participação de não controladores

28

Ágio

10.667

O ágio acima é atribuível à forte posição de mercado e regiões geográficas e resultará em um portfólio global mais diversificado e equilibrado, assim como à futura rentabilidade esperada e sinergias operacionais, como fornecimento, fabricação, distribuição e eficiência da estrutura administrativa e crescimento de receita.

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3.4 - Política de Destinação Dos Resultados

3.4 - Política de destinação dos resultados

2019

2018

2017

Regras sobre

Nos

termos

do

nosso

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

retenção de lucros

Estatuto

Social,

sempre

vista

que

nossa

vista

que

nossa

que

o

montante

do

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

dividendo

mínimo

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

obrigatório

ultrapassar

a

forma que não existíamos

forma que não existíamos

parcela realizada do lucro

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

líquido

do

exercício,

a

sociais.

sociais.

administração

poderá

propor,

e

a

Assembleia

Geral aprovar, destinar o

excesso à constituição de

reserva

de

lucros

a

realizar (artigo 197 da Lei

nº 6.404/76).

Valores das

No exercício findo em 31

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

retenções de

de dezembro de 2019, a

vista

que

nossa

vista

que

nossa

lucros

Companhia registrou um

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

prejuízo líquido de

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

R$147.591.995,87.

forma que não existíamos

forma que não existíamos

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

sociais.

sociais.

Percentuais em

Não aplicável.

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

relação aos lucros

vista

que

nossa

vista

que

nossa

totais declarados

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

forma que não existíamos

forma que não existíamos

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

sociais.

sociais.

Regras sobre

Nos termos do artigo 30

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

distribuição de

de nosso Estatuto Social,

vista

que

nossa

vista

que

nossa

dividendos

os acionistas terão direito

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

a

receber,

em

cada

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

exercício,

a

título

de

forma que não existíamos

forma que não existíamos

dividendos, um percentual

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

mínimo

obrigatório

de

sociais.

sociais.

30% sobre o lucro líquido,

com os seguintes ajustes:

(i)

o

acréscimo

das

importâncias

resultantes

da reversão, no exercício,

de

reservas

para

contingências,

anteriormente formadas;

(ii)

o

decréscimo

das

importâncias

destinadas,

no

exercício,

à

constituição

da

reserva

legal e de reservas para

contingências; e

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3.4 - Política de Destinação Dos Resultados

(iii)

sempre

que

o

montante

do

dividendo

mínimo

obrigatório

ultrapassar

a

parcela

realizada do lucro líquido

do

exercício,

a

administração

poderá

propor,

e

a

Assembleia

Geral aprovar, destinar o

excesso à constituição de

reserva

de

lucros

a

realizar (artigo 197 da Lei

nº 6.404/76).

Periodicidade das

Em

31

de dezembro

de

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

distribuições de

2019, o artigo 30 do nosso

vista

que

nossa

vista

que

nossa

dividendos

Estatuto

Social

garantia

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

aos acionistas o direito a

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

receber dividendos

em

forma que não existíamos

forma que não existíamos

cada

exercício.

Sem

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

prejuízo,

poderíamos

sociais.

sociais.

levantar

balanços

semestrais

ou

intermediários.

O

Conselho

de

Administração

poderá

deliberar a distribuição de

dividendos a

débito

da

conta

de

lucro

apurado

naqueles

balanços.

O

Conselho

de

Administração

poderá,

ainda, declarar dividendos

intermediários a débito da

conta

de

lucros

acumulados

ou

de

reservas

de

lucros

existentes

naqueles

balanços

ou

no

último

balanço anual.

Restrições à

Salvo pelo disposto na Lei

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

distribuição de

das

Sociedades

por

vista

que

nossa

vista

que

nossa

dividendos

Ações, não há restrições

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

quanto

à

distribuição

de

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

dividendos.

forma que não existíamos

forma que não existíamos

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

sociais.

sociais.

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3.4 - Política de Destinação Dos Resultados

Política de

Não aplicável, tendo

em

Não

aplicável,

tendo em

Não

aplicável,

tendo em

destinação de

vista que não possuímos

vista

que

nossa

vista

que

nossa

resultados

uma política formalizada,

constituição se deu em 21

constituição se deu em 21

formalmente

seguindo

as

regras

de janeiro de 2019, de

de janeiro de 2019, de

aprovada,

estabelecidas no Estatuto

forma que não existíamos

forma que não existíamos

informando o

Social, conforme acima

nos

últimos 3

exercícios

nos

últimos 3

exercícios

órgão responsável

descritas,

as

quais

sociais.

sociais.

pela aprovação,

preveem

um

dividendo

data de aprovação

mínimo

obrigatório

de

e locais na rede

30% sobre o lucro líquido

mundial de

ajustado,

superior

ao

computadores

percentual usual de 25%.

onde o documento

pode ser

consultado

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

3.5 - Distribuição de Dividendos E Retenção de Lucro Líquido

(Reais)

Exercício social 31/12/2019

Exercício social 31/12/2018

Exercício social 31/12/2017

Lucro líquido ajustado

-147.591.995,87

Dividendo distribuído em relação ao lucro líquido ajustado

0,000000

(%)

Taxa de retorno em relação ao patrimônio líquido do emissor

0,000000

(%)

Dividendo distribuído total

0,00

Lucro líquido retido

0,00

Data da aprovação da retenção

Lucro líquido retido

Montante

Pagamento dividendo

Montante

Pagamento dividendo

Montante

Pagamento dividendo

Ordinária

0,00

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3.6 - Declaração de Dividendos À Conta de Lucros Retidos ou Reservas

3.6 - Declaração de Dividendos à Conta de Lucros Retidos ou Reservas

No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, não foram declarados dividendos à conta de lucros retidos nem reservas constituídas em exercícios anteriores.

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3.7 - Nível de Endividamento

Exercício Social

Soma do Passivo

Tipo de índice

Índice de

Descrição e motivo da utilização de outro índice

Circulante e Não

endividamento

Circulante

31/12/2019

0,00

Outros índices

2,41000000

O índice de endividamento de 2,41 refere-se a Dívida

Líquida/EBITDA, conforme descrito abaixo:

(i) Dívida Líquida significa, em bases consolidadas, o

somatório dos saldos das nossas dívidas, incluindo dívidas

perante pessoas físicas e/ou jurídicas, tais como mútuos,

empréstimos e financiamentos com terceiros, emissão de

títulos de renda fixa, conversíveis ou não, nos mercados

local e/ou internacional, e obrigações referentes a

parcelamento de tributos e/ou taxas; menos as

disponibilidades em caixa e ajustes de hedge são os

ajustes de instrumentos de proteção de câmbio, excluindo

os efeitos de marcação a mercado, conforme definição nos

"Comentários de Desempenho" da Companhia, acessório

às demonstrações financeiras; e

(ii) EBITDA significa, em bases consolidadas, lucro bruto,

deduzido das despesas operacionais, excluindo-se

depreciação e amortizações, acrescido de outras receitas

ou despesas operacionais, conforme o caso, ao longo dos

últimos 4 trimestres cobertos pelas mais recentes

demonstrações financeiras consolidadas disponíveis pela

Companhia, elaboradas segundo os princípios contábeis

geralmente aceitos no Brasil.

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3.8 - Obrigações

Exercício social (31/12/2019)

Tipo de Obrigação

Tipo de Garantia

Outras garantias ou

Inferior a um ano

Um a três anos

Três a cinco anos

Superior a cinco anos

Total

privilégios

Empréstimo

Garantia Real

-494.793,00

202.725.000,00

0,00

0,00

202.230.207,00

Financiamento

Garantia Real

81.209.561,00

0,00

0,00

0,00

81.209.561,00

Títulos de dívida

Garantia Real

2.883.381.682,00

0,00

0,00

0,00

2.883.381.682,00

Financiamento

Quirografárias

20.118.004,00

112.122.042,00

0,00

0,00

132.240.046,00

Títulos de dívida

Quirografárias

246.017.611,00

2.430.309.110,00

1.574.904.442,00

0,00

4.251.231.163,00

Títulos de dívida

Outras garantias ou privilégio

Covenants financeiros e

61.002.789,00

3.029.487.561,00

0,00

0,00

3.090.490.350,00

não financeiros

Financiamento

Outras garantias ou privilégio

Fianças bancárias

63.119.147,00

82.470.338,00

0,00

0,00

145.589.485,00

Total

3.354.354.001,00

5.857.114.051,00

1.574.904.442,00

0,00

10.786.372.494,00

Observação

As informações referem-se às nossas demonstrações financeiras consolidadas.

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3.9 - Outras Informações Relevantes

3.9 - Outras Informações Relevantes

Determinados valores e porcentagens incluídos neste Formulário de Referência podem ter sido arredondados, sendo que os totais apresentados em algumas tabelas podem não corresponder à soma aritmética dos números que os precedem.

Além disso, informamos que os seguintes eventos subsequentes foram incluídos nas informações trimestrais relativas ao primeiro trimestre de 2020, as quais listamos abaixo, considerando os termos do Ofício Circular/CVM/SEP/Nº 2/2020:

Efeitos do COVID-19 nas Demonstrações Financeiras

A nossa administração não pode prever a extensão e a duração das medidas adotadas pelos governos nos países em que nós e nossas controladas operamos e, portanto, não pode prever os impactos diretos e indiretos da COVID-19 sobre nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira, incluindo:

  • o impacto da COVID-19 nas condições financeiras e resultados operacionais, incluindo tendências e perspectivas econômicas gerais, recursos financeiros e de capital ou posição de liquidez;
  • como as operações futuras podem ser impactadas;
  • o impacto nos custos ou no acesso a capital e recursos de financiamento e na capacidade de cumprir os covenants dos contratos de crédito;
  • se nós ou nossas controladas incorreremos em contingências relevantes relacionadas à COVID-19;
  • como a COVID-19 poderia afetar os ativos no balanço patrimonial e a capacidade de registrar adequadamente esses ativos;
  • antecipação de quaisquer perdas relevantes, aumentos nas provisões para perdas com crédito, encargos de reestruturação ou outras despesas;
  • quaisquer mudanças nos julgamentos contábeis que tiveram ou são razoavelmente prováveis de ter um impacto relevante na demonstração financeira;
  • o impacto na demanda por nossos produtos e das nossas controladas;
  • o impacto na nossa cadeia de suprimentos e das nossas controladas;
  • o impacto na relação entre custos e receitas; e
  • outros impactos e consequências imprevistas.

No entanto, com base nas incertezas descritas acima, nós e nossas controladas estamos monitorando de perto a evolução da pandemia causada pelo COVID-19 e criamos comitês de crise em diversas áreas, incluindo os principais empregados para monitorar, analisar e decidir as ações para minimizar os impactos, garantindo a continuidade das operações e promovendo a saúde e segurança para todas as pessoas envolvidas em nossas operações.

Desde a data da aprovação da emissão das demonstrações financeiras, assim como desde o início da disseminação do vírus e das consequentes medidas restritivas impostas pelos governos, como o fechamento de negócios não essenciais e a movimentação de pessoas nas fronteiras, implementamos as seguintes principais medidas em nossas operações, alinhadas às recomendações e determinações das autoridades:

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3.9 - Outras Informações Relevantes

  • incentivo aos nossos empregados e das nossas controladas para trabalhar remotamente e adoção de critérios essenciais para limitar as operações industriais e logísticas;
  • adoção de novas medidas de segurança para os trabalhadores operacionais, como máscaras e procedimentos para deixar as pessoas a uma distância segura entre si;
  • fechamento de lojas, onde e quando exigido pelas autoridades;
  • replanejamento dos ciclos de vendas, priorizando itens de cuidados pessoais;
  • aceleração da digitalização dos canais de vendas;
  • ampla divulgação de nossa revista em formato digital;
  • alteração dos critérios mínimos de pedido, kits iniciais e prazo aumentado para pagamentos de consultoras;
  • monitoramento diário dos fornecedores para garantir o fornecimento.

Além dessas medidas, foi criado um comitê de crise focado em impactos financeiros, que monitora a nossa saúde financeira e das nossas controladas, com foco em caixa, covenants e resultados, propondo ações para minimizar a inevitável redução de vendas. Entre essas ações, estão:

  • corte der despesas discricionárias, como consultorias e eventos;
  • congelamento de contratações e aumentos salariais;
  • redução de despesas de marketing;
  • redução de descontos ao consumidor;
  • redução nas despesas de viagem;
  • redução de despesas de capital; e
  • negociação com fornecedores para estender as condições de pagamento.

As notas promissórias emitidas por nós em 20 de dezembro de 2019 contêm uma obrigação que exige que a nossa Companhia mantenha um certo índice de endividamento que deve ser verificado em junho de 2020, no entanto, como resultado dos impactos da COVID-19, os credores dessas notas concordaram em não calcular esse índice de endividamento em junho de 2020.

Os efeitos do plano de incentivos que alguns governos estão anunciando também estão sendo monitorados e incluídos nas projeções da administração.

As ações e decisões acima são constantemente analisadas pela administração e pelos comitês, de acordo com a evolução dos cenários globais. Como resposta aos potenciais impactos de COVID-19, realizamos teste de impairment na data base de 31 de março de 2020 para as unidades geradoras de caixa que contém ágio de combinação de negócios.

Emissão de Notas Promissórias

A nossa Companhia, com aprovação do Conselho de Administração em 29 de abril de 2020, emitiu em 4 de maio de 2020, uma única série de notas promissórias no valor total de R$500 milhões, com taxa de juros de 100% da variação do CDI mais um spread de 3,25% p.a. e vencendo em 4 de maio de 2021. Na mesma data, a Natura Cosméticos S.A. emitiu notas promissórias no valor total de R$250 milhões, com uma taxa de juros de 100% da variação do CDI mais um spread de 3,25% p.a. e vencendo em 4 de maio de 2021.

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3.9 - Outras Informações Relevantes

Além disso, estamos sujeitos a cláusulas de cross-default nos termos das cártulas das notas promissórias das nossas 1ª e 2ª emissões, sendo que nossa 1ª emissão também estabelece a observância de índices financeiros (covenants). Para mais informações sobre índices financeiros, vide item 10.1 "f" deste Formulário de Referência. Abaixo, os instrumentos que contêm cláusulas de cross-default e obrigatoriedade de observância de determinados índices financeiros:

Instrumento Financeiro

Contratada

1ª Emissão de Notas Promissórias, em duas

Simplific Pavarini DTVM Ltda.

séries

2ª Emissão de Notas Promissórias, em série

Simplific Pavarini DTVM Ltda.

única

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

4.1 - Descrições dos fatores de risco

Os nossos negócios, situação financeira, resultados operacionais, fluxos de caixa, liquidez e/ou negócios futuros poderão ser afetados de maneira material e adversa por qualquer um dos fatores de risco descritos a seguir. O preço de mercado dos valores mobiliários de nossa emissão poderá diminuir em razão da ocorrência de qualquer um desses e/ou de outros fatores de risco, hipóteses em que poderá haver perda no investimento nos valores mobiliários de nossa emissão por seus titulares.

Os riscos descritos abaixo são aqueles que conhecemos e acreditamos que, na data deste Formulário de Referência, podem nos afetar de forma material e adversa. Além disso, riscos adicionais não conhecidos atualmente ou considerados menos relevantes também poderão nos afetar adversamente.

Para os fins desta seção "4. Fatores de Risco", exceto se expressamente indicado de maneira diversa ou se o contexto assim o exigir, a menção ao fato de que um risco, incerteza ou problema poderá causar ou ter ou causará ou terá "efeito adverso" ou "efeito negativo" para nossa Companhia, ou expressões similares, significa que tal risco, incerteza ou problema poderá ou poderia causar efeito adverso relevante nos nossos negócios, situação financeira, resultados operacionais, fluxos de caixa, liquidez e/ou negócios futuros e de nossas subsidiárias, bem como no preço dos valores mobiliários de nossa emissão. Expressões similares incluídas nesta seção "4. Fatores de Risco" devem ser compreendidas nesse contexto. Não obstante a subdivisão desta seção "4. Fatores de Risco", determinados fatores de risco que estejam em um item podem também se aplicar a outros itens desta seção "4. Fatores de Risco".

  1. à Companhia

Nossos negócios, operações e resultados podem ser impactados adversamente pela COVID- 19.

Não podemos prever a extensão, a duração e os impactos das medidas adotadas para a contenção do avanço do COVID-19 e das medidas de auxílio anunciadas pelos governos em todo o mundo, incluindo o Governo Federal, até a presente data, ou os resultados das medidas de auxílio nos países em que operamos e/ou vendemos os nossos produtos. Consequentemente, não podemos prever os efeitos diretos e indiretos da pandemia do COVID-19 e das respostas dos governos sobre os nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira, incluindo (i) o impacto do COVID-19 em nossa condição financeira e resultados operacionais, incluindo as tendências e perspectivas econômicas gerais, de capital, investimentos e recursos financeiros ou posição de liquidez, (ii) o impacto nas nossas operações futuras, (iii) o impacto em nossas despesas ou acesso a recursos de capital e financiamento, (iv) o surgimento de contingências relevantes relacionadas ao COVID-19,

  1. como o COVID-19 irá afetar os ativos em nosso balanço patrimonial e a nossa capacidade de registrar oportunamente tais ativos, (vi) a antecipação de quaisquer perdas relevantes, aumentos nas provisões de perdas em operações de crédito, encargos de reestruturação ou outras despesas,
  1. quaisquer alterações na aplicação de julgamentos contábeis devido a dados novos ou revisados,
  2. o valor total da redução na demanda por bens e serviços e interrupções dos canais de venda, especialmente aqueles afetados pelas medidas de isolamento social, (ix) o impacto em nossa cadeia de suprimentos, (x) o impacto na relação entre custos e receitas, (xi) a incerteza econômica e social geral, incluindo o aumento nas taxas de juros, as variações nas taxas de câmbio, a inflação e o desemprego; (xii) o impacto da pandemia do COVID-19 em nossa capacidade de cumprir as obrigações relacionadas ao nosso endividamento, e (xiii) outros impactos e consequências imprevistas.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A extensão do impacto do COVID-19 em nosso desempenho operacional e financeiro dependerá de certos desenvolvimentos, incluindo a duração e propagação do surto e seu impacto sobre os nossos clientes, fornecedores e empregados, sendo todos incertos e imprevisíveis. O COVID-19 também apresenta riscos que podem afetar a execução das atividades de negócios dos nossos empregados, contratantes, fornecedores, clientes e outros parceiros por um período indeterminado de tempo, incluindo quaisquer paradas que podem vir a ser solicitadas ou impostas por autoridades governamentais e que podem vir a ter um efeito adverso relevante sobre os nossos resultados operacionais, situação financeira e liquidez. Além disso, na medida em que a pandemia do COVID- 19 afeta adversamente os nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira e liquidez, ela também pode ter o efeito de aumentar muitos dos outros riscos aos quais estamos expostos, como aqueles relacionados ao nosso nível de endividamento, nossa necessidade de gerar fluxos de caixa suficientes para atender tal endividamento, nossa capacidade de cumprir as obrigações contratuais que regem o nosso endividamentos e os impactos relacionados às divulgações em nossas demonstrações financeiras consolidadas a partir do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019.

Se a pandemia ou a desaceleração econômica resultante continuarem a piorar, poderemos estar sujeitos à perda de negócios, o que pode ter um impacto relevante em nossa posição financeira e fluxo de caixa.

Podemos não alcançar os benefícios esperados da aquisição da Avon.

O sucesso da aquisição da Avon ("Transação") dependerá da nossa capacidade e da Avon em obter os benefícios esperados da integração das respectivas operações. Não é possível garantir que a integração será realizada sem dificuldades, que podem incluir, entre outras coisas, a perda de empregados-chave, o desvio da atenção da administração, a interrupção de nossos respectivos negócios em andamento ou a ocorrência de possíveis inconsistências com os padrões, procedimentos e políticas da nossa Companhia. Além disso, podemos ser obrigados a realizar despesas de capital e/ou investimentos inesperados, a fim de manter, integrar, aprimorar ou sustentar nossas operações. A integração de nossas respectivas operações pode envolver custos e riscos financeiros adicionais, como a ocorrência de baixas inesperadas nos nossos resultados, possíveis efeitos adversos decorrentes de tratamentos fiscais e contábeis e responsabilidades imprevistas ou desconhecidas relacionadas à Avon. Todos esses fatores podem diminuir ou atrasar os efeitos esperados da Transação.

Mesmo que nossas respectivas operações sejam integradas com sucesso, podemos não obter todos os benefícios da Transação dentro do prazo esperado, incluindo o ganho de sinergias, redução de custos e oportunidades de crescimento, se houver. Além disso, podemos não alcançar os benefícios operacionais ou estratégicos de longo prazo esperados da Transação.

O eventual aumento de investimentos em tecnologia, inovação de produtos e iniciativas de marca podem não acelerar o nosso crescimento. Se não conseguirmos atingir os nossos objetivos em tempo hábil, os benefícios esperados da Transação poderão não ser alcançados na totalidade ou em parte. A incapacidade de realizar toda a extensão ou qualquer um dos benefícios esperados da Transação pode ter um efeito adverso relevante na nossa condição financeira e nos nossos resultados e fluxos de caixa, podendo limitar a nossa capacidade e a da Avon.

Além disso, a pandemia do COVID-19 criou significativa volatilidade, incerteza e interrupção econômica, o que pode afetar adversamente os nossos planos de integração com a Avon, bem como afetar material e adversamente os nossos resultados operacionais, fluxos de caixa e posição financeira.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Terceiros podem rescindir ou modificar contratos ou relacionamentos existentes com nossa Companhia ou com a Avon como resultado da conclusão da Transação.

Possuímos contratos com clientes, empregados, consultoras líderes de negócios, revendedores autônomos, fornecedores, vendedores, distribuidores, proprietários, credores, licenciadores, parceiros de joint ventures e outros parceiros de negócios. Essas partes podem sentir incertezas quanto ao futuro de tais relacionamentos e podem atrasar ou adiar determinadas decisões de negócios, buscar relacionamentos alternativos com terceiros ou alterar seus relacionamentos comerciais atuais com a nossa Companhia ou com a Avon, conforme o caso.

Além disso, nossos empregados atuais e em potencial, consultoras líderes de negócios e revendedores autônomos podem sentir incertezas sobre suas funções desde a conclusão da Transação, podendo tal incerteza afetar negativamente a nossa cultura corporativa e a da Avon. Não há garantia que conseguiremos atrair e reter talentos-chave, incluindo membros da nossa administração. Qualquer perda ou distração de clientes, empregados, consultoras líderes de negócios, revendedores autônomos, fornecedores, vendedores, distribuidores, proprietários, credores, licenciadores, parceiros de joint ventures e outros parceiros de negócios pode ter um efeito adverso relevante nos nossos negócios, nossa condição financeira, nossos resultados e fluxos de caixa, podendo limitar a nossa capacidade e da Avon de alcançar os benefícios previstos da Transação.

Estamos mais alavancados financeiramente em comparação com nossa situação ou com a situação da Avon anteriormente à conclusão da Transação, e uma parcela significativa do nosso fluxo de caixa pode vir a ser utilizada para cumprir as obrigações da Avon ou da Natura &Co.

Em 31 de dezembro de 2019, a Avon e a Natura &Co possuíam R$6.418,2 milhões (US$1.592,2 milhões) e R$10.786,4 milhões (US$2.675,9 milhões), respectivamente, de dívida total consolidada, utilizando a taxa de câmbio informada pelo Banco Central do Brasil em 31 de dezembro de 2019 para reais em dólares norte-americanos de R$4,031 por US$1,00. Estamos sujeitos, portanto, aos riscos normalmente associados a montantes significativos de dívida, que podem ter consequências negativas para os nossos acionistas. O nosso endividamento pode (i) exigir que uma parcela substancial do nosso fluxo de caixa seja utilizado para pagar tais obrigações, reduzindo assim a disponibilidade para financiar capital de giro, despesas de capital, pagamento de dividendos, aquisições estratégicas, expansão de operações e outras atividades; (ii) aumentar a nossa vulnerabilidade a condições econômicas e industriais adversas; (iii) limitar, juntamente com covenants financeiros e outras restrições de instrumentos de dívida, a nossa capacidade em contrair empréstimos adicionais ou alienar ativos; e (iv) nos colocar em desvantagem competitiva em comparação com os nossos concorrentes que têm dívidas menores.

A nossa Companhia e a Avon podem vir a ser obrigadas a refinanciar a totalidade ou parte das respectivas dívidas antes ou após os seus vencimentos, mas podemos não ser capazes de cumpri- las em termos comercialmente razoáveis ou de forma alguma.

A nossa exposição a potenciais efeitos adversos pode ter aumentado desde a conclusão da Transação.

A integração de duas grandes empresas enfrenta desafios significativos e adiciona uma exposição potencial a efeitos adversos decorrentes de eventuais decisões judiciais, mudanças na legislação ou em regulamentações tributárias.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Além disso, a integração dos nossos negócios com a Avon pode ter aumentado o número de realização de auditorias e recebimento de autos de infrações desde a conclusão da sua aquisição, tendo em vista que investigações, regulamentações ou decisões tributárias que nos afetam ou qualquer uma de nossas subsidiárias também podem vir a afetar a Avon como nossa subsidiária.

Portanto, desde a conclusão da Transação, alterações conjunturais que impactem a forma em que conduzimos os nossos negócios podem vir a ter um efeito material adverso nos nossos negócios combinados, tendo em vista que podem vir a afetar cada uma das nossas subsidiárias que operam no Brasil, incluindo a Avon.

Incorremos e podemos vir a incorrer em custos significativos relacionados à Transação.

Incorremos e esperamos incorrer em vários custos direta e indiretamente relacionados à Transação. Tais custos e despesas incluem, entre outros, honorários pagos a consultores financeiros, jurídicos, contábeis e outros, indenizações e outros custos potenciais relacionados aos nossos empregados, incluindo pagamentos que podem ser realizados a determinados executivos da nossa Companhia e da Avon, taxas de arquivamento, despesas de impressão e outros encargos relacionados. Também existem processos, políticas, procedimentos, operações, tecnologias e sistemas que devem ser integrados em conexão com a combinação dos respectivos negócios. Existem diversos fatores além do nosso controle que podem vir a afetar o montante total ou o momento em que tais despesas serão incorridas.

Também pode haver gastos significativos não previstos decorrentes da Transação que podem não ser recuperados. Esses custos e despesas podem reduzir a eficiência e os benefícios estratégicos que esperamos obter com a Transação. Portanto, tais benefícios podem não ser alcançados no curto prazo ou de forma alguma.

Podemos não obter a redução de custos, o ganho de sinergias e outros benefícios que esperamos alcançar com a Transação.

A combinação de duas empresas independentes é um processo complexo, caro e burocrático. Como resultado, precisamos dedicar atenção e recursos significativos da administração à integração das nossas práticas e negócios com a Avon. O processo de integração pode atrapalhar os negócios de uma ou de ambas as empresas e, se implementado de maneira ineficaz, pode impedir o alcance de todos os benefícios esperados com a Transação. A nossa inabilidade em enfrentar os desafios envolvidos na combinação dos negócios, ou em obter os benefícios esperados, pode causar uma interrupção das nossas atividades e prejudicar seriamente os nossos resultados operacionais. Além disso, a integração pode resultar em problemas inesperados, despesas, surgimento de passivos, perda de clientes e desvio da atenção da administração, além da possível redução do preço das nossas ações. As dificuldades associadas à combinação dos respectivos negócios incluem, entre outras:

  • gestão de uma empresa significativamente maior;
  • coordenação de organizações geograficamente separadas;
  • eventual desvio de foco e recursos gerenciais de outras oportunidades estratégicas e de questões operacionais;
  • alinhamento e execução da nossa estratégia;
  • retenção ou atração de revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios;
  • retenção de clientes atuais e atração de novos clientes;

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  • preservação da nossa cultura corporativa e retenção dos membros da administração, bem como demais empregados;
  • integração de culturas corporativas únicas, que podem ser incompatíveis;
  • possibilidade de suposições incorretas subjacentes às expectativas em relação ao processo de integração;
  • consolidação de infraestruturas corporativas e administrativas e eliminação de duplicidades operacionais;
  • coordenação dos esforços de distribuição e marketing;
  • integração da tecnologia da informação, comunicações e outros sistemas;
  • mudanças nas leis e regulamentações aplicáveis;
  • gerenciamento de custos ou ineficiências tributárias associadas à Transação;
  • despesas inesperadas ou atrasos relacionados à Transação; e
  • obtenção de aprovações regulatórias.

Vários desses fatores estão fora do nosso controle e qualquer um deles pode resultar no aumento de custos, diminuição da receita e desvio de tempo e energia da administração, o que pode impactar negativamente nos nossos negócios, nossa condição financeira e nossos resultados. Além disso, mesmo que a integração dos negócios da nossa Companhia e da Avon seja um sucesso, podemos não obter todos os benefícios esperados, incluindo o ganho de sinergias, a redução de custos ou o crescimento das vendas e oportunidades. Tais benefícios podem não ser alcançados dentro do prazo previsto ou de forma alguma. Como resultado, não podemos garantir que a combinação dos nossos negócios resultará no alcance de todos os benefícios previstos por nós.

Desde a conclusão da Transação, estamos expostos a riscos que afetam a Avon.

A Transação foi consumada em 3 de janeiro de 2020, data a partir da qual, nos tornamos os únicos acionistas da Avon. Dessa forma, nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira serão afetados futuramente por quaisquer riscos aos quais a Avon esteja exposta. Fatores importantes que podem fazer com que os resultados reais das operações e a condição financeira da Avon sejam divergentes daqueles indicados nas declarações prospectivas incluem, entre outros:

  • a capacidade da Avon de melhorar seu desempenho financeiro e operacional, executar totalmente a sua estratégia de negócios global, reverter a receita em declínio, melhorar as suas margens e o lucro líquido ou alcançar um crescimento lucrativo em seus principais mercados , bem como em mercados emergentes, em desenvolvimento e desenvolvidos, como o Brasil, México, Rússia e Reino Unido;
  • condições que podem vir a afetar o amplo portfólio geográfico da Avon, fortemente focado em mercados emergentes, incluindo uma crise econômica geral, uma recessão global ou em uma ou mais de suas regiões ou mercados, como o Brasil, México ou Rússia, ou súbita interrupção nas condições de negócios e a capacidade de resistir a uma desaceleração econômica, recessão, inflação de custos, pressões de custos de commodities, instabilidade econômica ou política (incluindo variações nas taxas de câmbio), pressões ou condições competitivas ou outras de mercado, bem como o efeito de fatores econômicos, incluindo inflação e variações nas taxas de juros e nas taxas de câmbio, a designação da economia da Argentina como inflacionária e o efeito potencial de tais fatores nos negócios, nos resultados operacionais e na condição financeira da Avon, além das condições econômicas e comerciais em geral dos mercados da Avon, incluindo incertezas sociais, econômicas e políticas, como na Rússia e Ucrânia ou em qualquer outro lugar, e quaisquer sanções, restrições ou respostas às condições impostas por outros mercados nos quais a Avon opera;

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  • a capacidade da Avon de melhorar o capital de giro e gerenciar efetivamente contas e estoques duvidosos e implementar iniciativas para reduzir os níveis de estoque, inclusive por meio da recente reestruturação dos processos de estoque da Avon e o impacto potencial nos fluxos de caixa e obsolescência;
  • a capacidade da Avon de reverter declínios em ativos representativos, aprimorar seus programas de liderança em vendas, gerar atividade representativa, aumentar o número de consumidores atendidos por representantes de vendas e seu envolvimento online, aprimorar a marca e a experiência do representante de venda e consumidor e aumentar a produtividade por meio da ativação em campo, programas de segmentação, ferramentas e capacitadores de tecnologia, investir no canal de venda direta, oferecer uma experiência de venda mais sociável e competir com outras organizações de venda direta para recrutar, reter e prestar serviços de manutenção a representantes de venda e continuar a inovar no modelo de venda direta;
  • o efeito de riscos políticos, legais, fiscais (incluindo alterações nas alíquotas) e regulatórios impostos à Avon no exterior, em suas operações ou aos seus representantes de vendas, incluindo câmbio, preços, privacidade de dados ou outras restrições, adoção, interpretação e aplicação de leis estrangeiras, inclusive em jurisdições como o Brasil e a Rússia, e quaisquer alterações às mesmas, bem como revisões e investigações de órgãos regulatórios governamentais que iniciaram ou podem ocorrer periodicamente, incluindo, por exemplo, exame regulatório local;
  • incertezas competitivas nos mercados da Avon, incluindo a concorrência de empresas do setor de bens de consumo, algumas delas maiores que a Avon e com maiores recursos;
  • o impacto da volatilidade dos preços de energia, commodities e matérias-primas, mudanças nas tendências do mercado, hábitos de compra dos consumidores da Avon e mudanças nas preferências do consumidor, principalmente considerando a natureza global dos negócios da Avon e a condução de seus negócios em um canal, bem como o risco de escassez de produtos ou insumos resultante da concentração de fornecimento da Avon em poucos fornecedores;
  • a capacidade da Avon de atrair e reter pessoal chave;
  • outras interrupções inesperadas nas operações fora do controle da Avon como resultado de eventos como atos de terrorismo ou guerra, desastres naturais, situações de pandemia, falta de energia em grande escala e eventos semelhantes;
  • os efeitos relacionados à pandemia do COVID-19 nos mercados em que a Avon opera globalmente;
  • interrupções nos sistemas de tecnologia, e qualquer violação de segurança cibernética, incluindo qualquer violação de segurança dos sistemas da Avon ou de um fornecedor terceirizado que resulte em roubo, transferência ou divulgação não autorizada de informações de representantes de vendas, clientes, empregados ou da Avon ou conformidade com as leis e regulamentos de segurança e privacidade das informações no caso de um incidente que possa interromper as operações, resultar na perda de informações críticas e confidenciais e impactar negativamente a reputação e os resultados das operações da Avon e os custos relacionados para solucionar tais problemas e implementar medidas preventivas adequadas contra violações de segurança cibernética, bem como a capacidade da Avon de cumprir várias leis de privacidade de dados que afetam os mercados em que atua;

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  • alterações na classificação de crédito e o impacto dessas alterações nos custos, taxas, prazos, obrigações de serviços de dívidas, acesso a fontes de empréstimos e necessidades de capital de giro, bem como o impacto do endividamento da Avon, acesso a recursos e financiamento e capacidade de garantir financiamento a todos ou a taxas, em termos e condições favoráveis;
  • a capacidade da Avon de identificar com êxito novas oportunidades de negócios, alianças estratégicas e alternativas estratégicas, além de identificar e analisar candidatos a parcerias e negociar e consumar tais parcerias;
  • interrupção na cadeia de suprimentos ou nas operações de fabricação e distribuição da Avon;
  • a qualidade, segurança e eficácia dos produtos da Avon;
  • o sucesso das atividades de pesquisa e desenvolvimento;
  • a capacidade da Avon de proteger os seus direitos de propriedade intelectual; e
  • o risco de um resultado adverso decorrente de qualquer litígio pendente e futuro ou da alteração da situação jurídica dos representantes de venda.

Podemos não conseguir integrar com sucesso as operações da The Body Shop, bem como estar sujeitos a outros riscos associados à aquisição.

Adquirimos a The Body Shop em setembro de 2017. Podemos não conseguir concluir com sucesso a integração da The Body Shop com os nossos negócios ou implementar com êxito os sistemas e controles operacionais, financeiros e administrativos adequados para alcançar os benefícios esperados da aquisição da The Body Shop. Os riscos que enfrentamos incluem: (i) falha da The Body Shop em alcançar os resultados esperados; e (ii) possível incapacidade de alcançar sinergias e/ou economias de escala esperadas.

Além disso, a aquisição da The Body Shop pode nos expor a responsabilidade relacionadas a ações anteriores da The Body Shop e sua administração ou passivos contingentes incorridos antes do nosso envolvimento, bem como nos expor a passivos associados a operações em andamento. Um passivo relevante associado às operações da The Body Shop pode afetar adversamente nossa reputação e ter um impacto material relevante sobre a nossa Companhia. Além disso, passivos não divulgados decorrentes da aquisição da The Body Shop podem prejudicar a nossa condição financeira e resultados operacionais.

Como somos uma sociedade detentora de participações societárias (holding), dependemos de formas limitadas de financiamento para as nossas operações.

Como somos uma holding, não possuímos ativos significativos além das ações das nossas subsidiárias. As nossas principais fontes de financiamento e liquidez são os dividendos advindos das nossas subsidiárias, as vendas de participações em nossas subsidiárias, os empréstimos diretos e as emissões de valores mobiliários. A nossa capacidade em cumprir as obrigações com nossos credores diretos e empregados, bem como outras necessidades de liquidez e exigências regulatórias, depende de distribuições oportunas e adequadas de nossas subsidiárias e de nossa capacidade em vender valores mobiliários ou obter crédito de nossos credores.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A nossa capacidade em pagar despesas de financiamento e operacionais e dividendos dependerá principalmente do recebimento de fundos suficientes de nossas principais subsidiárias operacionais. Disposições estatutárias regulam a capacidade das nossas subsidiárias operacionais de pagar dividendos. Se as nossas subsidiárias operacionais não puderem nos pagar os dividendos em tempo hábil e em montantes suficientes para o pagamento das nossas despesas operacionais e financeiras ou para a declaração e pagamento de dividendos e cumprimento de outras obrigações, podemos não pagar os dividendos ou precisaremos buscar outras fontes de financiamento. Além disso, a nossa incapacidade em alienar nossos valores mobiliários ou obter fundos de nossos credores em condições favoráveis, ou de forma alguma, também pode resultar em dificuldades financeiras, entre outros efeitos adversos.

A nossa incapacidade em atender às necessidades de liquidez no mercado acionário ou de ADSs e exigências regulatórias podem impactar de maneira adversa as nossas operações como holding.

Os contratos de financiamento dos quais somos parte exigem o cumprimento de determinadas obrigações.

O cumprimento de determinados covenants pode afetar a nossa capacidade em operar normalmente os nossos negócios e reagir às condições do mercado. Ainda, podem afetar adversamente a nossa capacidade em financiar nossas operações, realizar aquisições estratégicas, investimentos ou alianças, reestruturar a nossa organização ou financiar as nossas necessidades de capital. A nossa capacidade em cumprir determinadas cláusulas pode ser afetada por eventos fora do nosso controle, como condições econômicas, financeiras, regulatórias e do setor. Caso ocorra o descumprimento de qualquer uma dessas cláusulas ou restrições, estaremos inadimplentes com um ou mais instrumentos de dívida, que, se não forem sanados ou renunciados, poderão resultar na aceleração do de parte do nosso endividamento e na inadimplência da nossa Companhia, bem como limitar o nosso acesso a novas linhas de crédito. Tais ações podem resultar no emprego dos direitos dos nossos credores e/ou resultar na nossa falência ou liquidação, o que pode vir a ter um efeito adverso relevante nos nossos negócios, nossa condição financeira e nossos resultados operacionais.

Caso falhemos em atualizar nosso portfólio de produtos continuamente, podemos não obter êxito na expansão de nossa rede de revendedores autônomos.

Um elemento crítico de nossa estratégia é a capacidade de mantermos relações próximas com nossos revendedores autônomos. Uma das maneiras de manter tais relacionamentos é a renovação contínua de nosso portfólio de produtos inovadores e atraentes. A nossa capacidade de evoluir continuamente o nosso portfólio depende de uma variedade de fatores, incluindo nossa capacidade de prever as exigências do mercado e usar novas matérias-primas e tecnologias. Se não obtivermos sucesso em renovar continuamente o nosso portfólio de produtos, nossa capacidade de manter e aumentar a nossa rede de revendedores autônomos pode ser afetada, impactando, assim, a base de consumidores finais de nossos produtos.

Se não tivermos êxito em utilizar de forma eficaz ou proteger nossos direitos de propriedade intelectual, nossos negócios, condição financeira e nossos resultados podem ser afetados negativamente.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Nosso sucesso depende significativamente da nossa capacidade de proteger as nossas marcas atuais e futuras (incluindo as marcas próprias) e de defender os nossos direitos de propriedade intelectual, incluindo nomes de domínio, segredos industriais e know-how. Se não tivermos êxito em utilizar de forma eficaz ou proteger os nossos direitos de propriedade intelectual, especialmente patentes e marcas, a nossa posição competitiva pode ser afetada negativamente. O mercado dos nossos produtos depende de forma significativa do valor associado às nossas inovações, à diversificação do portfólio de produtos, e do reconhecimento e valor dos nossos ativos intangíveis. Nossa propriedade intelectual, incluindo, mas não se limitando a patentes, desenhos industriais, marcas, submarcas, direitos autorais e segredos comerciais, é muito importante para nós. Possuímos patentes, desenhos industriais e marcas relevantes que são utilizadas na comercialização e distribuição dos nossos principais produtos nos países em que operamos.

Também existe o risco de, por omissão, deixarmos de renovar uma marca em tempo hábil ou de os nossos concorrentes contestarem ou invalidarem uma marca existente ou futura emitida ou licenciada por nós. Não podemos garantir que as medidas que tomamos para proteger nosso portfólio de direitos de propriedade intelectual serão suficientes ou que terceiros não infringirão ou desviarão nossos direitos. Se não conseguirmos proteger nossos direitos de propriedade intelectual contra infração ou apropriação indébita, o desenvolvimento dos nossos negócios pode ser afetado negativamente.

Adicionalmente, a falsificação e a imitação já ocorreram com diversos produtos de consumo, incluindo cosméticos. Como as nossas marcas são conhecidas mundialmente, já sofremos falsificação e imitação dos nossos produtos. Não podemos garantir que a falsificação e a imitação não ocorram ou, se ocorrerem, que poderemos detectar e resolver o problema de maneira eficaz. Qualquer falsificação ou imitação pode impactar negativamente nossa reputação e o nome das nossas marcas, podendo levar à perda de confiança do consumidor e, consequentemente, afetar adversamente os nossos resultados operacionais.

Além disso, embora a maior parte da nossa propriedade intelectual relevante seja registrada em certos países estrangeiros em que atuamos, pode não haver garantia dos direitos associados a essa propriedade intelectual nesses países. Do mesmo modo, não há como garantir que os direitos associados à propriedade intelectual serão respeitados e não serão contestados por terceiros na esfera administrativa ou na esfera judicial, seja no Brasil ou no exterior. Os custos necessários para proteger os nossos direitos de propriedade intelectual, seja pela via extrajudicial ou por meio de processos legais ou administrativos, podem ser significativos.

Também, pode haver litígios referentes a alegações de violação ou invalidade por terceiros, na medida em que buscamos ativamente a inovação no setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal para aumentarmos o valor do nosso portfólio de propriedade intelectual. Um resultado negativo em tais litígios ou em qualquer processo semelhante pode afetar adversamente nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais. Além disso, o desvio da atenção e dos recursos da administração ao abordar qualquer reivindicação de litígio relacionado à propriedade intelectual, independentemente da sua validade, pode ser significativo e afetar adversamente os nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.

Nossos negócios dependem de marcas altamente conhecidas. Podemos não conseguir manter e aprimorar nossas marcas, ou receber reclamações de consumidores, ou publicidade negativa, que poderia afetar adversamente nossas marcas.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Acreditamos que nossas marcas (principalmente Natura, The Body Shop e Aesop, entre outras) contribuem significativamente para o sucesso dos nossos negócios. Também acreditamos que manter e aprimorar nossas marcas é crítico para a manutenção e expansão da nossa base de consumidores, vendedores e revendedores autônomos. Manter e aprimorar nossas marcas também dependerá significativamente da nossa habilidade de continuar a criar a melhor experiência de compra para o consumidor, através de um ambiente agradável em todos os nossos pontos de venda e baseado nos nossos preços competitivos e grande gama e alta qualidade dos produtos que oferecemos, conjuntamente com a gama e conveniência de opções de entrega de produtos. Se não formos capazes de atingir esses padrões, nossos negócios e resultados operacionais podem ser afetados adversamente.

Reclamações de consumidores ou publicidade negativa sobre os produtos que vendemos, os preços que cobramos e serviços que disponibilizamos, podem reduzir no futuro a confiança do consumidor e o uso dos nossos produtos e afetar adversamente os nossos negócios. Além disso, alguns dos produtos que vendemos podem nos expor a ações de indenização decorrentes de danos pessoais e podem necessitar de recall de determinados produtos ou outras medidas. Para manter boas relações com o consumidor, precisamos treinar adequadamente e gerir nossos empregados que estão direta e diariamente em contato com os nossos consumidores. Também precisamos ter uma equipe de serviço ao consumidor pronta para resolver irregularidades e disputas de forma efetiva e imediata. Serviços efetivos ao consumidor necessitam de gastos significativos com pessoal e investimentos para desenvolver programas e infraestrutura tecnológica para ajudar representantes de serviço ao consumidor a conduzir suas funções. Caso não haja êxito em gerir adequadamente ou treinar nossos representantes de serviço ao consumidor, nossa habilidade de lidar de forma efetiva com reclamações de consumidores pode ser comprometida. Se não lidarmos de forma efetiva com tais reclamações, nossa reputação e nossos negócios podem ser afetados e podemos perder a confiança dos consumidores.

A cobertura da mídia e publicidade, geralmente exercem influência significativa no comportamento e ações dos nossos consumidores. Se estivermos sujeitos à publicidade negativa, que levaria os consumidores a mudar seus hábitos de consumo, poderíamos ser material e adversamente afetados. Novas tecnologias, como mídias sociais, são usadas cada vez mais para publicidade de produtos e serviços. O uso de mídias sociais requer atenção específica, assim como um conjunto de diretrizes de monitoramento e gerenciamento que podemos não obter êxito em efetivamente desenvolver e implementar. Postagens ou comentários negativos sobre nós, sobre nossos produtos, negócios, operações, matérias-primas, diretores ou executivos em qualquer mídia social ou website, poderia danificar materialmente nossa reputação. Além disso, nossos empregados e representantes podem utilizar ferramentas de mídias sociais e tecnologias móveis de forma inapropriada, o que pode resultar em indenizações ou que poderia levar à exposição de informação sensível. Publicidade negativa que significativamente danifique a reputação de uma ou mais de nossas marcas, pode ter efeito materialmente prejudicial no valor das nossas marcas, que pode impactar material e adversamente nossas vendas, nossos negócios, nossa condição financeira e nossos resultados operacionais.

A interrupção de nossas atividades nas unidades de pesquisa e desenvolvimento, produção e distribuição pode afetar adversamente nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Nós desenvolvemos e produzimos uma parcela significativa dos nossos produtos nas nossas próprias plantas produtivas. Nós estamos expostos a certos riscos inerentes a nossa pesquisa, produção, distribuição e desenvolvimento de atividades, incluindo acidentes industriais, ações ambientais, greves e outras disputas trabalhistas, interrupções em logística, fornecimento de energia, sistema de informações, perda total ou parcial de unidades operacionais, controle de qualidade dos produtos, segurança, requisitos de licença específicos e outros fatores regulatórios, assim como desastres naturais, surtos de doenças ou pandemias, como por exemplo, a pandemia da COVID-19, e outros fatores externos, sobre os quais não temos controle. Por exemplo, usamos substâncias inflamáveis e explosivas, como álcool, na produção dos nossos produtos. Esses produtos inflamáveis e explosivos estão guardados em nossas unidades operacionais e podem danificar nossas instalações. Acidentes em nossas unidades operacionais, especialmente em nossa planta industrial principal em Cajamar, no Estado de São Paulo, pode expor-nos a riscos relacionados a perda total ou parcial das nossas unidades, a depender da severidade dos acidentes.

Além disso, utilizamos de produção terceirizada para determinados produtos. Assim, como uma companhia envolvida na produção, distribuição e pesquisa e desenvolvimento em escala global, estamos sujeitos aos riscos inerentes de tais atividades executadas por nossos produtores terceirizados. Esses riscos a que nós e nossos produtores terceirizados estamos expostos, incluindo acidentes industriais, eventos ambientais, incêndios, greves e outras disputas trabalhistas ou industriais, interrupções na logística e sistemas de informação (como sistema de ERP), perda ou depreciação de locais estratégicos de produção e de distribuição, questões de controle de qualidade de produção, preocupações relacionadas à segurança, requisitos de licenças e outras questões governamentais e regulatórias, assim como desastres naturais, surtos de doenças e pandemias, como por exemplo, a pandemia da COVID-19, disputas de fronteiras, atos de terrorismo e outros fatores externos, sobre os quais não possuímos controle. Além disso, não há garantia de que todos os nossos produtores terceirizados cumprirão suas obrigações sobre os contratos de prestação de serviços, com eles assinados. Se qualquer de nossos produtores terceirizados se deparar com qualquer situação que afete seus resultados, ou se qualquer de nossos produtores terceirizados falharem em cumprir suas obrigações, isso pode afetar nossa habilidade de entregar nossos produtos ao mercado, o que pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios, prospectos, condição financeira, liquidez, resultados operacionais e fluxo de caixa.

Esses riscos podem ser potencializados pelos nossos esforços em aumentar a consolidação das unidades, abrangendo nossas unidades de produção, distribuição e fornecimento, especialmente se não tivermos êxito em aumentar nossa resiliência referente a interrupções operacionais ou aprimorar nosso planejamento para a recuperação de desastres. A perda ou dano de qualquer das nossas unidades ou centros, ou de qualquer dos nossos produtores terceirizados, pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios, prospectos, condição financeira, liquidez, resultados operacionais e fluxo de caixa.

Uma paralisação do trabalho ou greve significativa de nossa força de trabalho poderá afetar adversamente nossas operações.

Vários de nossos empregados são representados por sindicatos e cobertos por negociação coletiva ou acordos trabalhistas semelhantes, os quais estão sujeitos a renegociação periódica dentro dos prazos estabelecidos por lei. Greves e paralisações ou outras interrupções trabalhistas em qualquer uma de nossas instalações ou distúrbios trabalhistas que interrompam nossos fornecedores de bens ou serviços de terceiros podem ter um efeito adverso relevante em nossos negócios e resultados operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Nosso sucesso depende, parcialmente, da qualidade, segurança e eficácia de nossos produtos e o risco de contaminação pode resultar em responsabilizações e afetar adversamente nossos negócios.

Nosso sucesso depende, em parte, da qualidade, segurança e eficácia de nossos produtos. Podemos estar sujeitos a reivindicações de responsabilidade se nossos produtos forem considerados impróprios para uso humano ou causar doenças. Os produtos podem se tornar impróprios para uso humano devido à contaminação dos ingredientes, acidentais ou não, e adulteração ilegal. A contaminação dos ingredientes de nossos produtos pode ocorrer durante os processos de transporte, produção, distribuição e vendas devido a razões desconhecidas por nós ou fora de nosso controle. A ocorrência de tais problemas pode resultar em recalls de produtos e/ou sanções regulatórias, que causarão sérios danos à nossa reputação e marca, além da perda de receita. Não podemos garantir que tais incidentes não ocorrerão no futuro. Além disso, a publicidade adversa sobre esses tipos de preocupações relacionadas à nossa marca ou ao setor como um todo, legítimo ou não, pode desencorajar os consumidores a comprar nossos produtos. Se os consumidores perderam a confiança em nossa marca, poderemos experimentar quedas de longo prazo em nossas vendas, resultando em perdas que talvez não consigamos recuperar.

Nossos negócios dependem de uma cadeia de suprimentos e, consequentemente, estamos sujeitos a riscos inerentes à logística.

Se as operações em nossos centros de distribuição ou as operações de nossos fornecedores bem como prestadores de serviço forem afetadas adversamente por fatores fora de nosso controle, como incêndios, desastres naturais, surtos de doenças ou pandemias, como o COVID-19, falta de energia, falhas nos sistemas, queimadas e desmatamentos florestais, entre outros, e caso nenhum outro fornecedor ou centro de distribuição seja capaz de atender à demanda da região afetada, a distribuição de produtos para as regiões em que atuam os fornecedores e/ou centro de distribuição afetados serão prejudicadas, o que pode nos afetar adversamente. Nossas operações podem ser afetadas material e adversamente, se não conseguirmos encontrar novos fornecedores, abrir novos centros de distribuição ou expandir nossos centros de distribuição existentes, a fim de atender à demanda de fornecimento dos nossos clientes. Com efeito, especialmente no que diz respeito aos nossos produtos cujo processo de produção envolve a utilização de ingredientes oriundos de bioativos obtidos por nossos fornecedores em região de floresta, qualquer evento que possa destruir o bioma em questão e que prejudique a sustentabilidade da economia da região afetada pode ter efeito adverso relevante sobre a nossa cadeia de suprimentos e gerar, consequentemente, riscos importantes relacionados ao nosso processo de manufatura de produtos identificados com a nossa marca e a logística de nossos produtos.

Além disso, qualquer interrupção, falha ou mudança significativa na infraestrutura de logística, que nós ou nossos fornecedores utilizamos para entrega de produtos em nossos centros de distribuição, podem impedir a entrega oportuna ou bem-sucedida dos produtos a nossos clientes e afetar adversamente nossas operações.

Nossa rede de distribuição é sensível à flutuação do preço do petróleo e qualquer aumento no preço, interrupção no fornecimento, ou escassez de combustível, pode resultar em custos de remessa e afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Adicionalmente, se forem adotadas normas rigorosas para combater o tráfego nas ruas, impondo maiores restrições na entrega de produtos a nossos clientes, dentro de certas horas do dia, em determinadas localidades onde operamos, nossa capacidade de distribuir produtos tempestivamente aos nossos clientes poderá ser afetada. Um aumento geral no tráfego nas ruas também pode impactar nossa capacidade de distribuir produtos aos nossos clientes tempestivamente. Além disso, nosso e-commerce está sujeito a riscos similares e conforme o expandimos, esses riscos podem afetar nossa capacidade de entregar produtos aos nossos consumidores finais tempestivamente. Qualquer incapacidade de entregar com rapidez e sucesso os produtos que vendemos aos nossos consumidores, através do nosso e-commerce, pode resultar na perda de seus negócios e material e adversamente afetar nossa reputação, o que pode ter um impacto adverso nas nossas vendas.

Não temos seguro contra todos os riscos que afetam as nossas atividades e as nossas apólices de seguro atuais podem não ser suficientes para cobrir todas as perdas e/ou responsabilidades que podem vir a ser incorridas no curso de nossas operações.

Não podemos garantir que as nossas apólices de seguro atuais estarão sempre disponíveis ou serão suficientes para cobrir quaisquer danos resultantes de qualquer tipo de reclamação. Além disso, existem determinados riscos que podem não ser cobertos por nossas apólices, como guerra, força maior ou certas interrupções nos negócios. Também não podemos garantir que, quando nossas atuais apólices de seguro expirarem, seremos capazes de renová-las em termos suficientes e favoráveis. Reivindicações que não são cobertas por nossas apólices ou pela falha em renovar tais apólices de seguro podem nos afetar adversamente.

Interrupção do nosso sistema de tecnologia da informação, ou sistemas de TI, provocada por falhas, erros, invasão de hackers, vírus e outros ataques de crimes cibernéticos, podem afetar adversamente nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais e nos expor a determinados prejuízos.

Nossos negócios dependem em grande medida na confiabilidade e na segurança de nossos sistemas de tecnologia de informaçõa, softwares e rede. Usamos sistemas de TI para apoiar nosso negócio. Nossos sistemas de TI e infraestrutura, assim como de terceiros, são essenciais para nossa performance. Dentre os sistemas de TI utilizados, podemos citar: sistemas de apoio de relatórios financeiros, ferramentas baseadas na web, assim como uma rede de comunicação e transferência de dados interna. Podemos, também, usar uma variedade de ferramentas tecnológicas (sistema de pedidos on-line, faturamento eletrônico e ferramentas de treinamento on-line) para apoiarmos e nos comunicarmos com nossos revendedores autônomos. Em muitos casos, utilizamos serviços terceirizados em vários aspectos para fornecer tais sistemas de TI. Nos últimos anos, empreendemos iniciativas para aumentar nossa confiança em sistemas de TI, o que resultou na terceirização de certos serviços e funções, como sistemas globais de TI de recursos humanos, suportes de call- center, serviços de suporte a representantes de vendas e outros processos de TI.

Qualquer um de nossos sistemas de tecnologia da informação, softwares, redes e infraestruturas de TI, ou aqueles de terceiros, estão sujeitos a falhas ou interrupções, que são inerentes no complexo cenário de aplicações localizadas à arquitetura de sistema. Incidentes originários de sistemas legas ou não integrados, ou ambos, assim como desastres naturais, incêndios, inundações, perda de energia, problemas e falhas relacionadas à rede de telecomunicações, ataques terroristas, arrombamentos, erros humanos, falhas de software, sabotagem, corrupção de dados e eventos similares também podem ocorrer. Outros riscos e desafios podem surgir à medida que atualizamos, modernizamos e padronizamos nossos sistemas de TI.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Nossos sistemas de tecnologia da informação e/ou de nossos fornecedores de serviços terceirizados também podem estar vulneráveis a vírus de computador, falhas na segurança de dados, invasões, corrupção de dados e interrupções semelhantes causadas por acesso não autorizado a esses sistemas. Dependemos de nossos empregados, revendedores autônomos e terceiros em nossas operações diárias e contínuas, que podem, como resultado de erro humano, ato ilícito ou falha, interrupção, ataque cibernético ou outra violação de segurança de sistemas de terceiros ou infraestrutura, expor-nos a riscos.

Nossos sistemas de TI ou de nossos fornecedores de serviços terceirizados podem ser acessados por usuários não autorizados, como criminosos cibernéticos, como resultado de uma falha, interrupção, ataque cibernético ou outra violação na segurança, expondo-nos a riscos. Como as técnicas usadas por criminosos cibernéticos mudam com frequência, estas falhas, interrupções, ataques cibernéticos ou outras violações de segurança podem passar despercebidos por um longo período de tempo. Uma falha, ataque cibernético ou outra violação de segurança dos nossos sistemas ou infraestrutura de TI ou de nossos fornecedores de serviços terceirizados, pode resultar no roubo, transferência, acesso não autorizado, divulgação, modificação, uso indevido, perda ou destruição de dados e/ou informações da nossa Companhia, dos empregados, dos revendedores autônomos, dos clientes, dos fornecedores ou outros dados de terceiros, incluindo dados sensíveis ou confidenciais, informações pessoais e propriedade intelectual. Adicionalmente, nossa capacidade de proteger e monitorar as práticas de nossos prestadores de serviços terceirizados, é mais limitada que nossa capacidade de proteger e monitorar nossos próprios sistemas de infraestrutura de TI. A ocorrência destes e quaisquer outros incidentes, pode danificar nossos sistemas e infraestrutura de TI, ou de terceiros, e afetar adversamente nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.

Investimentos em segurança da informação são custosos e como ataques virtuais, continuam a evoluir, nós podemos ter que investir significante quantidade de recursos a fim de continuar ou aprimorar nossas medidas protetivas ou investigar e remediar qualquer vulnerabilidade quanto a segurança da informação. Como uma empresa que opera globalmente, podemos ser impactados por acordos comerciais entre nós e organizações de processamento, leis e regulamentos existentes e propostos e políticas e práticas governamentais relacionadas à segurança cibernética, privacidade e proteção de dados. Os dados, sistemas de TI e infraestrutura nossos e de prestadores de serviços terceirizados, podem ser vulneráveis. Não há nenhuma garantia de que nossos esforços prevenirão o fracasso, interrupção, ataque virtual, ou outra falha de segurança de nossos sistemas de TI e infraestrutura ou de prestadores de serviços terceirizados, ou de que nós detectaremos e responderemos corretamente se houver tal falha, interrupção, ataque virtual, ou outra falha de segurança. Qualquer falha, interrupção, ataque virtual, ou outra falha de segurança, pode afetar adversamente nossos negócios, incluindo nossa habilidade de expandir nossos negócios, causar danos à nossa reputação, resultar em custos elevados para tratar nossos dados internos, segurança e questões com o pessoal e resultar em violações às leis de privacidade aplicáveis e outras leis e obrigações financeiras externas, como multas governamentais, penalidades, procedimentos regulatórios, esforços de remediação, como notificação de violação e monitoramento de roubo de identidade e litigância privada de terceiros com potenciais custos significativos. Além disso, pode implicar em efeitos adversos na qualidade dos produtos e serviços por nós ofertados e, como resultado, na demanda de consumidores e, portanto, no número de vendas. Poderia, ainda, resultar na deterioração da confiança dos nossos empregados, revendedores autônomos, consumidores ou fornecedores, o que poderia levá-los a interromper os negócios conosco ou resultar em outras desvantagens competitivas.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Divulgação não autorizada de informações sensíveis ou confidenciais do consumidor ou nossa falha ou a percepção dos consumidores que falhamos em cumprir com as leis de privacidade ou em endereçar corretamente matérias privadas que poderiam danificar relevantemente nossos negócios e posição com nossos consumidores.

Nós coletamos, armazenamos, processamos e utilizamos certas informações do pessoal e outros dados dos consumidores referentes aos nossos negócios. Um risco significativo associado com os nossos negócios e comunicações em geral é a transmissão segura de informação confidencial através de redes públicas. A percepção das preocupações com a privacidade das informações sensíveis ou confidenciais do consumidor, sendo ou não válida, pode nos afetar adversamente. Nós devemos assegurar que qualquer processo, coleção, uso, armazenamento, disseminação, transferência ou disposição de dados pelos quais somos responsáveis cumpram com a proteção de dados e lei de privacidade aplicáveis. A proteção de dados dos nossos consumidores, empregados e companhia é essencial para nós. Atualmente, vários de nossos consumidores nos autorizam a cobrar suas contas de cartão de crédito diretamente. Nós contamos com sistemas (softwares) de monitoramento comercialmente disponíveis, a fim de promover a segurança de processamento, transmissão e armazenamento de informações confidenciais dos consumidores, tais como cartão de crédito e outras informações pessoais.

Nossas unidades e sistemas, quaisquer de nossas plataformas de e-commerce ou nossas lojas físicas, bem como aquelas dos nossos prestadores de serviços terceirizados podem ser vulneráveis a violações de segurança, fraude, atos de vandalismo, vírus de computador, informações mal utilizadas ou perdidas, erros humanos ou de programação ou eventos similares. Qualquer violação de segurança ou qualquer falha percebida envolvendo a apropriação indevida, perda ou qualquer disponibilização não autorizada de informação confidencial, bem como qualquer falha ou falha percebida, a fim de cumprir com leis, políticas, obrigações legais ou parâmetros industriais referentes

  • informação privada e proteção, seja por nós ou por fornecedores na nossa plataforma online, pode danificar nossa reputação, expor-nos a riscos de litigância e responsabilidade cível, sujeitar-nos a publicidade negativa, interromper nossas operações e danificar nossos negócios. Nós não podemos garantir que as nossas medidas de segurança irão prevenir falhas de segurança ou que falhas em as prevenir não terão um efeito adverso relevante para nós.

A perda de membros da nossa administração, o enfraquecimento de nossa cultura corporativa e/ou a impossibilidade de atrair, reter e treinar pessoal chave pode afetar adversamente nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais.

Acreditamos que a nossa capacidade de reter nossa vantagem competitiva depende, em grande parte, de nossos líderes executivos e da cultura corporativa que nossa administração promove. A perda de qualquer membro da nossa alta administração ou nossa incapacidade de atrair e reter gerentes experientes pode atrapalhar nossas operações e ter um efeito adverso em nossos negócios. Se os membros de nossa equipe de gerência sênior renunciarem, talvez não consigamos sustentar nossa cultura existente ou substituí-los por indivíduos da mesma experiência e qualificação. O pessoal-chave pode nos deixar por várias razões e é difícil prever o impacto dessas partidas, o que pode dificultar a implementação de nossos planos estratégicos e nos afetar adversamente.

Além disso, nosso sucesso futuro também depende da nossa capacidade de identificar, atrair, contratar, treinar, reter, motivar e gerenciar outras pessoas com habilidades e conhecimentos específicos. A concorrência por esse pessoal é intensa e talvez não consigamos atrair, contratar, treinar, reter, motivar e gerenciar com êxito pessoal qualificado, o que pode afetar adversamente os nossos negócios.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Impossibilidade em atrair e reter nossos revendedores autônomos pode ter um efeito materialmente adverso em nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais.

A inabilidade para atrair e reter nossos revendedores autônomos pode causar um efeito materialmente adverso em nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais. Conduzimos nossos negócios nos países em que atuamos principalmente na forma de vendas diretas através de uma rede de revendedores autônomos, que compram e revendem nossos produtos, e consultoras de vendas independentes (consultoras líderes de negócios da nossa Companhia), que além de vender nossos produtos também são responsáveis por compartilhar informações e diretrizes de negócios para pequenos grupos de revendedores da nossa Companhia. Esses revendedores autônomos são nosso principal canal de vendas para nossos produtos e nossa expansão de negócios está vinculada ao crescimento da rede de revendedores.

Revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios da nossa Companhia são revendedores autônomos que compram produtos diretamente de nós e os vendem para seus clientes. Não há acordo de exclusividade entre nós e nossos revendedores autônomos, nem exigimos um período mínimo de associação conosco. Há uma alta taxa de rotatividade entre revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios, o que é uma característica comum do negócio de vendas diretas. Nosso sucesso em atrair e reter revendedores autônomos depende de uma série de fatores, que incluem:

  • manter relações próximas e de qualidade com nossos revendedores autônomos;
  • continuar a criar produtos inovadores e de sucesso, o que é importante para garantir o interesse de revendedores autônomos em nossa empresa e da nossa marca;
  • manter os preços médios de produtos que permitem aos nossos revendedores autônomos aumentarem seus lucros;
  • percepção pública da nossa marca, da linha de produtos e do canal de vendas diretas;
  • competitividade entre revendedores autônomos de outras empresas de vendas diretas;
  • o nível de atendimento prestado a revendedores autônomos;
  • condições macroeconômicas no Brasil e outros países em que operamos;
  • executar com sucesso nossa estratégia digital;
  • nossa habilidade para implementar com sucesso outras iniciativas no canal de venda direta;
  • nossa habilidade em melhorar nossos catálogos e ofertas de produtos;
  • as condições legais, administrativas e outras condições impostas aos consultoras de beleza independentes pelas autoridades dos países nos quais operamos; e
  • nossa habilidade em melhorar nosso marketing e publicidade.

Podemos não ter acesso a novos financiamentos em condições favoráveis para atender às nossas necessidades de capital e cumprir nossas obrigações financeiras.

Contamos com a obtenção de financiamento e refinanciamento do endividamento existente para implementar nossa estratégia e operar e expandir nossos negócios. Porém, as recentes interrupções nos mercados de crédito e seus efeitos sobre as economias global e brasileira podem afetar adversamente nossa capacidade de aumentar capital, cumprir com obrigações financeiras, obter novos financiamentos ou refinanciar empréstimos existentes quando necessário, bem como aumentar o custo do endividamento futuro.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Uma volatilidade substancial e indisponibilidade de financiamento a taxas razoáveis nos mercados de capitas globais, bem como interrupções no mercado de crédito, tiveram um impacto negativo relevante nos mercados financeiros, bem como nas economias global e doméstica. Em particular, o custo do financiamento nos mercados globais de dívida aumentou substancialmente, restringindo a disponibilidade de fundos em tais mercados. Além disso, tal volatilidade resultou em um aumento dos custos para a obtenção de financiamento nos mercados de crédito, tendo em vista que muitos credores aumentaram as taxas de juros, adotaram políticas de empréstimos mais rigorosas, reduziram o volume e, em alguns casos, deixaram de oferecer financiamento em condições padrões de mercado. Se não conseguirmos obter novos financiamento ou refinanciar empréstimos existentes, quando necessário, ou obter ou renovar garantias de seguro, podemos enfrentar dificuldades para cumprir nossas obrigações financeiras ou explorar oportunidades de negócios. Esse cenário possível teria um efeito adverso relevante nos nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.

Além disso, alguns dos instrumentos financeiros que poderão ser emitidos por nós, bem como pela Natura Cosméticos e respectivas controladas, exigem a manutenção de índices financeiros e o cumprimento de obrigações específicas. Inadimplementos relativos a esses instrumentos que não sejam sanados ou renunciados pelos respectivos credores poderão acarretar a decisão de vencimento antecipado de tais dívidas.

Nós podemos encontrar dificuldades em abrir novas lojas e desenvolver nossas lojas já existentes.

Nosso crescimento é amplamente ligado à nossa habilidade em inaugurar novas lojas e desenvolver lojas já existentes e identificar e obter vantagens de novas oportunidades de negócio de forma bem- sucedida. Nossa habilidade em inaugurar novas lojas e desenvolver lojas já existentes de maneira bem-sucedida dependem de diversos fatores. Esses fatores incluem, entre outros, a disponibilidade de recursos financeiros ou de financiamento em termos aceitáveis, assim como nossa capacidade de identificar locais apropriados para novas lojas, o que envolve a coleta e análise de dados demográficos e de mercado, a fim de determinar se há demanda suficiente para os nossos produtos nos locais relevantes, bem como a aquisição imobiliária ou de negociação de contratos de aluguel em termos aceitáveis. Além disso, se consumidores nos mercados em que nos expandimos ou construímos lojas de novos formatos não forem receptivos a nossos conceitos de varejo ou então não forem receptivos a nossa presença nesses mercados, nós podemos ser afetados material e adversamente. Nós podemos também estar sujeitos a atrasos resultantes de mudanças legislativas, burocracia governamental ou eventos imprevistos ou de força maior, que podem resultar em aumentos de preço inesperados, não inclusos no nosso orçamento. Qualquer interrupção ou atraso na construção ou inauguração dos nossos projetos ou aumentos de custos podem interromper nossos negócios, diminuir nossas receitas esperadas no nosso plano de negócios e nos afetar adversamente.

Nosso crescimento orgânico, bem como crescimento decorrente de aquisições podem causar uma dificuldade relevante nos nossos recursos de gestão, operação e finanças. Nossa habilidade de administrar o crescimento futuro dependerá da nossa habilidade de continuar a implementar e melhorar sistemas de informação operacionais, de finanças e de administração em tempo oportuno e para treinar, motivar e administrar uma força de trabalho aumentada, incluindo nossa habilidade de recrutar pessoal qualificado com habilidades técnicas necessárias e experiência e integração da nossa força de trabalho existente com aquela de qualquer negócio que possamos adquirir. A falha em administrar efetivamente nossa expansão pode resultar em aumento de preços, declínio nas vendas e redução da lucratividade.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Estamos sujeitos a riscos de conduta antiética, fraude, não aderência às regras e corrupção, assim como outras empresas de mesmo porte e com uma grande quantidade de profissionais.

Estamos sujeitos a riscos relacionados à conduta antiética, fraude e não aderência às regras, assim como outras empresas de mesmo porte e com uma grande quantidade de profissionais, e estamos continuamente aprimorando nossos sistemas de gerenciamento de riscos por meio do fortalecimento do ambiente de controles internos visando abranger potenciais situações de desvios de comportamento. Entretanto, dadas as limitações inerentes que devem ser reconhecidas ao se considerar a eficácia de qualquer ambiente de controle, tais como a possibilidade de ocorrência da falha humana, interpretação errônea de instruções, negligência, conluio, etc., pode ser que nosso sistema de gerenciamento e controle de riscos não seja suficiente para prevenir algumas dessas situações.

Além disso, atos ilícitos definidos pela Lei nº 12.846, de 1 de agosto de 2013, conforme alterada ("Lei nº 12.846/13"), podem ser praticados isoladamente por qualquer administrador, profissional, empregado, terceiros, prestadores de serviços, dentre outros vinculados à nós, ainda que sem o consentimento ou conhecimento da nossa administração (ou demais administradores, conforme o caso), estariam sujeitos às hipóteses de punibilidade previstas na Lei nº 12.846/2013, incluindo o pagamento de multas relevantes. No caso de violações a tal lei, não podemos prever os impactos na nossa Companhia e em nossos negócios.

Ainda, a operação dos nossos negócios em nível mundial exige o cumprimento de leis e regulamentos de várias jurisdições, incluindo leis e regulamentos anticorrupção, como o U.S. Foreign Corrupt Practices Act of 1977 (o "FCPA"), o U.K. Bribery Act of 2010 ("Bribery Act"), a Lei nº 12.846/13, o Decreto nº 8.420, de 18 de março de 2015, o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, a Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992, a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, a Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013, e sanções econômicas e comerciais, incluindo as administradas pelas Nações Unidas, pela União Europeia, pelo Office of Foreign Assets Control of the U.S. Department of the Treasury e pelo U.S. Department of State (em conjunto, "Leis Anticorrupção"). Em particular, o FCPA proíbe o fornecimento de qualquer coisa de valor a empregados estrangeiros com o objetivo de obter, manter ou garantir qualquer vantagem comercial imprópria nos negócios. Podemos vir a lidar com governos e empresas estatais, cujos empregados são considerados como estrangeiros para os fins do FCPA. Já as disposições do Bribery Act vão além de suborno de empregados públicos estrangeiros e são mais onerosas quando comparadas com as disposições do FCPA em diversos aspectos, incluindo jurisdição, não isenção de pagamentos de facilitação e multas.

Como resultado da realização de negócios em países estrangeiros, inclusive através de parceiros e agentes, estamos expostos a um risco de violação das Leis Anticorrupção e de políticas de sanções econômicas e comerciais. Alguns dos locais internacionais em que operamos têm sistemas legais em desenvolvimento e podem ter níveis mais altos de corrupção do que os países mais desenvolvidos. A nossa expansão contínua, as nossas operações mundiais, incluindo nos países em desenvolvimento, o desenvolvimento mundial de joint ventures e o emprego de agentes locais nos países em que operamos aumentam o risco de violações das Leis Anticorrupção e de políticas de sanções econômicas e comerciais. Tais violações são puníveis com penalidades civis, incluindo multas, negação de privilégios de exportação, liminares, apreensões de ativos, descumprimento de contratos governamentais (e rescisão de contratos existentes) e revogações ou restrições de licenças, bem como a aplicação de multas criminais e prisão. Além disso, quaisquer violações graves podem ter um impacto negativo na nossa reputação e, consequentemente, na nossa capacidade de celebrar futuros negócios.

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Por fim, não há garantia de que as nossas políticas e procedimentos serão observados o tempo todo e detectarão e impedirão efetivamente violações das leis aplicáveis por um ou mais empregados, consultoras, agentes ou parceiros da nossa Companhia e, como resultado, podemos estar sujeitos a multas e consequências adversas relevantes em nossos negócios, condição financeira ou resultados operacionais e em nossa imagem.

As análises e projeções financeiras consideradas por nós e pela Avon antes da Transação podem não ser realizadas.

As análises e projeções financeiras consideradas por nós e pela Avon antes da Transação refletiam diversas estimativas e premissas que eram intrinsecamente incertas em relação ao desempenho e concorrência do setor, negócios gerais e condições econômicas, de mercado e financeiras, bem como outros assuntos específicos aos nossos negócios e da Avon, que são de difícil previsão e estão fora do nosso controle e da Avon. Não podemos garantir que as análises e projeções financeiras consideradas por nós e pela Avon serão realizadas ou que os resultados reais não irão variar materialmente de tais análises e projeções financeiras. Além disso, como as projeções financeiras abrangem vários anos, essas informações, por natureza, tornam-se mais incertas a cada ano.

Podemos ser afetados adversamente por variações cambiais.

As nossas operações são conduzidas em vários países e esperamos que parte significativa dos nossos negócios continue ocorrendo nos mercados internacionais. As nossas demonstrações financeiras são preparadas e apresentadas em nossa moeda funcional, que é o Real, enquanto as demonstrações financeiras das nossas subsidiárias são preparadas na moeda funcional de cada uma delas. Consequentemente, qualquer alteração na taxa de câmbio das moedas funcionais das nossas subsidiárias estrangeiras afetará nossos resultados operacionais e nossa condição financeira. Dessa forma, consideramos que as nossas receitas e ganhos estão expostos aos riscos que podem vir a surgir das variações nas taxas de câmbio, o que pode ter um efeito adverso relevante nos nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira.

Nossas vendas comparáveis (comparable sales ou same store sales) de lojas e o desempenho financeiro trimestral podem variar por vários motivos, o que pode resultar em um impacto adverso relevante no desempenho financeiro.

Nossas vendas comparáveis de lojas e os resultados operacionais trimestrais variaram no passado e presumimos que eles continuem a variar no futuro. Vários fatores afetam as nossas vendas comparáveis de lojas e o desempenho financeiro trimestral, incluindo:

  • sazonalidade;
  • mudanças na nossa estratégia mercadológica ou mix;
  • a eficácia do nosso gerenciamento de inventário;
  • tempo e concentração de novas aberturas de lojas, incluindo recursos humanos adicionais;
  • requisitos e custos de pré-abertura e outros custos iniciais;
  • canibalização das vendas existentes em novas lojas;
  • níveis de despesas pré-abertura associadas a novas lojas;
  • tempo e eficácia de nossas atividades de marketing, como novos produtos e marketing direto;
  • anúncios de atividades, televisão e revistas;
  • ações de nossos concorrentes novos ou existentes;

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  • condições econômicas gerais e, em particular, o ambiente de vendas no mercado de varejo; e
  • armazenar a motivação e eficácia dos empregados.

Consequentemente, os nossos resultados trimestrais não são necessariamente indicativos dos resultados esperados para qualquer outro trimestre e as vendas comparáveis (comparable sales ou same store sales) das lojas para qualquer período futuro em particular podem diminuir. Nesse caso, o nosso resultado operacional pode variar significativamente.

Estamos sujeitos aos riscos decorrentes dos nossos modelos de negócios de franquia.

Nosso sucesso depende cada vez mais do resultado financeiro e da cooperação entre os franqueados das marcas Natura Cosméticos, The Body Shop e Aesop, contudo, temos uma influência limitada sobre as suas operações. Nossas margens das lojas físicas de varejo surgem de duas fontes principais: taxas de lojas franqueadas (por exemplo, aluguel e royalties com base em um percentual de vendas, bem como as receitas de produtos que vendemos a nossos franqueados) e, em menor grau, vendas de lojas operadas pela empresa.

Nossos franqueados gerenciam seus negócios de forma independente e, portanto, são responsáveis pela operação diária de suas lojas. As receitas que obtemos das lojas franqueadas dependem amplamente da capacidade de nossos franqueados aumentarem suas vendas. Se nossos franqueados não apresentarem crescimento de vendas, nossas receitas e margens poderão ser afetadas negativamente. Além disso, se as tendências de vendas piorarem para os franqueados, seus resultados financeiros podem ser prejudicados, o que pode resultar em, entre outras consequências, fechamento de lojas ou atraso ou redução de pagamentos para nossa Companhia. Os esforços para a manutenção dos nossos modelos de negócios de franquia aumentarão essa dependência e o efeito desses fatores.

Nosso sucesso também depende cada vez mais da vontade e capacidade dos franqueados independentes de implementarem iniciativas relevantes e permanecerem alinhados conosco em planos operacionais, promocionais e de investimento intensivo de capital. A capacidade dos franqueados de contribuir para a consecução dos nossos planos depende em grande parte da disponibilidade de financiamento a taxas de juros razoáveis e pode ser impactada negativamente pelos mercados financeiros em geral ou pela credibilidade dos franqueados ou da nossa Companhia. Nosso desempenho operacional também pode ser afetado negativamente se os nossos franqueados tiverem problemas operacionais ou projetarem uma imagem inconsistente com a nossa marca e valores, principalmente se os nossos direitos contratuais e outras soluções forem limitados ou caros para serem exercidos ou, ainda, sujeitos a litígios. Se os franqueados não operarem com êxito as lojas de forma consistente com os nossos padrões, a imagem e a reputação das nossas marcas poderão ser prejudicadas, o que, por sua vez, poderá afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

Podemos não conseguir executar a nossa estratégia para suprir o volume e/ou variedade suficientes de produtos a preços competitivos ou gerenciar adequadamente o nosso suprimento de estoque, o que pode ter um efeito adverso relevante sobre a nossa Companhia.

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Nossos negócios dependem da nossa capacidade de obter estrategicamente um volume e variedade suficientes de produtos a preços competitivos. Além disso, podemos estocar excessivamente os produtos de baixa aceitação e ser forçados a sofrer reduções significativas. Não podemos garantir que continuaremos a identificar a demanda apropriada do cliente e a aproveitar as oportunidades de venda adequadas, o que pode ter um efeito adverso relevante em nossos negócios e resultados operacionais. Ainda, o excesso de estoque de determinadas mercadorias em nossos centros de distribuição pode torná-las obsoletas ou a sua validade pode expirar durante o tempo necessário para a sua entrega aos clientes. Além disso, o manuseio inadequado dos produtos pode resultar em quebra ou mau funcionamento.

Adicionalmente, se falharmos, ou qualquer fornecedor terceirizado de armazenagem falhar, em armazenar o nosso estoque em condições ideais, como temperatura e nível de umidade, a qualidade e o prazo de validade dos nossos produtos podem ser afetados e, como resultado, podemos sofrer danos à nossa reputação, o que pode afetar adversamente os nossos resultados operacionais.

Os controles e procedimentos de divulgação das nossas informações financeiras podem não impedir e/ou detectar todos os erros ou atos de fraude.

Os controles e procedimentos de divulgação das nossas informações financeiras são projetados para fornecer uma segurança razoável de que as informações a serem divulgadas são acumuladas e comunicadas à administração, bem como registradas, processadas, resumidas e relatadas de acordo com as regras aplicáveis.

Tais controles e procedimentos de divulgação têm limitações inerentes, que incluem a possibilidade de que os julgamentos na tomada de decisões possam ter falhas e que ocorram falhas devido a erros ou equívocos. Além disso, os controles podem ser contornados por qualquer substituição não autorizada dos controles. Consequentemente, os nossos negócios estão expostos ao risco de não conformidade potencial com políticas, má conduta ou negligência e fraude de empregados, o que pode resultar em sanções regulatórias, ações civis e danos à nossa reputação e/ou financeiros. Nem sempre é possível impedir a má conduta de empregados e as precauções que tomamos para prevenir e/ou detectar tais atos nem sempre são eficazes. Consequentemente, devido às limitações inerentes ao nosso sistema de controle, distorções devido a erros ou fraudes podem ocorrer e não ser detectadas.

Além disso, não podemos garantir que não haverá fraquezas materiais ou deficiências significativas em nosso controle interno sobre relatórios financeiros no futuro. Qualquer falha em manter o controle interno sobre os relatórios financeiros pode inibir severamente a nossa capacidade de relatar com precisão os nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Se não formos capazes de concluir que nossos controles internos sobre relatórios financeiros são eficazes, ou se a empresa de auditoria independente relatar que temos uma fraqueza material em nosso controle interno sobre relatórios financeiros, poderíamos perder a confiança dos investidores na precisão e integridade das nossas informações financeiras, o preço de negociação das nossas ações pode diminuir e estaremos sujeitos a sanções ou investigações de CVM, B3, NYSE, da SEC ou de outras autoridades reguladoras. A falha em remediar qualquer fraqueza material em nossos controles internos sobre relatórios financeiros, ou em implementar ou manter outros sistemas de controle eficazes obrigatórios para companhias abertas, pode restringir o nosso acesso futuro ao mercado de capitais e reduzir ou eliminar o mercado de negociação das nossas ações.

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Em conexão com a auditoria das nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, nossos auditores independentes registraram deficiências que foram consideradas como uma fraqueza material em nossos controles internos. Uma fraqueza material é uma deficiência, ou uma combinação de deficiências, nos controles internos, de forma que existe uma possibilidade razoável de que uma distorção relevante nas demonstrações financeiras anuais ou informações contábeis intermediárias não seja evitada ou detectada em tempo hábil.

A fraqueza material identificada foi que não projetamos e mantivemos controles eficazes relacionados à interpretação e aplicação de questões contábeis complexas, especificamente em determinadas operações incomuns significativas. Os nossos controles internos não identificaram um erro material na interpretação e aplicação da contabilização de provisões para taxas bancárias, o que foi corrigido nas demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019. Se tal fraqueza não for remediada, há a possibilidade de que uma distorção relevante em nossas demonstrações financeiras consolidadas não seja evitada ou detectada em tempo hábil em períodos futuros.

A manutenção de mais de uma listagem em bolsas de valores da nossa Companhia pode afetar adversamente a liquidez do mercado de nossas ações e ADSs e resultar em divergências de preços entre as bolsas.

As nossas ações estão listadas na B3 e nossas ADSs estão listadas na NYSE. Não é possível prever como as negociações se desenvolverão nesses mercados. A listagem de ações e ADSs da nossa Companhia em duas bolsas distintas pode afetar adversamente a liquidez dessas ações em um ou ambos os mercados e afetar adversamente o desenvolvimento de um mercado de negociação ativo para as nossas ações na B3 ou nossas ADSs na NYSE. Além disso, diferenças nos cronogramas de negociação, bem como a volatilidade na taxa de câmbio das duas moedas, podem resultar em preços de negociação diferentes para as ações e ADSs da nossa Companhia.

  1. a seu controlador, direto e indireto, ou grupo de controle

Os interesses de nossos acionistas controladores podem ser conflitantes com os interesses de nossos outros acionistas.

Nossos acionistas controladores têm o poder de, entre outras coisas, nomear a maioria dos membros do nosso Conselho de Administração e determinar o resultado de determinadas votações que requerem a aprovação dos acionistas, inclusive no que diz respeito a assuntos relacionados a transações com partes relacionadas, reorganizações societárias, alienação de ativos, parcerias, e o prazo, condições e valores de quaisquer pagamentos futuros de dividendos (sujeito a qualquer dividendo mínimo requerido pelo nosso estatuto social, que requeira nossa distribuição de um mínimo de 30% dos nossos lucros como dividendos ou juros sobre capital próprio em cada exercício social). Nossos acionistas controladores podem estar interessados em realizar aquisições, alienação de ativos ou parcerias, buscar financiamento ou realizar transações similares que possam ser objeto de conflito de interesses em relação aos demais acionistas.

Após a aquisição da Avon, deixamos de ter um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais de 50% do capital votante, o que pode nos deixar suscetíveis a alianças entre acionistas, conflitos entre acionistas e outros eventos decorrentes da ausência de um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais de 50% de nosso capital votante.

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Após a aquisição da Avon, não temos um acionista ou grupo de controle titular da maioria absoluta do nosso capital votante. É possível, desta forma, que se formem alianças ou acordos de votos entre nossos acionistas, o que poderia ter o efeito de modificar nosso controle. Caso surja um grupo de controle e este passe a deter o poder decisório, nossas políticas corporativas e estratégias podem sofrer mudanças repentinas e inesperadas, incluindo, mas não se limitando a substituição dos nossos administradores. Além disso, ficamos vulneráveis a tentativas hostis de aquisição de controle e a conflitos daí decorrentes. A ausência de um acionista ou grupo de controle titular de mais de 50% do capital votante poderá dificultar certos processos de tomada de decisão, pois o quórum mínimo exigido por lei para determinadas deliberações poderá não ser atingido. Nesse caso, nós e nossos acionistas minoritários poderemos não gozar da mesma proteção conferida pela Lei das S.A. contra abusos praticados por outros acionistas e, em consequência, poderemos ter dificuldade em obter a reparação dos danos sofridos. Qualquer mudança repentina ou inesperada no quadro de administradores, na política empresarial ou no direcionamento estratégico, tentativa de aquisição de controle ou qualquer disputa entre acionistas concernentes aos seus respectivos direitos podem nos afetar adversamente.

  1. a seus acionistas

Os titulares de ações de nossa emissão poderão não receber dividendos.

De acordo com a Lei das S.A. e nosso Estatuto Social, nossos acionistas fazem jus a um dividendo obrigatório de pelo menos 30% (trinta por cento) de nosso lucro líquido anual, conforme determinado e ajustado. Esses ajustes do lucro líquido para os fins de cálculo da base dos dividendos incluem contribuições a diversas reservas que efetivamente reduzem o valor disponível para o pagamento de dividendos. Nosso Estatuto Social também permite o pagamento de dividendos intermediários, limitados à reserva de capital ou à conta de lucros acumulados ou reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Também podemos pagar juros sobre capital próprio, conforme descrito na legislação brasileira. Os dividendos intermediários e os juros sobre capital próprio declarados em cada exercício social podem ser imputados ao dividendo obrigatório resultante do exercício social em que são distribuídos.

A despeito da exigência do dividendo obrigatório podemos optar por não pagar dividendos aos nossos acionistas em qualquer exercício social, se o nosso Conselho de Administração reportar aos nossos acionistas que essas distribuições não seriam aconselháveis em vista de nossa condição financeira e fornecer aos acionistas na Assembleia Geral Ordinária parecer revisado pelo Conselho Fiscal, caso instalado. Além disso, a nossa administração deve enviar um relatório à CVM dentro de cinco dias após a referida reunião, esclarecendo o motivo do não pagamento. Ademais, podemos vir a ser parte em diversos contratos financeiros e relativos a aquisições que podemos vir a realizar, alguns dos quais podem restringir nossa capacidade de pagar dividendos aos nossos acionistas em valor superior ao mínimo estabelecido em leis se estivermos em descumprimento com as obrigações previstas nos referidos contratos. Não podemos garantir que, no futuro, seremos capazes de atender às exigências necessárias para efetuar o pagamento de dividendos.

A relativa volatilidade e falta de liquidez dos mercados de valores mobiliários brasileiros podem afetar adversamente os titulares de ações e ADSs da nossa Companhia.

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Investimentos em valores mobiliários, como nossas ações ordinárias ou ADSs, de emissores de países emergentes, incluindo o Brasil, envolvem um grau de risco mais alto do que investimentos em valores mobiliários de emissores de países mais desenvolvidos. O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários dos Estados Unidos e de outras jurisdições. podendo ser regulado de maneira diferente das formas familiares aos investidores americanos. Também há uma concentração significativamente maior no mercado de valores mobiliários brasileiro do que nos principais mercados de valores mobiliários dos Estados Unidos. Embora qualquer uma das ações em circulação de uma companhia listada possa ser negociada em uma bolsa de valores brasileira, menos da metade das ações listadas estão realmente disponíveis para negociação pelo público, sendo o restante detido por pequenos grupos de pessoas controladoras, entidades governamentais ou um acionista majoritário. Esses recursos podem limitar substancialmente a capacidade de venda das ações e ações subjacentes às ADSs de nossa emissão a um preço e momento que os acionistas desejarem. As ADSs de nossa emissão poderão não desenvolver liquidez suficiente e/ou ser frequentemente objeto de negociações, o que poderá prejudicar capacidade de venda das ações e ações subjacentes às ADSs de nossa emissão a um preço e momento que os acionistas desejarem.

Nossas futuras emissões de novos valores mobiliários podem resultar em uma diluição na participação de nossos acionistas.

Podemos procurar aumentar nosso capital no futuro por meio de emissões públicas ou privadas de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações. De acordo com o artigo 172 da Lei das S.A., podemos não ser obrigados a conceder direitos de preferência a nossos acionistas em caso de aumento de capital por meio de uma oferta pública de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações, o que pode resultar em uma diluição na participação atual de nossos acionistas.

  1. a suas controladas e coligadas

Nosso crescimento decorrente de aquisições, parcerias ou alianças, pode colocar uma pressão significativa sobre os recursos gerenciais, operacionais e financeiros.

Continuamos a procurar oportunidades de investimento no setor de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal em todo o mundo, tanto em mercados onde já estamos presentes quanto em outros mercados, e poderemos considerar possíveis aquisições, parcerias ou alianças a qualquer momento. Quaisquer futuras aquisições, parcerias ou alianças e financiamentos poderiam ter um efeito relevante sobre nossos negócios, parcerias atuais, condição financeira e resultados operacionais, e não podemos garantir que completaremos qualquer transação almejada.

A nossa inabilidade em integrar negócios ou em completar futuras aquisições de forma bem- sucedida pode limitar o crescimento futuro ou ser prejudicial aos nossos negócios em curso.

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De tempos em tempos, esperamos buscar aquisições a favor de nossos objetivos estratégicos. Em relação a quaisquer dessas aquisições, podemos enfrentar desafios significantes em administrar e integrar as operações expandidas ou combinadas, incluindo patrimônio adquirido, operações e pessoal. Não há garantia de que as oportunidades de aquisição serão disponíveis em termos aceitáveis ou no geral ou que poderemos obter financiamento necessário ou aprovações regulatórias para completar potenciais aquisições. A nossa habilidade em ter sucesso na implementação de nossa estratégia dependerá, até certo ponto, na habilidade de nossa administração em identificar, completar e integrar, de maneira bem-sucedida, aquisições comercialmente viáveis. Transações de aquisição podem interromper os nossos negócios em curso e distrair a administração de outras responsabilidades.

  1. a seus fornecedores

Nossos negócios dependem de um fornecimento estável e adequado de matérias-primas, que podem estar sujeitas a escassez no fornecimento ou atrasos na entrega.

Fabricamos e embalamos a maioria dos produtos da nossa marca. As matérias-primas, consistindo principalmente de óleos essenciais, produtos químicos, recipientes e componentes de embalagens, são adquiridas de vários fornecedores. Adicionalmente, produzimos os catálogos que são utilizados por nossas(os) consultoras(es) de beleza independentes para vender nossos produtos. A perda de fornecedores ou uma interrupção significativa na cadeia de fornecimento de matérias-primas pode ter um efeito adverso significativo na fabricação e embalagem de nossos produtos, ou na produção de nossos catálogos. Esse risco pode ser exacerbado por nossa estratégia de compras coordenada globalmente, que alavanca volumes. Ações regulatórias, como restrições à importação ou à utilização de determinados produtos, em função de alterações do Marco Legal da Biodiversidade, ou restrições à exploração de áreas inseridas no Bioma Amazônico, por exemplo, também podem atrapalhar ou interromper nossa cadeia de fornecimento. Além disso, estamos sujeitos a aumentos nos custos ou, no pior cenário, impossibilidade de obtenção de matérias-primas e embalagens em decorrência de vários fatores sobre os quais não temos controle, como clima, produção agrícola, acesso legítimo a patrimônio genético e/ou conhecimento tradicional associado, condições econômicas, custos de transporte e processamento, que podem afetar adversamente nossas margens de lucro, se não conseguirmos repassar quaisquer custos mais elevados na forma de aumentos de preço dos nossos produtos ou, de outra forma, alcançar eficiências de custo na fabricação e distribuição. Adicionalmente, se nossos fornecedores falharem em utilizar práticas éticas de negócios ou em cumprir com as leis e regulamentos aplicáveis, tais como quaisquer leis contra o trabalho infantil ou análogo ao escravo, e de proteção ambiental, nossa reputação ou patrimônio poderão ser prejudicados devido à publicidade negativa ou a imposição de responsabilidades solidárias ou subsidiárias.

Se houver escassez de material ou atraso na entrega de materiais de embalagem, nossa capacidade de embalar e entregar nossos produtos acabados em nossos pontos de venda poderá ser impactada de forma adversa relevante e nossa reputação e vendas sofrerão danos materiais, o que poderá afetar adversamente nossos resultados.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Não podemos garantir que os nossos fornecedores não irão se envolver em práticas irregulares.

Considerando a descentralização e terceirização das cadeias produtivas dos nossos fornecedores, não podemos garantir que eles não terão problemas relacionados a condições de trabalho, sustentabilidade, terceirização da cadeia produtiva e condições inadequadas de segurança ou que não irão utilizar tais práticas irregulares para reduzir os seus custos de produção. Se um número significativo dos nossos fornecedores se envolver em tais práticas, nossa reputação poderá ser prejudicada e, consequentemente, a percepção dos clientes sobre os nossos produtos poderá ser afetada negativamente, causando, assim, uma redução na nossa receita operacional líquida, resultados operacionais e preços de mercado.

Podemos ser responsáveis pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias de fornecedores terceirizados.

De acordo com as leis trabalhistas brasileiras, se os prestadores de serviços terceirizados não cumprirem suas obrigações decorrentes das leis trabalhistas e de seguridade social, podemos vir a ser responsabilizados solidariamente por qualquer descumprimento, resultando em multas ou outras penalidades, que podem nos afetar adversamente. Também podemos ser responsabilizados por lesões corporais ou mortes em nossas instalações de empregados de terceiros que nos prestam serviços, o que pode afetar adversamente nossa reputação, bem como os nossos negócios.

Nossa dependência de terceiros para a fabricação de produtos pode afetar adversamente nossos negócios, situação financeira e resultados.

Algumas de nossas controladas possuem uma dependência maior de terceiros para a fabricação de seus produtos. O encerramento ou o vencimento de acordos com terceiros contratados ou a impossibilidade de renovar esses acordos ou negociar novos acordos com outros parceiros em condições comparáveis podem prejudicar o desempenho financeiro e comercial destas empresas. Além disso, ao usarmos terceiros para fabricar nossos produtos, também estamos sujeitos às interrupções nas operações destes fornecedores pelos mesmos riscos apontados acima, incluindo acidentes industriais, eventos ambientais, interrupções na logística ou sistemas de informação (como o sistema ERP), perda ou enfraquecimento dos principais locais de fabricação ou distribuição, questões de controle de qualidade do produto, preocupações com segurança, requisitos de licenciamentos e outras questões regulatórias ou governamentais, bem como desastres naturais, pandemias, disputas fronteiriças, atos de terrorismo e outros fatores externos sobre os quais não temos controle. Ainda, a dependência de terceiros nos demanda um maior esforço para controlar custos, eficiência, pontualidade, qualidade e segurança de produtos.

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  1. a seus clientes

Mudanças na preferência dos consumidores podem afetar adversamente nossos negócios, situação financeira e resultados.

Operamos em um mercado que está sujeito a mudanças rápidas e imprevisíveis na demanda e tendências do consumidor. As mudanças na preferência dos consumidores ou diminuição na demanda podem afetar negativamente os resultados de nossas operações e perspectivas de crescimento. O sucesso de nossa estratégia de gestão de marca depende de nossa capacidade de prever, avaliar e reagir eficazmente às mudanças nos padrões de gastos dos consumidores e nas preferências relativas a produtos de beleza e afins. Nossa capacidade de competir depende em parte de nosso sucesso na criação de novos produtos, mas também da satisfação e preferências dos consumidores, conforme tendências em nossos mercados. As preferências e tendências podem mudar devido a uma variedade de fatores, tais como mudanças nas tendências demográficas, a variação nos atributos e ingredientes dos produtos, novas tendências de mercado, clima, publicidade negativa de ações judiciais contra nós ou nossos pares, ou fraqueza econômica em um ou mais dos mercados em que atuamos. Os consumidores também podem passar a comprar produtos dos concorrentes, ou a demanda por produtos em nosso segmento como um todo pode diminuir. Se não tivermos êxito em prever mudanças nas preferências e tendências de consumo, nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais podem ser adversamente afetados.

  1. aos setores da economia nos quais a Companhia atue

Nossa indústria é altamente competitiva e ações estratégicas dos nossos competidores podem enfraquecer nossa posição competitiva e afetar negativamente nossa lucratividade.

Nós e outros varejistas competimos por capital, consumidores, empregados, produtos, serviços e outros aspectos importantes para nossos negócios. Na maioria dos segmentos dos negócios em que operamos, nós geralmente competimos com um grande número de varejistas multinacionais e brasileiros, bem como negócios locais.

Esses competidores, alguns dos quais possuem uma maior presença no mercado em determinadas áreas geográficas, formatos de lojas e/ou para certas categorias de produtos, incluindo varejistas tradicionais, e-commerce e negócios de vendas em catálogo, companhias de vendas diretas e outras formas de comércio de varejo. Mudanças em precificações e outros termos negociados, condições contratuais ou práticas desses competidores podem nos afetar de forma relevante e adversa.

Além disso, o aumento da competição pode resultar em margens brutas reduzidas, um declínio na nossa posição de capital de giro e perda de parcela de mercado, qualquer destes pode nos afetar material e adversamente. Adicionalmente, nossos competidores podem conseguir direcionar mais recursos para investir em desenvolvimento dos negócios. Nossos competidores podem ser adquiridos, receber investimentos ou entrar em outras relações comerciais com companhias maiores, mais bem-sucedidas e bem financiadas em certas linhas de negócio. Ainda, as inaugurações de novas lojas ao nosso redor, seja por competidores atuais ou novos competidores, podem impactar a lucratividade de cada uma de nossas lojas, o que pode reduzir o nosso fluxo de caixa e lucros operacionais. Nós podemos ser relevante e adversamente afetados, na medida em que não tivermos a capacidade de competir, de forma bem-sucedida, com os nossos competidores.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A decisão de compra dos consumidores é afetada por fatores que incluem reconhecimento de marca, qualidade de produto e performance, disponibilidade de crédito e preferências subjetivas. Alguns dos nossos competidores podem dispor de investimentos de marketing substancialmente maiores que os nossos. Caso a nossa publicidade, promoção e estratégia de marketing não sejam bem-sucedidas e, se não pudermos oferecer novos produtos de modo a contemplar as demandas de mercado, nós podemos ser adversamente afetados. Se não pudermos apresentar novos produtos tempestivamente ou se os nossos consumidores acreditarem que os produtos dos competidores são mais atrativos, as nossas vendas, lucratividade e os nossos resultados operacionais podem ser afetados adversamente.

Podemos enfrentar desafios no desenvolvimento da nossa estratégia omnicanal e na expansão de nossas operações na plataforma de e-commerce.

A operação coordenada entre a nossa rede de lojas físicas e nossas plataformas de e-commerce é fundamental para o sucesso da nossa estratégia omnicanal de várias marcas. Se não conseguirmos alinhar e integrar as estratégias de nossos múltiplos canais de vendas, ou se nossos respectivos canais de vendas competirem entre si, não poderemos nos beneficiar totalmente das vantagens oferecidas por uma estratégia omnicanal, o que pode nos afetar adversamente.

Ainda, consumidores têm aderido, cada vez mais, a compras online e aplicativos de compra online. Como resultado, uma porção maior dos gastos de consumidores com varejistas pode ocorrer online e através de aplicativos de compra online. Se falharmos em manter ou crescer a nossa posição de mercado geral através da integração da nossa presença varejista física ou negócio de venda direta e plataforma de e-commerce, nossas vendas líquidas e performances financeiras podem ser afetadas adversamente. Adicionalmente, uma maior concentração de vendas varejistas e atacadistas online e mercado consumidor de compras online podem mudar rapidamente e significativamente, como um resultado de avanços tecnológicos. Novas start-ups inovadoras e vários competidores que fazem investimentos significativos em e-commerce podem criar plataformas de e- commerce e tecnologias similares ou superiores que serão destrutivas ao nosso e-commerce, negócios de venda direta e operações das nossas lojas físicas.

As condições no mercado de vendas online também podem mudar rápida e significativamente como resultado dos avanços tecnológicos. Novas empresas iniciantes que inovam e grandes concorrentes que estão fazendo investimentos significativos em comércio eletrônico podem criar plataformas e tecnologias de comércio eletrônico semelhantes ou superiores que serão prejudiciais tanto ao nosso comércio eletrônico quanto às operações de nossas lojas físicas.

As marcas Natura, The Body Shop e Aesop historicamente usam o e-commerce em diferentes graus e podem continuar a ter estratégias diferentes para as suas plataformas de e-commerce. Conforme continuamos expandindo as nossas operações de e-commerce entre as nossas marcas, continuaremos enfrentando riscos associados aos negócios online. Além disso, podemos adotar estratégias no e-commerce que as nossas marcas não utilizavam antes e expandir para o e- commerce em países e jurisdições nos quais temos menos experiência e nossas marcas podem ser menos conhecidas pelos clientes. Podemos não conseguir atrair um número suficiente de clientes e outros participantes, não antecipar condições competitivas ou enfrentar dificuldades em operar efetivamente todos os nossos canais e formatos de negócios, bem como ser alvo de usos ilegais e fraudulentos de nossas plataformas de e-commerce. Dessa forma, quaisquer esforços para expandir as nossas operações de e-commerce podem não ser bem-sucedidos, o que pode limitar a nossa capacidade de aumentar a nossa receita líquida e lucratividade, afetando adversamente os nossos resultados operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

O setor de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal é suscetível a desacelerações periódicas como resultado da redução do poder de compra do consumidor, recessões econômicas e ciclos econômicos desfavoráveis.

Historicamente, o setor de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal tem sido suscetível a períodos de desaquecimento econômico geral que levaram à queda nos gastos do consumidor. Situações desfavoráveis na economia podem, portanto, reduzir consideravelmente a capacidade de gastos do consumidor e sua renda disponível, o que poderá afetar adversamente nossas vendas, resultado operacional e situação financeira.

O sucesso de operações em grande parte dos segmentos dos negócios em que operamos, depende de vários fatores relacionados aos gastos e a receita dos consumidores, incluindo condições gerais de negócio, juros, inflação, disponibilidade de crédito ao consumidor, impostos, confiança do consumidor nas condições econômicas futuras, e níveis de emprego e salário.

Nossos resultados operacionais e condição financeira têm sido e continuará sendo afetado pela taxa crescente do Produto Interno Bruto ("PIB"), dos países em que operamos. Não podemos garantir que o PIB dos países em que operamos irá crescer ou permanecer estável. Desenvolvimentos nas condições macroeconômicas dos países em que operamos, incluindo o Brasil, que tem experimentado uma baixa econômica desde 2012, podem afetar as taxas de crescimento desses países e consequentemente, nos afetar. Qualquer restrição ou baixa no crescimento, pode afetar material e adversamente nossas vendas e nossos resultados operacionais.

A nossa dependência em empresas de cartão de crédito para vendas e financiamento ao consumidor é uma tendência crescente.

Nosso negócio é relativamente dependente do uso de cartões de crédito, pois é um dos métodos de pagamento preferido dos nossos clientes. Para executar as vendas com cartão de crédito, dependemos das políticas das empresas de cartão de crédito e somos afetados pelas taxas cobradas por tais empresas. Qualquer alteração nas políticas dos emissores de cartões de crédito, incluindo, por exemplo, a taxa de administração cobrada dos comerciantes, pode afetar adversamente os nossos negócios e resultados operacionais.

  1. à regulação dos setores em que a Companhia atue

Podemos incorrer em perdas e gastar uma quantidade significativa de tempo e dinheiro, defendendo ações e arbitragens. Resultados desfavoráveis nos processos ou nossa inabilidade de efetuar um depósito judicial ou providenciar garantias em processos legais ou administrativos pendentes, pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

Podemos, no futuro, nos tornar parte em processo, incluindo, por exemplo, novos pareceres referentes a impostos, ações alegando violação das leis de segurança federais, ou ações relacionadas a questões empregatícias, relacionadas aos nossos produtos ou a publicidade. Atualmente, nossa controlada, a Natura Cosméticos é parte em diversos processos civis, administrativos, ambientais, trabalhistas, tributários e de arbitragem. Essas ações envolvem valores consideráveis e podem resultar em outras medidas punitivas. Diversas disputas individuais, são responsáveis por uma porção significativa do total de ações contra nós.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Não podemos garantir que esses processos terão resultados favoráveis para nós, ou que os provisionamentos feitos serão suficientes para pagar as quantias devidas. Qualquer processo que requeira que nós façamos pagamentos substanciais, afetando nossa reputação, ou que de qualquer forma interfira com nossas operações de negócios, pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais. No caso de decisões desfavoráveis a nosso respeito, em ações envolvendo quantidades substanciais, ou se as perdas efetivas forem significativamente maiores que os provisionamentos registrados nas nossas demonstrações financeiras, nossas condições financeiras e resultados operacionais podem ser adversamente afetados. Além disso, nossa administração pode ser forçada a dedicar seu tempo e atenção para defesa dessas causas, o que pode prevenir que a mesma se concentre na parte fundamental dos nossos negócios. Dependendo do resultado, determinadas ações podem resultar em restrições à nossas operações e afetar adversamente nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

Adicionalmente, podemos não possuir fundos suficientes para depósitos judiciais ou para providenciar garantias em processos judiciais ou administrativos, que requeiram quantidades substanciais. Ainda que não façamos esses depósitos judiciais ou providenciarmos garantias, seremos responsáveis por pagar quaisquer valores devidos, de acordo com quaisquer resultados negativos em processos legais e isso pode ter um efeito adverso nos nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais. Não podemos assegurar que se não fizermos esses pagamentos, nossos ativos, incluindo nossos ativos financeiros, não serão implicados ou que, nós seremos capazes de obter certificados tributários, tudo isso pode causar um efeito material adverso nos nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

Mudanças em leis e regulações existentes e/ou a imposição de novas leis, restrições, e/ou outras barreiras de entrada, podem causar custos adicionais para cumprir com as regras mais restritas e/ou podem limitar nossa habilidade de expandir, o que pode diminuir o ritmo dos nossos esforços de desenvolvimento de produtos e limitar nosso crescimento e desenvolvimento e ter um impacto adverso na nossa condição financeira.

Estamos sujeitos a cumprir com diversas leis e regulações relacionadas a produtos cosméticos e proteção geral do consumidor e segurança dos produtos nas jurisdições em que vendemos nossos produtos. Essas regras dispõem, sobretudo, sobre a composição, teste, rótulo e embalagem dos nossos produtos. Falha em cumprir com essas regras pode resultar na imposição de condições ou na suspensão das nossas vendas ou a suspensão dos nossos produtos, penalidades ou ações significativas e, em algumas jurisdições, responsabilidade criminal. No caso de os países em que vendemos nossos produtos aumentarem a rigidez dessas leis e regulações, nossos custos de produção e distribuição podem aumentar, e podemos não ter a capacidade de passar o custo adicional aos nossos consumidores. No caso de quaisquer dessas mudanças em leis ou regulações requererem que obtenhamos uma licença ou autorização para as nossas operações, podemos não ser capazes de obter ou, se obtivermos, de manter essas licenças ou autorizações, o que pode resultar em uma suspensão temporária ou permanente de algumas de nossas atividades, o que pode interromper nossas operações e afetar adversamente nossos negócios. Além disso, no caso de qualquer jurisdição em que operamos impor quaisquer leis, regulações, restrições e/ou outras barreiras de entrada, nossa habilidade de expandir pode ser limitada e nosso crescimento e desenvolvimento pode ser adversamente afetado.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Mudanças na situação jurídica de revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios da nossa Companhia podem afetar adversamente os nossos resultados operacionais.

Os revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios da nossa Companhia que trabalham conosco não são nossos empregados. No entanto, o Governo Federal pode promulgar leis ou regulamentos, ou interpretar leis ou regulamentos existentes, de maneira a caracterizar os revendedores autônomos e consultoras líderes de negócios como empregados ou, de outro modo, nos obrigar a fazer contribuições à previdência social em seu nome. Quaisquer alterações na lei ou decisões judicias desfavoráveis que considerem a existência de uma relação trabalhista ou resultem em nossa obrigação de pagar contribuições à previdência social ou outras taxas trabalhistas para os revendedores autônomos e/ou consultoras líderes de negócios da nossa Companhia resultariam em custos adicionais que poderiam causar a reestruturação dos nossos negócios e afetar adversamente a nossa condição financeira e resultados operacionais. Ainda, mudanças semelhantes em outros países em que operamos também podem causar impactos adversos na nossa estratégia e resultados.

Restrições à disponibilidade de crédito para consumidores no Brasil podem afetar adversamente o nosso volume de vendas.

As vendas parceladas são um componente importante dos resultados das operações das empresas de varejo no Brasil. O aumento da taxa de desemprego, combinado com altas taxas de juros, pode resultar em maiores restrições à disponibilidade de crédito para os consumidores no Brasil. Em 31 de dezembro de 2019, a taxa de desemprego no Brasil era de 11%, segundo dados do IBGE. Nosso volume de vendas e, consequentemente, nosso resultado operacional pode ser adversamente afetados se a disponibilidade de crédito para os consumidores diminuir ou se forem adotadas políticas pelo governo brasileiro que restrinjam ainda mais a concessão de créditos aos consumidores.

O governo federal brasileiro, por meio do CMN e do BACEN, introduz periodicamente regulamentações destinadas a regular a disponibilidade de crédito, a fim de reduzir ou aumentar o consumo e, consequentemente, controlar a taxa de inflação. Esses regulamentos incluem, entre outras medidas, (i) modificar os requisitos impostos aos depósitos compulsórios em empréstimos, depósitos em geral e outras transações; (ii) regular o prazo máximo dos financiamentos; e (iii) impor limitações ao valor do financiamento que pode ser obtido. Esses regulamentos podem reduzir a capacidade dos nossos clientes de obterem crédito de instituições financeiras e, alguns deles, podem afetar o mercado financeiro e de crédito por longos períodos de tempo. Não podemos garantir que, no futuro, o Governo Federal não adotará novos regulamentos que reduzam o acesso de nossos clientes ao crédito de instituições financeiras.

Além das vendas parceladas, podemos fornecer outras formas de crédito aos nossos clientes. Qualquer forma de empréstimo implica o risco de nossos clientes não reembolsarem o crédito que oferecemos a eles. Um aumento na taxa de desemprego e/ou nas taxas de juros ou qualquer desaceleração econômica pode reduzir ainda mais a probabilidade de reembolso por parte dos nossos clientes, o que pode nos causar perdas e exigir o aumento das taxas que cobramos. Qualquer aumento nas taxas de juros que cobramos pode resultar na redução das vendas dos nossos produtos.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Reduções na disponibilidade de crédito e a aplicação de políticas de crédito mais rigorosas por nós e pelas empresas de cartões de crédito, bem como o aumento das taxas de juros, podem afetar negativamente as nossas vendas. Condições econômicas desfavoráveis no Brasil ou globalmente que venham a impactar a economia brasileira podem reduzir significativamente a renda disponível e os gastos do consumidor, principalmente das classes de baixa renda, que têm relativamente menos acesso a crédito do que as classes de alta renda, condições de refinanciamento de dívida mais limitadas e são mais suscetíveis a aumentos da taxa de desemprego. Essas condições podem causar um efeito adverso relevante em nossas vendas, negócios e resultados operacionais.

Alterações na disponibilidade e nos custos de energia, bem como de outros serviços públicos, podem nos afetar adversamente.

Nossas operações consomem quantidades significativas de energia e outras utilidades. Os preços de energia e serviços públicos estiveram sujeitos a uma volatilidade significativa recentemente no Brasil, inclusive como resultado de condições climáticas, podendo ocorrer novamente no futuro. Por exemplo, altos preços de energia por um longo período de tempo, bem como alterações na tributação e regulamentação de energia em determinadas regiões geográficas, podem resultar em um efeito adverso relevante em nossos resultados operacionais e lucratividade. Não podemos garantir que seremos capazes de repassar o aumento dos custos de energia e de outros serviços públicos para nossos clientes.

Alterações nos padrões contábeis podem impactar a forma que divulgamos os nossos lucros.

Os órgãos que determinam os padrões contábeis, bem como outros órgãos reguladores, alteram periodicamente os padrões contábeis e de relatórios financeiros que regem a preparação das nossas demonstrações financeiras consolidadas. Essas mudanças podem afetar adversamente a forma que registramos e relatamos a nossa condição financeira e resultados operacionais. Em alguns casos, podemos vir a ser obrigados a aplicar um padrão novo ou revisado retroativamente, resultando na atualização de demonstrações contábeis de períodos anteriores.

Políticas e regulamentos governamentais futuros podem afetar adversamente as nossas operações e lucratividade.

Os fluxos comerciais são materialmente afetados por políticas e regulamentos dos governos federal, estadual e municipal, do Brasil e do exterior. Políticas governamentais que afetam a atividade econômica, como tarifas, impostos, subsídios e restrições à importação e exportação de bens e mercadorias agrícolas, que representam uma parcela significativa da carga que transportamos, podem vir a influenciar na lucratividade da indústria, assim como o volume e o tipo de importações e exportações. As políticas governamentais brasileiras e estrangeiras futuras podem afetar adversamente a oferta, a demanda e os preços de nossos serviços de logística, bem como restringir nossa capacidade de operar em nossos mercados atuais e futuros, potencialmente afetando, dessa forma, o nosso desempenho financeiro, operações e lucratividade.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  1. aos países estrangeiros em que a Companhia atue

As condições políticas e econômicas nos países em que operamos podem afetar negativamente nossos negócios.

A nossa Companhia e nossas controladas têm operações em praticamente todo o mundo. Estamos expostos aos riscos relacionados às mudanças nas condições sociais, políticas e econômicas, incluindo a inflação, inerente às operações no exterior, o que pode afetar adversamente nosso negócio, condição financeira e resultados operacionais. As mudanças nas leis e políticas que governam o investimento estrangeiro nos países em que operamos, a hiperinflação, a depreciação da moeda, os controles de câmbio, as mudanças nos hábitos de compra do consumidor, incluindo mudanças nos canais de compras, também podem ter um efeito adverso sobre nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

Nossos negócios podem ser afetados de forma adversa relevante por desenvolvimentos econômicos, políticos ou sociais desfavoráveis e outros riscos nos países em que operamos.

Podemos ser de forma adversa relevante afetados por desenvolvimentos econômicos desfavoráveis em quaisquer dos países em que possuímos redes de distribuição, companhias de publicidade ou unidades de produção. Particularmente, nossos negócios dependem de condições econômicas gerais nos nossos mercados mais importantes, incluindo Brasil e Reino Unido. Uma deterioração significativa das condições econômicas em quaisquer de nossos mercados relevantes, incluindo baixas econômicas ou recessões, pressão inflacionária e/ou interrupções no mercado de crédito e no mercado de capitais, pode levar à queda do nível de confiança do consumidor e de gastos gerais, reduzindo, assim, demanda pelos nossos produtos. Condições econômicas desfavoráveis podem, também, impactar negativamente nossos consumidores, fornecedores e contrapartes financeiras, os quais podem ser alvos de problemas de fluxo de caixa, impedimentos de crédito ou outros problemas financeiros. Além disso, a volatilidade no mercado de crédito e no mercado de capitais causada por desenvolvimentos econômicos desfavoráveis e incertezas podem resultar na redução da disponibilidade ou no aumento do custo de financiamento. Nossos negócios também podem ser afetados por outros desenvolvimentos econômicos, como flutuações nas taxas de câmbio, imposição de restrições à importação, ao investimento ou monetária, incluindo tarifas e quotas para importação, ou qualquer restrição ao repatriamento de resultados e capital. Quaisquer desses desenvolvimentos pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios e resultados financeiros.

Nossas operações também estão sujeitas a vários riscos e incertezas relcionados às suas operações globais, incluindo desenvolvimentos políticos, sociais ou outros adversos. Agitações ou incertezas políticas e/ou sociais, possíveis problemas de saúde, desastreis naturais, surtos de doenças ou pandemias, como o COVID-19, violências politicamente motivadas e ameaças e/ou atos de terrorismo também podem ocorrer em países onde temos operações. Qualquer uma dessas hipóteses pode ter um efeito adverso relevante em nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Muitos dos riscos acima são aumentados ou ocorrem com mais frequência em mercados emergentes. Uma parte substancial das nossas operações é realizada em mercados emergentes. Em geral, os mercados emergentes também estão expostos a riscos relativamente mais altos de restrições de liquidez, inflação, desvalorização, volatilidade de preços, conversibilidade cambial, corrupção, crime e aplicação falha da lei, expropriação de ativos e inadimplência soberana, além de riscos e incertezas legais e regulamentares adicionais. Desenvolvimentos em mercados emergentes podem afetar a nossa capacidade em importar ou exportar produtos e repatriar fundos, bem como impactar os níveis de demanda do consumidor e, portanto, os nossos níveis de venda ou lucratividade. Qualquer um desses fatores pode nos afetar de maneira desproporcional ou diferentes de nossos concorrentes, dependendo da nossa exposição específica a qualquer mercado emergente, o que pode ter um efeito adverso relevante em nossos negócios e resultados operacionais.

Se não cumprirmos com êxito as leis e regulamentos projetados para impedir a corrupção governamental nos países em que vendemos os nossos produtos, podemos ficar sujeitos a multas, penalidades ou outras sanções regulatórias e, como resultado, nossas vendas e lucratividade podem ser afetadas adversamente.

Nossas políticas e procedimentos anticorrupção podem não impedir nossa administração, empregados ou terceiros agindo em nosso nome nos países em que operamos de praticarem ações que violem leis e regulamentos aplicáveis sobre pagamentos indevidos a empregados governamentais com o objetivo de obter ou manter vantagens comerciais. As leis que proíbem tais condutas incluem (mas não se limitam a) as leis relacionadas à Convenção de 1997 da OCDE sobre o combate ao suborno de empregados públicos estrangeiros em transações comerciais internacionais, como o FCPA, o Bribery Act e a Lei nº 12.846/13. Qualquer violação pode ter um efeito adverso relevante em nossos negócios, incluindo a aceleração de empréstimos e financiamentos.

A Lei nº 12.846/13 impõe estrita responsabilidade às empresas por atos de corrupção, fraude ou manipulação de concursos públicos e contratos governamentais, bem como interferência em investigações ou inspeções por autoridades governamentais. As empresas consideradas responsáveis pela Lei nº 12.846/13 podem vir a arcar com multas de até 20% de sua receita bruta no ano imediatamente anterior ou, se essa receita bruta anual não puder ser estimada, tais multas podem variar de R$6 mil a R$60 milhões. Entre outras sanções, a referida lei também prevê a apreensão de bens ou benefícios obtidos ilegalmente, a suspensão ou proibição parcial de operações, a dissolução da entidade e/ou a proibição de receber incentivos, subsídios, doações ou financiamentos do governo ou de entidades controladas pelo governo por até cinco anos. Outras leis relevantes aplicáveis a violações relacionadas à corrupção, como a Lei nº 8.492, de 2 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa), também prevêem multas que incluem a proibição de celebrar contratos governamentais por até dez anos.

Consequentemente, se a nossa Companhia, nossa administração, empregados ou terceiros que atuam em nosso nome nos países em que vendemos os nossos produtos, se envolverem em quaisquer investigações ou processos anticorrupção ou criminais relacionados aos nossos negócios no Brasil ou em qualquer outra jurisdição, nossos negócios podem ser afetados adversamente.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A nossa Companhia, bem como as nossas subsidiárias, estará sujeita a leis tributárias de várias jurisdições, sendo que a interpretação de tais leis está sujeita à contestação por autoridades governamentais relevantes.

A nossa Companhia, bem como as nossas subsidiárias, estará sujeita a leis e regulamentos tributários no Brasil, nos Estados Unidos e em várias outras jurisdições nas quais operamos. Tais leis e regulamentos são complexos e, assim sendo, a nossa Companhia e subsidiárias serão obrigadas a fazer julgamentos e interpretações sobre as suas aplicações. A nossa interpretação e aplicação dessas leis e regulamentos pode ser contestada por autoridades governamentais relevantes, o que pode resultar em processos, ações ou sanções administrativas ou judiciais, que podem vir a ter um efeito material relevante sobre a nossa Companhia.

Alterações em impostos e outras tributações podem nos afetar adversamente.

As legislaturas e autoridades fiscais nas jurisdições tributárias nas quais a nossa Companhia e subsidiárias operam regularmente promovem reformas nos regimes tributários aos quais nossa Companhia, nossos revendedores autônomos e clientes estão sujeitos. Tais reformas incluem alterações nas alíquotas de tributos e, ocasionalmente, promulgação de impostos temporários, cujos recursos são destinados para fins governamentais específicos. Além disso, a interpretação das leis tributárias está em constante evolução. O efeito dessas alterações e quaisquer outras alterações que resultem na promulgação de reformas tributárias, ou na maneira como as leis tributárias existentes são aplicadas, não podem ser quantificados e não há garantias de que tais reformas ou mudanças não tenham um efeito adverso direto ou indireto sobre os nossos negócios (por exemplo, afetando os negócios dos nossos revendedores autônomos).

Por exemplo, os governos latino-americanos geralmente aumentam os tributos ou alteram a legislação tributária em resposta a crises macroeconômicas ou outros desenvolvimentos que afetam as suas respectivas jurisdições.

No Brasil, particularmente, o sistema tributário é altamente complexo e a interpretação das leis e regulamentos tributários é comumente controversa. O Governo Federal implementa regularmente mudanças nos regimes tributários que podem aumentar a carga tributária sobre a nossa Companhia, nossas subsidiárias e entidades controladas, bem como sobre seus respectivos clientes. Essas mudanças incluem alterações na taxa de tributação e a criação de tributos novos ou temporários, cujos recursos são destinados para fins governamentais específicos. Mudanças futuras nas legislações tributárias podem afetar adversamente os nossos resultados financeiros e operacionais.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  1. a questões socioambientais

Mudanças em leis e regulações ambientais podem afetar adversamente nossos negócios, incluindo nossa capacidade de desenvolver novos produtos.

Nossas operações estão sujeitas a leis ambientais estritas nos âmbitos nacionais, subnacionais e municipais, incluindo, regulações relacionadas ao consumo de água, despejo de lixo, proteção à biodiversidade, emissão de gases, entre outros. Além disso, requeremos autorizações de licenças para conduzir determinadas atividades. Se falharmos em cumprir com essas leis e regulações ou em obter as autorizações das licenças necessárias, podemos ficar sujeitos a multas e outras sanções, incluindo o cancelamento das nossas licenças e autorizações e nós e nossos executivos e diretores, podem ficar sujeitos a sanções criminais. Determinadas autorizações e licenças ambientais, que necessitamos para conduzir algumas de nossas atividades, estão em processo de obtenção ou renovação e não podemos assegurar que seremos capazes de obter essas licenças. Podemos ter que incorrer em despesas relacionadas a medidas ambientais corretivas ou ter que suspender certas operações até que medidas corretivas sejam tomadas. Agências governamentais ou outras autoridades também podem promulgar regras e regulações que são mais restritas, ou podem interpretar leis e regulações existentes, mais restritivamente, o que pode resultar em despesas adicionais relacionadas ao cumprimento de leis e regulações ambientais, o que por sua vez, pode afetar adversamente nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

Particularmente, regras e regulações brasileiras, podem se tornar mais restritivas em áreas relacionadas a nossas atividades, incluindo no que diz respeito a mudanças climáticas (standards de emissão de gás estufa), resíduos sólidos (alvos para retorno de embalagens à nossa Companhia e sua reciclagem após uso pelos consumidores) e recursos hídricos (pagamentos por companhias brasileiras para o uso de água), entre outras questões. Em dezembro de 2009, o Congresso Brasileiro aprovou a Política Nacional sobre Mudança do Clima ("PNMC"), o que determina objetivos baseados em compromissos firmados voluntariamente pelo Brasil na Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Protocolo de Kyoto e outras normas internacionais sobre mudanças climáticas. A PNMC pode resultar na implementação de novas tecnologias e/ou condições industriais que restrinjam nossa produção e atividades de venda e que aumentem nossos custos. A Política Nacional Brasileira de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010, institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, isto é, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na logística reversa dos resíduos e embalagens pré-consumo e pós-consumo. Essa política pode introduzir obrigações ambientais adicionais para produtores relacionados à coleta desses materiais.

Nossa estratégia de inovação é baseada, principalmente, em utilizar a biodiversidade da região pan- amazônica. Esse elemento essencial da nossa estratégia, pode ser prejudicado se novas leis e regulações, ou até mesmo interpretações diferentes das leis existentes, restringirem mais o uso dos recursos nacionais brasileiros, ou do conhecimento tradicional e nós aumentaremos nossas pesquisas e custos de desenvolvimento. As regras de proteção à biodiversidade, dispostas na Convenção da ONU, sobre Diversidade Biológica, no Protocolo de Nagoya, sobre Acesso à Recursos Genéticos e Uso Equitativo de Benefícios Advindos de sua Utilização e em Leis Aplicáveis, representa custos adicionais e desafios para nossa pesquisa e iniciativas de desenvolvimento. No futuro, essas regras podem se tornar mais rígidas, aumentando nossos custos de lançamento de produtos e custos de inovação. Essas mudanças podem afetar adversamente nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais, assim como nossa imagem de uma companhia que cria, entre outros, produtos desenvolvidos através dos recursos do ecossistema brasileiro.

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k. Riscos macroeconômicos

A atual crise econômica e política no Brasil pode ter um efeito adverso relevante em nossos negócios, operações e condição financeira.

O ambiente político brasileiro influenciou, historicamente, e continua a influenciar o desempenho da economia do país. As crises políticas afetaram e continuam afetando a confiança dos investidores e do público em geral e, historicamente, resultaram em uma desaceleração econômica e maior volatilidade dos títulos emitidos pelas companhias brasileiras.

A instabilidade econômica, bem como o ambiente político dos últimos seis anos no Brasil, contribuiu para um declínio da confiança do mercado na economia brasileira. Além disso, várias investigações em andamento relacionadas a alegações de lavagem de dinheiro e corrupção sendo conduzidas pelo Ministério Público, incluindo a "Lava Jato", impactaram negativamente a economia e o cenário político brasileiro. Apesar de um início de recuperação da economia brasileira, espera-se que as condições macroeconômicas no Brasil, agravadas pela crise do COVID-19, continuem fracas ao longo de 2020.

O orçamento federal do Brasil está em déficit desde 2014. Da mesma forma, os governos estaduais também estão enfrentando preocupações fiscais devido ao alto ônus de dívidas, às receitas em declínio e às despesas inflexíveis. A confiança abalada na condição orçamentária e na orientação fiscal do governo brasileiro pode resultar em rebaixamento da dívida brasileira por agências de rating, impactar negativamente a economia brasileira, levar a uma maior desvalorização do Real e a um aumento da inflação e das taxas de juros, afetando negativamente os nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira.

Durante a sua campanha presidencial, Bolsonaro relatou ser a favor da privatização de empresas estatais, da liberalização econômica e das reformas previdenciárias e tributárias. No entanto, não há garantia de que Bolsonaro seja bem-sucedido em executar suas promessas de campanha ou aprovar determinadas reformas, principalmente por enfrentar um Congresso dividido politicamente. Além disso, seu atual ministro da economia, Paulo Guedes, propôs durante a campanha presidencial a revogação da isenção do imposto de renda sobre o pagamento de dividendos que, se promulgada, aumentaria as despesas tributárias associadas a qualquer dividendo ou distribuição por empresas brasileiras, o que poderia impactar a nossa capacidade em receber de nossas subsidiárias dividendos ou distribuições futuras de recursos líquidos de impostos. Não podemos prever a capacidade do Governo atual em implementar políticas e reformas propostas, o que pode vir a ter um impacto negativo em nossos negócios e no preço de nossas ações. Ainda, qualquer exacerbação do desentendimento entre os poderes da República pode resultar em impasses no Congresso Nacional, agitação política, protestos e/ou greves que podem afetar adversamente nossas operações. A incerteza quanto à implementação pelo governo de mudanças relacionadas a políticas monetárias, fiscais e previdenciárias, bem como a qualquer legislação pertinente, pode vir a contribuir para a piora da establidade econômica. Tais incertezas podem aumentar a volatilidade dos mercados de valores mobiliários brasileiros.

Não podemos estimar completamente o impacto dos desenvolvimentos político e macroeconômico global e brasileiro em nossos negócios. A instabilidade econômica e política recente levou a uma percepção negativa da economia brasileira e a uma maior volatilidade nos mercados de valores mobiliários, o que também pode afetar adversamente a nossa Companhia e os nossos valores mobiliários. Qualquer instabilidade econômica e incerteza política contínuas podem afetar adversamente os nossos negócios e os preços de negociação de qualquer um de nossos valores mobiliários.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

As investigações em andamento sobre corrupção no Brasil podem afetar adversamente o crescimento da economia brasileira e, consequentemente, podem ter um efeito adverso relevante em nossos negócios.

A maior companhia estatal brasileira e uma das maiores empresas do setor de petróleo, gás, energia e infraestrutura, bem como várias outras empresas brasileiras, públicas e privadas, estão enfrentando investigações da CVM, da SEC, da Polícia Federal, do Ministério Público, da Controladoria-Geral da União e de outras autoridades governamentais relevantes, em conexão com denúncias de corrupção (conhecidas como "Lava Jato"). Além disso, agentes públicos eleitos e outros funcionários do governo também estão sendo investigados por alegações de conduta antiética e ilegal identificadas durante as investigações da Lava Jato, bem como em outras investigações.

Dependendo da duração e do resultado de tais investigações, iniciadas em 2014, as empresas envolvidas podem sofrer uma redução significativa em suas receitas, rebaixamentos de agências de rating, restrições de financiamento, entre outros efeitos negativos. Tais investigações tiveram e podem continuar a ter um efeito adverso nas perspectivas de crescimento do Brasil a curto e médio prazo, considerando o peso significativo das empresas citadas na investigação em relação à economia brasileira. Efeitos negativos em várias empresas também podem afetar o nível de investimentos em infraestrutura no Brasil, o que pode levar a um crescimento econômico lento a curto e médio prazo.

Riscos relacionados às condições econômicas e políticas brasileiras podem afetar negativamente nossos negócios.

Conduzimos uma parte substancial das nossas operações no Brasil. A economia brasileira foi caracterizada por intervenções frequentes e ocasionalmente extensas pelo governo brasileiro e ciclos econômicos instáveis. O PIB diminuiu 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016 e aumentou 1,3% e 1,3% em 2017 e 2018, respectivamente. Em 2019, o PIB aumentou 1,1%. Desenvolvimentos futuros na economia brasileira podem afetar as taxas de crescimento do Brasil e, consequentemente, o consumo de nossos produtos. Como resultados, esses desenvolvimentos podem prejudicar as nossas estratégias de negócios, resultados operacionais e condição financeira. O governo brasileiro mudou, frequentemente, políticas monetárias, tributárias, creditórias, tarifárias e outras políticas, a fim de influenciar o curso da economia brasileira. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação já envolveram medidas relacionadas a políticas, tributos, crédito, tarifas e outras formas de influenciar a economia brasileira. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação envolveram, frequentemente, estabelecer controles de salário e preços, bloquear acesso a contas bancárias, impor controle de câmbio e limitar importações ao Brasil. Não temos controle e não podemos prever as medidas ou políticas que o governo brasileiro poderá adotar no futuro.

Nossos negócios, performance financeira e resultados operacionais podem ser afetados material e adversamente pelas mudanças nas políticas e regulações envolvendo ou afetando determinados fatores, como:

  • inflação;
  • flutuações da taxa de câmbio;
  • políticas de controle de taxa de câmbio;
  • flutuações de taxa de juros;
  • liquidez disponível no mercado doméstico de crédito e no mercado financeiro;
  • expansão ou contração da economia brasileira, conforme medida pelas taxas de crescimento no produto interno bruto, PIB;
  • greves portuárias e de autoridades aduaneiras ou tributárias;

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

  • mudanças em regulações do mercado de transportes;
  • aumento de preço do combustível e de suprimentos;
  • instabilidade de preços;
  • políticas fiscais; e
  • outros desenvolvimentos econômicos, políticos, diplomáticos e sociais afetando o Brasil.

Instabilidade resultando de quaisquer mudanças do governo brasileiro em políticas ou regulações que possam afetar esses ou outros fatores no futuro podem contribuir para incerteza econômica no Brasil e intensificar a volatilidade do mercado de capitais e dos valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras ao exterior. O Presidente da República tem o poder de definir as políticas e ações do governo brasileiro em relação à economia brasileira e, assim, afeta a performance operacional e financeira das companhias brasileiras, incluindo a nossa. Não podemos prever completamente que impactos eventos políticos e desenvolvimentos macroeconômicos brasileiros e globais podem ter nos nossos negócios. Além disso, como resultado da instabilidade política atual, há considerável incerteza quanto às políticas econômicas futuras e não podemos prever quais políticas serão adotadas pelo governo brasileiro e se essas políticas afetarão adversamente a economia, nossos negócios e nossa condição financeira. A atual instabilidade política e econômica também levou percepção negativa da economia brasileira e crescente volatilidade no mercado de capitais brasileiro, o que pode ter um efeito material adverso nos nossos negócios. Qualquer instabilidade recorrente ou incerteza política pode afetar adversamente nossos negócios.

A deficiência do setor de infraestrutura e da mão de obra no Brasil podem afetar o crescimento econômico e ter um efeito adverso relevante sobre a nossa Companhia.

Nosso desempenho depende da saúde geral e do crescimento da economia brasileira. O crescimento do PIB brasileiro variou nos últimos anos, com uma contração de 3,5% em 2015 e um crescimento de 1,3% e 1,3% em 2017 e 2018, respectivamente, e um crescimento de 1,1% em 2019. O crescimento é limitado por uma infraestrutura inadequada, incluindo eventual escassez de energia e setores deficientes de transporte, logística e telecomunicações, falta de mão de obra qualificada e falta de investimentos públicos e privados em tais áreas. Além disso, o crescimento e o desempenho da economia brasileira podem ser impactados por outros fatores, como greves em todo o país, desastres naturais ou outros eventos impactantes. Qualquer um desses fatores pode levar à volatilidade do mercado de trabalho e, em geral, afetar os níveis de renda e poder de compra e consumo, o que pode limitar o crescimento econômico e, consequentemente, ter um efeito adverso relevante sobre a nossa Companhia.

Quaisquer outras reduções nas avaliações de crédito do Brasil podem reduzir o preço de negociação dos nossos valores mobiliários.

Podemos ser prejudicados pela percepção de risco de investidores relacionada à avaliação de endividamento externo do Brasil. As agências de rating regularmente avaliam o Brasil e seus índices internos, que se baseiam em uma variedade de fatores incluindo tendências macroeconômicas, condições fiscais e orçamentárias, métricas de endividamento e perspectiva de mudança em quaisquer desses fatores.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A avaliação de crédito do Brasil está atualmente classificada abaixo do grau de investimento pelas três principais agências de rating. Consequentemente, os preços dos valores mobiliários emitidos por empresas brasileiras foram afetados negativamente. Um prolongamento ou agravamento da atual recessão brasileira e a contínua incerteza política, entre outros fatores, podem levar a mais rebaixamentos nos ratings. Qualquer rebaixamento adicional das classificações de crédito do Brasil pode aumentar a percepção de risco dos investidores e, como resultado, fazer com que o preço dos nossos valores mobiliários diminua.

Altas taxas de juros podem afetar adversamente nossas operações e condição financeira.

As medidas governamentais brasileiras para controlar a inflação frequentemente incluíam manter uma política monetária restrita com altas taxas de juros, limitando, assim, a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Como consequência, as taxas de juros oficiais no Brasil, ao final de 2019, 2018, 2017, 2016 e 2015 foram 4,50%, 6,50%, 7,00%, 8,25%, 13,75% e 14,25% por período, respectivamente, conforme estabelecido pelo Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central (COPOM). As taxas de juros brasileiras permaneceram altas e qualquer aumento nessas taxas pode afetar negativamente nossos lucros e resultados operacionais, aumentando, assim, os custos de financiamento das nossas operações. Altas taxas de juros podem impactar no nosso custo de obter empréstimos e também no nosso endividamento, resultando em um aumento dos nossos gastos financeiros. Esse aumento pode afetar adversamente nossa habilidade em pagar nossas obrigações financeiras, já que reduz nossa disponibilidade de caixa. Disparidades entre índices contratados e para ativos versus passivos e/ou alta volatilidade em taxas de juros podem resultar em perdas financeiras para nós.

Inflação e medidas governamentais para refrear tal inflação podem afetar adversamente a economia e o mercado de capitais brasileiro, bem como os nossos negócios e operações.

No passado, o Brasil passou por altíssimas taxas de inflação. Inflação e algumas das medidas tomadas pelo governo brasileiro, como uma tentativa de refrear tal inflação tiveram efeitos negativos significantes na economia brasileira no geral e incertezas relacionadas a possíveis intervenções governamentais contribuíram para a incerteza econômica e volatilidade aumentada no mercado de capitais brasileiro. De acordo com o Índice Geral de Preços - Mercado, calculado e publicado pela Fundação Getúlio Vargas ou IGP-M, um índice geral de inflação, as taxas de inflação no Brasil foram 7,3%, e 7,5% para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente, em comparação com a deflação de 0,5% em 2017.

Além disso, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA, publicado pelo IBGE, as taxas brasileiras de inflação foram 4,3%, 3,7% e 2,9%, respectivamente, para os anos fiscais de 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017. Entre janeiro de 2004 e dezembro de 2010, a Taxa SELIC variou entre 8,65% ao ano e 19,75% ao ano. Em 2011, a taxa SELIC varou entre 10,66% ao ano e 12,42% ao ano, em 2012, entre 7,11% a ano e 10,90% ao ano, em 2013, ente 7,14% ao ano e 9,90% ao ano, em 2014, entre 9,90% ao ano e 11,65% ao ano, em 2015, entre 11,65% e 14,15% ao ano, em 2016, entre 14,15% ao ano e 13,65% ao ano, em 2017, entre 13,65% ao ano e 6,90% ao ano, em 2018, entre 6,90% ao ano e 6,40% ao ano e, em 2019, entre 4,40% ao ano e 6,40% ao ano. Em 2020, até a data deste Formulário de Referência, a taxa SELIC variou entre 4,50% e 2,25%.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

A inflação e as medidas governamentais brasileiras para controlar a inflação, principalmente através do Banco Central do Brasil, tiveram e continuam tendo efeitos consideráveis na economia brasileira e nos nossos negócios. O Brasil pode voltar a passar por aumentos substanciais nas taxas de inflação no futuro. O retorno de pressões inflacionárias pode levar ao governo federal brasileiro a intervir na economia, incluindo através da implementação de políticas governamentais que podem ter um efeito adverso em nós e nos nossos clientes. Se o Brasil passar por altas taxas de inflação, podemos não ser capazes de ajustar os preços dos nossos produtos para compensar os efeitos da inflação na nossa estrutura de custos, o que pode ter um efeito adverso em nós. Nós também possuímos contratos de arrendamento com ajustes diretamente ligados à inflação, os quais podem ser material e adversamente afetados, se o governo federal brasileiro for incapaz de conter o aumento das taxas de inflação.

A instabilidade da taxa de câmbio pode ter efeitos negativos na economia brasileira e, consequentemente, na nossa Companhia e nos preços de nossos valores mobiliários.

A moeda brasileira tem sido historicamente volátil e desvalorizada com frequência nas últimas três décadas. Durante esse período, o governo brasileiro implementou vários planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas (durante as quais a frequências dos ajustes variou de diária a mensal), controles cambiais, mercados de taxa de câmbio dupla e um sistema de câmbio flutuante. Embora a desvalorização a longo prazo do Real esteja geralmente ligada à taxa de inflação do Brasil, a desvalorização em períodos mais curtos resultou em variações significativas na taxa de câmbio entre o Real, o Dólar e outras moedas. Em 2015, o Real encerrou com desvalorização de 32% em relação ao Dólar em comparação com 31 de dezembro de 2014 e, em 2014, em 11,8% em comparação com 31 de dezembro de 2013. A taxa de câmbio Real/Dólar divulgada pelo BACEN foi de R$3,9048 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2015 e de R$3,2591 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2016, o que refletiu uma valorização de 16,5% do Real em relação ao Dólar em 2016. A taxa de câmbio Real/Dólar divulgada pelo BACEN era de $3,308 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2017, o que refletiu uma desvalorização do Real de 1,5% em relação ao Dólar durante 2017. A taxa de câmbio Real/Dólar divulgada pelo BACEN foi de R$3,875 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2018, o que refletiu uma desvalorização de 17,1% do Real em relação ao Dólar em 2018. A taxa de câmbio Real/Dólar divulgada pelo BACEN era de R$4,031 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2019, o que refletiu uma desvalorização de 4,0% do Real em relação ao Dólar durante 2019. Já em 2020, o Real, também afetado pela crise do COVID-19,desvalorizou-se, até o final de junho, cerca de 30% frente à moeda norte-americana. Não há garantia de que o Real não seja desvalorizado ainda mais em relação ao Dólar ou outras moedas no futuro.

A desvalorização do Real em relação ao Dólar cria pressões inflacionárias no Brasil e pode causar aumento nas taxas de juros, o que, por sua vez, afeta negativamente o crescimento da economia brasileira de modo geral e prejudica tanto nossa situação financeira como nossos resultados operacionais, além de restringir o acesso aos mercados financeiros internacionais. Além disso, a desvalorização do Real em relação ao Dólar poderia, como ocorre no contexto da desaceleração da atividade econômica, levar à redução do consumo, piorar a balança comercial brasileira, bem como reduzir o crescimento baseado nas exportações. Dependendo das circunstâncias, a desvalorização ou a valorização do Real poderiam ter um efeito adverso relevante e negativo no crescimento da economia brasileira, bem como nos nossos negócios.

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4.1 - Descrição Dos Fatores de Risco

Desenvolvimentos e percepções de risco em outros países podem afetar adversamente a economia brasileira e o preço de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros.

O valor de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiro é afetado pelas condições econômicas e de mercado de outros países, incluindo os Estados Unidos, países europeus, outros países da América Latina e mercados emergentes. Embora as condições econômicas da Europa e dos Estados Unidos possam diferir significativamente das condições econômicas do Brasil, as reações dos investidores aos desenvolvimentos em tais países podem ter um efeito adverso no valor de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros. Além disso, crises em outros países com mercados emergentes podem diminuir o interesse dos investidores em valores mobiliários de emissores brasileiros, incluindo os valores mobiliários da nossa Companhia. Isso pode afetar adversamente o preço dos nossos valores mobiliários, restringir o nosso acesso ao mercado de capitais e comprometer a nossa capacidade em financiar nossas operações no futuro.

Em 2019, 2018 e 2017, houve um aumento na volatilidade em todos os mercados brasileiros devido a, entre outros fatores, incertezas sobre como os ajustes da política monetária dos Estados Unidos afetariam os mercados financeiros internacionais, a crescente aversão ao risco para países emergentes e incertezas quanto às condições macroeconômicas e políticas do Brasil. Tais incertezas podem ter afetado adversamente a nossa Companhia e o valor de mercado de nossos valores mobiliários.

A saída do Reino Unido da União Europeia pode ter um impacto adverso na economia global e condições de mercado.

Em 23 de junho de 2016, o eleitorado do Reino Unido votou, em um referendo, a favor da saída do Reino Unido da União Europeia (o chamado "Brexit"). Em 29 de março de 2017, o Reino Unido deu aviso formal, conforme o artigo 50 do Tratado da União Europeia, de sua intenção de deixar à União Europeia. O anúncio do Brexit causou significativa volatilidade no mercado de ações mundial e flutuações das taxas de câmbio. Em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou de ser membro da União Europeia em termos de retirada que estabelecem um período de transição até 31 de dezembro de 2020, durante o qual o Reino Unido será tratado como se ainda fosse membro da União Europeia. Embora o acordo de retirada preveja a possibilidade de prorrogar o período de transição por mais um ou dois anos após 31 de janeiro de 2020, tal prorrogação não é automática e o Reino Unido consagrou a data de 31 de dezembro de 2020 na legislação que aprovou o acordo de retirada como o final do período de transição, sinalizando um desejo atual de não o estender. Incerteza permanece relacionada às condições do relacionamento do Reino Unido com a União Europeia no final do período de transição. Se o período de transição terminar sem um acordo comercial abrangente, o crescimento econômico do Reino Unido e da Europa podem ser impactados negativamente. A incerteza nas condições do relacionamento futuro do Reino Unido com a União Europeia, e seus potenciais efeitos, pode afetar adversamente a economia global ou as condições de mercado e confiança do investidor. Isso pode, por sua vez, afetar adversamente nossos negócios e/ou o valor de mercado de nossos valores mobiliários.

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4.2 - Descrição Dos Principais Riscos de Mercado

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

Informamos que, em linha com as demonstrações financeiras publicadas, estamos sujeitos aos riscos de mercado abaixo descritos quantitativa e qualitativamente, por ordem de relevância e sem mitigação ou omissão de informações relevantes.

Os riscos mais significativos a que estamos expostos estão relacionados aos riscos de mercado, decorrentes dos movimentos das taxas cambial e de juros, conforme a seguir detalhados.

Riscos cambiais

A desvalorização ou a valorização do Real podem ter um efeito adverso relevante e negativo nos nossos negócios.

Na análise de sensibilidade relacionada ao risco de exposição cambial a Administração da Companhia entende que é importante considerar, além dos ativos e passivos com exposição à flutuação das taxas de câmbio registrados no balanço patrimonial, o valor justo dos instrumentos financeiros contratados pela Companhia para proteção de determinadas exposições em 31 de dezembro de 2019 e 2018, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Consolidado

2019

2018

Empréstimos

e

(3.381.959)

(3.039.064)

financiamentos no Brasil em

moeda estrangeira (*)

Contas a receber registradas

10.007

10.058

no

Brasil

em

moeda

estrangeira

Contas a pagar registradas no

(10.543)

(11.006)

Brasil em moeda estrangeira

Valor

justo

dos

derivativos

3.729.691

3.295.032

"financeiros"

Exposição ativa líquida

347.196

255.020

(*) Não considera os custos de transação.

Nesta análise, considera-se somente os ativos e passivos financeiros registrados no Brasil em moeda estrangeira, pois a exposição cambial nos demais países é próxima de zero, em decorrência das moedas fortes e da efetividade de seus derivativos e considera-se que todas as outras variáveis, especialmente as taxas de juros, permanecem constantes e ignoram qualquer impacto da previsão de compras e vendas.

A tabela seguinte demonstra a projeção de perda incremental que teria sido reconhecida no resultado do período subsequente, supondo estática a exposição cambial líquida atual e os seguintes cenários:

Consolidado

Descrição

Risco da

Cenário provável

Cenário II

Cenário III

Companhia

Exposição líquida

Queda do dólar

158

(115.521)

(346.880)

O cenário provável considerou as taxas futuras do dólar norte-americano para 90 dias. Conforme cotações obtidas na B3 nas datas previstas dos vencimentos dos instrumentos financeiros com

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4.2 - Descrição Dos Principais Riscos de Mercado

exposição ao câmbio é de R$ 4,03/ US$ 1,00. Os cenários II e III consideraram uma queda do dólar norte-americano de 25% (R$ 3,02/US$ 1,00) e de 50% (R$ 2,02/US$ 1,00), respectivamente. Os cenários provável, II e III estão sendo apresentados em atendimento à Instrução CVM nº 475/08. A Administração utilizou o cenário provável na avaliação das possíveis mudanças na taxa de câmbio e apresenta o referido cenário em atendimento à IFRS 7/CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Divulgações.

A Companhia e suas controladas não operam com instrumentos financeiros derivativos com propósitos de especulação.

Taxa de juros

Em 31 de dezembro de 2019 há contratos de empréstimos e financiamentos denominados em moeda estrangeira que possuem contratos de "swap" atrelados, trocando a indexação do passivo para a variação do CDI. Dessa forma, o risco da Companhia passa a ser a exposição à variação do CDI. A seguir está apresentada a exposição a risco de juros das operações vinculadas à variação do CDI, incluindo as operações com derivativos (os empréstimos e financiamentos foram considerados integralmente, dado que 97% do montante está vinculado ao CDI):

Controladora

Consolidado

Total dos

empréstimos e

(2.883.382)

(7.404.414)

financiamentos -

em moeda

local

-

(3.381.959)

Operações

em

moeda

estrangeira

com

derivativos

atrelados ao CDI (a)

Aplicações financeiras

877.469

2.429.207

Exposição líquida

(2.005.913)

(8.357.166)

  1. Refere-seà contratação de derivativos atrelados ao CDI para proteger os empréstimos e financiamentos captados no Brasil em moeda estrangeira.

A análise de sensibilidade considerou a exposição dos empréstimos e financiamentos, líquidos das aplicações financeiras indexadas ao CDI.

As tabelas seguintes demonstram a projeção de perda incremental que teria sido reconhecida no resultado do período subsequente, supondo estática a exposição passiva líquida atual e os seguintes cenários:

Controladora

Descrição

Risco da

Cenário provável

Cenário II

Cenário III

Companhia

Passivo líquido

Alta da taxa

1.003

(20.811)

(42.626)

Consolidado

Descrição

Risco da

Cenário provável

Cenário II

Cenário III

Companhia

Passivo líquido

Alta da taxa

4.179

(86.706)

(177.590)

O cenário provável considerou as taxas futuras de juros conforme cotações obtidas na B3 nas datas previstas dos vencimentos dos instrumentos financeiros com exposição às taxas de juros. Os cenários II e III consideraram uma alta das taxas de juros em 25% (5,4% ao ano) e 50% (6,5% ao

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4.2 - Descrição Dos Principais Riscos de Mercado

ano), respectivamente, sobre uma taxa de CDI de 4,35% ao ano (a qual foi considerada no cenário provável).

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4.3 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos E Relevantes

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

A nossa Companhia e suas controladas são partes em processos administrativos e judiciais de diversas naturezas. Para os fins deste item, foram considerados individualmente relevantes processos de natureza tributária e cível em que a nossa Companhia ou suas controladas figurem como parte e que (i) possam vir a impactar de forma significativa o nosso patrimônio e/ou negócios; ou (ii) individualmente possam vir a impactar negativamente a nossa imagem.

Eventuais provisões são registradas conforme os regramentos contábeis, com base na análise individual de cada processo pelos assessores internos e externos.

Contingências Tributárias

Processo nº 16561.000059/2009-29

Juízo

Câmara Superior de Recursos Fiscais

Instância

3ª instância administrativa

Data de instauração

30/06/2009

Partes no processo

Natura Cosméticos S.A. e Receita Federal do Brasil

Valores,

bens

ou

R$1.013,35 milhões

direitos envolvidos

Objeto: Em junho de 2009, foram lavrados autos de infração de IRPJ e de CSLL

contra a Natura Cosméticos para questionar a legalidade da dedutibilidade fiscal

da amortização do ágio gerado na operação em que a Natura Empreendimentos

se tornou subsidiária integral da Natura Participações.

Andamentos: Em novembro de 2009, a Impugnação apresentada foi julgada

de forma desfavorável à Natura Cosméticos. Em dezembro de 2012, o Conselho

Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) julgou parcialmente favorável o

Principais fatos

Recurso Voluntário apresentado pela Natura Cosméticos, para reduzir o valor

da multa qualificada, haja vista a ausência de demonstração de fraude. Em

janeiro de 2019, a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) negou

provimento ao Recurso Especial interposto pela Natura Cosméticos. Em abril de

2019, a CSRF rejeitou os embargos de declaração apresentados pela Natura

Cosméticos. Atualmente, a Natura Cosméticos está discutindo judicialmente a

legalidade da decisão que indeferiu liminarmente os embargos de declaração

apresentados para discutir pontos cruciais do acórdão que, por maioria de votos,

negou provimento ao recurso especial.

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

Chance de perda

processo é possível. Em relação à cobrança da multa que excede o percentual

de 75% e a cobrança concomitante das penalidades de ofício e isolada, a

expectativa de perda é remota.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

perda do processo

Processo nº 10880.722.396/2013-68

Juízo

Câmara Superior de Recursos Fiscais

Instância

3ª instância administrativa

Data de Instauração

30/08/2013

Partes no Processo

Natura Cosméticos S.A. e Receita Federal do Brasil

Valores,

bens

ou

R$ 841,0 milhões

direitos evolvidos

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4.3 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos E Relevantes

Objeto: Em agosto de 2013, foram lavrados novos autos de infração de IRPJ e de

CSLL contra a Natura Cosméticos para questionar novamente a legalidade da

dedutibilidade fiscal da amortização do ágio gerado na operação em que a Natura

Empreendimentos se tornou subsidiária integral da Natura Participações.

Andamentos: Em junho de 2014, a Impugnação apresentada foi julgada de forma

desfavorável à Companhia. Em fevereiro de 2016, o Conselho Administrativo de

Principais Fatos

Recursos Fiscais (CARF) julgou de forma desfavorável o Recurso Voluntário

apresentado pela Companhia. Em outubro de 2017, a Câmara Superior de

Recursos Fiscais (CSRF) negou provimento ao Recurso Especial interposto pela

Companhia. Em maio de 2018, a CSRF rejeitou os embargos de declaração

apresentados pela Companhia. Atualmente, a Companhia está discutindo

judicialmente a legalidade da decisão que indeferiu liminarmente os embargos de

declaração apresentados para discutir pontos cruciais do acórdão que, por maioria

de votos, negou provimento ao recurso especial.

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

Chance de perda

processo é possível. Em relação à cobrança da multa que excede o percentual

de 75% e a cobrança concomitante das penalidades de ofício e isolada, a

expectativa de perda é remota.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido.

perda do processo

Processo nº 16561.720176/2012-16

Juízo

Câmara Superior de Recursos Fiscais

Instância

3ª instância administrativa

Data de Instauração

20/12/2012

Partes no Processo

Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. e Receita Federal do Brasil

Valores,

bens

ou

R$752,27 milhões

direitos envolvidos

Objeto: Em dezembro de 2012, foi lavrado auto de infração para exigir a cobrança

de Imposto sobre Produtos Industrializados contra a controlada Indústria e Comércio

de Cosméticos Natura Ltda. por suposta irregularidade em razão da não aplicação

do Valor Tributável Mínimo nas vendas entre empresas interdependentes.

Principais Fatos

Andamentos: Em julho de 2013, a Impugnação apresentada foi julgada de forma

desfavorável à Indústria e Comércio de Cosméticos Natura. Em março de 2018, o

Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) julgou parcialmente favorável o

Recurso Voluntário apresentado pela Indústria e Comércio de Cosméticos Natura. Em

janeiro de 2020, a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) acolheu o recurso de

agravo para dar seguimento ao recurso especial apresentado pela Indústria e

Comércio de Cosméticos Natura e, atualmente, aguarda-se o seu julgamento.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

Chance de perda

processo é remota.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

perda do processo

Processo nº 4.076.898

Juízo

Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo

Instância

2ª instância administrativa

Data de Instauração

27/04/2016

Partes no Processo

Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. e Secretaria da Fazenda do

Estado de São Paulo

Valores,

bens

ou

R$698,81 milhões

direitos envolvidos

Objeto: Em abril de 2016, foi lavrado o auto de infração contra a Indústria e Comércio

de Cosméticos Natura Ltda. para questionar as remessas dos produtos para o seu

estabelecimento distribuidor, Natura Cosméticos.

Principais Fatos

Andamentos: Em julho de 2016, a Impugnação apresentada foi julgada de forma

parcialmente favorável à Indústria e Comércio de Cosméticos Natura. Em fevereiro

de 2017, o Recurso Ordinário apresentado pela Indústria e Comércio de Cosméticos

Natura foi convertido em diligência. Em novembro de 2019, o Tribunal de Impostos

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4.3 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos E Relevantes

e Taxas (TIT) determinou realização de nova diligência. Atualmente, aguarda-se a realização da diligência para posterior retomada do julgamento.

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

Chance de perda

processo é possível. Em relação à cobrança da multa que excede o percentual

de 100% (entre 100% e 150%) e a cobrança de juros em valores superiores à

Taxa Selic, a expectativa de perda é remota.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

perda do processo

Processo nº 0022803-69.2015.4.01.3400

Juízo

Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Instância

2ª instância judicial

Data de Instauração

20/04/2015

Partes no Processo

Natura Cosméticos S/A e União Federal

Valores,

bens

ou

R$ 372,80 milhões

direitos envolvidos

Objeto: Em abril de 2015, a Natura Cosméticos ajuizou medida judicial para

questionar a condição trazida pelo Decreto nº 8.393/2015, que equiparou a

industrial, para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, os

Principais Fatos

estabelecimentos atacadistas interdependentes que comercializam produtos

previstos no referido dispositivo legal.

Andamentos: Em junho de 2017, foi publicada sentença julgando a ação

procedente. A Natura Cosméticos aguarda o julgamento do recurso de apelação

apresentado em maio de 2017 pela União Federal.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

processo é possível.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

perda do processo

Processo nº 0008143.69.2012.4.03.6100

Juízo

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

Instância

2ª instância judicial

Data de Instauração

08/05/2012

Partes no Processo

Natura Cosméticos S/A e União Federal

Valores,

bens

ou

R$ 547,81 milhões

direitos envolvidos

Objeto: Em maio de 2012, a Natura Cosméticos ajuizou medida judicial para

assegurar judicialmente o direito à fruição de incentivos fiscais relacionados às

atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica, sem

observância às restrições impostas pela regulamentação da matéria, em 2011,

em aparente contrariedade com a lei que disciplina o benefício.

Principais Fatos

Andamentos: Em maio de 2012, a Natura Cosméticos ajuizou medida judicial

para questionar restrições quanto à utilização de benefícios fiscais para

pesquisa e desenvolvimento de seus produtos. Em outubro de 2014, foi

publicada sentença julgamento parcialmente procedente o pedido. Em maio de

2019, foi publicado o acórdão que deu provimento recurso de apelação da

Natura Cosméticos. Em junho de 2019, a União Federal apresentou Embargos

de Declaração e, atualmente, aguarda-se o seu julgamento.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse

processo é possível. Em relação à parcela extinta pela decadência, a

expectativa de perda é remota.

Impacto em caso de

Pagamento do valor envolvido

perda do processo

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4.3 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos E Relevantes

4.3.1. Indicar o valor total provisionado, se houver, dos processos descritos no item 4.3

As contingências descritas no item 4.3 acima possuem provisão constituída no montante total de R$127,8 milhões em 31 de dezembro de 2019.

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4.4 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos Cujas Partes Contrárias Sejam Administradores, Ex-administradores, Controladores, Ex-controladores ou Investidores

4.4 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contrárias sejam administradores, ex-administradores, controladores, ex-controladores ou investidores

Este item não é aplicável, considerando que na data deste Formulário de Referência nós e nossas controladas não somos partes em processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contrárias sejam administradores, ex-administradores, controladores, ex-controladores ou investidores.

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4.4 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Não Sigilosos Cujas Partes Contrárias Sejam Administradores, Ex-administradores, Controladores, Ex-controladores ou Investidores

4.4.1. Indicar o valor total provisionado, se houver, dos processos descritos no item 4.4

Este item não é aplicável, vide item 4.4 acima.

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4.5 - Processos Sigilosos Relevantes

4.5 - Processos sigilosos relevantes

Este item não é aplicável, considerando que na data deste Formulário de Referência nós e nossas controladas não somos partes em processos sigilosos relevantes.

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4.6 - Processos Judiciais, Administrativos ou Arbitrais Repetitivos ou Conexos, Não Sigilosos E Relevantes em Conjunto

4.6 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, não sigilosos e relevantes em conjunto

Apresentamos abaixo os processos judicias, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, baseados em fatos e causas jurídicas semelhantes, não sigilosos e relevantes em conjunto, dos quais nós e nossas controladas somos partes, cujo valor provisionado somava R$61,6 milhões em 31 de dezembro de 2019.

Processos Trabalhistas

Valores Envolvidos

Prática que causou tal contingência

O total reclamado nessas ações é de aproximadamente R$1,2 bilhão. Do valor total das reclamações trabalhistas, provisionamos o montante de R$61,6 milhões, sendo R$55,8 milhões líquidos de depósitos judiciais. As provisões são revisadas periodicamente com base na evolução dos processos e no histórico de perdas das reclamações trabalhistas para refletir a melhor estimativa corrente.

Em 31 de dezembro de 2019, nós e nossas controladas, no Brasil, somos partes em aproximadamente 1.500 reclamações trabalhistas movidas por sindicatos, ex-colaboradores e terceiros, cujos pedidos são relacionados a pagamentos de verbas rescisórias, eventual doença ocupacional, adicionais salariais, horas extras e verbas devidas em razão da responsabilidade subsidiária e discussão acerca do reconhecimento de eventual vínculo empregatício pleiteado por consultoras líderes de negócio.

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4.7 - Outras Contingências Relevantes

4.7 - Outras Contingências Relevantes

Apresentamos a seguir determinadas contingências relevantes não incluídas nos itens anteriores uma vez que se relacionam à Avon e passaram a ser aplicáveis à Companhia tão somente após a consumação da Transação, isto é, a partir de 3 de janeiro de 2020.

Processo nº 16561.720182/2012-65

Órgão julgador

Câmara Superior de Recursos Fiscais

Instância

3ª instância administrativa

Data de Instauração

13/12/2012

Partes no Processo

Avon Industrial Ltda. e Receita Federal do Brasil

Valores em dezembro/19

R$ 968,27 milhões

Objeto: Em dezembro de 2012, foi lavrado auto de infração para exigir a cobrança de

Imposto sobre Produtos Industrializados contra a controlada "Avon Industrial Ltda."

por suposta irregularidade em razão da não aplicação do Valor Tributável Mínimo nas

vendas entre empresas interdependentes.

Andamentos: Em maio de 2013, a Impugnação apresentada foi julgada de forma

Principais Fatos

desfavorável à Companhia. Em fevereiro de 2018, o Conselho Administrativo de

Recursos Fiscais (CARF) julgou parcialmente favorável o Recurso Voluntário

apresentado pela Companhia. Em dezembro de 2018, o Recurso Especial foi admitido

parcialmente. Em dezembro de 2019, a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF)

negou provimento ao Recurso Especial e, atualmente, aguarda-se publicação do

acórdão.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse processo é

possível.

Análise do Impacto

Pagamento do valor envolvido

Processo nº 19515.720.949/2017-12

Órgão julgador

Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

Instância

3ª instância administrativa

Data de Instauração

26/09/2017

Partes no Processo

Avon Industrial Ltda. e Receita Federal do Brasil

Valores em dezembro/19

R$ 959,99 milhões

Objeto: Em setembro de 2017, foi lavrado auto de infração para exigir a cobrança de

Imposto sobre Produtos Industrializados contra a controlada "Avon Industrial Ltda."

por suposta irregularidade em razão da não aplicação do Valor Tributável Mínimo nas

vendas entre empresas interdependentes.

Principais Fatos

Andamentos: Em março de 2018, a Impugnação apresentada foi julgada de forma

desfavorável à Companhia. Em abril de 2019, o Conselho Administrativo de Recursos

Fiscais (CARF) julgou de forma desfavorável o recurso da Companhia. Em maio de

2019, a Companhia interpôs Recurso Especial, o qual aguarda julgamento.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse processo é

possível.

Análise do Impacto

Pagamento do valor envolvido

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4.7 - Outras Contingências Relevantes

Processo nº 18170-15.2015.4.01.3400

Órgão julgador

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

Instância

2ª instância judicial

Data de Instauração

06/04/2015

Partes no Processo

Avon Cosméticos Ltda. e União Federal

Valores em dezembro/19

R$ 1.041 milhões

Objeto: Em abril de 2015, a Avon Cosméticos ajuizou medida judicial para questionar

a condição trazida pelo Decreto nº 8.393/2015, que equiparou a industrial, para fins

de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, os estabelecimentos

Principais Fatos

atacadistas interdependentes que comercializam produtos previstos no referido

dispositivo legal.

Andamentos: Em dezembro de 2016, foi publicada sentença julgando a ação

procedente. A Companhia aguarda o julgamento do recurso de apelação

apresentado em janeiro de 2017 pela União Federal.

Chance de perda

A opinião dos nossos advogados é de que a expectativa de perda desse processo é

possível.

Análise do Impacto

Pagamento do valor envolvido

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4.8 - Regras do País de Origem e do País em Que os Valores Mobiliários Estão Custodiados

4.8 - Regras do país de origem e do país em que os valores mobiliários estão custodiados

Este item não é aplicável, tendo em vista que possuímos sede no Brasil e nossos valores mobiliários encontram-se custodiados no País.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

  1. política formalizada de gerenciamento de riscos

Possuímos uma Política de Gerenciamento de Riscos Corporativos, aprovada em 17 de julho de

2019 pelo Conselho de Administração e que pode ser consultada em nosso website: https://ri.naturaeco.com/pt-br/("Política de Gerenciamento de Riscos").

  1. objetivos e estratégias da política de gerenciamento de riscos

A nossa Política de Gerenciamento de Riscos tem por objetivo estabelecer diretrizes, princípios, papéis e responsabilidades no gerenciamento de riscos corporativos e fornecer orientações aos processos de negócios na identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos e oportunidades inerentes às nossas atividades, considerando os aspectos de curto, médio e longo prazos.

A nossa Política de Gerenciamento de Riscos se aplica a todas as empresas do nosso grupo em todas as regiões em que possuímos operações e consequentemente todas as áreas dentro dessas controladas.

O nosso gerenciamento dos riscos e das oportunidades obedece ao conceito das três linhas de defesa: (i) a primeira linha de defesa é composta pelas nossas áreas de negócio, incluindo nossas coligadas e controladas, responsáveis pelos riscos e oportunidades que gerenciam; (ii) a segunda linha de defesa, é composta pelas estruturas de controle, que devem instrumentalizar os gestores da primeira linha para o correto gerenciamento dos riscos e oportunidades; e (iii) a terceira linha de defesa é composta pela auditoria interna, atuando com um olhar independente para verificar a eficácia do modelo.

A metodologia que adotamos utiliza como referência a estrutura integrada de gerenciamento de riscos sugerida pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission).

  1. riscos para os quais se busca proteção

Buscamos proteção para os riscos inerentes às nossas atividades empresariais e que possam ter impacto no alcance de nossos objetivos estratégicos, conforme avaliação realizada em consonância com a Política de Gerenciamento de Riscos e descritos no item 4.1 e 4.2. deste Formulário de Referência.

  1. instrumentos utilizados para proteção

Buscamos mitigar nossos riscos por meio de um processo estruturado no que compete: (i) à análise de contexto interno e externo capturado na formulação das escolhas estratégicas; (ii) à identificação dos contextos que podem impactar o alcance dos objetivos de negócio; (iii) ao julgamento dos níveis de exposição de impacto e probabilidade com base em critérios determinados; (iv) à identificação dos controles e práticas de gestão endereçados aos cenários de riscos; (v) à definição do tratamento que será dado aos riscos, incluindo, conforme o caso, a contratação e gestão de seguros; (vi) à criação e manutenção de processos contínuos que permitam o fornecimento, compartilhamento e obtenção de informações, bem como treinamentos e discussões que contribuam com o amadurecimento do gerenciamento dos riscos; e (vii) ao monitoramento dos riscos identificados e da efetividade do tratamento para sua redução ou mitigação.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

A atualização dos cenários de riscos e, assim, a revisão da matriz de riscos, ocorre anualmente à luz das escolhas estratégicas e alterações no contexto de negócios. Também com essa periodicidade são revistos os controles internos da Companhia, que possuem sua efetividade avaliada por meio de ciclos de testes.

O trabalho de análise e revisão dos riscos é acompanhado pelo Comitê Executivo e pelos comitês de assessoramento do Conselho de Administração.

Considerando a diversidade de atuação dos nossos negócios e a complexidade de nossas operações, entendemos que os riscos e os mecanismos de mitigação e controle podem variar e incluem, mas não se limitam, aos aspectos listados abaixo, agrupados em riscos estratégicos, operacionais, regulamentares e financeiros, conforme segue:

Riscos estratégicos

A avaliação dos riscos estratégicos é feita com base no nosso Plano Estratégico, que é um documento de suma importância por direcionar as nossas metas de curto, médio e longo prazos, as decisões de investimento em aquisições e participações, além da entrada em novos mercados. O documento é revisado periodicamente com o envolvimento de todas as unidades de negócio. As estratégias e as suas revisões são apresentadas e debatidas no Comitê Executivo e aprovadas pelo Conselho de Administração.

Efetuamos a gestão de nossa marca, de nosso modelo comercial e de nossa atratividade para as consultoras e consultores. Portanto, monitoramos permanentemente este setor de atuação, incluindo a preferência e o padrão de gastos de nossas consumidoras. Adicionalmente, mantemos o foco em projetos para evoluir o modelo comercial, de acordo com nossa proposta de valor, em linha com o Plano Estratégico. Investimos significativamente na revitalização da venda direta (venda por relações) a fim de manter relacionamentos estreitos e de qualidade com as consultoras e consultores.

A inovação é objeto de investimentos constantes em diferentes frentes: estratégia comercial, plataformas digitais, desenvolvimento de produtos, rede logística e de distribuição etc. Atuamos diligentemente no controle sobre o registro de propriedade intelectual, especialmente patentes, desenhos industriais e marcas, ações estas que também endereçam questões relacionadas à concorrência significativa de fabricantes brasileiros e multinacionais que oferecem linhas de produtos similares e, por vezes, competem dentro do mesmo canal de vendas diretas.

No que diz respeito à ética e compliance, nós adotamos um código de conduta aplicável a todos os colaboradores e administradres das empresas pertencentes ao Grupo. Tal código também é a base de nosso código de conduta para fornecedores e vendedores. Tais documentos são revistos anualmente. Fornecemos treinamento presencial e online a todos os nossos empregados em cada ciclo de revisão, com ênfase particular nas nossas políticas globais anticorrupção, anti-lavagem de dinheiro e de conflito de interesses;

Temos um canal de ouvidoria disponível todos os dias da semana, a qualquer horário, por meio do qual interessados poderão reportar descumprimentos ao nosso código de conduta, bem como levantar questionamentos e preocupações. As manifestações em tal canal são recebidas por uma entidade independente que direciona o caso ao responsável do setor de compliance pela região na qual o incidente alegadamente tenha ocorrido e que seja responsável por analisar e investigar o assunto, e, caso necessário, apresenta ao comitê de ética local. As estatísticas são apresentadas trimestralmente ao comitê de auditoria, controle de riscos e finanças.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

Como parte de nosso programa de compliance, tomamos diversas medidas para garantir que trabalhemos com fornecedores que compartilhem nossos valores de ética e conduta, incluindo: (i) auditoria de compliance no momento do início das relações; (ii) inclusão de cláusulas estabelecendo que o descumprimento com o nosso Código de Conduta de Fornecedores e políticas correlatas consistem em descumprimento relevante dos nossos contratos de fornecimento; e (iii) sessões de treinamento.

Criamos o Comitê Operacional do Grupo (GOC, na sigla em inglês), que reúne, além do Principal Executivo do Grupo, o executivo chefe de cada uma das unidades de negócio do Grupo, tal como definidas pelo Conselho de Administração, e outros diretores ou executivos indicados pelo Principal Executivo do Grupo e nomeados pelo Conselho de Administração. O Comitê Operacional do Grupo, ligado diretamente ao Conselho de Administração, tem como missão auxiliar este órgão na definição e implementação da nossa estratégia global e no desenvolvimento das atividades do Grupo, bem como na supervisão de cada unidade de negócio, monitorando a implementação de decisões tomadas no âmbito do Conselho de Administração. É também de sua responsabilidade identificar sinergias e oportunidades para o Grupo entre cada unidade de negócio, tanto do ponto de vista de receita como também de custos, bem como zelar pelos aspectos organizacionais do Grupo, fazendo recomendações ao Conselho de Administração sobre medidas necessárias para sua fluidez e eficiência. Também atua como fórum de discussão e recomendações sobre nossas estruturas administrativas e operacionais, além de promover a criação de centros de excelência entre as nossas unidades de negócio buscando sempre melhores práticas e excelência.

Considerando os riscos relacionados à atração, retenção e treinamento de pessoal chave, possuímos o programa "Nossa Gente", com foco no protagonismo do colaborador, por meio de um processo em rede, mais simples, com aumento da autonomia, avaliações não hierárquicas e feedbacks real time, acionável permanentemente, permitindo que, a qualquer momento, os profissionais indiquem e tomem conhecimento de pontos fortes e oportunidades de aprimoramento. No desenvolvimento de nossa liderança, temos o programa "Mosaico" com dois pilares fundamentais

  • Liderança e Cultura e Performance e Resultados, o qual está alinhado ao momento de transformação organizacional. Também temos o programa "Passaporte para o Futuro" para o nosso público operacional e de força de vendas, garantindo caminhos para que a aceleração de talentos ocorra em diversas áreas da nossa Companhia. Como forma de reconhecimento e retenção, buscamos oferecer um pacote de remuneração acima da média de mercado, com o objetivo de compartilhar a geração de riqueza com todos os colaboradores. Além disso, realizamos anualmente a revisão do mapa de sucessão de curto, médio e longo prazos para gerentes seniores e acima), bem como o mapeamento de posições críticas de liderança para a entrega das estratégias buscando identificar necessidades de aceleração de desenvolvimento.

Em relação aos riscos relacionados a questões ambientais, buscamos aliar os ganhos econômicos aos socioambientais. Projetos estratégicos de mitigação são hoje estruturados de forma multidisciplinar e se tornaram atividades formais na nossa Companhia, como o "Programa Carbono Neutro", que prioriza a redução das emissões diretas e indiretas em toda a cadeia, além da compensação de 100% das emissões não evitadas, detalhadamente descrito no item 7.8 deste Formulário.

Ainda, a utilização de insumos da sociobiodiversidade segue a Política de Uso Sustentável de Produtos e Serviços da Natura Cosméticos, por meio da qual procuramos assegurar a justa repartição de benefícios às comunidades fornecedoras, o manejo sustentável dos ativos e o atendimento à legislação de acesso ao patrimônio genético.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

Há, ainda, outras políticas socioambientais que, alinhadas aos nossos valores, buscam mitigar os riscos socioambientais.

Riscos Operacionais

Em relação à pesquisa, desenvolvimento, fabricação e qualidade do produto, adotamos rígidos processos internos desde o desenvolvimento conceitual do produto até sua disponibilização no mercado. Comprometidos com a saúde e a segurança de nossos consumidores, contamos com rígidos processos internos, desde a pesquisa de novos ingredientes, passando pelo desenho conceitual do produto até sua disponibilização ao mercado. Nosso sistema de cosmetovigilância garante, ainda, o monitoramento dos nossos produtos após seu lançamento, o que estimula nossos processos de melhoria contínua.

As nossas formulações utilizam apenas produtos e ingredientes seguros e em conformidade com as legislações internacionais e boas práticas de mercado. Na fase de pesquisa e desenvolvimento, contamos com testes e avaliações de segurança e eficácia de produtos e matérias-primas em sílico, em vitro e em vivo, testes de estabilidade e microbiologia, além de testes de transporte e em uso que garantem que o desenho do produto atende aos requisitos de saúde, segurança e desempenho. Durante a produção, contamos com controles de processos, microbiologia, estabilidade e demais controles de qualidade. Nossas embalagens incluem informações sobre componentes fabricados por terceiros, substâncias que podem gerar impacto ambiental, uso seguro e correto descarte dos produtos e indicação sobre o número recomendado de reutilização das embalagens (refilagem), entre outros dados.

Para os riscos ocupacionais inerentes às operações, está instituída a nossa Política de Segurança e Saúde ocupacional, permitindo a atuação preventiva. Ademais, mantemos canal aberto de comunicação e relacionamento com todas as entidades sindicais, reconhecendo-as como legítimas na representação dos interesses dos empregados em cada uma de suas categorias econômicas, buscando sempre o entendimento e conciliação entre as partes.

Também buscamos mitigar os riscos operacionais que possam impactar diretamente a execução de nossa estratégia. Prejuízos financeiros por falhas ou interrupções nas unidades operacionais são mitigados pela contratação e gestão de seguros cujas apólices são customizadas para atender a diversidade do perfil de negócios.

Gerenciamos os principais sistemas de TI com ações para manter a estabilidade da operação. Adotamos redundância de dados e servidores, rotinas de backup das informações, controle de acessos aos sistemas, adoção de ferramentas de perímetro, proteção contra malware, vírus de computador e demais códigos maliciosos, monitoramento em tempo real de nossas redes e sistemas em nuvem para conter ataques em andamento, avaliação de critérios de segurança em serviços de terceiros e monitoramento contínuo para detecção de vulnerabilidades de segurança em bancos de dados e componentes de infraestrutura, sistemas web e aplicativos móveis. Em relação à Segurança da Informação, possuímos gestão estruturada sobre o tema, com diretrizes explicitadas em Código de Conduta, trabalho permanente para a conscientização de colaboradores, mapeamento e tratamento de riscos de segurança da informação e aderência ao padrão ISO 27.002:2013.

Iniciamos em 2018 projeto de adequação aos requerimentos impostos pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018), incluindo o uso de escritório de advocacia especializado em direito digital para mapeamento de aspectos de melhoria, atuação de grupo multidisciplinar no desenho e implantação de mudanças de processos ou rotinas quando necessário e realização de workshops envolvendo os principais agentes internos.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

Trabalhamos continuamente no desenvolvimento e reconhecimento de nossos fornecedores. Contamos com um processo estruturado de inclusão de novos fornecedores, que passam por auditorias de homologação em relação ao atendimento de requisitos de negócios por nós estipulados e em linha com nossas crenças e valores. Possuímos também acompanhamento periódico dos principais fornecedores com risco por meio de um modelo desenvolvido e customizado. Os fornecedores, sempre que necessário, devem apresentar ações que enderecem aos aspectos de melhoria identificados.

Riscos Regulamentares

Promovemos o monitoramento permanente de alterações jurídicas, sejam elas no âmbito cível, trabalhista e/ou tributário nas esferas federal e estadual, e atuação em âmbito setorial por meio de entidades de representação. Também realizamos o acompanhamento diligente do nosso passivo contencioso, com apoio de equipe interna composta por colaboradores com formação de primeira linha e contratação de parceiros especializados, conforme necessário. Contamos, ainda, com uma área de Compliance, descrita no item 5.4 deste Formulário, responsável por analisar eventuais violações do Código de Conduta e da Política Anticorrupção, além de situações relacionadas à prevenção à lavagem de dinheiro, concorrencial, fraude etc. Há, ainda, áreas técnicas que acompanham as legislações específicas sobre seus temas.

Riscos Financeiros

Realizamos o monitoramento permanente da conjuntura político-econômica dos países em que operamos, reavaliando a estratégia de atuação, se necessário. Por meio de nossa Política de Tesouraria estabelecemos, ratificamos e unificamos conceitos, critérios e limites de delegação para decisões que envolvam a gestão de crédito e liquidez do fluxo de caixa, investimento e captação de recursos financeiros, gestão do risco cambial e relacionamento bancário de todas as empresas do grupo econômico incluindo as operações internacionais, com o objetivo de realizar a gestão contínua e proativa dos riscos financeiros, protegendo os nossos resultados e o nosso patrimônio contra o não cumprimento de obrigações financeiras contratadas. Para maiores informações sobre os instrumentos utilizados para proteção dos riscos financeiros ver a seção 5.2 deste documento.

  1. estrutura organizacional de gerenciamento de riscos

Adotamos uma estrutura integrada de gerenciamento de riscos que envolve as seguintes instâncias internas, a saber:

  • Conselho de Administração. O Conselho de Administração é responsável por, entre outros, (i) definir a filosofia de gerenciamento de riscos da organização em linha com a missão, valores e princípios estabelecidos; (ii) estabelecer os níveis de apetite a risco do Grupo em função dos objetivos empresariais de curto, médio e longo prazos; (iii) revisar e aprovar as definições gerais das estratégias de gerenciamento de riscos, incluindo a nossa Política de Gerenciamento de Riscos; (iv) monitorar os alinhamentos críticos: estratégia, riscos, controles, conformidade (compliance), incentivos e pessoas; e (v) avaliar periodicamente se os processos de gerenciamento de riscos corporativos permitem o Conselho de Administração atingir seus objetivos de supervisão dos riscos.
  • Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças. O Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças é responsável, entre outras coisas, por fiscalizar a adequação de

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

nossos sistemas de gestão de riscos e controles internos de acordo com as instruções do nosso Conselho de Administração.

  • Liderança Executiva. Nossa liderança executiva é responsável, entre outras coisas, por submeter diretrizes gerais de gerenciamento de riscos e limites de exposição para aprovação do nosso Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças.
  • Principal Executivo do Grupo. O Principal Executivo do Grupo é responsável, entre outras coisas, por promover a integração da gestão de riscos com o nosso processo de planejamento estratégico.
  • Área de Auditoria Interna. A área de auditora interna é responsável pela realização de auditoria interna como parte de nossos processos internos de revisão e investigação de eventuais irregularidades.
  • Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos. A nossa Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos é responsável por desenvolver e aplicar a estratégia e a metodologia de gerenciamento de Riscos, manter atualizadas a Política de Gerenciamento de Riscos e outras documentações complementares, promover a aculturação no gerenciamento de riscos, instrumentalizar as áreas de negócios para oportuna identificação, análise e avaliação de riscos e o endereçamento do melhor conjunto de respostas, monitorar os níveis de exposição, reportar à liderança executiva e Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças sobre os níveis de exposição potencial dos principais riscos empresariais e acompanhar a implementação de planos de ação.
  • Vice-Presidênciaglobal de Ética & Compliance. A Vice-Presidênciatem como escopo
    1. promover, monitorar e fazer cumprir o Código de Conduta Global e políticas e leis a ele relacionadas, inclusive a Lei Anticorrupção brasileira; (ii) fortalecer a cultura ética e de integridade do Grupo, através de constante treinamento e comunicação; (iii) gerenciar o Canal de Denúncias, coordenando e atuando, direta ou indiretamente, as investigações; (iv) trabalhar na mitigação de riscos reputacionais e legais por meio da verificação de fornecedores (background checking); (v) analisar os registros de conflitos de interesses apresentados pelos seus colaboradores; (vi) presidir o Comitê de Ética; e
    1. reportar os indicadores do canal de denúncias ao Comitê de Auditoria.
  • Diretoria de Organização e Gestão. A Diretoria de Organização e Gestão é responsável, entre outras atribuições, por identificar e apoiar a cadeia de processos da Natura &Co Latin America, além da gestão da plataforma existente de normas, políticas, procedimentos e instruções de trabalho.
  • Donos de Riscos. Os donos de riscos são responsáveis, entre outras coisas, por identificar, avaliar, mitigar e monitorar os riscos nas unidades de negócio pelas quais são responsáveis, com base em critérios estabelecidos para o grupo como um todo.

Além disso, a gestão de riscos financeiros (crédito, liquidez e mercado) é conduzida pela Tesouraria, que aprova todas as operações de investimento e empréstimos conduzidas por nossas subsidiárias, bem como monitora o cumprimento dos índices de alavancagem estabelecidos nos covenants financeiros aos quais estamos vinculados.

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5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos

  1. adequação da estrutura operacional e de controles internos para verificação da efetividade da política adotada

A nossa estrutura operacional e de controles internos permite monitorar e avaliar periodicamente os riscos relacionados aos nossos negócios e os impactos possíveis nas operações ou nas demonstrações financeiras. Acreditamos que nossa estrutura operacional e de controles internos é adequada para a verificação da efetividade da nossa Política de Gerenciamento de Riscos.

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5.2 - Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

  1. política formalizada de gerenciamento de riscos de mercado

Adotamos uma política geral de tesouraria que contém normas referentes à proteção cambial, gestão de fluxo de caixa e liquidez, aplicações financeiras, captações de recursos e relacionamento bancário a ser aprovada pelo Conselho de Administração ("Política de Tesouraria").

  1. objetivos e estratégias da política de gerenciamento de riscos de mercado

A Política de Tesouraria estabelece, ratifica e unifica conceitos, critérios e limites de delegação para decisões que envolvam a gestão e liquidez do fluxo de caixa, investimento e captação de recursos financeiros, gestão do risco cambial e relacionamento bancário de todas as empresas do grupo econômico incluindo as operações internacionais.

Seu objetivo é principalmente, mas não se limita a: (a) realizar gestão proativa e contínua dos riscos financeiros, por meio da antecipação e, quando necessária, proteção a cenários desfavoráveis, de forma a proteger os nossos resultados e o nosso patrimônio; e (b) proteger os nossos resultados e o nosso patrimônio contra o não cumprimento de obrigações financeiras contratadas.

  1. riscos de mercado para os quais se busca proteção

Risco de Taxa de Câmbio

Com relação ao risco cambial, protegemos 100% dos empréstimos e financiamentos contratados em moeda distinta da moeda local. Além disso, com a intenção de minimizar os efeitos da variação cambial em nossos fluxos de caixa operacionais, monitoramos as tendências do Real frente ao Dólar, ao Euro e às Libras Esterlinas, bem como contratamos operações de derivativos, em linha com a Política de Tesouraria.

Para as exposições operacionais, a nossa Política de Tesouraria considera os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas nossas demonstrações financeiras, bem como fluxos de caixa futuros, com prazo médio de seis meses, ainda não registrados no balanço patrimonial.

Risco de Taxa de Juros

Concentramos nossas exposições financeiras na taxa de juros, de modo geral, na Taxa DI.

  1. estratégia de proteção patrimonial (hedge)

A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por meio de políticas, definição de estratégias e implementação de sistemas de controle, definidos pela nossa central de tesouraria e aprovados pelo nosso Conselho de Administração. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, em relação às políticas é disponibilizada pela nossa central de tesouraria à Diretoria Estatutária, ao Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças e ao Conselho de Administração para apreciação.

  1. instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

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5.2 - Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado

Para proteger as futuras posições do nosso balanço patrimonial e das nossas controladas dos riscos de mercado, podemos vir a utilizar instrumentos financeiros derivativos. As características destes instrumentos e os riscos aos quais são atrelados estão descritas a seguir:

Descrição

Valor Justo (Nível 2)

Consolidado

2019

2018

Derivativos "financeiros"

727.068

512.365

Derivativos "operacionais"

(1.496)

2.754

Total

725.572

515.119

Risco Cambial

A nossa Política de Proteção Cambial considera os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas informações financeiras, bem como fluxos de caixa futuros, com prazo médio de seis meses, ainda não registrados no balanço patrimonial.

Conforme a Política de Proteção Cambial, os derivativos contratados por nós, bem como pelas nossas controladas, deverão eliminar risco cambial de instrumentos financeiros contratados em moedas distintas de suas moedas funcionais e limitar as perdas por variação cambial dos fluxos de caixas operacionais projetados em relação ao lucro líquido projetado para o exercício em curso, dada uma determinada estimativa de desvalorização cambial em relação ao dólar norte-americano.

  1. parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

Os parâmetros utilizados para gerenciamento dos riscos gerados pela exposição cambial são: (a) para exposições financeiras, 100% das dívidas em moedas distintas da moeda local; e (b) seis meses de fluxo de desembolso futuro. A política para tratamento destes riscos é a Política de Tesouraria.

Com relação ao risco atrelado a taxa de juros, não fizemos um hedge específico para a flutuação das taxas.

A exposição será coberta através de operações de Swap e Termo de Moeda (NDF) contratada com bancos de primeira linha ou através de operações de compra ou venda de moeda na bolsa de valores.

O Comitê de Tesouraria tem autonomia para contratar instrumentos para a proteção das exposições operacionais, desde que o montante não ultrapasse US$50 milhões, determinados pelo Conselho de Administração. Já a exposição cambial decorrente de empréstimos e financiamentos contratados em moeda estrangeira é nula, dado que tais contratações devem ser protegidas na sua totalidade, ou seja, 100%.

  1. instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge)

Utilizaremos as operações de hedge unicamente como um meio de proteção contra as oscilações de preços do mercado, de forma que essas operações não possuirão, portanto, propósito especulativo.

  1. estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos de mercado

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5.2 - Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado

A gestão de riscos de mercado é realizada pela Diretoria de Tesouraria, subordinada à Vice- Presidência de Finanças. Conforme mencionado no item 5.1 deste Formulário de Referência, adotamos uma Política de Gerenciamento de Riscos que prevê uma estrutura integrada de gerenciamento de riscos que envolve as seguintes instâncias internas, conforme descrito abaixo.

  • Conselho de Administração. O Conselho de Administração é responsável por (i) definir a filosofia de gerenciamento de riscos da organização em linha com a missão, valores e princípios estabelecidos; (ii) estabelecer os níveis de apetite a risco do Grupo em função dos objetivos empresariais de curto, médio e longo prazos; (iii) revisar e aprovar as definições gerais das estratégias de gerenciamento de riscos, incluindo a nossa Política de Gerenciamento de Riscos; (iv) monitorar os alinhamentos críticos: estratégia, riscos, controles, conformidade (compliance), incentivos e pessoas; e (v) avaliar periodicamente se os processos de gerenciamento de riscos corporativos permitem o Conselho de Administração atingir seus objetivos de supervisão dos riscos.
  • Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças. O Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças é responsável, entre outras coisas, por fiscalizar a adequação de nossos sitemas de gestão de riscos e controles internos de acordo com as instruções do nosso Conselho de Administração.
  • Liderança Executiva. Nossa liderança executiva é responsável, entre outras coisas, por submeter diretrizes gerais de gerenciamento de riscos e limites de exposição para aprovação do nosso Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças.
  • Principal Executivo do Grupo. O Principal Executivo do Grupo é responsável, entre outras coisas, por promover a integração da gestão de riscos com o nosso processo de planejamento estratégico.
  • Área de Auditoria Interna. A área de auditora interna é responsável pela realização de auditoria interna como parte de nossos processos internos de revisão e investigação de eventuais irregularidades.
  • Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos. A nossa Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos é responsável por desenvolver e aplicar a estratégia e a metodologia de gerenciamento de Riscos, manter atualizadas a Política de Gerenciamento de Riscos e outras documentações complementares, promover a aculturação no gerenciamento de riscos, instrumentalizar as áreas de negócios para oportuna identificação, análise e avaliação de riscos e o endereçamento do melhor conjunto de respostas, monitorar os níveis de exposição, reportar à liderança executiva e Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças sobre os níveis de exposição potencial dos principais riscos empresariais e acompanhar a implementação de planos de ação.
    Vice-Presidência global de Ética & Compliance. A Vice-Presidência tem como escopo (i) promover, monitorar e fazer cumprir o Código de Conduta Global e políticas e leis a ele relacionadas, inclusive a Lei Anticorrupção brasileira; (ii) fortalecer a cultura ética e de integridade do Grupo, através de constante treinamento e comunicação; (iii) gerenciar o Canal de Denúncias, coordenando e atuando, direta ou indiretamente, as investigações; (iv) trabalhar na mitigação de riscos reputacionais e legais por meio da verificação de fornecedores (background checking); (v) analisar os registros de conflitos de interesses apresentados pelos

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5.2 - Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado

seus colaboradores; (vi) presidir o Comitê de Ética; e (vii) reportar os indicadores do canal de denúncias ao Comitê de Auditoria.

  • Diretoria de Organização e Gestão. A Diretoria de Organização e Gestão é responsável, entre outras atribuições, por identificar e apoiar a cadeia de processos da Natura &Co Latin America, além da gestão da plataforma existente de normas, políticas, procedimentos e instruções de trabalho.
  • Donos de Riscos. Os donos de riscos são responsáveis, entre outras coisas, por identificar, avaliar, mitigar e monitorar os riscos nas unidades de negócio pelas quais são responsáveis, com base em critérios estabelecidos para o grupo como um todo.

Além disso, a gestão de riscos é conduzida pela Tesouraria, que aprova todas as operações de investimento e empréstimos conduzidas por nossas subsidiárias, bem como monitora o cumprimento dos índices de alavancagem estabelecidos nos covenants financeiros aos quais estamos vinculados.

  1. adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

Conforme mencionado no item 5.1 deste Formulário de Referência, a nossa estrutura operacional e de controles internos permite o monitoramento e a avaliação periódica dos riscos relacionados aos nossos negócios e os impactos possíveis nas operações ou nas demonstrações financeiras. Acreditamos que nossa estrutura operacional e de controles internos é adequada para a verificação da efetividade da nossa Política de Gerenciamento de Riscos.

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5.3 - Descrição Dos Controles Internos

5.3 - Descrição dos controles internos

  1. principais práticas de controles internos e o grau de eficiência de tais controles, indicando eventuais imperfeições e as providências adotadas para corrigi-las

Implementamos, em nossas operações, controles internos com base nos critérios estabelecidos no documento "Controle Interno - Modelo Integrado", publicado pelo COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission, entidade privada norte-americana que tem por finalidade a divulgação de princípios e guias ligados a estruturas de controles internos para companhias. Os processos relevantes para fins de demonstrações financeiras foram mapeados, riscos e controles identificados e sua efetividade testada para fins de emissão das demonstrações financeiras.

Possuímos uma matriz de riscos e controles, incluindo classificação dos controles MRC (Management Review Controls) e IPE (Information Produced by Entity), considerando como parâmetro padrões internacionais. Ao longo do exercício de 2019, foram realizados treinamentos para as áreas envolvidas nos processos em escopo SOx.

Acreditamos na eficiência dos procedimentos de controles internos adotados por nós para assegurar a qualidade, precisão e confiabilidade das nossas informações financeiras, e reconhecemos que algumas ações devem ser implementadas para melhor endereçar os riscos. Por essa razão, na opinião da nossa Administração, nossas informações financeiras refletem adequadamente o resultado de nossas operações e nossa situação patrimonial e financeira nas respectivas datas.

  1. estruturas organizacionais envolvidas

Possuímos uma estrutura integrada de gerenciamento de riscos e controles internos que envolve, além das estruturas de governança e a liderança executiva, a Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos, a Diretoria de Auditoria Interna, a Diretoria de Compliance, as áreas de negócios (donos de riscos), responsáveis pela implantação, manutenção e execução dos controles internos. Ver Item 5.1 - Política de Gerenciamento de Riscos para detalhes.

  1. forma de supervisão da eficiência dos controles internas pela administração da Companhia, indicando o cargo das pessoas responsáveis pelo referido acompanhamento

A Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos, que está subordinada à Vice-Presidência de Finanças, tem a responsabilidade de estabelecer e difundir a cultura de controles internos e de manter sempre atualizada a matriz de controles internos para todas as operações consideradas relevantes para a emissão das demonstrações financeiras. Os descritivos dos controles são revisados anualmente juntamente com os responsáveis pela execução desses controles. Além disso, a Diretoria executa, com o apoio de parceiros especializados, os testes de efetividade dos controles e monitora a implementação de planos de ação para mitigar eventuais não conformidades detectadas. Todos os trabalhos são evidenciados por meio de documentação específica fornecida aos nossos auditores independentes, o quais, discricionariamente, podem complementar suas análises com testes adicionais. Os resultados dos trabalhos dos testes realizados, tanto por nós quanto pelos nossos auditores independentes, são reportados aos gestores responsáveis pelos controles, ao nosso Comitê Executivo e ao Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças.

  1. deficiências e recomendações sobre os controles internos presentes no relatório circunstanciado, preparado e encaminhado à Companhia pelo auditor independente, nos

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5.3 - Descrição Dos Controles Internos

termos da regulamentação emitida pela CVM que trata do registro e do exercício da atividade de auditoria independente

Em seu relatório circunstanciado referente aos trabalhos relativos a 31 de dezembro de 2019, os auditores independentes identificaram o que em sua opinião configuram deficiências significativas de controles, conforme segue:

  1. Não foram apropriadamente definidos e mantidos controles internos relacionados à interpretação e aplicação de questões contábeis complexas, especificamente em certas transações incomuns e significativas, resultando em deficiência significativa. As deficiências de controle não permitiram que a Administração identificasse um erro material na interpretação e aplicação da contabilização de provisões para taxas bancárias, que foi corrigido pela Administração nas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019. Tal fragilidade, caso não seja remediada, cria uma possibilidade razoável de que uma distorção relevante em nossas demonstrações financeiras consolidadas não seja evitada ou detectada em tempo hábil em períodos futuros.
    A Administração adotou um plano de remediação para solucionar as deficiências de controle descritas, que inclui as seguintes ações que foram implementadas ou estão em processo de implementação:
    • publicação de manual contábil para garantir consistência na aplicação das políticas contábeis dentro do grupo;
    • aprimoramento dos controles em torno dos procedimentos de consolidação;
    • reavaliação da estrutura do departamento contábil em relação ao tamanho e responsabilidades para garantir que inclua recursos técnicos adequados, bem como membros da equipe;
    • implementação de controles sobre a análise da administração e aprovação de questões contábeis complexas não recorrentes; e
    • definição de um programa de treinamento técnico contínuo para as pessoas que têm responsabilidades de relato financeiro.
  1. Ausência de controles de aprovação e revisão de lançamentos contábeis em subsidiárias (The Body Shop e Aesop).
    Não foram identificados controles suficientes relacionados à revisão de lançamentos manuais das subsidiárias The Body Shop e Aesop.
    Adicionalmente, foi recomendada a revisão dos usuários com acesso à lançamentos manuais.
    Em resposta às deficiências significativas apontadas acima, a Administração da Companhia promoverá implantação de controles e melhorias no processo de aprovação, revisão dos lançamentos manuais em suas subsidiárias, bem como revisão dos usuários com acesso ao registro de lançamentos manuais.
  1. Melhorias nos processos de controle e revisão de acessos de sistemas (The Body Shop).
    Foi identificada a necessidade de revisão de acessos privilegiados em sistemas, aplicações e ferramentas em nossa subsidiária The Body Shop, conforme listado abaixo:

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5.3 - Descrição Dos Controles Internos

  • acessos ao sistema SAP com privilégios para a realização de lançamentos manuais;
  • utilização pela equipe de Tecnologia da Informação de user ids originalmente desenhados para uso emergencial na execução de atividades típicas e cotidianas em ambiente de produção (ECC);
  • usuários nas instâncias de produção do SAP (ECC, POS DM e BW) com acesso à atividade Debug com permissões de alteração direta em tabelas;
  • usuários com acesso privilegiado ao aplicativo Jenkon; e
  • designação de perfis com acesso privilegiado no sistema SAP BW.

Para melhorar nossos processos e procedimentos de controle interno, desenvolvemos um

plano de remediação, que inclui aprimoramentos nos controles de concessão e revogação dos

privilégios de acesso, tais como conciliação entre logs de criação e revisão dos logs de acesso

privilegiado nos sistemas e criação de novas funções para restringir autorizações privilegiadas

e garantir que elas sejam atribuídas aos usuários apropriados.

IV.

Melhorias nos processos de concessão e revogação de acessos (Natura México).

Foi identificada a necessidade de revisão do processo de concessão e revogação de

privilégios de acesso ao sistema de faturamento da LATAM.

Para melhorar nossos processos e procedimentos de controle interno, desenvolvemos um

plano de remediação, que inclui aprimoramentos nos controles de concessão e revogação dos

privilégios de acesso, tais como conciliação entre logs de criação e solicitações efetuadas e

envio de alertas automáticos a partir da integração com bases de dados de colaboradores.

  1. Melhorias no processo de registro/contabilização de novos arrendamentos mercantis e alterações em arrendamentos mercantis existentes (The Body Shop Limited).
    Cada unidade de negócio (país) é responsável por certificar que os termos dos contratos (novos e já existentes) foram revisados para envio ao QUBE. Apesar do controle de registro de arrendamentos estar bem desenhado, foi avaliado que sua implantação não estava totalmente finalizada.
    O controle de certificação trimestral pelo 'Market FD' sobre arrendamentos mercantis foi implementado no último trimestre de 2019 e sua execução trimestral, incluindo a integridade e totalidade dos retornos de cada unidade de negócio (país) será monitorada pela estrutura de Controles Internos da nossa subsidiária The Body Shop Limited.

Outras deficiências, de menor relevância, constam no relatório de recomendações sobre os controles internos, emitido pelos auditores independentes da Companhia em relação aos processos de dados de fornecedores, protocolos de entrega de produtos, conferência de cálculos, informações sobre preços, formalização de conciliações, revisões e aprovações, dentre outros.

A Administração da Companhia e suas subsidiárias fez uma avaliação dos mesmos com o objetivo de adotar as medidas corretivas. Até o momento, alguns pontos já foram incorporados e outros estão em andamento, conforme data de remediação definida pela gestão.

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5.3 - Descrição Dos Controles Internos

  1. comentários dos diretores sobre as deficiências apontadas no relatório circunstanciado preparado pelo auditor independente e sobre as medidas corretivas adotadas

Os comentários dos diretores sobre as deficiências apontadas no relatório circunstanciado preparado pelos auditores independentes e as medidas corretivas implantadas e a implantar estão registrados ao longo do próprio item 5.3(d) deste Formulário de Referência.

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5.4 - Programa de Integridade

5.4 - Programa de Integridade

  1. regras, políticas, procedimentos ou práticas voltadas para a prevenção, detecção e remediação de fraudes e ilícitos praticados contra a administração pública

Possuímos mecanismos e procedimentos internos de integridade destinados à prevenção, detecção e remediação de fraudes e atos ilícitos praticados contra a Administração Pública, que incluem políticas internas de prevenção, especialmente o nosso Código de Conduta Global, a Política Global de Integridade contra Corrupção e Suborno, a Política Global de Brindes, Presentes, Entretenimento, Viagens e Hospedagem, a Política Global de Conflito de Interesses e a Política de Relacionamento com Agentes Públicos, Representações Diplomáticas Nacionais e Internacionais e Entidades de Classe. Tais políticas são periodicamente revisadas para garantir adequação às normas dos países onde atuamos e aderência às melhores práticas de mercado.

Considerando que somos o acionista detentor de 100% das ações de emissão da Natura Cosméticos S.A. ("Natura Cosméticos"), podemos considerar que os nossos mecanismos e procedimentos internos de integridade resultaram na renovação para a Natura Cosméticos do selo Pró-Ética na edição 2018-2019, reconhecimento público concedido pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União na 1º Conferência Internacional de Promoção da Integridade, e também no reconhecimento pela 10ª vez como uma das empresas mais éticas do mundo segundo avaliação do Ethisphere Institute ("2020 World's Most Ethical Companies"), única empresa brasileira na categoria "Health & Beauty Category".

  1. os principais mecanismos e procedimentos de integridade adotados e sua adequação ao perfil e riscos identificados pelo emissor, informando com que frequência os riscos são reavaliados e as políticas, procedimentos e as práticas são adaptadas

O gerenciamento de riscos, as políticas, procedimentos e práticas de integridade adotados por nós, abaixo destacados, são reavaliados e ajustados periodicamente sempre que ocorrem mudanças significativas na nossa estrutura, processos, sistemas ou modelo de negócios, ou na regulamentação aplicável.

Os mecanismos e procedimentos de integridade são regulados pelos seguintes normativos internos:

Códigos, Políticas e Regimentos de Integridade

  • Código de Conduta Global: Em 17 de julho de 2019, foi aprovado pelo nosso Conselho de Administração o Código de Conduta Global, o qual passa a ser aplicável a todos os colaboradores e administradores das empresas pertencentes ao Grupo, incluindo diretores e membros do conselho. A revisão do Código de Conduta é anual e aprovada pelo nosso Comitê de Auditoria. O Código de Conduta é a ferramenta que traz clareza sobre o modo como os colaboradores e terceiros devem agir em diversos temas e situações, além de manifestar o comprometimento de todos os níveis da liderança das empresas do Grupo com uma cultura de ética e de respeito a normas e leis.
  • Política Global de Integridade contra Corrupção e Suborno: Em 2011, implementamos a Política de Integridade contra Corrupção e Suborno, aprovada então pela Diretoria de Finanças, e desde então vem sendo revisada periodicamente

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5.4 - Programa de Integridade

para estar conforme a legislação local aplicável (incluindo a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013). Referida política contempla diretrizes claras sobre o combate à corrupção e suborno, estabelecendo padrões elevados de integridade e comportamento esperados dos colaboradores e terceiros, garantindo engajamento de todos os seus públicos no objetivo de mitigar situações de risco dessa natureza. Em 2018, foi realizada a última revisão da referida política pela Vice-Presidência Jurídica e de Ética & Compliance e, em 19 de fevereiro de 2019, foi apresentada e aprovada pelo Comitê de Auditoria.

  • Política de Relacionamento com Agentes Públicos, Representações Diplomáticas Nacionais e Internacionais e Entidades de Classe: Em 2011, a Política de Relacionamento com Agentes Públicos, Representações Diplomáticas Nacionais e Internacionais e Entidades de Classe foi aprovada pela Diretoria de Assuntos Corporativos, e desde então vem sendo revisada/atualizada periodicamente. Referida política dispõe que o relacionamento com agentes públicos, representações diplomáticas e entidades de classe deverá ser contínuo, transparente e apartidário, seguindo os princípios de respeito à legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Em 2019, foi realizada a última revisão da referida política, visando incorporar regras a serem observadas também pelo Instituto Natura.
  • Política Global de Brindes, Presentes, Entretenimento, Viagens e Hospedagem:Em 2019, a Política Global de Brindes, Presentes, Entretenimento, Viagens e Hospedagem foi aprovada pelo Comitê de Auditoria, tendo como objetivo principal descrever de forma geral as nossas regras que devem ser observadas por todos os colaboradores para gerenciar, contabilizar e relatar despesas com brindes, presentes, viagens e entretenimento, garantindo a adoção de uma abordagem consistente em nível global, inclusive e especialmente quando tais despesas envolvem um agente público.
  • Política Global de Conflito de Interesses: Em 2019, a Política Global de Conflito de Interesses foi aprovada pelo Comitê de Auditoria. Tendo como escopo principal garantir que colaboradores do Grupo compreendam suas obrigações de proteger as atividades da companhia e sempre agir em seus melhores interesses, estabelecendo, para tanto, diretrizes, critérios, responsabilidades e formas de prevenção de um efetivo ou aparente conflito de interesses nas relações com companhias que fazem parte do nosso grupo, buscando assegurar a adoção dos mais elevados padrões éticos, de integridade, transparência e legal, essa política também traz o dever e compromisso de qualquer colaborador em revelar para nós qualquer relação de parentesco que ele/ela possa ter com um agente público (em sentido amplo), ou mesmo se e quando ele/ela for convidado a tomar parte em uma organização nessa condição.

Mecanismos e Procedimentos de Integridade

Elencamos abaixo os nossos mecanismos e procedimentos de integridade:

  • Canal de Denúncias: Possuímos um canal de denúncias ("Linha Ética da Natura &Co" ou "LEN") global e independente, administrado por terceiro com expertise no acolhimento de

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5.4 - Programa de Integridade

suspeitas de violação a códigos e/ou políticas internas de multinacionais de grande porte. Este canal está disponível 24x7 no idioma local, tanto em formato web como atendimento telefônico gratuito, garantindo total segurança e sigilo. O gerenciamento dessa ferramenta é exclusivo do time global de Ética & Compliance, responsável pelas investigações de maneira confidencial e imparcial, respeitando os direitos das pessoas envolvidas. Detalhes da investigação e os nomes das pessoas envolvidas são preservados dentro dos limites estabelecidos pela lei, assegurada a não retaliação.

    • Treinamento e campanhas de conscientização: o Departamento de Ética & Compliance é responsável pela implementação e gerenciamento de e-learning anual referente ao Código de Conduta Global, aplicado a todos os colaboradores das empresas do Grupo, inclusive diretores e membros do conselho. Além disso, o Departamento também (i) realiza sessões presenciais sob o tema "Política Global de Integridade contra Corrupção e Suborno", destinadas ao público específico que tem interação com órgãos públicos, (ii) possui pauta anual de comunicação interna (newsletters, banners, lembretes, vídeos etc.), onde endereça os principais temas relacionados ao Código de Conduta Global, partindo, inclusive de dados estatísticos extraídos do canal de denúncias.
    • Controles Internos e Gestão de Riscos: Possuímos uma Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos para mapeamento dos riscos, elaboração dos controles internos para mitigação destes e execução de testes para verificação da efetividade dos controles.
    • Auditoria Interna: Contamos, também, com uma Diretoria de Auditoria Interna, subordinada ao Comitê de Auditoria (órgão do Conselho de Administração), que atua na avaliação independente dos processos e na investigação de possíveis violações.
  1. as estruturas organizacionais envolvidas no monitoramento do funcionamento e da eficiência dos mecanismos e procedimentos internos de integridade, indicando suas atribuições, se sua criação foi formalmente aprovada, órgãos do emissor a que se reportam, e os mecanismos de garantia da independência de seus dirigentes, se existentes

Atualmente, o monitoramento do funcionamento e da eficiência dos mecanismos e procedimentos internos de integridade é realizado pelas áreas de Ética & Compliance, Controles Internos e Gestão de Riscos por meio dos Comitês de Ética e de Auditoria.

A nossa Vice-Presidência global de Ética & Compliance tem como escopo (i) promover, monitorar e fazer cumprir o Código de Conduta Global e políticas e leis a ele relacionadas, inclusive a Lei Anticorrupção brasileira; (ii) fortalecer a cultura ética e de integridade do Grupo, através de constante treinamento e comunicação; (iii) gerenciar o Canal de Denúncias, coordenando e atuando, direta ou indiretamente, as investigações; (iv) trabalhar na mitigação de riscos reputacionais e legais por meio da verificação de fornecedores (background checking); (v) analisar os registros de conflitos de interesses apresentados pelos seus colaboradores; (vi) presidir o Comitê de Ética; e (vii) reportar os indicadores do canal de denúncias ao Comitê de Auditoria.

A Diretoria de Controles Internos e Gestão de Riscos tem como escopo (i) mapear e monitorar os riscos; (ii) desenhar e avaliar os controles internos; e (iii) garantir a segurança da informação, com

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5.4 - Programa de Integridade

reporte direto ao Vice-Presidente Financeiro. O acompanhamento dos trabalhos é feito pelo Comitê Executivo e pelo Comitê de Auditoria.

A Auditoria Interna tem como escopo (i) emitir opinião quanto à conformidade dos processos; e (ii) investigar processos em casos de denúncias, com reporte ao Comitê de Auditoria, órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

O Comitê de Ética tem como finalidade apoiar a nossa Vice-Presidência global de Ética & Compliance, discutindo pontualmente temas pertinentes visando promoção e disseminação, o esclarecimento e o cumprimento do nosso Código de Conduta Global, garantindo sua credibilidade e aplicabilidade. O Comitê também é responsável por analisar e deliberar sobre desvios de conduta e conflitos de natureza ética em relação às diretrizes estabelecidas, estimulando a adequação das práticas, políticas e procedimentos ao nosso Código de Conduta Global a partir de uma situação concreta detectada durante processo investigatório.

O Comitê de Auditoria tem como finalidade, partindo do diagnóstico trimestral dos indicadores do canal de denúncias apresentado pela nossa Vice-Presidência global de Ética & Compliance, propor iniciativas e/ou sugerir ações e medidas que possam ser implementadas visando reverter ou mitigar o risco apurado durante o processo de investigação, apoiando na implementação e/ou execução de eventual plano de ação de melhoria nos processos capturados.

  1. se o emissor possui código de ética ou de conduta formalmente aprovado, indicando

Possuímos o Código de Conduta Global, revisado anualmente pela área de Ética & Compliance e submetido à aprovação junto ao Comitê de Auditoria, conforme descrito no item a) (i) acima.

  • se ele se aplica a todos os diretores, conselheiros fiscais, conselheiros de administração e empregados e se abrange também terceiros, tais como fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados

O nosso Código de Conduta Global aplica-se a todos os colaboradores do Grupo, independentemente do cargo, inclusive diretores e membros do conselho. Em relação a terceiros, como fornecedores, prestadores de serviços e agentes intermediários, aplica-se o Código de Conduta Global Fornecedores, gerenciado e revisado diretamente pela área de Suprimentos.

  • se e com que frequência os diretores, conselheiros fiscais, conselheiros de administração e empregados são treinados em relação ao código de ética ou de conduta e às demais normas relacionadas ao tema

Aplicamos anualmente treinamento obrigatório online a todos os nossos colaboradores, inclusive diretores e membros do conselho, a respeito das principais práticas a serem observadas por todos e a necessidade de cumprimento do disposto no nosso Código de Conduta. Adicionalmente, realizamos periodicamente outros treinamentos - presenciais ou online afeitos à área de Ética & Compliance, como exemplo, a Política Global de Integridade Anticorrupção, Comportamento no Ambiente de Trabalho. Além disso, no Programa de Integração de Colaboradores (PIC), os novos colaboradores têm a oportunidade de ter o primeiro contato com os principais pontos do Código de Conduta Global e das políticas a ele relacionadas, saindo dessa integração já com a incumbência de realizar o treinamento online dentro do prazo de 60 dias.

  • as sanções aplicáveis na hipótese de violação ao código ou a outras normas relativas ao assunto, identificando o documento onde essas sanções estão previstas

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5.4 - Programa de Integridade

O nosso Código de Conduta Global estabelece que medidas disciplinares podem ser aplicadas em casos de comprovada violação ao código, as quais vão desde como advertência verbal até o desligamento, sem prejuízo de eventual responsabilização civil e criminal dos envolvidos, conforme previsto em lei. O gerenciamento das investigações de suspeitas de violação ao Código de Conduta Global fica a cargo da Vice-Presidência de Ética & Compliance, sendo que as aplicações de medidas disciplinares contam com participação das áreas de Recursos Humanos e Jurídico Trabalhista. Excepcionalmente, conforme a gravidade da situação, a deliberação pode ser atribuída ao Comitê de Ética, e dados estatísticos abrangentes do canal de denúncias são reportados trimestralmente ao Comitê de Auditoria, para conhecimento e análise sobre eventuais ações e melhorias que possam ser implementadas visando reverter o quadro.

Em relação a terceiros, como fornecedores, prestadores de serviços e agentes intermediários, o nosso Código de Conduta Global define que as consequências aplicáveis, que podem ser desde ações de melhoria contínua até rescisão do contrato, sem prejuízo da adoção de medidas judiciais cabíveis para defender os nossos interesses.

.

  • órgão que aprovou o código, data da aprovação e, caso o emissor divulgue o código de conduta, locais na rede mundial de computadores onde o documento pode ser consultado

Em 17 de julho de 2019, o nosso Conselho de Administração aprovou o Código de Conduta Global, aplicável a todos os nossos colaboradores, inclusive diretores e membros do conselho. Este documento é revisado periodicamente e está disponível nas intranets das empresas do Grupo para todos os seus colaboradores, além da internet para o público externo no endereço https://ri.naturaeco.com/pt-br/.

  1. se o emissor possui canal de denúncia, indicando, em caso positivo

Possuímos a Linha Ética da Natura &Co, que está disponível 24x7 no idioma local, tanto em formato web como atendimento telefônico gratuito, garantindo total segurança e sigilo.

  • se o canal de denúncias é interno ou se está a cargo de terceiros

A Linha Ética da Natura &Co é global e independente, administrado por terceiro com expertise no acolhimento de suspeitas de violação a códigos e/ou políticas internas de multinacionais de grande porte.

  • se o canal está aberto para o recebimento de denúncias de terceiros ou se recebe denúncias somente de empregados

O canal de denúncias está aberto aos colaboradores e terceiros.

  • se há mecanismos de anonimato e de proteção a denunciantes de boa-fé

Os detalhes da investigação e os nomes das pessoas envolvidas são preservados dentro dos limites estabelecidos pela lei, assegurada a não retaliação.

  • órgão do emissor responsável pela apuração de denúncias

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5.4 - Programa de Integridade

O gerenciamento do canal de denúncias é exclusivo do time global de Ética & Compliance, responsável pelas investigações de maneira confidencial e imparcial, respeitando os direitos das pessoas envolvidas.

  1. se o emissor adota procedimentos em processos de fusão, aquisição e reestruturações societárias visando à identificação de vulnerabilidades e de risco de práticas irregulares nas pessoas jurídicas envolvidas

Em tais processos, realizamos due diligence legal e de compliance para identificação de irregularidades e riscos.

  1. caso o emissor não possua regras, políticas, procedimentos ou práticas voltadas para a prevenção, detecção e remediação de fraudes e ilícitos praticados contra a administração pública, identificar as razões pelas quais o emissor não adotou controles nesse sentido

Não aplicável, tendo em vista que adotamos regras, políticas, procedimentos e práticas para prevenção, detecção e remediação de fraudes e ilícitos praticados contra a administração pública.

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5.5 - Alterações significativas

5.5 - Alterações significativas

Não houve alterações significativas nos riscos identificados por nós, tampouco alterações na Política de Gerenciamento de Riscos até a data da divulgação deste Formulário de Referência.

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5.6 - Outras inf. relev. - Gerenciamento de riscos e controles internos

5.6 - Outras inf. relev. - Gerenciamento de riscos e controles internos

Todas as informações relevantes e pertinentes já foram divulgadas nos itens anteriores.

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6.1 / 6.2 / 6.4 - Constituição do Emissor, Prazo de Duração E Data de Registro na Cvm

Data de Constituição do Emissor

21/01/2019

Forma de Constituição do Emissor

Sociedade anônima.

País de Constituição

Brasil

Prazo de Duração

Prazo de Duração Indeterminado

Data de Registro CVM

25/09/2019

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6.3 - Breve Histórico

6.3 - Breve histórico

Nossa companhia tem suas raízes no ano de 1969, quando Antônio Luiz da Cunha Seabra uniu forças com Jean Pierre Berjeaut e fundou a Indústria e Comércio de Cosméticos JeBerjeaut Ltda., cujo nome foi alterado para Natura Indústria em janeiro de 1970. Desde o início acreditamos que cosméticos não são simplesmente bens de consumo, mas algo que pode também influenciar de forma positiva o bem estar de uma pessoa. Em 1974, o Sr. Seabra determinou que o modelo de distribuição de vendas direta otimizaria nosso alcance.

Em 21 de maio de 2004, a Natura Cosméticos obteve seu registro como sociedade de capital aberto na CVM. Concluímos nossa oferta pública inicial em 26 de maio de 2004, e nossas ações começaram a ser negociadas no segmento de listagem Novo Mercado da B3. Em julho de 2009 realizamos uma oferta de ações secundária e a participação detida pelos mesmos acionistas controladores diminuiu para aproximadamente 60%.

Em 20 de dezembro de 2012, firmamos um contrato para a aquisição, sujeito a condições suspensivas, de 65% da Emeis Holdings Pty Ltd., uma fabricante e varejista australiana de cosméticos e produtos de beleza premium vendidos sob a marca Aesop, com operações na Oceania, Ásia, Europa, Brasil e América do Norte. Nos anos seguintes, continuamos a adquirir, por meio de nossa subsidiária Natura Cosmetics Australia Pty Ltd., novas ações de acionistas não controladores da Emeis Holdings Pty Ltd. Na data deste relatório anual, detemos 100% do capital social da Emeis Holdings Pty Ltd.

Em 26 de fevereiro de 2017, a Natura Cosméticos incorporou a Natura Comercial Ltda. para operar nosso negócio de varejo por meio de lojas próprias, proporcionando mais agilidade e autonomia para as nossas atividades.

Em 7 de setembro de 2017, por meio de nossa subsidiária Natura (Brasil) International B.V., e após o recebimento das aprovações necessárias (inclusive de autoridades antitruste nos Estados Unidos e no Brasil), concluímos a aquisição de 100% das ações da The Body Shop International Plc. (antiga denominação da The Body Shop) da L'Oréal S.A. pelo valor de empresa de €1,0 bilhão. Financiamos essa aquisição com emissão de notas promissórias no valor de R$3.700,0 milhões, ofertadas ao público no Brasil, com vencimento em 19 de fevereiro de 2018. A aquisição da The Body Shop adicionou mais de 3.000 lojas e dois centros de distribuição, em 30 de setembro de 2017, aos nossos ativos fixos existentes, além de uma marca ao nosso portfólio.

Em 19 de fevereiro de 2018, emitimos títulos de dívida no mercado internacional com vencimento em 1º de fevereiro de 2023, levantando US$750 milhões em recursos, que foram utilizados para liquidar as notas promissórias emitidas para a aquisição da The Body Shop. Além disso, realizamos a oitava emissão de títulos não conversíveis em ações, no valor de R$1,4 bilhão, em 4 de fevereiro de 2018.

Em 21 de janeiro de 2019, a Natura &Co Holding foi constituída de acordo com as leis do Brasil. Em 22 de maio de 2019, celebramos o Acordo de Incorporação para realizar a compra da Avon Products, Inc ("Transação"). Como resultado da reestruturação societária concluída em 17 de dezembro de 2019 e da conclusão da Transação em 3 de janeiro de 2020, a Natura &Co Holding passou a ser a controladora da Natura Cosméticos e da Avon. Os negócios da Avon não estão consolidados ou refletidos em nossas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2019 e anos anteriores.

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6.3 - Breve Histórico

Em 17 de julho de 2019, a "Natura Holding S.A." mudou sua denominação para "Natura &Co Holding S.A.".

Em 13 de novembro de 2019, os acionistas controladores da Natura Cosméticos contribuíram com as ações da Natura &Co Holding correspondentes a aproximadamente 57,3% do capital da Natura Cosméticos. Em 13 de novembro de 2019, houve a contribuição, para a Natura &Co Holding, de todas as ações da Natura Cosméticos detidas pelos acionistas não controladores e não anteriormente detidas pela Natura &Co Holding em permuta de ações da Natura &Co Holding, e a Natura Cosméticos tornou-se uma subsidiária integral da Natura &Co Holding (conjuntamente denominada "Reestruturação Societária"). Essa contribuição entrou em vigor em 17 de dezembro de 2019 e as ações da Natura &Co Holding começaram a ser negociadas na B3 S.A.- Brasil, Bolsa, Balcão em 18 de dezembro de 2019.

Em 3 de janeiro de 2020, após o recebimento de todas as aprovações societárias e regulatórias exigidas, a Transação foi concretizada, e a Natura Cosméticos S.A. e a Avon Products, Inc. tornaram- se subsidiárias integrais da Natura &Co Holding.

Em 6 de janeiro de 2020, as ações da Natura &Co Holding foram listadas por meio de ADS Nível II na Bolsa de Nova York, sob o ticker NTCO, na proporção de 1 (um) ADS para cada 2 (duas) ações ordinárias listadas na B3.

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6.5 - Informações de Pedido de Falência Fundado em Valor Relevante ou de Recuperação Judicial ou Extrajudicial

6.5 - Informações de pedido de falência fundado em valor relevante ou de recuperação judicial ou extrajudicial

Este item não é aplicável, considerando que não houve pedido de falência ou de recuperação judicial ou extrajudicial.

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6.6 - Outras Informações Relevantes

6.6 - Outras informações relevantes

Não há outras informações relevantes.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

7.1 - Descrição das principais atividades do emissor e suas controladas

Visão Geral

Somos a quarta maior empresa de beleza "pure play" do mundo formada por marcas icônicas, sendo considerada a maior empresa multinacional de cosméticos, higiene e beleza do Brasil em termos de participação de mercado em 31 de dezembro de 2019, de acordo com a edição de 2020 de "Beauty and Personal Care" da Euromonitor International Limited1 (com dados sobre vendas de valor de varejo a preços de venda de varejo). Nosso grupo tem operações na Ásia, Europa, América do Norte, Oceania e América do Sul. Acreditamos que somos um dos principais desenvolvedores, fabricantes, distribuidores e vendedores de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal no Brasil. Além disso, acreditamos que a nossa cultura corporativa distinta tem sido fundamental para o nosso crescimento, a qual valoriza o relacionamento com os nossos clientes, consultoras de beleza independentes, fornecedores e outros, e baseia-se em um compromisso de gerar impacto econômico, social e ambiental positivo.

Nossos produtos chegam aos nossos consumidores por meio de mais de 3.700 lojas e uma rede de 1,8 milhões de consultoras de beleza independentes até 31 de dezembro de 2019. Temos mais de 18.500 colaboradores e estamos presentes em 101 países. Tivemos R$14,4 bilhões em receita líquida consolidada no exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

Atualmente, somos uma sociedade holding, que foi formada para viabilizar a operação de aquisição da Avon, companhia existente de acordo com as leis de Nova Iorque, por meio da combinação dos negócios, operações e das bases acionárias da Natura Cosméticos e da Avon em que, após diversas restruturações societárias, passaram a ser detidas integralmente por nós. Após o cumprimento de determinadas condições precedentes, passamos por diversas restruturações societárias para que fosse possível a conclusão da Transação, conforme divulgado no fato relevante de 22 de maio de 2019 pela Natura Cosméticos. A aquisição da Avon foi precedida de uma reestruturação societária, implementada por meio de uma série de atos societários, por meio dos quais determinados acionistas fundadores, bem como outros acionistas que integram o grupo de controle da Natura Cosméticos contribuíram suas ações para aumento de nosso capital, e em seguida todas as ações da Natura Cosméticos foram incorporadas por nós, e a Natura Cosméticos se tornou nossa subsidiária integral. A partir desse momento, nós passamos a ser a nova holding do grupo.

Portanto, o grupo é composto por marcas distintas que compartilham um propósito comum, bem como uma visão e compromisso com práticas empresariais sustentáveis e éticas. Nossas principais marcas são:

  • Natura Cosméticos: Fundada em 1969 em São Paulo, está entre as dez maiores empresas de vendas diretas do mundo. Sob a marca Natura Cosméticos, a maioria dos produtos são de origem natural, fabricados a partir de ingredientes da biodiversidade brasileira e distribuídos predominantemente por meio de vendas diretas por nossas consultoras de beleza independentes. Também operamos por meio do e-commerce e contamos com uma rede de lojas físicas próprias, com 58 lojas no Brasil e 9 no exterior (nos Estados Unidos, França, Malásia, Argentina e Chile), e aproximadamente 400 lojas franqueadas, em 31 de dezembro de 2019.
  • As informações contidas neste Formulário de Referência referentes ao mercado de beleza e cuidados pessoais são da fonte de pesquisa de mercado independente da Euromonitor International Limited, que não deve ser levada em consideração no processo de decisão sobre investimento.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

  • The Body Shop: Fundada em 1976 em Brighton, Reino Unido, é uma desenvolvedora, distribuidora e vendedora de produtos de beleza, maquiagem e cuidados com a pele, de inspiração natural. Sob a marca The Body Shop, distribuímos e vendemos produtos com base em um modelo de distribuição de franquias, por meio de lojas próprias, vendas a domicílio e e-commerce em 44 países, pontos de venda, varejo internacional e canais franqueados, estando os produtos disponíveis em grandes mercados. Até 31 de dezembro de 2019, tínhamos 1.006 lojas próprias e 1.862 lojas franqueadas.
  • Aesop: Fundada em 1987 em Melbourne, Austrália, é uma marca de cosméticos de luxo com um portfólio único de cuidados com a pele e com os cabelos, entre outros. Em 2013, adquirimos a participação majoritária na Aesop e vimos um forte crescimento em nossas operações. Sob a marca Aesop, os produtos são distribuídos predominantemente por meio de lojas exclusivas (signature stores com designs únicos, lojas de departamento e e-commerce em 23 países diretamente e 4 países por meio de distribuidores. Até 31 de dezembro de 2019, tínhamos 247 signature stores e 99 balcões em lojas de departamento.
  • Avon: A partir de 3 de janeiro de 2020, nosso negócio passou a incluir as operações da Avon (embora essas operações não tenham sido consolidadas em nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2019). A Avon é uma fabricante e vendedora global de produtos de beleza. A sua constituição se deu em 27 de janeiro de 1916, mas suas operações foram iniciadas em 1886. A Avon conduz seus negócios no setor altamente competitivo de beleza, e concorre com outras empresas de bens de consumo e de venda direta para criar, fabricar e comercializar produtos de beleza, como também produtos não relacionados à beleza (moda e casa). As categorias de produtos da Avon são beleza, moda e casa. A categoria de beleza consiste em produtos para cuidados com a pele, fragrância e cores (cosméticos). Moda e Casa são compostas por bijuterias, relógios, vestuário, calçados, acessórios, presentes e produtos decorativos, utensílios domésticos, produtos de entretenimento e lazer, produtos infantis e produtos nutricionais.

Em 31 de dezembro de 2019, nosso negócio foi dividido em cinco grandes segmentos operacionais, incluindo Natura Brasil, Natura LATAM, Natura Outros (Estados Unidos, Malásia e França), The Body Shop e Aesop.

A combinação de marcas exclusivas nos permite oferecer um portfólio com fortes sinergias e abranger uma ampla gama de produtos de qualidade com base em ingredientes naturais. Fornecemos categorias de produtos para mulheres e homens, incluindo produtos para cuidados com a pele e cabelo, cosméticos, fragâncias, banho, protetor solar, higiene bucal e cuidados com bebês e crianças.

Acreditamos que as nossas marcas estão entre as mais reconhecidas na indústria de cosméticos, fragâncias e produtos de higiene pessoal, que são as indústrias em que atuamos. Nossos negócios combinados consolidam nossa forte posição no cuidado com o corpo e também fortalecem ainda mais nossa proposta única de valor para fragâncias.

Com isso, acreditamos que nosso propósito, princípios e aspirações foram importantes no crescimento e desenvolvimento da nossa forte reputação:

  • Nosso Propósito: O nosso propósito é a nutrição da beleza e relacionamentos para contribuir para uma melhor maneira de viver e fazer negócios.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

  • Nossas Crenças: Construímos relacionamentos baseados em transparência, colaboração e diversidade e estamos comprometidos com a integridade e responsabilidade. Nesse sentido, desafiamos o status quo para ir além, honrando e respeitando a natureza independentemente de todas as coisas.
  • Nossa Aspiração: Ousamos inovar com o objetivo de promover um impacto econômico, social e ambiental positivo.

Esperamos que o nosso propósito também impulsione o nosso crescimento no futuro. Nossas marcas compartilham a mesma missão, bem como valores similares, com forte crença na ética, compromisso com a sustentabilidade e inovação científica e social. Essa visão nos ajuda a atrair e reter nossa extensa rede de consultoras de beleza independentes e promover uma cultura corporativa que produz conceitos e produtos inovadores de marketing, aumentando ainda mais a atratividade dos nossos produtos.

Principais Informações Operacionais e Financeiras

Natura

A marca Natura tem como objetivo combinar um design sustentável com conhecimento tradicional e científico para desenvolver produtos sob um modelo de inovação aberta, o qual envolve uma rede de parceiros globais. A Natura trabalha em conjunto com fornecedores para reduzir os impactos ambientais de seus produtos utilizando materiais reciclados, como tereftalato de polietileno e vidro. Desde 2006, a Natura não realiza testes em animais durante as fases de pesquisa e desenvolvimento de seus produtos, realizando apenas testes in vitro e clínicos, bem como não adquire ingredientes ativos que foram testados em animais.

Sob a marca da Natura, oferecemos uma gama completa de cosméticos, produtos de higiene pessoal e fragâncias para mulheres e homens, incluindo produtos de cuidados com a pele do rosto e corpo, produtos para cuidados e tratamentos do cabelo, maquiagem, fragâncias, sabonetes, desodorantes, protetor solar e cuidados com bebês e crianças.

A marca Natura utiliza ingredientes que acreditamos serem únicos, sustentáveis e eticamente extraídos da biodiversidade brasileira na fabricação dos produtos. As fórmulas utilizadas são de eficácia comprovada e priorizam o uso de matérias-primas renováveis à base de vegetais. Para garantir a gestão sustentável desses ingredientes no Brasil, a Natura Cosméticos trabalha com 39 comunidades (33 delas localizadas na região amazônica), gerando desenvolvimento social e renda para mais de 6.200 famílias, baseando-se em cadeias produtivas sustentáveis. Ajudamos a preservar cerca de 1,8 milhão de hectares de floresta em parceria com organizações como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, além das comunidades agrícolas e organizações sociais da região. Trabalhamos com essas organizações desenvolvendo iniciativas que geram impactos positivos para a conservação, em áreas como a Reserva Extrativista Médio Juruá e Rio Iratapuru.

A Natura utiliza álcool orgânico em 100% de suas fragâncias. O álcool orgânico não contém pesticidas ou fertilizantes químicos e não sofre qualquer processamento de queima na colheita da cana-de-açúcar.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

Acreditamos que a Natura foi uma das primeiras empresas da América Latina a medir o impacto de seus negócios no meio ambiente, utilizando a metodologia internacional de lucros e perdas ambientais. Com base nessa análise, a qual inclui todas as etapas do ciclo de vida do produto, podemos medir o impacto de nossas atividades em Reais, levando em conta fatores como uso de água e emissões de carbono.

Nosso portfólio de produtos da Natura inclui as seguintes marcas e categorias:

  • Fragrâncias: Oferecidas por meio de nossas marcas de fragrâncias e perfumes femininos (como Ekos, Natura Humor, Kriska, Natura Essencial, Biografia, Natura Sintonia, Sr. N e Kaiak), além das linhas infantis Mamãe e Bebê e Natura Naturé.
  • Maquiagem: Oferecida por meio de nossas três marcas de cosméticos, cada uma com
    uma identidade diferente: Natura Una, Natura Faces e Natura Aquarela.
  • Cuidados com o Corpo e Rosto: A Natura possui duas linhas dedicadas aos cuidados faciais Chronos e Natura Tez, além de uma variedade de loções corporais sob as marcas Natura Ekos, Natura Tododia, Erva Doce e Natura Sou.
  • Protetor solar: Oferecido pela marca Natura Fotoequilíbrio, que também oferece produtos desenvolvidos especificamente para crianças.
  • Sabonetes: Inclui sabonete líquido e em barra, além de outros itens como produtos esfoliantes. Acreditamos que a Natura Cosméticos foi a primeira empresa no Brasil a introduzir sabonetes líquidos para a mão em 1984 com a marca Erva Doce. Este segmento do mercado brasileiro é atualmente liderado por sabonetes em barra, categoria em que a Natura Cosméticos atua com as marcas Natura Tododia e Natura Ekos. Os sabonetes da Natura Cosméticos são todos à base de plantas.
  • Desodorantes: Inclui desodorantes perfumados que atuam como extensões das linhas de fragrâncias femininas e masculinas e das marcas Natura Tododia e Erva Doce.
  • Óleos Corporais: Oferecidos por meio de duas marcas diferentes, Séve e Ekos. Acreditamos que a marca Séve foi pioneira no mercado brasileiro de óleos e faz parte do nosso portfólio há mais de 30 anos.
  • Cuidados com o Cabelo: Esta categoria inclui xampus, condicionadores e tratamentos capilares, como máscaras hidratantes, e é oferecida por meio das seguintes marcas: Natura Ekos, Natura Plant, Natura Sou e Natura Lumina.

Um dos nossos pontos fortes é a nossa rede de consultoras de beleza independentes, que vendem produtos da marca Natura Cosméticos no Brasil e na América Latina. Nossa relação com as consultoras é baseada em mais do que simples operações, uma vez que a Natura busca garantir que nossos objetivos comerciais também promovam o desenvolvimento humano e social de nossa rede, por meio da educação, acesso à saúde e inclusão digital, criando uma forte proposta de valor.

As consultoras de venda independentes utilizam um catálogo de produtos da Natura Cosméticos ("Revista Natura"), disponível em formato impresso e digital, para apresentar e revender produtos aos clientes. A Revista Natura oferece quase todos os produtos do portfólio da Natura Cosméticos, bem como o preço de venda sugerido ao consumidor, embora as consultoras de venda

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

independentes tenham liberdade para estabelecer os preços e condições de venda para o consumidor final. A Revista Natura é uma importante ferramenta de marketing para a marca e transmite os princípios e valores da Natura Cosméticos, bem como os conceitos de cada submarca.

Após uma etapa de escuta para entendermos as necessidades e as aspirações de nossas consultoras, demos sequência, em 2017, a um grande processo de revitalização da venda direta, que passamos a chamar de Venda por Relações, com uma proposta de valor baseada em três princípios, os "3 Ps" - Propósito, Pertencimento e Prosperidade - e um plano de crescimento com aumento da remuneração média. Esse novo modelo oferece diversas possibilidades na venda direta, de acordo com o perfil da profissional - seja como Consultora de Beleza Natura, Líder de Negócios ou Empresária de Beleza. A Lider de Negócios é uma posição que combina as vendas de produtos com a atividade de liderar um grupo de consultoras e auxiliá-las no desenvolvimento de seus próprios negócios de consultoria Natura, sem vínculo trabalhista ou sindical e sem exclusividade com a Natura. As consultoras com alto volume de vendas têm a possibilidade de empreender com uma loja franqueada da Natura chamada "Aqui Tem Natura", tornando-se Empresárias de Beleza.

No Brasil, as consultoras estão segmentadas em cinco níveis de progressão - Semente, Bronze, Prata, Ouro e Diamante - e a ascensão se mantém atrelada exclusivamente ao desempenho individual. A cada novo nível, aumentamos a porcentagem de ganho nas vendas, com o consequente aumento da renda média, além de oferecermos melhores prazos de pagamento e benefícios variados, como cursos, prêmios e ações de reconhecimento diferenciadas. Em 2019 nossa Venda por Relações se consolidou em todos os países onde operamos na América Latina, onde os níveis de progressão variam de país para país. No México, que adota um modelo diferenciado, em que as consultoras estruturam redes próprias de vendas, há seis estágios de evolução.

Com o objetivo de melhorar a comunicação e fortalecer nosso relacionamento com nossas consultoras de venda independentes, avançamos na digitalização do nosso Modelo de Vendas por Relações. Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, aproximadamente 1.600.000 e 830.000, respectivamente, consultoras de venda independentes do Brasil e de outros países da América Latina utilizaram nossa plataforma digital, que está disponível tanto em formato de aplicativo de telefone celular quanto de website reforçando a transformação digital da Companhia. O aplicativo contém uma série de recursos que suportam as vendas das consultoras, incluindo o lançamento de pedidos, acesso aos registros de desempenho de vendas, monitoramento da entrega dos pedidos e uma gama extensa de treinamentos. Em 2019 registramos mais 2 milhões de sessões de treinamento realizadas pelas consultoras por meio do aplicativo.

A Natura expandiu seus canais de vendas em 2014 por meio do lançamento de nossa plataforma e- commerce no Brasil, o Rede Natura. Incentivamos que as consultoras criem suas próprias páginas no Rede Natura, que viabiliza o trabalho de consultoria e de comercialização de nossos produtos via comércio eletrônico. Tal plataforma foi implementada no Chile em 2015, na Argentina em 2017 e no Peru e Colombia em 2019. Ainda neste último ano, o Rede Natura foi implementado na Malásia, no contexto do projeto piloto de internacionalização da Natura. O Rede Natura tem atraído um novo perfil de consultora de venda independente: pessoas mais jovens que se sentem mais confortáveis em um ambiente virtual e que preferem não lidar diretamente com fatores operacionais, como pagamentos e entrega de produtos aos clientes. Em junho de 2019 demos início ao bem sucedido plano de convergência, cujo objetivo é habilitar todas as consultas a operarem tanto na venda direta tradicional, quando por meio da plataforma e-commerce. Este plano unificou os modelos e regras comerciais online and offline. Em 31 de dezembro de 2019 tínhamos aproximadamente 700 mil consultoras de beleza na América Latina, fazendo negócios por meio de sua página do Rede Natura. Também lançamos nesse período a Conta Natura para as consultoras, uma exclusiva conta digital

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

disponível no aplicativo móvel das consultoras, que contribuiu para a promoção da inclusão digital e financeira da nossa rede, além de oferecer o serviço de microcrédito.

Em 2016, a Natura abriu lojas físicas na Cidade de São Paulo como uma iniciativa para melhorar a experiência de compra dos consumidores e atingir um público complementar, mais jovem e de maior poder aquisitivo. Até 31 de dezembro de 2019, a Natura tinha 58 lojas no Brasil e 9 no exterior (Chile, Argentina, Estados Unidos, França e Malásia). Além disso, a Natura está crescendo no varejo por meio de um modelo de franquia no Brasil chamado "Aqui tem Natura", exclusivo para as consultoras de beleza independentes. Em 31 de dezembro de 2019, a Natura contava com aproximadamente 400 lojas franqueadas no Brasil, localizadas em ruas e galerias, em regiões com alto tráfego de pessoas.

As tabelas a seguir apresentam determinados indicadores financeiros e operacionais dos segmentos da Natura (Brasil, LATAM e Outros) para os períodos indicados abaixo:

31/12/2019 31/12/2018 31/12/2017

(Em R$ milhões, exceto se indicado de outra forma)

Natura Brasil

Receita líquida ......................................................

6.260,8

Lucro operacional antes dos resultados

987,2

financeiros(1)......................................................

Lucro líquido(1).......................................................

206,0

Quantidade de consultoras de beleza

1.076,0

independentes (milhares no final do período)

Quantidade de lojas..............................................

58

(1)Os valores acima apresentados não incluem despesas corporativas.

31/12/2019

(Em R$ milhões, exceto se indicado de outra forma)

6.022,2 5.574,9

910,9 991,9

318,8 403,9

1.058,7 1.129,8

3619

31/12/2018 31/12/2017

Natura LATAM

Receita líquida ......................................................

2.742,5

2.415,7

2.108,2

Lucro operacional antes dos resultados

financeiros(1)......................................................

319,0

296,6

266,3

Lucro líquido(1).......................................................

225,9

169,1

220,5

Quantidade de consultoras de beleza

independentes (milhares no final do período) ..

708,7

644,8

589,0

Quantidade de lojas..............................................

4

7

2

(1)Os valores acima apresentados não incluem despesas corporativas.

31/12/2019

31/12/2018

31/12/2017

(Em R$ milhões, exceto se indicado de outra forma)

Natura Outros

Receita líquida ......................................................

9,1

9,5

6,6

Lucro operacional antes dos resultados

(60,2)

financeiros(1)......................................................

(32,4)

(25,3)

Lucro líquido(1).......................................................

(60,4)

(32,4)

(25,3)

Quantidade de consultoras de beleza

independentes (milhares no final do período) ..

-

-

-

Quantidade de lojas..............................................

5

5

4

(1)Os valores acima apresentados não incluem despesas corporativas.

The Body Shop

A The Body Shop é uma empresa líder global de cosméticos e beleza, que oferece produtos de alta qualidade e inspiração natural, projetados de forma ética e sustentável. Fundada em 1976, a The Body Shop foi constituída em Brighton, Reino Unido, por Anita Roddick, que acreditamos ser uma

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

das fundadoras do modelo de negócios ético e sustentável. Sob a marca The Body Shop, oferecemos um vasto portfólio de produtos voltados para quase todas as categorias do mercado de beleza, com forte presença em cuidados com o corpo, pele, banho, fragrância e maquiagem. A The Body Shop se expandiu para se tornar uma marca varejista global presente em 73 países.

A The Body Shop está comprometida em encontrar os melhores ingredientes para criar uma gama de produtos de beleza naturalmente inspirados, bem como tem uma longa tradição de associar seus produtos a causas sociais. Como exemplo, trabalhamos com um Programa de Comércio Comunitário projetado para ajudar pequenos produtores, oferecendo ingredientes a serem adquiridos a um preço justo e promovendo o desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo com esses fornecedores, o que contribuiu para garantir os meios de sobrevivência dessas comunidades.

O portfólio de produtos da marca The Body Shop inclui as seguintes categorias de produtos:

  • Cuidados com o Corpo: A The Body Shop oferece produtos para cuidados corporais sob sua marca, incluindo hidratantes corporais, óleos corporais e de massagem, esfoliantes, sabonetes, produtos para os pés e lavagem das mãos, entre outros produtos.
  • Cuidados com a Pele: A The Body Shop oferece produtos de cuidados com a pele, incluindo hidratantes, protetor solar, anti-manchas e produtos antiacne.
  • Maquiagem: A The Body Shop oferece seus produtos de maquiagem da marca, incluindo escovas e utensílios, máscaras para cílios, batom, esmalte, base, corretivos, delineadores e sombra para os olhos, entre outros.
  • Fragrância: O portfólio de produtos da The Body Shop inclui fragrâncias, tanto para mulheres quanto para homens, bem como fragrâncias para ambientes.
  • Banho: O portfólio de produtos para banho da The Body Shop inclui produtos como gel de banho, sabonete, esfoliantes corporais, creme para banho, espuma de banho, xampus, condicionadores e outros produtos.
  • Presentes e Acessórios: A The Body Shop oferece uma linha de presentes e acessórios que oferecem kits de presentes para homens e mulheres e kits de presentes sazonais e/ou temáticos, incluindo vários produtos da marca The Body Shop.

As lojas próprias e franqueadas da The Body Shop compõem seu maior canal de vendas. Além disso, a The Body Shop possui mais de 54 plataformas de e-commerce e aproximadamente 26.700 consultoras de beleza independentes em seu canal "At-Home" (vendas diretas). Em 31 de dezembro de 2019, a The Body Shop estava presente em 73 países e tinha 1.006 lojas próprias e 1.862 lojas franqueadas.

A tabela a seguir apresenta alguns indicadores financeiros e operacionais da The Body Shop para os períodos indicados abaixo:

31/12/2019

31/12/2018

01/09/2017 a

31/12/2017(1)

(Em R$ milhões, exceto a quantidade de lojas)

The Body Shop

Receita líquida ......................................................

4.129,3

3.886,0

1.456,6

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

31/12/2019

31/12/2018

01/09/2017 a

31/12/2017(1)

(Em R$ milhões, exceto a quantidade de lojas)

Lucro operacional antes dos resultados

financeiros(2)......................................................

209,9

88,3

162,9

Lucro líquido(2).......................................................

107,2

98,5

123,3

Lojas próprias .......................................................

1.006

1.037

1.099

Lojas franqueadas ................................................

1.862

1.898

1.950

(1)Refere-se aos resultados das operações da The Body Shop a partir da data em que a Natura Cosméticos obteve o seu controle até 31 de dezembro de 2017, as quais estão incluídas nas nossas demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2017.

(2)Os valores acima apresentados não incluem despesas corporativas.

Aesop

A Aesop é uma marca de cosméticos fundada na Austrália, na qual adquirimos uma participação majoritária em 2013 e adquirimos totalmente em 2016. A marca Aesop é reconhecida pelos produtos premium que desenvolve e pelas experiências de compras que oferece aos seus clientes. As formulações de alta qualidade, baseadas em ingredientes botânicos, são todas cientificamente testadas para segurança.

Assim como as outras marcas do nosso grupo, a Aesop busca melhorar nossa práticas de redução do impacto ambiental, além de realizar missões filantrópicas em todo o mundo. Como resultado, criamos a Fundação Aesop em 2017.

Desde que compramos nossa participação inicial na Aesop, temos testemunhado um crescimento significativo resultante da nossa estratégia de equilibrar nossa crescente presença nos mercados existentes e a entrada em novos mercados.

Sob a marca Aesop, nosso principal canal de vendas é através das lojas exclusivas (signature stores), que são projetadas por arquitetos renomados com o objetivo de criar a melhor experiência de compra para os nossos clientes. Os produtos da marca Aesop também são vendidos através do e-commerce (tanto através de nossa própria plataforma quanto de outras plataformas de comércio eletrônico de terceiros, como o T-mall na China), e em algumas lojas estratégicas de departamento.

Em 31 de dezembro de 2019, a marca Aesop estava presente na Ásia, Oceania, Europa, Oriente Médio e Américas, em 23 países diretamente e em 4 países através de distribuidores, com 247 signature stores e 99 lojas de departamento.

Nosso portfólio de produtos da marca Aesop inclui as seguintes categorias:

  • Pele: A Aesop oferece uma variedade de produtos de cuidados com a pele, incluindo produtos de limpeza facial e hidratação, esfoliantes, tratamentos e máscaras, produtos de barbear e produtos específicos para a região dos olhos e para os lábios.
  • Cabelo: A Aesop possui diversos produtos incluindo xampus, condicionadores, tratamento e produtos para homens.
  • Corpo: O portfólio da Aesop oferece produtos para cuidados com as mãos, limpeza corporal, hidratantes, esfoliantes, desodorantes, enxaguante bucal e creme dental.
  • Fragrância: O portfólio de produtos da Aesop inclui fragrâncias para mulheres e homens.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

  • Casa: O portfólio de produtos para o lar inclui sabonetes, óleos essenciais para difusores de ambientes, sprays aromatizadores, difusores para óleos essenciais, produtos para animais domésticos, entre outros.
  • Presentes e kits de viagem: A marca Aesop oferece uma linha de presentes, kits de viagem e pacotes, incluindo cartões de presente.

A tabela a seguir apresenta alguns indicadores financeiros e operacionais da Aesop para os períodos indicados abaixo:

31/12/2019

31/12/2018

31/12/2017

(Em R$ milhões, exceto a quantidade de lojas)

Aesop

Receita líquida ......................................................

1.303,1

1.064,0

706,4

Lucro operacional antes dos resultados

financeiros(1)......................................................

163,8

95,3

62,7

Lucro líquido(1).......................................................

91,0

61,6

13,5

Signature stores....................................................

247

227

209

(1)Os valores acima apresentados não incluem despesas corporativas.

Nossos Pontos Fortes

Somos um grupo orientado por um propósito que visa a nutrição da beleza e relacionamentos para contribuir para uma melhor maneira de viver e fazer negócios.

Nossa marcas formam um grupo focado em criar valor através de cinco elementos-chave:

  • Modelo multimarcas. Temos várias marcas que oferecem uma ampla gama de produtos, as quais têm como alvo diferentes tipos de consumidores, dos mais simples aos mais sofisticados, em nível mundial. O modelo nos permite conduzir nossos negócios de forma única, mantendo um negócio ágil e descentralizado que equilibra a autonomia com interdependência.
  • Alavancagem da escala do grupo. As sinergias do grupo podem ser alcançadas com aquisições, escalas e outras iniciativas. Criamos três Redes de Excelência (digital, de varejo e de sustentabilidade), que possibilitam a disseminação das melhores práticas.
  • Forte governança corporativa. Nossa forte governança corporativa e liderança experiente também refletem a força do nosso grupo para operar globalmente e criar valor sustentável a longo prazo.
  • Crescimento omnicanal em todo o mundo. Podemos desbloquear sinergias de crescimento e também reequilibrar a presença global ao alavancar as nossas operações existentes. Há espaço para crescermos em diferentes canais de venda.
  • Inovação e sustentabilidade. Buscamos inovar e desenvolver um portfólio de marcas exclusivo e complementar com as melhores práticas compartilhadas entre as nossas marcas, como a paixão por conectar pessoas e comunidades em relações sustentáveis, e alcançar o mais alto padrão de impacto social, ambiental e econômico.

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7.1 - Descrição Das Principais Atividades do Emissor E Suas Controladas

A qualidade das relações com nossas consultoras de beleza independentes, clientes, colaboradores, comunidades e fornecedores é uma das nossas maiores vantagens. Acreditamos que o alto valor que atribuímos a essas relações, bem como o nosso compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável, contribuíram para tornar nosso grupo uma empresa de cosméticos respeitada.

Oferecemos produtos que acreditamos serem de alta qualidade e que estão ligados a conceitos que refletem nossos valores e transcendem suas funções. Acreditamos que isso aumenta a atratividade de nossos produtos e incentiva os clientes a serem leais às nossas marcas.

Nossa Estratégia

Nosso objetivo é sermos vistos por nossos clientes, consultoras de beleza independentes, colaboradores, fornecedores, acionistas e outros, como sinônimos de qualidade, integridade, inovação e realização de práticas empresariais socialmente conscientes. Estamos engajados em manter um processo permanente que nos guie no cumprimento de nossas metas financeiras, sociais e ambientais.

Nossa estratégia busca otimizar nosso desempenho, ao mesmo tempo em que prioriza valores importantes, como desenvolvimento sustentável, comércio justo e bem-estar humano, sendo composta pelos seguintes pontos:

  • Modelo multimarcas. Desenvolvemos uma empresa com base em um modelo multimarcas que busca o crescimento sinérgico dos negócios em escala global, oferecendo produtos inovadores e sustentáveis por meio de múltiplos canais de vendas. Nossas marcas têm presença internacional, expertise complementar e estão presentes em diversos segmentos do mercado.
  • Estrutura corporativa integrada. Nossa estrutura corporativa está integrada a um número limitado de níveis hierárquicos, o que acreditamos promover uma colaboração entre nossas áreas estratégicas digital, de sustentabilidade e de varejo, compartilhando as melhores práticas e construindo forças de ação conjuntas entre os executivos das respectivas áreas.
  • Aquisições globais. Acreditamos que nossa estratégia global de organização de aquisições se beneficia de nossa escala, permitindo uma negociação com fornecedores a partir de uma posição vantajosa.
  • Multicanal. Atuamos por múltiplos canais e pretendemos intensificar isso ao longo de 2020, acelerando nosso crescimento em plataformas digitais, bem como a expansão geográfica de nossas marcas.

Por fim, temos diferentes oportunidades estratégicas para cada uma de nossas marcas, incluindo, mas não se limitando a ampliação da presença multicanal e aceleração da transformação digital do negócio para a Natura Cosméticos, aumento da penetração em mercados mundiais e lançamentos de produtos inovadores para a Aesop, rejuvenescimento da marca, otimização das operações de varejo e melhora na eficiência operacional da The Body Shop, além da nossa combinação de negócios com a Avon.

Os riscos atrelados aos nossos negócios estão detalhados na Seção 4 deste Formulário de Referência.

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7.1.a - Informações específicas de sociedades de economia mista

7.1.a - Informações específicas de sociedades de economia mista

  1. interesse público que justificou sua criação

Este item não é aplicável, tendo em vista que não somos uma sociedade de economia mista.

  1. atuação do emissor em atendimento às políticas públicas, incluindo metas de universalização, indicando

Este item não é aplicável, tendo em vista que não somos uma sociedade de economia mista.

  1. processo de formação de preços e regras aplicáveis à fixação de tarifas

Este item não é aplicável, tendo em vista que não somos uma sociedade de economia mista.

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56,6%
21,4%
0,1%
14,8%
7,2%
100%
45,0%
18,0%
0,1%
29,0%
7,9%
100%
43,5%
18,8%
0,1%
28,6%
9,0%
100%

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7.2 - Informações Sobre Segmentos Operacionais

7.2 - Informações sobre Segmentos Operacionais

  1. Produtos e serviços comercializados

Em 31 de dezembro de 2019, o nosso negócio estava dividido entre os seguintes segmentos:

    • Natura Brasil. Este segmento inclui as operações da Natura Cosméticos no Brasil, as quais respondem por uma parcela significativa de nossas receitas operacionais.
    • Natura LATAM ou "América Latina". Este segmento inclui as operações da Natura Cosméticos na Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México e Bolívia, bem como as despesas incorridas pela estrutura de apoio corporativo dedicada à América Latina, que tem sede em Buenos Aires, Argentina, e a nossa parceria com distribuidores.
    • Natura Outros. Este segmento inclui as operações da Natura Cosméticos na França, Estados Unidos e Malásia.
    • Aesop. Este segmento inclui as operações da Aesop, a qual tem presença em de 31 de dezembro de 2019, em 23 países diretamente e em 4 países através de distribuidores, especialmente na Ásia.
    • The Body Shop. Este segmento inclui operações da The Body Shop, que estão presentes em 73 países.
  1. Receita proveniente do segmento e sua participação na receita líquida do emissor

31/12/2019 31/12/2018 31/12/2017

Natura Brasil ..............................................................................

Natura LATAM ...........................................................................

Natura Outros.............................................................................

The Body Shop(1)........................................................................

Aesop .........................................................................................

Total ...........................................................................................

(1)As informações relacionadas à The Body Shop só foram apresentadas a partir da data em que a Natura Cosméticos obteve

o seu controle em setembro de 2017.

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7.2 - Informações Sobre Segmentos Operacionais

  1. Lucro ou prejuízo resultante do segmento e sua participação no lucro líquido do emissor

31/12/2019

31/12/2018

31/12/2017

Receita

Receita

Receita

(Em milhões de R$)

líquida

Lucro líquido

líquida

Lucro líquido

líquida

Lucro líquido

Natura Brasil ..............................................

6.260,8

206,0

6.022,2

318,8

5.574,9

403,9

Natura LATAM ...........................................

2.742,5

225,9

2.415,7

169,1

2.108,2

220,5

Natura Outros ............................................

9,1

(60,4)

9,5

(32,4)

6,6

(25,3)

The Body Shop ..........................................

4.129,3

107,2

3.886,0

98,5

1.456,6

123,3

Aesop ........................................................

1.303,0

91,0

1.064,0

61,6

706,4

13,5

Despesas corporativas(1)............................

-

(414,1)

-

(67,3)

-

(65,7)

Total ..........................................................

14.444,7

155,6

13.397,4

548,3

9.852,7

670,2

(1)Essas despesas não foram alocadas em nenhum segmento operacional e incluem principalmente despesas (i) relacionadas ao processo de aquisição da Avon e da nossa reestruturação societária durante 2019; (ii) de alguns departamentos administrativos que prestam serviços a todas as empresas do grupo; e (iii) do Comitê Operacional do Grupo, que foi criado para apoiar nosso desenvolvimento, determinar e alocar fundos e identificar sinergias entre as empresas que controlamos. O aumento das despesas corporativas no exercício findo em 31 de dezembro de 2019 em relação ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018 ocorreu principalmente por conta da aquisição da Avon e da nossa reestruturação societária durante 2019.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

Natura

Em 2019, a nossa controlada, Natura Cosméticos, produziu 79% de seus cosméticos por meio de suas próprias unidades de produção, enquanto 21% foram fabricados por terceiros. Em 2018, a Natura Cosméticos produziu 74% de seus cosméticos por meio de suas próprias unidades de produção, enquanto 25% foram fabricados por terceiros. A Natura Cosméticos possui três unidades industriais em Cajamar, Estado de São Paulo, e uma unidade industrial em Benevides, Estado do Pará, a qual é dedicada exclusivamente à produção de produtos da marca Natura Cosméticos.

As unidades industriais em Cajamar foram construídas com a finalidade de permitir uma expansão eficiente à medida que nossas operações crescem, garantindo assim maiores economias nos locais de produção. Em 2014, nossa unidade em Benevides, denominada "Ecoparque", foi construída com base em conceitos de cadeia sustentável, promovendo uma forma de simbiose entre as diferentes empresas que nela operam e contribuindo para o desenvolvimento das comunidades locais.

Em 2019, a Natura Cosméticos atingiu um volume de produção equivalente a aproximadamente 73% de sua capacidade de produção, contra 70% em 2018 e 65% em 2017. Considerando as características desse modelo comercial, a Natura Cosméticos optou por uma estrutura de fabricação que favorecesse a flexibilidade, permitindo, dessa forma, a satisfação de picos de demanda influenciados por promoções de produtos, que podem vir a gerar mudanças significativas no comportamento de demanda normal, e estratégias que ofereçam embalagens preparadas exclusivamente para datas comemorativas, como o Dia das Mães ou o Natal.

Em 2019, a Natura Cosméticos produziu 386 milhões de unidades internamente em Cajamar, contra 413,2 milhões de unidades em 2018 e 353 milhões em 2017. A fábrica de sabão da Natura Cosméticos produziu 83 milhões de unidades em 2019, contra 79 milhões de unidades em 2018 e 74 milhões em 2017.

A Natura Cosméticos terceiriza a produção de produtos como sabonetes em barra e líquidos, produtos para o cabelo, produtos aerossóis e certos tipos de maquiagem, além de amostras e presentes. A decisão de produzir um produto internamente ou terceirizar a produção baseia-se na análise de custo de cada opção, além de requisitos como confidencialidade da fórmula e a natureza específica do processo de produção.

Dos produtos fabricados no Brasil, seja pela Natura Cosméticos ou por seus parceiros, 23,2% foram exportados em 2019, contra 23% em 2018 e 20% em 2017.

O processo produtivo da Natura Cosméticos é intercalado com procedimentos contínuos de manutenção preventiva e corretiva para atender à sua demanda de produção e vendas. O processo produtivo da Natura Cosméticos utiliza principalmente tecnologia alemã, francesa, italiana e brasileira, representada por diversos fornecedores diferentes. Todos os equipamentos, bem como todas as instalações e operações, estão segurados contra incidentes.

Em 2006, a Natura Cosméticos recebeu a certificação ISO 9001 como resultado de seu compromisso contínuo com a qualidade dos processos, produtos e serviços, que a Natura Cosméticos busca melhorar diariamente. Desde então, a Natura Cosméticos mantém sua certificação por meio de auditorias anuais ou recertificação.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

The Body Shop

  1. processo de produção da marca The Body Shop começa com pesquisa e desenvolvimento. O desenvolvimento dos produtos é realizado pela The Body Shop em conjunto com fabricantes de terceiros. Em 2016, a The Body Shop abriu um laboratório de pesquisa e desenvolvimento no Reino Unido com a finalidade de atualizar e reformular a sua linha de produtos.

Não temos instalações para a fabricação de produtos da marca The Body Shop e compra de produtos acabados de fabricantes localizados em todo o mundo. Estipulamos os critérios de formulação do produto e identificamos fornecedores de comércio justo de matérias -primas. As compras e o fornecimento são divididos entre quatro equipes centrais focadas em produtos acabados, fornecimento sustentável, embalagens ou serviços não comercializados.

Aesop

O processo produtivo da Aesop começa com pesquisa e desenvolvimento, pelo qual as formulações são desenvolvidas e validadas para estarem prontas para escala comercial. O desenvolvimento é conduzido por sua própria equipe de pesquisa e desenvolvimento no seu laboratório, que está localizado na sede da Aesop em Melbourne, Austrália.

A Aesop fabrica os produtos acabados em cinco principais unidades industriais (fábricas) de propriedade de terceiros. Essas fábricas desenvolvem a formulação a granel e, em seguida, enchem e embalam o produto final.

A Aesop fornece e seleciona todos os fornecedores de ingredientes, embalagens e outros materiais necessários para a produção do produto acabado. Esses itens são adquiridos diretamente ou são comrpados pelo contratante terceirizado.

Após a fabricação, os produtos são enviados para um armazém de distribuição centralizado (hub) em Melbourne e, posteriormente, são vendidos para as subsidiárias da Aesop na Oceania, Ásia, Europa e Américas. Além disso, um pequeno número de produtos de fragrâncias são fabricadas na França.

Os produtos são exportados para armazéns de distribuição regionais para abastecer as subsidiárias. A subsidiária australiana é fornecida pelo armazém de distribuição de Melbourne. Os produtos são transportados para os centros de distribuição regionais de acordo com a demanda de cada região. Toda a gestão da oferta é apoiada por sistemas avançados de planejamento de demanda implementados em 2019. Os centros de distribuição são de propriedade de fornecedores logísticos, não sendo de propriedade da Aesop. Os sistemas de gerenciamento de armazéns de cada centro de distribuição são integrados ao ERP (Enterprise Resource Planning System) da Aesop.

O centro de distribuição de Melbourne atua como um ponto de recebimento e consolidação de ingredientes, componentes e inventário de produtos acabados, permitindo assim a gestão do fornecimento de diferentes fornecedores e fábricas de produtos acabados. Os centros de distribuição regionais são responsáveis (sob a instrução da Aesop) pela coleta e entrega às lojas de varejo e clientes atacadistas.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

b) Características do processo de distribuição

Natura Cosméticos

Distribuímos produtos da marca Natura Cosméticos através de múltiplos canais de venda como venda direta, e-commerce, lojas próprias e lojas franqueadas.

  • Venda direta. É o nosso principal canal de distribuição em receita e também devido à nossa crença no poder das relações, o que permite maior interação entre o comprador e o vendedor, proporcionando assim um serviço mais individualizado. Esse modelo comercial foi adotado no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México. O modelo passou por um grande processo de revitalização em 2017, e as consultoras foram segmentadas em cinco níveis de progressão, conforme descrito no item 7.1 acima. Os nossos produtos são distribuídos através de uma rede de aproximadamente 1,8 milhão de consultoras de venda independentes, conforme a tabela abaixo:

31/12/2019

31/12/2018

31/12/2017

(Em milhares)

Consultoras de venda independentes(1)

Brasil ......................................................................

1.076,0

1.058,7

1.129,8

Argentina ................................................................

209,5

189,0

170,9

Chile .......................................................................

72,9

73,0

73,4

México ....................................................................

221,9

183,9

160,6

Peru........................................................................

89,3

90,5

87,4

Colômbia ................................................................

115,2

108,4

96,7

(1)Representa a quantidade de consultoras de venda independentes da Natura Cosméticos no final do ano que enviaram pedidos durante os últimos seis ciclos de venda.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, aproximadamente 1.600.000 e 830.000, respectivamente, consultoras de venda independentes do Brasil e de outros países da América Latina utilizaram nossa plataforma digital, um aplicativo que está disponível tanto em formato de aplicativo de telefone celular quanto de website reforçando a transformação digital da Companhia. No item 7.1 acima há mais detalhes nossa plataforma digital.

  • Vendas online: A plataforma de comércio eletrônico Rede Natura foi implementada no Brasil em 2014, no Chile em 2015, na Argentina em 2017, no Peru e Colombia em 2019, e também na Malásia, como projeto piloto de internacionalização da Natura. Nosso e-commerce opera de duas formas: o consumidor pode comprar em uma das lojas virtuais das consultoras Natura, que recebem uma comissão pelas vendas concluídas em suas páginas, ou pode comprar diretamente da Natura, sem intermediação de uma consultora. Em ambos os casos, a entrega do pedido é feita pela companhia diretamente no endereço do consumidor. Em 31 de dezembro de 2019 tínhamos aproximadamente 700 mil consultoras de beleza na América Latina fazendo negócios por meio de sua própria página do Rede Natura.
  • Varejo: Em 31 de dezembro de 2019, a Natura tinha 58 lojas no Brasil e 9 no exterior (Chile, Argentina, Estados Unidos, França e Malásia). Além disso, a Natura está crescendo no varejo por meio de o modelo de franquia no Brasil chamado "Aqui tem Natura", exclusivo para as consultoras de beleza independentes. Em 31 de dezembro de 2019, a Natura contava com aproximadamente 400 lojas franqueadas no Brasil, localizadas em ruas e galerias, em regiões com alto tráfego de pessoas.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

The Body Shop

Contamos com uma estratégia de distribuição multicanal, baseada em uma rede de franquias, para oferecer nossos produtos sob a marca The Body Shop, com a maior parte de nossa receita sendo gerada através de lojas próprias, lojas franqueadas e e-commerce, entre outros. Contamos com os seguintes canais de vendas:

  • Lojas próprias. As lojas próprias representaram aproximadamente 57% e 61% da nossa receita líquida em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente. Operamos com uma rede de 1.006 lojas localizadas na Europa, Ásia, Oceania, América do Norte e América Latina.
  • E-commerce. As vendas online representaram aproximadamente 8,5% e 8,4% da nossa receita líquida em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente.
  • Franquias e subfranquias. Os principais mercados de franquias se referem a territórios onde nossas operações são dirigidas por terceiros (head franchisee). Alguns desses mercados são subvenções de franqueados master com direito a subvenção de subfranquias. A maioria dos mercados de franquias de terceiros são apenas contratos de franqueado direto. Em certos mercados, a concessão de franquia também é estendida ao e-commerce franqueado, e- commerce de terceiros e atacado seletivo dentro de lojas de departamento. Nos mercados de franquias, vendemos nossos produtos sob a marca The Body Shop através de uma rede de 1.862 lojas e 1.898 lojas (em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente) operadas por franqueados terceirizados. Geralmente, o contrato de franquia principal é assinado por um prazo de dez anos (com opção de renovação de cinco anos). Temos uma relação forte e de longa data com nossos franqueados. A subfranquia consiste em uma rede de países onde operamos diretamente. Os principais mercados de franquias e subfranquias representaram aproximadamente 25% e 24% de nossa receita líquida em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente. Os custos na loja e no país (incluindo pessoal e aluguel) e as despesas de capital são suportados pelos franqueados de terceiros. Como resultado, nossos mercados de franquias geram uma margem competitiva em comparação com outros canais.
  • Outros canais. Isso inclui atacado, venda a domicílio e varejo internacional. Esses canais combinados representaram aproximadamente 10% e 7% da receita líquida em 31 de dezembro de 2019 e de 2018, respectivamente.

A The Body Shop possui 30 milhões de clientes que compram produtos da marca a cada ano, o que equivale a 55 milhões de transações. Além disso, a base de clientes da The Body Shop é fiel, com 50% das vendas entre os 15% dos melhores clientes.

Aesop

A Aesop opera em grande parte com um modelo de vendas de varejo direto ao consumidor, com produtos da marca vendidos, a partir de 31 de dezembro de 2019 e 2018, em 23 países diretamente e em 4 países através de distribuidores na Austrália, Nova Zelândia, Ásia, Europa e Américas, principalmente através de lojas da marca e lojas de departamento.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

A Aesop adota uma abordagem meticulosa para o desenvolvimento de produtos, design de lojas e atendimento ao cliente, em particular dentro de ambientes de lojas da marca e balcões em lojas de departamento, onde são empregados mais de 1.300 consultores. O foco é desenvolver relacionamentos confiáveis com os clientes através de um processo de consulta com consultores recomendando uma prescrição de produtos para o tipo específico de pele do cliente e fazendo sugestões criteriosas de outros produtos que possam complementar suas preferências.

  1. "Aesop.com" permite que os clientes não só comprem toda a gama de produtos da Aesop, mas também experimentem uma exploração mais profunda da marca com tutoriais online sobre rituais de cuidados com a pele e publicações da Aesop, como "The Ledger" e "The Fabulist", que são coleções de curadoria de conteúdo de ficção e não-ficção.

Enquanto temos uma visão centrada no cliente do nosso negócio, os canais de vendas através dos quais atendemos nossos clientes podem ser discriminados da seguinte forma:

  • Lojas da marca. As lojas da marca são o principal canal de vendas, contribuindo com 60% e 59% do total de vendas em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente, por 247 e 227 locais em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente.
  • Lojas de departamento. A Aesop opera através de 99 balcões de lojas de departamento, que variam de balcões a formatos maiores de "store in store". As relações com lojas de departamento estão em condições de remessa ou atacado e as vendas totais de lojas de departamento contribuíram com 23% e 24% das vendas totais em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente.
  • E-commerce. A Aesop opera seu próprio canal online, "Aesop.com", bem como através do canal de terceiros como o "T-Mall", um canal online na China e Hong Kong, e "Kakao", uma plataforma online na Coréia. Este canal representou 8,1% e 6,4% das vendas totais em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente.
  • Atacado. A Aesop vende através de uma série de outros canais de atacado, incluindo através de contas de amenidade com hotéis, companhias aéreas e restaurantes, bem como revendedores online de terceiros e outros varejistas físicos multimarcas. Este canal representou 8,7% e 10,7% das vendas totais em 31 de dezembro de 2019 e 2018, respectivamente.

c) Características do mercado de atuação

Mercado Global

Atuamos sob as marcas Natura Cosméticos, Aesop, The Body Shop e Avon no mercado de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal ou Cosmetics, Fragrances and Toiletries ("CF&T"). Este setor totalizou US$499,6 bilhões globalmente no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, de acordo com a edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International, com um crescimento médio anual de 2% de 2017 a 2019.

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O sk incare é a maior categoria do mercado de CF&T, representando 28% do mix de mercado de CF&T em 2019. No entanto, a categoria de cuidados com a pele tem experimentando o maior crescimento do mercado nos últimos anos, chegando a 4,2%. A tabela abaixo mostra dados globais do mercado de CF&T por categoria:

CAGR

(2017-2019)

Mercado Global por Categoria

2019

2018

2017

%

Total* ...........................................................................

499,6

490,4

480,6

2,0%

Skincare .......................................................................

140,0

134,6

129,0

4,2%

Cuidados capilares .......................................................

78,0

77,4

76,8

0,8%

Maquiagem...................................................................

72,2

71,5

70,2

1,4%

Produtos masculinos ....................................................

51,4

51,3

51,0

0,4%

Fragrâncias ..................................................................

51,0

50,7

49,9

1,1%

Higiene bucal................................................................

47,1

46,2

45,4

1,9%

Banho ...........................................................................

41,2

40,9

40,5

0,9%

Desodorantes ...............................................................

22,0

21,9

21,6

1,0%

Produtos para bebês e crianças...................................

18,2

17,7

17,2

3,1%

Protetor solar ................................................................

11,7

11,4

11,2

2,3%

Produtos depilatórios....................................................

4,6

4,6

4,7

(1,4)%

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

*A soma de todas as categorias não é igual ao total devido à dupla contagem. Os produtos para cuidados com a pele masculina, por exemplo, estão incluídos nas categorias de produtos masculinos e skincare.

O mercado de CF&T utiliza diversos modelos de distribuição que refletem as características de cada mercado regional e a forma como cada mercado foi organizado ao longo dos anos. Na América Latina, por exemplo, há maior adesão ao modelo de venda direta, enquanto países desenvolvidos apresentam maior adesão ao varejo especializado, lojas de departamento e vendas pela internet. No mercado global, o modelo online/internet apresentou as maiores taxas de crescimento dos últimos três exercícios sociais, aumentando sua participação de mercado de 8,5% em 2017 para 11,4% em 2019. A tabela a seguir mostra o percentual de cada modelo de distribuição utilizado em cada macrorregião para o mercado a partir de 31 de dezembro de 2019:

América

Europa

Oriente

América

do

Ociden

Europa

Médio e

Média

Distribuição por Região

Latina

Norte

Ásia

Austrália

tal

Oriental

África

Global

(% do mercado regional total)

Varejistas especialistas em saúde e beleza ..........

28,0

31,3

26,8

35,0

46,9

43,7

34,5

33,3

Varejistas alimentares.... .......................................

37,0

19,5

27,5

36,8

32,2

31,9

47,7

29,7

Varejo online .........................................................

2,1

14,5

17,1

6,5

8,1

7,7

2,3

11,4

Varejistas mistos ...................................................

3,9

23,1

15,1

17,1

6,8

1,3

6,8

12,5

Vendas diretas ......................................................

26,3

5,7

8,5

3,3

2,5

11,0

3,2

8,7

Outros ...................................................................

2,7

5,9

5,0

1,3

3,5

4,4

5,5

4,4

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no v arejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

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De acordo com a Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de CF&T do mundo, conforme estabelecido na tabela a seguir:

CAGR

Mercado total de CF&T por país

2019

2018

2017

(2017-2019)

Mundo .......................................................................

499,6

490,4

480,6

2,0%

Top 10 .......................................................................

321,0

313,2

305,7

2,5%

Estados Unidos .........................................................

92,9

92,7

92,0

0,5%

China .........................................................................

69,2

62,2

56,4

10,8%

Japão.........................................................................

38,9

38,6

38,1

1,0%

Brasil..........................................................................

29,6

29,6

29,3

0,6%

Alemanha ..................................................................

19,3

19,2

19,2

0,4%

Inglaterra ...................................................................

16,9

17,2

17,3

(1,1)%

Índia...........................................................................

14,8

14,2

13,5

4,6%

França .......................................................................

14,6

14,9

15,2

(1,9)%

Coréia do Sul.............................................................

13,3

13,2

13,3

(0,3)%

Itália ...........................................................................

11,6

11,5

11,5

0,1%

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no v arejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

Mercado Latino-Americano

Na América Latina, o mercado de CF&T caiu 0,9% no acumulado de 2017 a 2019, segundo a Euromonitor International. A tabela abaixo mostra os dados de mercado de CF&T para a região e o crescimento anual para o período de 2017 a 2019.

Mercado de CF&T na América

CAGR

Latina

2019

2018

2017

2017-2019

Volume de mercado (em bilhões

62,1

62,8

62,7

(0,5)%

de US$) ....................................

Crescimento comparado ao ano

anterior (%)...............................

(1,1)%

0,1%

0,1%

-

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de

câmbio fixas.O Brasil e México são os maiores mercados de CF&T e juntos representam 64,2% da participação de mercado latino-americano em 2019. O modelo de distribuição de vendas diretas é forte nos países da América Latina, onde a marca Natura Cosméticos está presente por causa da adesão ao modelo comercial adotado na região. A tabela abaixo mostra o tamanho do mercado de CF&T nos países onde os produtos da Natura Cosméticos são vendidos, bem como a participação de mercado de venda direta no mercado total de CF&T para cada país em 2019.

Tamanho do Mercado de C&FT

CAGR

(2017-

2019

2018

2017

2019)

(em bilhões de US$)

América Latina..............................................................

62,1

62,8

62,7

(0,5)%

Brasil.............................................................................

29,6

29,6

29,3

0,6%

México ..........................................................................

10,2

10,2

10,2

0,0%

Argentina ......................................................................

3,7

4,0

4,0

(3,6)%

Chile .............................................................................

3,2

3,3

3,3

(0,8)%

Colômbia ......................................................................

3,1

3,1

3,1

(0,8)%

Peru ..............................................................................

2,6

2,5

2,5

2,6%

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

Mercado Brasileiro

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A diversidade geográfica e demográfica do Brasil representa oportunidades e desafios para os produtores de produtos C&FT. A massa terrestre do Brasil, com quase 8,5 milhões de quilômetros quadrados e população de mais de 200 milhões de pessoas, abriga diferentes climas e estilos de vida.

Com mais de quatro décadas de experiência no setor de CF&T no Brasil, temos visto um aumento no nível de sofisticação das expectativas dos clientes, qualidade dos fornecedores, tecnologia e mark eting. O conhecimento das particularidades do mercado brasileiro é essencial para o sucesso de uma empresa.

Monitoramos nosso desempenho no mercado brasileiro por meio de métricas ABIHPEC, Euromonitor International e Kantar WorldPanel, conforme descrito abaixo:

  • A ABIHPEC mede a receita líquida dos fabricantes do setor (sell-in), com dados fornecidos pelas empresas associadas;
  • A Euromonitor International mede o mercado usando metodologia própria, combinando várias fontes diferentes para estimar o mercado total com base nos preços para os consumidores finais;
  • A Kantar WorldPanel mede a presença da Natura Cosméticos nos domicílios brasileiros através de uma auditoria do consumo por meio de uma amostra de domicílios e do percentual de penetração. Esta é uma de nossas principais métricas.

A métrica da ABIHPEC monitora apenas as categorias em que oferecemos produtos, enquanto a Euromonitor International consolida dados para o mercado total de CF&T, incluindo mercados onde não estamos presentes, como solução de coloração, esmalte, pasta de dente ou lâminas e giletes masculinos e femininos. Monitoramos nosso desempenho usando essas duas métricas pelas seguintes razões: (i) a frequência com que os dados são obtidos (a Euromonitor International fornece apenas uma visão geral anual, enquanto a ABIHPEC é bimensal); e (ii) o escopo das informações fornecidas (a Euromonitor International divulga dados por empresa e canal, enquanto a ABIHPEC libera dados consolidados, não discriminados por empresa).

A tabela abaixo mostra o tamanho do mercado e o crescimento nos últimos três exercícios sociais, de acordo com ambas as fontes. Para operações na América Latina, utilizamos apenas métricas da Euromonitor International:

Mercado Brasileiro de CF&T - ABIHPEC*

2019

2018

2017

Tamanho do mercado (em bilhões de R$) .............................................................

49,4

47,7

48,6

Crescimento em relação ao ano anterior (%) .........................................................

3,4%

(1,7)%

-

Participação de mercado da Natura &Co (%).........................................................

11,8%

11,8%

11,0%

Mercado Brasileiro de CF&T - Euromonitor International**

2019

2018

2017

Tamanho do mercado (em bilhões de US$)......................................................

29,6

29,6

29,3

Crescimento em relação ao ano anterior (%) ....................................................

0,1%

1,1%

0,2%

Participação de mercado da Natura &Co (%)....................................................

11,9

11,6

11,2

*Desde o terceiro trimestre de 2014, algumas empresas significativas pararam de reportar seus dados à ABIHPEC, o que pode afetar significativamente a qualidade das estatísticas. Por isso, decidimos não divulgar essa informação histórica. **Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

Analisando o mercado utilizando a metodologia da Euromonitor International, a tabela abaixo mostra que o mercado de CF&T no Brasil está concentrado nas categorias de cuidados com o cabelo e fragrâncias:

CAGR (2017-2019,

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Mercado Brasileiro por Categoria

2019

2018

2017

%)

Total* ...........................................................................

29,6

29,6

29,3

0,6%

Skincare ........................................................................

3,4

3,3

3,2

2,9%

Cuidados capilares .......................................................

5,6

5,7

5,7

(0,9)%

Maquiagem........... ........................................................

2,6

2,7

2,8

(4,1)%

Produtos masculinos ....................................................

6,1

6,1

6,0

1,3%

Fragrâncias ...................................................................

6,7

6,6

6,3

3,0%

Higiene bucal ................................................................

2,5

2,6

2,5

0,4%

Banho ...........................................................................

2,2

2,1

2,1

1,1%

Desodorantes ...............................................................

3,0

3,0

3,0

1,2%

Produtos de bebês e crianças ......................................

1,4

1,4

1,4

0,2%

Protetor solar ................................................................

1,0

0,9

0,9

0,5%

Produtos depilatórios ....................................................

0,2

0,2

0,2

(7,0)%

Fonte: Edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

*A soma de todas as categorias não é igual ao total devido à dupla contagem. Os produtos para cuidados com a pele masculina, por exemplo, estão incluídos nas categorias de produtos masculinos e skincare.

  1. Participação em cada um dos mercados

O gráfico abaixo representa a nossa participação de mercado no Brasil, um dos nossos principais mercados, de acordo com dados da Euromonitor International divulgados em 2020, incluindo categorias que não estão disponíves em nosso portfólio:

Market Share Natura &Co no Brasil (% Euromonitor, 2019)

Fonte: Dados internos da nossa Companhia baseados na edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International Limited; o valor do varejo se refere ao preço de venda no varejo, incluindo imposto sobre vendas e preços constantes; os dados se referem a 2019 e utilizam taxas de câmbio fixas.

*Dados reportados consolidados, incluindo Natura Cosméticos, The Body Shop e Aesop.

Natura

Nos países em que operamos a marca Natura, o mercado está organizado em dois grandes canais de distribuição: venda direta e varejo. As vendas diretas representaram 26,8% do mercado de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal no Brasil no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, contra 8,7% globalmente. Embora certas categorias de cosméticos e fragrâncias sejam mais relevantes no mercado de vendas diretas, as categorias de cuidados pessoais são tradicionalmente distribuídas via varejo.

Em 31 de dezembro de 2019, os produtos da marca Natura foram adquiridos por 47,2% dos domícilios brasileiros, de acordo com o Kantar WorldPanel (2018, Categoria CF&T / total Canais / total Brasil / ano base 2019 com liberação de dados referente ao 4º trimestre de 2019), sugerindo

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

que aproximadamente 26 milhões de domicílios brasileiros compraram pelo menos um produto da marca Natura Cosméticos nesse período.

  1. Condições de competição nos mercados
  1. mercado de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal é muito competitivo, tanto no Brasil quanto em outros mercados em que atuamos. Marcas fortes e lançamentos de produtos novos são importantes para a atração e retenção de clientes.

Além disso, ao oferecer uma ampla gama de categorias, nossas marcas competem com diversas empresas diferentes que atuam através de diferentes canais de distribuição: venda direta, varejo e e-commerce.

Natura Cosméticos

No Brasil, nossos concorrentes variam de acordo com a categoria do produto. Por exemplo, nas categorias de fragrâncias e maquiagem, nossos principais concorrentes são O Boticário, Avon (que se tornou nossa subsidiária direta e integral desde a conclusão da Transação), Mary Kay e Hinode; para cuidados com o corpo e pele, nossos principais concorrentes são a Avon (que se tornou nossa subsidiária direta e integral desde a conclusão da Transação), a Beiersdorf AG (particularmente a marca Nivea) e a Unilever; e para cuidados com o cabelo, nossos principais concorrentes são Unilever, L'Óreal, Colgate-Palmolive-Company e Johnson & Johnson.

Em outros países onde a marca Natura Cosméticos está presente, as condições de mercado são bastante semelhantes, assim como os concorrentes locais por categoria e canais de distribuição. Grandes diferenças podem ser encontradas nas fortes operações da Corporácion Belcorp e Grupo Unique-Yanbal no Peru e na Colômbia, e Voewerk & Co KG (com a marca Jafra) no México. Nossos concorrentes nacionais no Brasil, como a Jequiti, não têm operações significativas em outras regiões da América Latina.

The Body Shop

Como uma marca global, presente em 73 países, a concorrência para a The Body Shop é variada e fortemente concentrada na distribuição de varejo. Em nível global, as principais marcas de beleza e cuidados pessoais incluem L'Óreal Paris (L'Óreal Groupe), Nivea (Beiersdorf AG), Dove (Grupo Unilever) e Garnier (L'Óreal Groupe). No entanto, estamos vendo uma erosão na participação combinada dessas empresas e marcas, principalmente nas categorias de skincare e cosméticos de cor, à medida que elas se tornam mais fragmentadas. Isso é, em grande parte, impulsionado pelo surgimento de novas marcas de beleza, como Glossier e Kylie Cosmetics nos Estados Unidos, que interrompem modelos tradicionais e aumentam a concorrência de preços e a pressão para se manterem alinhados com as preferências dos consumidores em rápida evolução.

No Pacífico Asiático, um dos principais concorrentes da The Body Shop é a Innisfree, que oferece uma ampla variedade de produtos, que vão desde cuidados com a pele até maquiagem, cuidados com o cabelo e fragrâncias, e preços baixos comparados à concorrência. Outras marcas-chave nesta região são Wardah (Indonésia), Lakmé (Índia) e DHC (Japão).

Na Europa, as marcas concorrentes da The Body Shop incluem Lush e Rituals. Com uma forte postura em cosméticos artesanais, embalagens mínimas e uma postura contra testes em animais, a Lush também se concentra na experiência de loja e produto. Mais conhecida por suas bombas de banho (bath bombs), atua fortemente na categoria banho e corpo com géis e espumas de banho e sabonetes. A Rituals construiu o reconhecimento da marca posicionando seus produtos a preços acima do nível de mercado de massa, mas inferiores às alternativas mais caras nas categorias onde está presente. A The Body Shop está presente no segmento de banho, com diferentes conceitos de fragrâncias inspiradas principalmente na cultura e estilo de vida asiáticos. A The Body Shop também comercializaprodutos focados em fornecer aos clientes uma experiência semelhante a um spa como parte de sua oferta de produtos não-beleza, incluindo conjuntos de chá, velas e têxteis domésticos.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

Esses produtos são promovidos nas lojas The Body Shop como fonte de equilíbrio e bem-estar.

A Lush é uma das principais concorrentes na América do Norte, mas a Bath & Body Works é uma concorrente forte na América e Canadá. Embora não seja particularmente focada em ingredientes de origem natural ou ética, seu foco é ter uma gama colorida e ampla de fragrâncias, com uma forte dependência de promoções e descontos. Também é ativa em produtos de banho e corpo, fragrâncias e fragrâncias para a casa.

Aesop

A Aesop está nos segmento premium do setor de beleza e cuidados pessoais, que continou a superar

  1. segmento de mercado de massa pelo quarto ano consecutivo em 2019, de acordo com edição "Beauty and Personal Care" de 2020 da Euromonitor International. Embora a Aesop seja um pequeno player em escala global, sua participação de mercado e o cenário competitivo em que está ativo diferem por região e por categoria de produto.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Aesop estava presente diretamente em 23 países e em 4 países através de distribuidores, espalhados pela Oceania, Américas, Ásia e Europa. Os países em que a Aesop tem a maior participação de mercado dentro do mercado premium de beleza e cuidados pessoais são Austrália, Hong Kong, Singapura e Inglaterra, sendo a Austrália o mercado mais forte da Aesop em termos de participação de mercado.

A Austrália é o mercado mais forte da Aesop, sendo os seus principais concorrentes Estée Lauder, Clinique, Lancôme e Clarins. Hong Kong é um mercado muito mais competitivo, sendo os seus principais concorrentes Estée Lauder, Shiseido, Kiehl's e Laneige. Os princiais concorrentes da Aesop na Singapura são SK-II, Shiseido e Lancôme, enquanto os seus principais concorrentes na Inglaterra são Clinique e Estée Lauder.

  1. Aesop está presente em seis categorias principais de produtos, incluindo pele, cabelo, corpo, fragrância, casa e kits/presentes. Os concorrentes da Aesop variam de acordo com a categoria do produto. Por exemplo, os principais concorrentes da Aesop na categoria de skincare são Lancôme, Estée Lauder e SK-II. Na categoria de cuidados com o corpo, os concorrentes da Aesop são Clarins, L'Occitane, Vichy e La Roche-Posay, enquanto a categoria de cuidados com o cabelo é dominada por marcas especializadas como Redken e Aveda.

d) Eventual sazonalidade

No Brasil, um dos nossos principais mercados, observamos picos de demanda no segundo e quarto trimestres: (i) durante as semanas que antecedem o Dias das Mães, que ocorre durante a primeira metade do mês de maio; e (ii) em novembro, no período que antecede as vendas de Natal e as vendas de Black Friday, que são nossos picos mais significativos na demanda. Nossas operações internacionais estão sujeitas ao mesmo tipo de sazonalidade, mas o momento do pico de vendas do Dia das Mães varia dependendo do país.

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Para uma melhor referência, presentamos abaixo tabela contendo a participação da Receita Líquida por Trimestre:

Participação da Receita Líquida por Trimestre

2019

2018

2017

(%)

Brasil

1o. Trimestre

19%

20%

21%

2o. Trimestre

25%

24%

24%

3o. Trimestre

25%

25%

25%

4o. Trimestre

31%

31%

30%

Total Ano Brasil

100%

100%

100%

Consolidado

1o. Trimestre

20%

20%

17%

2o. Trimestre

24%

23%

21%

3o. Trimestre1

24%

24%

24%

4o. Trimestre2

32%

33%

38%

Total Ano Consolidado

100%

100%

100%

  1. Considera ummês de receita The Body Shop no ano de 2017
  2. Considera três meses de receita The Body Shop no ano de 2017
  1. Principais insumos e matérias primas
  1. descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a controle ou regulamentação governamental, com indicação dos órgãos e da respectiva legislação aplicável

Operação Natura

Visão Geral Fornecedores

Valorizamos relacionamentos de qualidade com os nossos fornecedores, muitos dos quais são parceiros há mais de 20 anos. A relação com os fornecedores é regida pelo Código de Conduta Fornecedor, lançado em 2014. O material é uma evolução dos nossos Princípios de Relacionamento de 2007 e traz diretrizes que abrangem aspectos sociais, ambientais e de qualidade, descrevendo as expectativas quanto à nossa rede de fornecedores e refletem nosso compromisso com o bem- estar de nossos parceiros, de cada pessoa, da sociedade e do planeta.

Adotamos a estratégia "Cadeia de Suprimentos Sustentáveis" para selecionar e desenvolver nossos fornecedores a partir de uma metodologia de avaliação dos aspectos socioambientais, convertendo- os em valores monetários. Por meio dessa metodologia, desenvolvida com a ajuda de especialistas internacionais e com a participação de nossos fornecedores, determinamos os potenciais impactos causados por nossa cadeia e estabelecemos planos de desenvolvimento em que os parceiros realizam a gestão sobre os principais indicadores socioambientais e se comprometem a seguirem investindo em itens como educação para os colaboradores, segurança do trabalho e investimento social privado.

Para reforçar os preceitos e qualificar os parceiros para evoluir nossa gestão socioambiental, promovemos capacitação e ações específicas de treinamento. Além disso, semestralmente, oito indicadores de desempenho desses parceiros são acompanhados: emissão de CO2, consumo de água, geração de resíduos, investimento em educação, treinamento de colaboradores, índice de acidentes de trabalho, inclusão social e investimento social privado.

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Dependemos de uma base diversificada de fornecedores, contando com quase 5 mil parceiros comerciais no Brasil. Essa base é dividida entre fornecedores terceiros (full buy e full service), de insumos produtivos (ativos da biodiversidade, matérias -primas e materiais de embalagem), e de materiais e serviços indiretos. Em 2019, contamos com 11.885 fornecedores ativos nas categorias de insumos produtivos e de materiais e serviços indiretos. Desse número, 237 parceiros representaram 80% do volume de compras no ano.

Os nossos principais fornecedores são: Africa São Paulo Publicidade LTDA; Albea do Brasil Embalagens Ltda.; Aptar B & H Embalagens Ltda.; DPZ&T Comunicações S.A.; Givaudan do Brasil LTDA.; IFF Essências e Fragrâncias LTDA.; Prebel S/A; Transportadora Cometa S/A; Weckerle do Brasil Ltda and Wheaton Brasil Vidros Ltda.

Devido ao grande número de fornecedores e esforço ativo na gestão de concentração das compras em cada elo de nossa cadeia produtiva, estamos menos dependentes de um único fornecedor, e, geralmente, somos capazes de responder a interrupções na cadeia de fornecimento, deslocando a produção ou fornecimento de materiais para outros fornecedores.

Para os principais fornecedores, adotamos o programa QLICAR (Qualidade, Logística, Inovação, Competitividade, Ambiental, Social e Relacionamento), que foca no desenvolvimento de fornecedores, avaliando indicadores críticos de nível de serviço, além de questões sociais e ambientais, alinhadas à estratégia de cadeia de suprimentos sustentáveis. Neste programa, os fornecedores são avaliados por critérios mais tradicionais, como qualidade e competitividade, além de investimentos e impactos socioambientais de longo prazo. O programa também reconhece as evoluções dos parceiros comerciais por meio do Prêmio QLICAR, realizado anualmente.

  • importante ressaltar que todos os contratos firmados com os fornecedores têm cláusulas referentes a direitos humanos, como riscos envolvendo o trabalho infantil e o trabalho forçado ou análogo ao escravo.

A gestão de risco voltada aos fornecedores considera os aspectos de mercado, financeiro, socioambiental, de saúde e segurança do trabalho e de qualidade, além dos demais requisitos legais. Em 2019, foram identificados 415 fornecedores elegíveis ao processo de avaliação e controle de riscos, através de auditorias e desenvolvimento de planos de melhoria contínua: 60 fornecedores apresentaram algum aspecto de potencial melhoria ambiental, 70 para reduzir impactos negativos na sociedade. Vale destacar que todos esses aspectos incluem ações de diferentes níveis de impacto (alto, médio e baixo).

Do total de parceiros, 198 respondiam por 55% de nosso volume de compras no fim do ano. Considerados estratégicos para o nosso negócio, esse grupo de 179 fornecedores integra o programa QLICAR, que visa a aprimorar de modo gradativo e consistente a gestão e os processos desses parceiros.

Não foi firmado nenhum acordo para corrigir questões de direitos humanos, uma vez que o nosso posicionamento é o de tolerância zero quanto a esse tipo de violação.

Comunidades Fornecedoras

Utilizamos ativos da sociobiodiversidade brasileira, em nossas fórmulas, que são extraídos de forma sustentável. Damos preferência para que estes ativos sejam fornecidos por cooperativas e pequenos agricultores, com os quais estabelecemos mais que uma relação comercial, promovendo um relacionamento pautado pelo comércio justo, acompanhamento de performance em campo, treinamentos e repartição dos benefícios adquiridos com o uso do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado.

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  • através deste relacionamento que contribuímos com o fortalecimento institucional e a diversificação econômica, promovendo, desta forma, o desenvolvimento sustentável nos locais em que atuamos.

O número de comunidades parceiras da nossa Companhia foi de 39 em 2019, com 6.200 famílias beneficiadas (5.664 em 2018 e 5.296 em 2017).

Esse conjunto de comunidades caracteriza-se por uma grande diversidade, tanto cultural quanto socioeconômica. Além disso, estão localizadas em diferentes ecossistemas e apresentam diferentes formas de organização social e institucional. Fazem parte desse público desde pequenos grupos de agricultores familiares no Sul do Brasil até comunidades tradicionais extrativistas com grande número de famílias no Norte do País. A nossa relação com estes grupos ao longo dos últimos anos tem sido pautada, direta ou indiretamente, pela geração local de valor.

Além da compra de insumos, estabelecemos, como dito anteriormente, contratos de repartição de benefícios (obrigação legal) e, em alguns casos, apoiamos financeiramente o desenvolvimento destes fornecedores e suas cadeias produtivas (por liberalidade). O quadro abaixo demonstra a quantidade de recursos que foram destinados às nossas comunidades parceiras e a quantidade de comunidades e famílias beneficiadas nos anos de 2017 a 2019:

Inv estimentos nas comunidades (R$ milhares)

2019

2018

2017

Fornecimento (1)

14.350

10.286

9.213

Repartição dos benefícios (2)

14.951

18.711

6.075

Créditos de carbono (3)

0

275

1.477

Uso de imagem (4)

14

61

5

Apoios e infraestrutura (5)

717

775

763

Capacitação (6)

156

71

70

Serviços Técnicos (7)

214

125

337

Estudos (8)

4.538

5.578

0

Total alocado nas comunidades

33.498

35.882

17.940

  1. Fornecimento: recursos diretos provenientes de fornecimento e compra de matéria-prima em comunidades. Este indicador é medido a partir de nota fiscal de saída de mercadoria das comunidades.
  2. Repartição de Benefícios: recursos diretos provenientes da repartição de benefícios pelo acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional adquirido em comunidades.
  3. Créditos de carbono: compra de créditos de carbono em comunidades fornecedoras.
  4. Uso de imagem: valores pagos pela nossa Companhia pelo uso de imagem dos membros das comunidades em materiais de divulgação institucional ou de marketing.
  5. Apoios e infraestrutura: apoios a projetos de desenvolvimento local e infraestrutura, especialmente aqueles direcionados à eficiência e agregação de valor nas cadeias produtivas.
  6. Capacitação: capacitações em gestão e desenvolvimento organizacional, intercâmbios técnicos, capacitações em boas práticas produtivas e de manejo, e programa de saúde e segurança do trabalho.
  7. Serviços técnicos: todo serviço técnico prestado por consultores externos ou contratados pela nossa Co mpanhia junto às cooperativas/comunidades.
  8. Estudos: elaboração de diagnósticos, planos de gestão, planos de manejo, mapeamentos, levantamentos de informação, pesquisas de campo, pesquisa de lealdade/satisfação. O alto volume aportado em 2018 se refere ao p rojeto de implantação do sistema agroflorestal (SAF) no cultivo do óleo de palma.

Compromisso

Comunidades e famílias beneficiadas

2019

2018

2017

da Visão 2020

Comunidades com as quais a Natura se

39

37

34

-

relaciona

Famílias beneficiadas nas comunidades

6.197

5.664

5.296

-

Famílias beneficiadas na Pan-Amazônia

5.136

4.636

4.294

10.000

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O bioQlicar é o programa de monitoramento e desenvolvimento similar ao QLICAR aplicado aos fornecedores regulares, mas com foco exclusivo em fornecedores e comunidades rurais. O programa passou por uma revisão no ano de 2014 e, em 2015, foi aplicado tendo como foco um sistema de verificação das cadeias de insumos da sociobiodiversidade pautado em princípios do Biocomércio Ético da UEBT (União para BioComércio Ético). Por meio do programa, há um acompanhamento mensal de ações de desenvolvimento das cadeias de insumos da sociobiodiversidade e por meio da avaliação OTIF (on time in full), que monitora a qualidade de entrega de produtos e serviços.

O programa bioQlicar promove diversas melhorias e desenvolvimento das cadeias produtivas e a preparação para o relacionamento das comunidades com o mercado de forma geral.

Também trabalhamos com as comunidades para fomentar padrões elevados de direitos humanos, promovendo a prática do trabalho digno junto aos fornecedores com os quais mantem relação comercial, e exige, por meio dos contratos e auditorias, que sejam cumpridos diversos requisitos ambientais e sociais.

  • importante ressaltar que todos os nossos contratos de fornecimento e repartição de benefícios incluem a exigência de respeito aos direitos humanos e indicação de que não admitimos o trabalho forçado/análogo ao escravo ou infantil em suas cadeias produtivas, assim como cláusulas de cumprimento a legislações ambientais.

Como uma das ferramentas de avaliação do programa bioQLICAR, implementamos, desde 2015, o Sistema de Verificação da Biodiversidade em todas as comunidades, realizando e/ou incentivando ações corretivas em diversos pontos da cadeia de fornecimento. As ações envolvem os temas de gestão organizacional, conhecimento da legislação relacionada ao negócio das cooperativas, boas práticas de manejo, direitos humanos, conservação da biodiversidade, rastreabilidade e saúde e segurança.

Possuímos o sistema de rastreabilidade da sociobiodiversidade, que trata de uma solução de inteligência geográfica que permite a localização online de todas as cadeias e o acesso a indicadores como investimentos realizados, produção e infraestrutura local, além da integração a outros sistemas corporativos de gestão. Em 2017 tivemos 100% da produção da sociobiodiversidade com rastreabilidade.

The Body Shop

Desde que a The Body Shop foi fundada, em 1976, a empresa foi pioneira no princípio de que "a empresa deve ser uma força para promover o bem", e que podemos usar o comércio para melhorar as condições de trabalho e ajudar a melhorar a vida das pessoas em nossa cadeia de suprimentos.

Os relacionamentos entre a The Body Shop e os fornecedores são orientados pela política do Código de Conduta de Comércio Ético da companhia para fornecimento de produtos e serviços finais, e seu Estatuto de Fornecimento Sustentável de materiais naturais. Essas políticas são baseadas no Código Base da Ethical Trade Initiative (Iniciativa de Comércio Ético) (ETI) (uma aliança líder de empresas, sindicatos e ONGs, que promove o respeito pelos direitos dos trabalhadores em todo o mundo), com uma cláusula específica contra a escravidão moderna.

  1. Código Base da ETI sustenta o nosso Código de Conduta do Fornecedor. Nossas práticas de compra e análises de fornecedores incorporam práticas de comércio ético. Além de preços justos, nossos parceiros comerciais comunitários também se beneficiam de termos comerciais favoráveis, de acordo com nosso Estatuto de Compras Sustentáveis.

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  1. The Body Shop trabalha globalmente com uma base de suprimentos diversificada, com mais de 4.929 parceiros comerciais. Essa base de suprimentos é dividida entre mercadorias para fornecedores de varejo, bens e serviços que não são de varejo, ingredientes e embalagens e comércio justo.

A The Body Shop não possui instalações de fabricação, desenvolvendo e comprando todas as nossas mercadorias para o varejo de fabricantes terceirizados. Esses 29 fabricantes estão localizados em todo o mundo, dez dos quais representam 80% de nossas compras de produtos acabados, em termos de valor.

A The Body Shop possui sólidos contratos de desenvolvimento, inovação e fabricação com nossos fornecedores, permitindo o acesso à inovação global, atendendo à demanda de nossos clientes por produtos de alta qualidade, sustentáveis e acessíveis, em termos de tendências. A The Body Shop estipula os critérios de formulação, incluindo aspectos como nossa proibição de testes em animais, inclusão de matérias-primas de comércio justo, e uso de óleo de dendê e mica sustentáveis.

Os principais fornecedores da The Body Shop incluem: L'Oréal Product DTLD Gmbh & Co. KG, Sicos et Cie SNC, Fapagau & Cie SNC, Fareva S.A., L'Oréal Saipo Industriale S.P.A, Laleham Health & Beauty, S&J International, SAP, DB Shenker, Williams Lea Tag, Royal Mail, Single Resource e Sitel.

Os principais fornecedores de nossos produtos para varejo e para os 20 principais produtos e serviços que não são de varejo são gerenciados por meio de nosso programa estratégico de gerenciamento de relacionamento com fornecedores. O programa se concentra na melhoria contínua, medida em relação a cinco pilares de gerenciamento de fornecedores: Serviço, Qualidade, Competitividade, Sustentabilidade e Inovação. Os fornecedores que alcançam o status de parceria no programa são reconhecidos pela inclusão em eventos de marca e fornecedores de oficinas de inovação.

O departamento de compras da The Body Shop é um departamento globalmente integrado, trabalhando em quatro subequipes que cobrem produtos para varejo, bens e serviços que não são de varejo, embalagens e matérias-primas e fornecimento sustentável. Após a aquisição da The Body Shop pela Natura &Co, o departamento de compras está nos estágios iniciais da integração no grupo, sob o nome de Natura &Co Global Procurement. O primeiro passo nesta iniciativa incluiu o desenvolvimento de códigos de conduta comuns, metodologias de economia e estratégias de fornecimento de TI, viagens e logística compartilhadas.

Compromisso de Longo Prazo com a Negociação Justa

A The Body Shop tem uma longa história de usar ingredientes de origem ética. A varejista foi pioneira no comércio justo na indústria de cosméticos em 1987, lançando seu programa de fornecimento "Trade Not Aid" - atualmente denominado Community Fair Trade. Community Fair Trade é o programa de comércio justo sob medida da The Body Shop, verificado de forma independente pela Ecocert (uma organização de inspeçãoe certificação, fundada na França em 1991). Hoje, o programa atinge aproximadamente 16.000 produtores em 23 países em todo o mundo.

A The Body Shop fez negócios com mais de 70% de seus fornecedores do programa Community Fair Trade por mais de 10 anos. Esse programa também oferece a oportunidade única de desenvolver soluções para questões comerciais, ambientais e/ou sociais de forma conjunta. Esse portfólio representa cerca de 17% do total de gastos com Presentes e Acessórios e matérias-primas.

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Comércio Ético e Sustentável

A The Body Shop também opera um programa de comércio ético mais amplo para identificar problemas, gerenciar riscos e, em última instância, melhorar as condições de trabalho em nossas cadeias de suprimentos. O programa Comércio Ético da The Body Shop trabalha com várias partes interessadas, incluindo a ETI, que foi cofundada pela The Body Shop em 1998, e o SEDEX (uma plataforma colaborativa para compartilhar dados de fornecimento responsável nas cadeias de suprimentos).

A The Body Shop enquadra seu programa de compras éticas e sustentáveis em torno da Estrutura de Auditoria de Direitos Humanos (Human Rights Due Diligence Framework ) (HRDD), uma estrutura adotada pelos Princípios Orientadores das Nações Unidas para Empresas e Direitos Humanos, que permite uma compreensão mais profunda dos riscos trabalhistas relevantes nas cadeias e atividades de fornecimento segundo uma auditoria prioritária no campo dos direitos humanos. É importante ressaltar que a HRDD informa o fornecimento responsável e as atividades atuais e futuras para identificar e, se for encontrado, eliminar a escravidão moderna nas cadeias de suprimentos.

  1. transparência da cadeia de suprimentos e a rastreabilidade das matérias -primas são vitais para ajudar as empresas a avaliar riscos e prevenir, identificar e abordar a escravidão moderna. A The Body Shop continua a aumentar a transparência de suas complexas cadeias de suprimentos globais, inclusive para fornecedores de matérias-primas e prestadores de serviços. A The Body Shop mapeou sistematicamente mais de 250 matérias-primas naturais e de origem natural, e rastreou o país de origem de 207 ingredientes à base de plantas, provenientes de mais de 50 fornecedores de segundo nível. Essa medida ajuda a empresa a entender e analisar quaisquer riscos sociais, ambientais e de escravidão moderna relacionados às suas origens.

Acesso e Compartilhamento de Benefícios

  1. acesso e o compartilhamento de benefícios tornaram-se um foco principal para os negócios. A The Body Shop trabalhou com a Natura e fornecedores no Brasil, na África do Sul e na Índia para cumprir os princípios internacionais de Acesso e Compartilhamento de Benefícios (ABS), que se referem à maneira pela qual os recursos genéticos podem ser acessados e como os benefícios resultantes desse uso são compartilhados entre as pessoas ou países que usam os recursos (usuários) e as pessoas ou países que os fornecem (provedores). No Brasil, por exemplo, isso envolveu negociações diretas com representantes dos trabalhadores (a diretoria de uma cooperativa de produtores) na cadeia de suprimentos de Comércio Comunitário de óleo de babaçu (um óleo vegetal usado em alguns dos produtos da The Body Shop) para chegar a acordo sobre o acesso e compartilhamento de benefícios. Isso resultou no pagamento direto de £465.000 aos 220 produtores e 1.045 beneficiários da comunidade mais ampla de produtores de babaçu.

Aesop

  1. Aesop valoriza o relacionamento de qualidade com nossos fornecedores, muitos dos quais têm sido nossos parceiros há mais de dez anos. Os relacionamentos com fornecedores da Aesop são guiados pelo Código de Conduta para Fornecedores. Esse código representa nossos principais Princípios de Relacionamento e fornece diretrizes para aspectos sociais, ambientais e de qualidade, descreve as expectativas de nossa rede de fornecedores e reflete nosso compromisso com o bem- estar de nossos parceiros, comunidades e com o planeta.

A Aesop conta com uma base de fornecedores diversificada, terceirizando globalmente para suprir as necessidades do negócio. Essa base é dividida entre fornecedores de terceirização (produtos acabados), de insumos produtivos (ingredientes e materiais de embalagem) e de materiais e serviços indiretos.

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

A Aesop está trabalhando ativamente em projetos que visam aprovar fornecedores alternativos e trazer flexibilidade à nossa cadeia de suprimentos. A Aesop reduziu a sua dependência de fornecedores para a fabricação de produtos acabados e os principais ingredientes e embalagens e, por esse motivo, pode responder de alguma forma a interrupções na cadeia de s uprimentos, movendo a produção ou o fornecimento de materiais para outros fornecedores.

Os principais fornecedores de fabricação da Aesop são Delta Laboratories, Ensign Laboratories Ross Cosmetics, Australian Botanical Products, Baxter Laboratories e Briemar Nominees.

Os principais fornecedores de componentes e ingredientes são Visy Pet Pty Ltd, Techpack Pty Ltd, Norquest Brands Pvt. Ltd., Watermark Products, Gunn & Taylor Printers Pty Ltd, Le Nez Limited, Dutjahn Sandalwood Oils Pty Ltd, Triglav-Edelvais Ltd., Multi-Color Pty Ltd, Linhardt GmbH & Co. KG e Cospak Pty Ltd.

  1. eventual dependência de poucos fornecedores Operação Natura

O setor brasileiro de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoalé caracterizado por pouca concentração de fornecedores de matérias-primas e embalagens. Grande parte dos fornecedores globais têm operações instaladas no Brasil, cobrindo praticamente todas as especialidades requeridas pela indústria de cosméticos. Estas condições aumentam a competitividade do setor brasileiro de cosméticos em relação ao restante da América Latina, favorecendo as exportações.

Nesse contexto, a nossa Companhia não era, na data-base deste Formulário de Referência, dependente de qualquer um de seus fornecedores.

  1. eventual volatilidade do preço

Os preços em nosso setor são caracterizados por aumentos graduais ao longo do tempo, principalmente devido a (1) aumentos nos custos de produção e (2) aumentos na demanda por produtos com maior valor agregado. Ganhos de produtividade consistentes em nosso setor permitiram aos fabricantes impedir aumentos de preços para nossos consumidores. Como resultado da baixa concentração e alta competitividade dos fornecedores do setor, os aumentos nos custos de matéria-prima puderam ser minimizados. Espera-se que os preços ao consumidor continuem a crescer gradualmente, e que as empresas do nosso setor continuem a obter ganhos de produtividade para evitar aumentos de preços para os consumidores.

Algumas das matérias-primas, materiais de embalagem e produtos acabados que nossas marcas compram de fornecedores têm seus preços impactados por flutuações na inflação. Além disso, o negócio é impactado pelas taxas de câmbio dos itens importados. Nem sempre conseguimos isolar nossos clientes finais dessas flutuações.

Operação Natura

Do volume de compras de matéria-prima, material de embalagem e produtos acabados, aproximadamente 80% é produzido no Brasil. Cerca de 25% 1 do volume total comprado está diretamente ligado à taxa de câmbio do Real em relação ao Dólar dos EUA e à taxa de câmbio do Real em relação ao Euro, sendo impactada pelas volatilidades das moedas mencionadas.

1 Ressalta-se que neste valor há uma parcela do volume de insumos comprados por nossos fornecedores de produtos acabados no Brasil que também está ligada às taxas de câmbio

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7.3 - Informações Sobre Produtos E Serviços Relativos Aos Segmentos Operacionais

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7.4 - Clientes Responsáveis Por Mais de 10% da Receita Líquida Total

7.4 - Clientes responsáveis por mais de 10% da receita líquida total

  1. Montante total de receitas provenientes do cliente

No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, nenhum cliente ou consultor de venda independente foi responsável por mais de 10% da nossa receita líquida consolidada, considerando todos os segmentos operacionais, incluindo Natura Brasil, Natura LATAM, Natura Outros, Aesop e The Body Shop.

  1. Segmentos operacionais afetados pelas receitas provenientes do cliente

No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, nenhum cliente ou consultor de venda independente foi responsável por mais de 10% da nossa receita líquida consolidada, considerando todos os segmentos operacionais, incluindo Natura Brasil, Natura LATAM, Natura Outros, Aesop e The Body Shop.

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7.5 - Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

  1. necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações

Descrevemos abaixo as leis e regulamentações do mercado brasileiro que são aplicáveis aos nossos negócios:

Regulação dos Nossos Negócios

A indústria de cosméticos brasileira é regulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ("ANVISA"), uma autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, que foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, conforme alterada. Nossas operações estão, deste modo, sujeitas à obtenção de autorizações da ANVISA, concedidas mediante a solicitação de cadastramento de nossas atividades, do pagamento da respectiva taxa de fiscalização de vigilância sanitária e de outros requisitos definidos em regulamentação específica da ANVISA, bem como sujeitam-se à fiscalização por esta agência. A ANVISA também indica padrões sanitários para a fabricação, estocagem e transporte de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal.

Registro de Cosméticos, Produtos de Higiene, Perfumes e Outros

De acordo com a Lei Federal nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, conforme alterada ("Lei Federal 6.360/76"), para a obtenção de autorização para a comercialização ou a prática de outros atos relativos a cosméticos, dos produtos destinados à higiene pessoal, dos perfumes e demais de finalidade congênere, deverá o produto cumprir as exigências e requisitos estabelecidos pela

ANVISA.

No caso de ingrediente ou produto novo, deverá ter reconhecida a eficácia e segurança com base na finalidade apresentada, em pareceres conclusivos, emitidos pelos órgãos competentes do Ministério da Saúde.

Os cosméticos, produtos de higiene pessoal de adultos e crianças, perfumes e congêneres poderão ter alteradas suas fórmulas de composição desde que as alterações sejam aprovadas pela ANVISA, com base nos competentes laudos técnicos.

Regulação de Vigilância Sanitária

De acordo com a Constituição Federal brasileira, o Governo Federal, os Estados e Municípios têm o poder de regular os assuntos relacionados à saúde e vigilância sanitária, a fim de reduzir e prevenir problemas sanitários decorrentes da fabricação e importação de produtos e da prestação de serviços relacionados à saúde dos indivíduos. O Governo Federal dispõe de leis e regulamentos para aplicação genérica, os quais são reforçados e complementados por ações dos Estados e Municípios. Dessa forma, a vigilância sanitária é realizada pelas autoridades federais, estaduais e municipais, que agem de forma integrada dentro do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS, em busca da proteção da saúde da população.

Nos termos da Lei Federal 6.360/76, as companhias que pretendem extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, re-embalar, importar, exportar, armazenar ou expedir produtos de higiene, cosméticos, e perfumes devem possuir uma autorização de funcionamento junto à ANVISA.

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7.5 - Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

Assim, além da autorização federal, é necessário também que as companhias tenham o licenciamento na respectiva autoridade sanitária local, para todos os estabelecimentos industriais e/ou comerciais que exerçam as atividades de fabricação e comercialização dos produtos acima citados. A ANVISA e a autoridade sanitária local verificarão a atividade industrial, natureza e espécie dos produtos e comprovação da capacidade técnica, científica e operacional da companhia, bem como outras exigências aplicáveis.

A operação de companhias sem os registros mencionados acima ou sem a presença de um profissional responsável pela operação técnica, bem como qualquer violação às leis e aos regulamentos relativos à vigilância sanitária federal, estadual ou municipal, sujeita a companhia infratora a penalidades como advertência, multa, suspensão das atividades e cancelamento da permissão ou registro junto às autoridades de vigilância sanitária.

Adicionalmente, detemos registros de nossos estabelecimentos e responsáveis técnicos junto aos Conselhos Regionais de Química e/ou Farmácia dos respectivos Estados, devidamente acompanhados das anotações de responsabilidade técnica para as nossas seguintes unidades fabris e de distribuição: Castanhal, Itupeva, São Paulo, Matias Barbosa, Jaboatão dos Guararapes, Uberlândia, Simões Filho, Benevides, Cajamar, Canoas e São José dos Pinhais.

Licenças e Autorizações Ambientais

A legislação ambiental brasileira determina que a instalação de empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras, isto é, que de qualquer forma causem, ou possam causar, impacto ao meio ambiente está condicionada ao prévio licenciamento ambiental. Esse procedimento é necessário tanto para as fases de instalação inicial do empreendimento, quanto para as ampliações nele procedidas, sendo que as licenças emitidas precisam ser renovadas periodicamente.

Em linhas gerais, a competência para licenciar, no que se refere aos empreendimentos de impacto ambiental nacional ou regional é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Nos demais casos, a competência é dos órgãos ambientais estaduais ou municipais. No entanto, a definição do órgão competente para o licenciamento também é influenciada por outros fatores, como é o caso, dentre outros, da segurança nacional, da responsabilidade da instituição da unidade de conservação e da natureza da atividade desenvolvida, conforme estabelecido na Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011, conforme alterada.

O processo de licenciamento ambiental compreende, basicamente, a emissão de três licenças, todas com prazos determinados de validade: licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Cada uma destas licenças é emitida conforme a fase em que se encontra a implantação do empreendimento e a manutenção de sua validade depende do cumprimento das condicionantes que forem estabelecidas pelo órgão ambiental licenciador.

Em adição às licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental licenciador, as nossas atividades estão sujeitas a autorizações ou anuências advindas de outros órgãos ambientais em âmbito federal, estadual e municipal, tais como órgãos gestores (i) de Unidades de Conservação, a exemplo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, (ii) de Terras Indígenas, a exemplo da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, (iii) de Áreas Tombadas, a exemplo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, (iv) de áreas quilombolas, a exemplo da Fundação Cultural Palmares - FCP, dentre outros.

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7.5 - Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

Quando obrigatória, a ausência de licença ou autorização ambiental, independentemente de a atividade estar ou não causando danos efetivos ao meio ambiente, consiste em crime ambiental, além de sujeitar o infrator a penalidades administrativas, tais como multas de até R$50 milhões, conforme prevê o Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, conforme alterado, e a interdição da atividade cuja licença ou autorização não foi obtida.

Responsabilidade em Matéria Ambiental

A legislação ambiental brasileira prevê a imposição de sanções penais e administrativas a pessoas físicas e jurídicas que praticarem condutas, caracterizadas como crime ou infração ambiental independentemente da obrigação de reparar os danos ambientais causados.

As sanções que podem vir a ser impostas pela prática de eventuais crimes e infrações ambientais incluem, conforme a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, conforme alterada ("Lei de Crimes Ambientais"), dentre outras:

  • a imposição de multas que, no âmbito administrativo, podem alcançar até R$50 milhões, de acordo com a capacidade econômica e os antecedentes da pessoa infratora, bem como com a gravidade dos fatos e antecedentes, as quais podem ser aplicadas em dobro ou em triplo em caso de reincidência;
  • a suspensão ou interdição de atividades; e
  • a perda de benefícios, tais como suspensão de financiamentos e não habilitação para licitações públicas, e incentivos fiscais.

A responsabilidade penal por crimes ambientais é subjetiva, o que significa que o infrator só será penalizado se agir com culpa. A Lei de Crimes Ambientais prevê a responsabilização de todos aqueles que, de qualquer forma, concorrem para a prática de crimes contra o meio ambiente, sendo cada qual penalizado na medida de sua culpabilidade. Tal lei prevê, ainda, a responsabilidade da pessoa jurídica, a qual não exclui a das pessoas físicas.

Na esfera civil, os danos ambientais implicam responsabilidade solidária e objetiva, direta e indireta. Isso significa que a obrigação de reparar a degradação causada poderá afetar a todos direta ou indiretamente envolvidos, independentemente da comprovação de culpa dos agentes. Como consequência, a contratação de terceiros para proceder a qualquer intervenção em nossas atividades, incluindo, por exemplo, o tratamento e a destinação final de resíduos sólidos, não exime a nossa responsabilidade por eventuais danos ambientais causados pela contratada.

Adicionalmente, a legislação ambiental prevê a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, relativamente à pessoa jurídica causadora de dano ambiental, sempre que esta for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Regulação Brasileira sobre Biodiversidade

Um dos debates dos quais a Natura Cosméticos (conforme definida no item 7.1 deste Formulário de Referência) participou com o governo brasileiro, há mais de uma década, é a legislação sobre o acesso à biodiversidade e ao conhecimento tradicional a ela associado. Ao lado de uma série de outras empresas de diversos setores, especialistas e entidades da sociedade civil, defendeu a criação de um novo marco legal para acesso à biodiversidade e repartição de benefícios, que

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7.5 - Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

promovesse a pesquisa e o maior uso dos insumos da sociobiodiversidade brasileira, combinando inovação e uso sustentável desses recursos.

O ponto mais crítico da norma anterior, que vigeu até novembro de 2015, era a exigência de autorização prévia do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGEN, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, para que a empresa pudesse realizar pesquisa com espécies da biodiversidade brasileira. Essa restrição prejudicava a liberdade de pesquisa e a livre iniciativa garantidas pela Constituição Federal, além de criar burocracia incompatível com a realidade dos negócios, uma vez que as autorizações podiam demorar muito (tivemos casos em que a concessão da autorização levou três anos).

Nesse sentido, a Natura Cosméticos propôs algumas demandas judiciais buscando obter a declaração de que a autorização prévia para acesso ao patrimônio genético é inconstitucional. A empresa obteve alguns resultados positivos nessas ações judiciais, em primeira e segunda instância, bem como em tribunal superior (no caso, o Superior Tribunal de Justiça).

Outra disposição fundamental relacionada ao acesso a componente do patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado, prevista na Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB, é a divisão justa e equitativa dos benefícios derivados do uso de recursos genéticos, refletidas na nossa Política de Uso Sustentável da SocioBiodiversidade.

O processo de elaboração do novo marco legal avançou especialmente nos anos de 2012 a 2015, tendo sido substituído por um marco legal moderno, que busca mais eficiência, promove o uso sustentável da biodiversidade brasileira e respectiva repartição de benefícios, em prol do país, de suas empresas, universidades e comunidades tradicionais ou povos indígenas, originário da Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015, conforme alterada, que entrou em vigor no final de 2015, não mais exigindo autorização prévia do CGEN para acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado, bastando apenas o cadastro do acesso no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado - ("SisGen"), implementado e disponibilizado desde 6 de novembro de 2017 pelo Ministério de Meio Ambiente.

Ainda sobre o tema ambiental, fazemos parte da comissão da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos - ABIHPEC, que participou da construção do acordo setorial que atende aos requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, em vigor desde 2010. A PNRS prevê metas relacionadas à disposição e coleta de resíduos sólidos e possibilita sua execução por meio de Acordos Setoriais. Nesse sentido, o setor de embalagens apresentou ao Ministério do Meio Ambiente em dezembro de 2013 uma proposta de Acordo Setorial, fruto do trabalho de várias entidades representativas desse setor. A proposta foi disponibilizada para consulta pública entre setembro e novembro de 2014 e, após o recebimento das contribuições, foi encaminhada para aprovação do Ministério do Meio Ambiente - MMA e assinada pelas partes em novembro de 2015, estando a 1ª fase do referido Acordo atualmente em vigor e a 2ª fase do Acordo em discussão junto ao MMA.

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

As leis sobre privacidade e proteção de dados têm evoluído nos últimos anos, de modo a estabelecer regras mais objetivas sobre como os dados pessoais (informações passíveis de identificar uma pessoa natural) podem ser utilizados pelas organizações.

Os direitos à intimidade e à vida privada são genericamente assegurados pela Constituição Federal e pelo Código Civil, mas, na ausência de regras mais específicas sobre o tema, a legitimdiade das

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práticas envolvendo os usos de dados pessoais foi, historicamente, avaliada de forma casuística pelo Judiciário. O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) na década de 90 procurou trazer contornos mais objetivos para a abertura de bancos de dados de consumidores e cadastro de maus pagadores. O Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965), aprovado em 2014, também teve como objetivo regular o uso e tratamento de dados coletados por meio da internet.

Assim, até agosto de 2018, quando foi aprovada a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/18 - "LGPD"), as práticas relacionadas ao uso de dados pessoais eram reguladas por algumas normas esparsas e setoriais apenas. A LGPD, que ainda entrará em vigor, trouxe um sistema de regras novo com relação ao tratamento de dados pessoais, mais completo e de aplicação transversal, afetando todos os setores da economia incluindo as empresas que tratam um maior volume de dados pessoais, como é o nosso caso, considerando que coletamos uma série de dados pessoais tais como dados dos nossos empregados, dos empregados das nossas subsidiárias e dos nossos clientes, seja por meio de lojas físicas e ou de cadastros na loja online, para exercemos nossas atividades.

Referida lei tem como objetivo criar um ambiente de maior controle dos indivíduos sobre os seus dados e de maiores responsabilidades para as organizações que tratam tais informações, trazendo novas obrigações a serem observadas por nós. Sobre o tema, a Lei nº 13.853/19, que converteu a Medida Provisória nº 869/18 em lei, criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (cuja composição ainda se encontra sob discussão), que será a entidade responsável por regulamentar e fiscalizar a aplicação da LGPD e demais questões relacionadas a proteção de dados.

  1. política ambiental do emissor e custos incorridos para o cumprimento da regulação ambiental e, se for o caso, de outras práticas ambientais, inclusive a adesão a padrões internacionais de proteção ambiental

Política Ambiental

Apesar de não possuir, na data deste Formulário de Referência, uma política ambiental formalmente aprovada, estamos comprometidos com temas como mudanças climáticas, sociobiodiversidade, gestão de resíduos, energia e água. Cada vez mais, pretendemos trabalhar para reduzir os impactos com protagonismo e inovação em todos esses eixos.

Buscamos aliar os nossos ganhos econômicos aos socioambientais. Projetos estratégicos de mitigação se tornarão atividades formais, como o Programa Carbono Neutro, que prioriza a redução das emissões diretas e indiretas em toda a cadeia produtiva, além da compensação de 100% das emissões não evitadas com projetos que tenham benefícios socioambientais.

Adotamos políticas de mapeamento dos principais riscos que contribui para a manutenção dos certificados baseados nas normas ISO 9001, de Sistema de Gestão da Qualidade e ISO 14001, de Sistema de Gestão Ambiental.

Alguns dos mapeamentos são: emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDO) e de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, consumo de energia dentro e fora da organização, total de retirada de água por fonte, descarte de água (discriminado por qualidade e destinação) e corpos d'água afetados por descargas e/ou drenagem de água, unidades operacionais dentro ou nas adjacências de áreas protegidas ou com alto índice de biodiversidade, espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats situados em áreas afetadas por operações da organização.

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7.5 - Efeitos Relevantes da Regulação Estatal Nas Atividades

Custos incorridos para o cumprimento da regulação ambiental

Na data deste Formulário de Referência, não incorremos em custos relativos ao cumprimento da regulação ambiental, mas esse tipo de custo foi incorrido pelas nossas controladas. Descrevemos abaixo as sanções aplicáveis em caso de descumprimento de normas relacionadas a matéria ambiental.

  1. dependência de patentes, marcas, licenças, concessões, franquias, contratos de royalties relevantes para o desenvolvimento das atividades

A Companhia não depende de nenhuma patente, marca, licença, concessão, franquia, contrato de royalties relevantes para o desenvolvimento de suas atividades.

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7.6 - Receitas Relevantes Provenientes do Exterior

7.6 - Receitas relevantes provenientes do exterior

  1. receita proveniente dos clientes atribuídos ao país sede da Companhia e sua participação na receita líquida total da Companhia

Não divulgamos a abertura da receita líquida proveniente dos clientes atribuídos ao Brasil. No entanto, no item (c) abaixo indicamos a receita líquida por região.

  1. receita proveniente dos clientes atribuídos a cada país estrangeiro e sua participação na receita líquida total da Companhia

Não divulgamos a abertura da receita líquida proveniente dos clientes atribuídos a cada país estrangeiro. No entanto, no item (c) abaixo indicamos a receita líquida por região.

  1. receita total proveniente de países estrangeiros e sua participação na receita líquida total da Companhia

Nossa Companhia está presente em aproximadamente 101 países, cuja receita líquida está apresentada por região no quadro abaixo:

Receita

AV

Receita

AV

Receita

AV

líquida

líquida

líquida

2019

2019

2018

2018

2017

2017

Ásia

782.940

5,4%

666.154

5,0%

316.475

3,2%

América do Norte

1.750.957

12,1%

919.826

6,9%

857.361

8,7%

América do Sul

8.340.025

57,7%

8.534.263

63,7%

7.308.229

74,2%

Brasil

6.324.227

43,8%

6.082.896

45,4%

5.624.295

57,1%

Outros

2.015.798

14,0%

2.451.367

18,3%

1.683.934

17,1%

Europa

2.909.968

20,2%

2.660.243

19,9%

1.000.843

10,2%

Reino Unido

2.115.385

14,7%

1.877.475

14,0%

664.858

6,7%

Outros

794.583

5,5%

782.768

5,9%

335.985

3,4%

Oceania

660.800

4,6%

616.933

4,6%

369.800

3,8%

Consolidado

14.444.690

100,0%

13.397.419

100,0%

9.852.708

100,0%

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7.7 - Efeitos da Regulação Estrangeira Nas Atividades

7.7 - Efeitos da regulação estrangeira nas atividades

Em função de a nossa Companhia ser um emissor de ADSs na New York Stock Exchange (NYSE), estamos sujeitos a uma série de normas específicas aplicáveis ao mercado de valores mobiliários norte-americano.

Além disso, possuímos subsidiárias e operações no exterior, as quais atendem à legislação de suas respectivas jurisdições, como, por exemplo, normas locais de natureza concorrencial, societária e anticorrupção, bem como, no que diz respeito à regulação da indústria e venda de cosméticos. Entretanto, entendemos que as regulações a que tais subsidiárias se sujeitam no âmbito das respectivas jurisdições possuem efeitos gerais relevantes sobre os nossos negócios e operações atuais.

Não obstante, incluímos abaixo alguns exemplos relacionados a quais regulações nossas principais subsidiárias e operações no exterior estão sujeitas.

The Body Shop

A The Body Shop distribui produtos em aproximadamente 73 países no mundo todo. A The Body Shop e suas franquias terceirizadas estão sujeitas à legislação e às regulamentações aplicáveis a varejistas de cosméticos, inclusive no que diz respeito às leis de concorrência, do consumidor, de propriedade intelectual, ambientais e de saúde e segurança no local de trabalho. A The Body Shop nomeia fabricantes terceirizados para assumir as atividades de fabricação em seu nome em diversos locais e não opera nenhuma fábrica por conta própria.

Em diversos países em que os produtos são distribuídos, as companhias The Body Shop precisam enviar notificações pré-comercialização para obter os devidos registros ou licenças antes que um produto seja vendido ou lançado no mercado. Tais notificações, registros e licenças são controlados pela equipe regulatória, embora a legislação local fora da União Europeia exija que uma entidade incorporada naquela jurisdição faça tal inscrição, caso em que a The Body Shop permite que as franquias terceirizadas o façam.

O regime regulatório da União Europeia exige que todos os produtos comercializados no varejo estejam sujeitos à Diretiva Geral de Segurança dos Produtos (General Product Safety Directive) (GPSD) 2001/95/CE. Essas regulamentações impõem sobre o produtor/importador/distribuidor a obrigação de fornecer somente produtos que sejam seguros com base na utilização normal ou razoavelmente prevista. A legislação principal e detalhada especialmente aplicável aos cosméticos na UE é o Regulamento para Produtos Cosméticos (CE) N° 1223/2009. Esta legislação abrange todos os aspectos que incluem o alto padrão de fabricação, testes rigorosos de segurança e exigências detalhadas de rotulagem, para garantir a venda somente de produtos cosméticos seguros.

A The Body Shop também vende alguns Produtos de Fragrância para Casa, cobertos pelo regulamento de Classificação, Rotulagem e Embalagem (CLP) (CE) Nº 1272/2008. O regulamento abrange muitas áreas, que incluem classificações de substâncias químicas, exigências de rotulagem e formato/conteúdo de Fichas Técnicas de Segurança (SDS).

A The Body Shop não fabrica produtos atualmente; entretanto, somos responsáveis pela conformidade com o regulamento REACH (Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Substâncias Químicas) da União Europeia (CE) nº 1.272/2008 e o rastreamento de substâncias de todos os produtos importados para a UE.

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7.7 - Efeitos da Regulação Estrangeira Nas Atividades

Aesop

As operações da Aesop estão sujeitas aos mesmos tipos de leis e regulamentos de qualquer outro varejista ou fabricante de cosméticos (por exemplo, leis de concorrência e do consumidor, leis ambientais, leis de propriedade intelectual e leis de saúde e segurança no trabalho). Como a Aesop exporta produtos cosméticos, precisa obedecer a todos os regulamentos relevantes a cosméticos para vendê-los em mercados variados, e tais regulamentos incluem (sem limitação) o Regulamento (CE) n° 1223/2009 para produtos cosméticos (Europa), a Diretiva para Cosméticos ASEAN (Sul da Ásia) e a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos (Federal Food, Drug & Cosmetic Act) (Estados Unidos).

Como fabricante de produtos na Austrália, alguns produtos (principalmente aqueles com FPS) são considerados "produtos terapêuticos" e, portanto, são regulamentados sob a Lei de Produtos de Ação Terapêutica (Therapeutic Goods Act) de 1989 (Cth), o que exige a sua inclusão no Registro de Produtos Terapêuticos da Austrália.

Como importadora de matérias-primas para a fabricação de produtos, a Aesop é registrada no Esquema Nacional de Notificação e Avaliação de Produtos Químicos Industriais (National Industrial Chemical Notification and Assessment Scheme) (NICNAS) (conforme exigência da Lei de Produtos Químicos Industriais (Notificação e Avaliação) (Industrial Chemicals (Notification and Assessment) Act) de 1989 (Cth)). Todas as substâncias químicas usadas devem ser relacionadas no Inventário de Substâncias Químicas da Austrália (Australian Inventory of Chemical Substances) (AICS) e, para algumas delas, pode haver outras exigências de declaração e importação/uso.

Além disso, a Aesop também deve assegurar que seus fabricantes terceirizados atendam aos padrões GMP (Boas Práticas de Fabricação) para comercializar produtos acabados da Aesop em diversos mercados no mundo.

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7.8 - Políticas Socioambientais

7.8 - Políticas socioambientais

a. divulgação de informações socioambientais

Divulgamos regularmente as seguintes informações socioambientais:

    • Relatório anual: apresentamos anualmente o nosso Relatório Anual de Sustentabilidade, que consideramos a divulgação unificada dos nossos resultados econômicos, sociais e ambientais.
    • Relatório de administração: reúne os principais dados de desempenho do ano.
    • Comunicados trimestrais: publicação ao mercado a cada trimestre, obrigatória para as empresas de capital aberto, replica a mesma abordagem integrada, informando o nosso desempenho nos aspectos econômicos e socioambientais. Também são divulgadas informações qualitativas quanto ao resultado de projetos estruturantes e da inovação em produtos que contribuam para o nosso diferencial.
    • Visão de Sustentabilidade 2050: possuímos as diretrizes da Visão de Sustentabilidade 2050, refletidas em diversas ações, dentre as quais merecem destaque a "Visão de Valor", o "O Mundo É Mais Bonito Com Você" e o "Programa Natura Carbono Neutro", além da utilização de indicadores socioambientais. Para mais informações, ver o item 7.9 deste Formulário de Referência.
    • Visão de Sustentabilidade 2030: em junho de 2020, anunciamos a Visão de Sustentabilidade 2030, o "Compromisso com a Vida", que estabelece compromissos e ações para abordar questões como: enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia, garantir igualdade e inclusão e mudar nossos negócios para circularidade e regeneração, conforme descrito no item 7.9 deste Formulário de Referência.
  1. a metodologia seguida na elaboração dessas informações

A elaboração do nosso Relatório Anual segue o padrão GRI (Global Reporting Initiative) Standard.

  1. se as informações socioambientais são auditadas ou revisadas por entidade independente

Todas as informações acima seguem as informações divulgadas nas nossas demonstrações financeiras, que foram auditadas pela KPMG desde a constituição da Companhia e que passarão a ser auditadas pela PricewaterhouseCooperfield a partir de 2020. Adicionalmente, o nosso inventário de gases do efeito estufa e nosso inventário de resíduos de 2019 foram assegurados pela KPMG.

A certificação B Corp, obtida pelas nossas subsidiárias, Natura Cosméticos e The Body Shop, é aprovada por organização independente (B Lab).

  1. as páginas na rede mundial de computadores onde podem ser encontradas as informações socioambientais

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7.8 - Políticas Socioambientais

https://ri.naturaeco.com/pt-br/

https://naturaeco.com/pt/

http://www.natura.com.br/

https://www.natura.com.br/mundo-mais-bonito-com-voce

https://static.rede.natura.net/html/home/2020/br_05/anatura/relatorio_anual_natura_2019.pdf

http://www.natura.com.br/sustentabilidade

https://bcorporation.net/

https://www.natura.com.br/relatorio-anual

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7.9 - Outras Informações Relevantes

7.9 - Outras informações relevantes

Na nossa Companhia, estamos o tempo todo nos desafiando a responder às necessidades do presente sem deixar de vislumbrar o longo prazo. Após dois anos de avanços do plano para revitalização do nosso modelo de negócios, com uma proposta de valor mais atrativa para nossas consultoras, presença multicanal e retomada do crescimento, o ano de 2019 teve como foco nossa preparação para a jornada de transformação que enxergamos para o futuro. A sustentabilidade, mais do que impulsionar a inovação, é uma alavanca de geração de valor para a nossa Companhia e isso se torna cada vez mais explícito em nosso direcionamento estratégico, em nossas marcas e categorias, em linha com a nossa visão.

Visão de Sustentabilidade

Lançada em 2014, a Visão de Sustentabilidade 2050 conectou-se de tal maneira à nossa estratégia que influenciou a visão corporativa da Natura &Co que, mais do que um plano de sustentabilidade, representa um compromisso de todo o negócio com o impacto positivo. Queremos que nossa atuação possa contribuir para proteger e regenerar todo o ecossistema ao qual pertencemos. O primeiro marco desse planejamento, as Ambições 2020, são um conjunto de metas em temas como biodiversidade, resíduos, emissões de carbono, água, diversidade, geração de renda, entre outros, cujo ciclo se encerrará no fim deste ano. Até 2019, o índice de atingimento desses compromissos chegou a 70%.

Vivenciamos desafios de negócio nesse período - reestruturamos a empresa para retomar nossos resultados em vendas, transformamos o modelo da venda direta para gerar mais valor para as consultoras e para a nossa Companhia e nos tornamos uma empresa omnicanal, oferecendo aos consumidores uma experiência de marca completa. Também acumulamos aprendizados. Alguns compromissos, para serem alcançados, dependem do engajamento da sociedade e de mudanças de comportamento sistêmicas ou do desenvolvimento de novas tecnologias. Organizamos os temas materiais em três causas (Amazônia Viva, Mais Beleza, Menos Lixo e Cada Pessoa Importa), que nos guiam não só em nossos compromissos, mas na forma como engajamos nossa rede para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Temos uma jornada importante pela frente. Somando as forças com Avon, The Body Shop e Aesop, ampliaremos nossa capacidade de promover e compartilhar valor. A Natura &Co é um grupo global que reúne marcas icônicas baseadas na mesma crença de que existe um jeito melhor de fazer negócios: não queremos ser apenas o maior grupo de beleza do mundo, queremos ser o melhor para o mundo.

Mantemos diferentes processos para dialogar e engajar nossos principais públicos de relacionamento. Periodicamente, também envolvemos os stakeholders na definição dos temas prioritários que devem fazer parte da gestão integrada do negócio. O processo mais recente foi conduzido em 2014 e ouviu colaboradores, consultoras, clientes, fornecedores, comunidades fornecedoras e representantes das comunidades do entorno, além da nossa liderança executiva e de alguns de nossos acionistas.

Após o cruzamento das percepções da rede de relações com as nossas ambições internas, foram evidenciados seis temas prioritários que ajudarão a nortear a nossa gestão e interação com os públicos estratégicos e a sociedade:

  • Valorização da sociobiodiversidade;
  • Mudanças climáticas;
  • Resíduos;
  • Água;
  • Transparência e origem de produtos; e
  • Educação.

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7.9 - Outras Informações Relevantes

Apresentamos abaixo a evolução de alguns de nossos indicadores quantitativos nos últimos quatro anos e nossas ambições 2020:

Indicador

Meta 2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

Emissão relativa de

2,15

(Reduzir

gases GEE (kg

em 33% as

3,18

3,14

3,2

3,17

3,17

3,00

CO2e/kg produto

emissões

faturado)

vs 2012)

% embalagens

40

19

22

21

20,3

26

29

ecoeficientes BR3

Volume de Negócios

acumulados na região

1000

17900

15100

1222

973

752

582

panamazônica (R$

milhões )4

Compra de insumos

30

17,7

17,8

18,1

19,1

12,2

13,3

amazônicos (%)

Arrecadação da linha

Crer para Ver (R$MM) -

41

37,7

44,2

22,9

23,7

19,7

18,8

Brasil5

Índice de mulheres na

liderança (nível diretoria

50%

41,0%

38,2%

32,6%

29%

25%

26%

e acima)

1O indicador considera o % de materiais de embalagens que provêm de reciclagem pós-consumo em relação ao total de massa de embalagem faturada.

2O indicador considera o % de materiais de embalagens que possuem potencial para reciclagem em relação ao total de massa de embalagem faturada.

3Indicador de embalagens ecoeficientes são aquelas que apresentam redução de no mínimo 50% de peso em relação a embalagem regular/similar; ou que apresentam 50% de sua composição com MRPC e/ou material renovável desde que não apresentam aumento de massa.

4Valores acumulados desde 2011.

5Refere-se ao lucro antes do desconto do imposto de renda (IR) destinado ao Fundo da linha Crer para Ver.

Acreditamos que apenas com colaboração e cooperação será possível gerar mudanças sistêmicas. Por isso aderimos a movimentos e compromissos voluntários que possam potencializar nossas ações. Além de reduzir os impactos socioambientais da nossa operação e da nossa cadeia de valor, buscamos usar nossa reputação e nossas marcas para disseminar esses compromissos e engajar mais pessoas e organizações nesse debate essencial para garantir a continuidade da vida na Terra. Durante a Cúpula do Clima de 2019, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, assinamos junto com outras corporações o compromisso de contribuir para limitar em 1,5ºC o aumento do aquecimento global, em relação aos níveis pré-industriais. Também estamos desenvolvendo mecanismos para avançar em nossa divulgação sobre os riscos financeiros relacionados ao clima, conforme o TCFD (Task Force on Climate Finance Disclosures). Queremos demonstrar ao mercado os efeitos dessas questões em nosso negócio e no de outras empresas. Somos certificados como Empresa B, iniciativa do movimento B Corp (Sistema B para a América Latina) que reconhece as organizações que dão igual peso aos resultados econômicos e

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socioambientais. Recentemente a The Body Shop passou a fazer parte desse mesmo grupo. Desde 2018, somos signatários do compromisso global New Plastic Economy, iniciativa da Fundação Ellen MacArthur para adoção dos princípios da economia circular na cadeia do plástico. Em 2019, ao lado de outros atores, lançamos o movimento Amazônia Possível, que se propõem a discutir soluções efetivas para conservar a Amazônia e combater o desmatamento ilegal. Todas essas ações se conectam, ainda, à Agenda 2030 proposta pela ONU com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que estabelece os principais desafios para a próxima década. Na Natura, nossas ambições pretendem envolver todos os objetivos de forma consistente, com metas claras e mensuráveis

Novo Posicionamento da Marca

Em 2019, lançamos nosso novo posicionamento institucional: "O Mundo É Mais Bonito Com Você". A campanha é um convite para que as pessoas sejam agentes de transformação da sociedade, baseada nas nossas três causas: Amazônia Viva, Mais Beleza Menos Lixo e Cada Pessoa Importa. O movimento ainda reforça o nosso jeito de fazer produtos, que se baseia em seis compromissos: cuidado com a origem, ingredientes seguros, contra teste em animais, fórmulas naturais, embalagens ecológicas e carbono neutro. O novo posicionamento da nossa marca inaugurou uma era de transformação da nossa Companhia, cada vez mais digital e engajada, preparada para oferecer novos serviços e produtos, sempre com inovação de ponta. O ano de 2019 também foi símbolo do início de um novo ciclo de expansão internacional - chegamos à Ásia com a nossa primeira operação multicanal na Malásia.

Mudanças Climáticas

Os nossos esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas foram reconhecidos na premiação mais importante do mundo sobre o tema, concedida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Fomos premiados na categoria Climate Neutral Now, do 2019 UN Global Climate Action Award. Trata-se de um reconhecimento público e com alcance global de nossas iniciativas para reduzir e compensar as emissões de carbono decorrentes de nossas atividades, sintetizadas pelo Programa Natura Carbono Neutro, que mantemos desde 2007. Nosso protagonismo nesse tema nos fez a única companhia brasileira a figurar na lista das 15 iniciativas vencedoras. Foram, ao todo, 670 projetos inscritos. A divulgação dos vencedores foi realizada em setembro, na Semana do Clima de Nova York, evento da ONU. A entrega do troféu ocorreu na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 25), no mês de dezembro, em Madrid (Espanha).

Conscientes de nossa responsabilidade em relação a questões como mudanças climáticas e emissões de gases do efeito estufa (GEE), mantemos, desde 2007 o Programa Natura Carbono Neutro, que visa a reduzir os impactos das emissões de nossa operação, em todas as etapas. Desde a extração de matérias-primas, passando pelos nossos processos e os de nossa cadeia produtiva até a destinação das embalagens dos produtos pós-consumo, aliando ganhos econômicos e socioambientais.

O Programa Natura Carbono Neutro está estruturado em três frentes: mensuração das emissões, redução e compensação. Anualmente, por meio de inventário auditado, monitoramos a quantidade de gases de efeito estufa lançados na atmosfera.

O papel que desempenhamos no bioma amazônico também se integra ao combate das mudanças climáticas. Por meio do programa de compensação, buscamos apoiar projetos que ajudam a conservar a floresta. Mantemos, ainda, uma plataforma que compartilha com outras empresas os aprendizados para a neutralização das emissões e incentiva a adoção de uma economia de baixo carbono. Sabemos que é possível ampliar a efetividade das nossas ações se estivermos ao lado

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de parceiros com o mesmo objetivo. Nossa cadeia de fornecedores e empresas de vários setores serão fundamentais para desenvolvermos tecnologias inovadoras que ainda precisam ser criadas e disponibilizadas. Entre os nossos desafios estão a busca de alternativas relacionadas à distribuição dos produtos - demanda que cresce à medida que nos tornamos uma empresa cada vez mais global - e a nossa ambição de ser uma empresa geradora de impacto positivo. Queremos que o nosso modelo de negócio contribua para reduzir e até mesmo sequestrar carbono da atmosfera. Essa é a próxima fronteira a ser enfrentada.

A nossa Companhia também foi apontada pelo Carbon Disclosure Project (CDP) como uma das líderes globais por suas ações e estratégias para reduzir as emissões e gerenciar os riscos climáticos em sua cadeia de suprimentos. Recebemos nota A no Índice de Engajamento com Fornecedores, pontuação alcançada por apenas 3% das 4,8 mil companhias analisadas.

Em 2019, nossos esforços de eficiência permitiram a redução de 2% das emissões absolutas de gases de efeito estufa. O indicador relativo, que considera o volume de emissão por quilo de produto faturado, teve menor eficiência versus o ano anterior, com aumento de 1%. A partir de um esforço conjunto de diversas áreas da empresa, implementamos ações como portfólio de produtos de menor impacto, redução da exportação via transporte aéreo, maior eficiência na logística e diminuição dos materiais de comunicação impressos. Seguimos com o desafio de buscar novas oportunidades e o desenvolvimento de tecnologias. Considerando a performance em relação a 2012, ano-base do compromisso de redução de 33% em 2020, o resultado de 2019 é de redução de 1,2%. Também seguimos empenhados em busca de novas soluções que impliquem a redução de gases GEE em toda a nossa cadeia de valor.

Dentro da estratégia de compensação escolhemos investir em projetos que também tragam benefícios ambientais e sociais. São projetos de conservação da biodiversidade, reflorestamento, substituição de combustíveis fósseis e eficiência energética. Para incentivar outras empresas a atuar da mesma forma, lançamos, em 2017, a Plataforma Compromisso pelo Clima. A iniciativa conecta empresas a projetos criteriosamente selecionados, criando um portfólio de iniciativas socioambientais geradoras de créditos de carbono. A plataforma teve início a partir da parceria com o Instituto Ekos Brasil e com o Itaú Unibanco. Entre 2018 e 2019, aderiram à iniciativa Lojas Renner, MRV Engenharia e B3. A participação da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) é um importante reforço para disseminar o tema para as demais companhias de capital aberto. As integrantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e do Índice Carbono Eficiente (ICO2), ambos da B3, também têm desconto na taxa de adesão.

O programa também chama a atenção das empresas para uma gestão completa, que inclui mapear todas as fontes de emissão, fazer o esforço de redução e, por fim, compensar aquelas emissões que não podem ser evitadas. Em 2019, lançamos o segundo edital para captação de projetos, disponibilizando mais cinco opções de iniciativas para compensação de carbono. No total, 22 projetos se inscreveram para participar da seleção. Como melhoria do processo, incluímos a avaliação jurídica dos projetos aprovados, disponibilizando uma avaliação de risco de cada um e, com isso, tornamos a análise mais completa para a tomada de decisão das empresas participantes da plataforma. Saiba mais em: http://compromisso.ekos.social/

A cada R$1 investido pelo Programa Natura Carbono Neutro, são gerados R$31 em cobenefícios sociais e ambientais. A metodologia é baseada no Retorno Social sobre o Investimento (SROI, na sigla em inglês), que mensura em valores monetários como as mudanças geradas pelos projetos impactam a vida das comunidades. Considera aspectos de saúde humana, desenvolvimento comunitário, serviços ecossistêmicos e mudanças climáticas. Para cada tema avaliado foi realizado o mapeamento dos impactos causados, identificando e quantificando as mudanças geradas. De

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2007 a 2019, mais de 3,6 milhões de tCO2 equivalente compensadas geraram mais de R$1,6 bilhão1 em cobenefícios.

Gestão de Resíduos

A partir de uma perspectiva de ciclo de vida, que engloba toda a cadeia de valor, realizamos desde 2004 nosso inventário de geração de resíduos, que acompanha os resultados das três principais fases da cadeia: processos fabris (internos e terceiros), distribuição e uso e descarte pelos consumidores.

Outra Ambição 2020 da nossa Companhia estabelece que a empresa colete e destine para a reciclagem 50% dos resíduos (em toneladas equivalentes) decorrentes de nossas embalagens no Brasil. Para alcançá-la, apostamos em duas frentes de trabalho: o Programa Natura Elos, iniciativa de responsabilidade compartilhada entre a nossa Companhia e nossos fornecedores de embalagens (fabricantes, cooperativas e recicladores), e o Programa Dê a Mão para o Futuro, organizado pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), com a participação da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza) e Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães

  • Bolos Industrializados). O Programa Natura Elos realiza, desde 2017, a estruturação de cadeias de logística reversa para o abastecimento de materiais reciclados para a fabricação de nossas embalagens e materiais de apoio. Por meio do envolvimento de fabricantes de embalagem, recicladores e cooperativas de catadores, garantimos a logística reversa com rastreabilidade e boas práticas em todos os elos da cadeia de abastecimento. Além de estruturar a cadeia de logística reversa, incentivamos a profissionalização de todos os elos das cadeias de reciclados, promovendo a formalização das relações e as boas práticas de gestão e operação em cooperativas, empresas intermediárias e indústrias de embalagens. Essas iniciativas causam impactos nos volumes de materiais recicláveis recuperados, o que gera impacto ambiental positivo, bem como benefício social ao incluir, gerar renda e condições dignas de trabalho aos catadores envolvidos nas cadeias de coleta e triagem de materiais.

Em 2019, utilizamos um total de 9,2 mil toneladas de material reciclado pós-consumo provenientes do programa. No ano, 11 cooperativas de catadores faziam parte da rede. Ainda como parte do programa, em outubro implementamos um projeto piloto com comunidades ribeirinhas das regiões do Médio Juruá (AM), que visa conscientizá-los sobre a coleta de resíduos plásticos e seu envio para a reciclagem, evitando que os materiais contaminem os rios da região. Outro piloto foi realizado com consultoras da região de Campinas (SP). Uma cooperativa de recicladores recolheu as embalagens usadas na casa das consultoras. Em 2020, trabalharemos ainda mais para sensibilizar consultoras de todo o Brasil, para que elas passem a recolher as embalagens de nossos produtos de seus clientes e as entreguem nos eventos presenciais organizados por nossa Força de Vendas. No varejo, as nossas lojas próprias já contam com recipientes para que os consumidores descartem suas embalagens. Para 2020, devemos firmar um acordo com um parceiro, que ficará responsável pela coleta desses volumes e pelo encaminhamento à reciclagem. Já o Programa Dê a Mão para o Futuro reciclou um volume 10,5% superior à meta estabelecida para 2019. Com as duas iniciativas, encaminhamos para reciclagem 47% dos resíduos equivalentes gerados por nossas embalagens no país.

O ano de 2019 também marcou o engajamento das operações da América Latina em torno da causa Mais Beleza, Menos Lixo, que estabeleceu metas públicas de reciclagem de resíduos. O compromisso responde de forma proativa às legislações recém-aprovadas ou em via de ser chanceladas pelas autoridades locais. Todos os países das nossas operações diretas (Argentina,

  • Valor calculado para o período entre 2007 e 2019.

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Chile, Colômbia, Peru e México) possuem saída para o mar e alguns já começam a ter as atividades pesqueiras e de turismo impactadas negativamente em função dos volumes de plástico que chegam aos oceanos. No consolidado dos cinco países, a meta prevê destinar à reciclagem 16% dos resíduos (em volume equivalente) gerados pelas embalagens dos nossos produtos. Cada país estabeleceu a meta de 15% - a exceção foi o Chile, cuja meta é maior, de 20%. A estratégia adotada considerou índices maiores que o estabelecido pelas legislações locais, além de prever o aumento progressivo nos próximos anos.

Zero Resíduo

Tendo como ponto de partida a Visão de Sustentabilidade da nossa Companhia e a causa Mais Beleza, Menos Lixo, um movimento inédito de conexões de redes aconteceu para que fosse possível criar o maior desafio global de inovação aberta já realizado por nós. Com a missão de encontrar soluções que combatessem a geração de resíduos e a poluição causada pelo plástico, os programas Natura Startups e Natura Campus se uniram para criar o Natura Innovation Challenge - Zero Waste Packaging. Por meio dos dois programas e com o apoio de um parceiro especialista em inovação aberta, foi possível conectar todas as nossas equipes de inovação em busca de um olhar transversal de possíveis caminhos de solução, além de ativar as redes externas de inovação em todos os continentes. Lançado em outubro, empreendedores, startups, instituições de pesquisa, universidades e empresas foram convidados a apresentar soluções com novos materiais renováveis ou biodegradáveis e inovações em modelos logísticos, de serviços ou comerciais. Mais de seis milhões de pessoas em 28 países foram impactadas pelas comunicações sobre o desafio, na imprensa e nas redes sociais, que buscavam não só encontrar propostas inovadoras, mas também ampliar o debate sobre o tema de resíduos e poluição. Com este trabalho, mais de 570 soluções vindas de 37 países foram analisadas, sendo que aquelas com potencial mais inovador e alinhadas aos nossos objetivos estratégicos foram convidadas a se apresentarem ao vivo para uma banca executiva da nossa Companhia em um Pitch Day organizado em março de 2020 e aberto a todos os nossos colaboradores. Na ocasião, empreendedores brasileiros e internacionais tiveram suas soluções avaliadas e aquelas selecionadas pela banca seguirão para a etapa de provas de conceito, que visam checar sua viabilidade para posterior estabelecimento de parceria com os empreendedores. Além disso, os responsáveis por mais de 50 propostas não classificadas para a fase final, mas que foram identificadas como de potencial interesse pela nossa Companhia, também serão acionados para futuras conexões e potenciais parcerias utilizando os processos de inovação já estabelecidos. Todas as soluções analisadas, que contemplam startups, empresas, institutos de pesquisa, universidades, especialistas, além de pessoas independentes, incluindo nossos colaboradores e consultoras, receberam feedback sobre a análise realizada pelos times de inovação e pelo parceiro especialista. Vale ressaltar que o Natura Innovation Challenge foi um marco para a inovação aberta da nossa Companhia, não só por conectar e convidar redes de inovação ao redor de todo o mundo, mas por fortalecer o movimento de transformação organizacional interno, em que times multidisciplinares se conectam com foco em um propósito único, a partir de modelos de trabalho mais ágeis, descomplicados, abertos e coordenados.

Sociobiodiversidade Amazônica

Nossas ações na região pan-amazônica ganham vida a partir das três frentes do Programa Natura Amazônia: ciência, tecnologia e inovação; cadeias produtivas da sociobiodiversidade; e fortalecimento institucional. Assim, atuamos de maneira coordenada, respeitando os ciclos da natureza e contribuindo para a manutenção da floresta em pé e para o fortalecimento das nossas comunidades parceiras. Nossa estratégia envolve pesquisa científica, tecnologia e inovação, rastreabilidade de 100% das nossas cadeias de fornecimento dos ativos vindos das comunidades, geração de renda e valorização do modo de vida e dos conhecimentos e práticas dos povos da floresta.

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Em 2019, inauguramos uma biorrefinaria piloto no Núcleo de Inovação Natura Amazônia (NINA), localizado no Ecoparque, em Benevides (PA). A inauguração coincide com os 15 anos do nosso trabalho de inovação na Amazônia, que tem como premissa alavancar a área de pesquisa e desenvolvimento na região e, ao mesmo tempo, contribuir para manter a floresta em pé e promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Desde 2014, quando inauguramos o Ecoparque, contávamos com uma planta piloto para a pesquisa de óleos amazônicos. Com novos equipamentos (reatores, diferentes sistemas de secagem e separação), o espaço de 280 m2 ganhou o status de biorrefinaria e ampliou sua atuação, passando a pesquisar óleos, extratos e óleos essenciais que podem ser inseridos futuramente em todas as nossas linhas de produtos. O foco dessa etapa do ciclo de inovação é avaliar os resultados potenciais para a pele ou cabelo do ativo da biodiversidade pesquisado e a viabilidade técnica e econômica de utilizá-lo em nosso portfólio. Vale lembrar que seguimos as premissas da química verde, buscando empregar formulações cada vez mais naturais, com 100% de segurança e cuidado com a origem. Até 2021, estruturaremos também um novo espaço no Ecoparque, um campo experimental para testar as melhores formas de cultivar espécies amazônicas que ainda não estão presentes em nossas formulações.

Em 2020, a linha Natura Ekos, marco do nosso relacionamento com as comunidades amazônicas fornecedoras de insumos da sociobiodiversidade, celebra 20 anos. Também já mantemos há quase uma década o Programa Natura Amazônia, desenhado em 2011 para que pudéssemos coordenar nossa atuação na região de modo ainda mais sistematizado, potencializando, assim, o compromisso da empresa em promover a economia baseada na floresta em pé, a agricultura sustentável e a valorização das populações locais, da cultura e do conhecimento tradicional. Não à toa, nossa relação com a Amazônia se consolidou como a primeira de nossas causas. Enquanto formatávamos o escopo da causa Amazônia Viva, assistíamos ao aumento dos níveis de desmatamento ilegal e das queimadas que atingiram vários estados da região Norte em 2019, o que nos deu a certeza sobre a urgência de nos posicionarmos de forma ainda mais explícita e ativa. Além da continuidade de nosso trabalho por meio do Programa Natura Amazônia, decidimos fortalecer as ações de sensibilização dos consumidores e aprofundar nossa participação nos debates públicos sobre o tema. O objetivo é contribuir para a conservação da região, e não apenas dos territórios em que interagimos com as comunidades fornecedoras e mantemos projetos de desenvolvimento socioeconômico e de conservação da biodiversidade. Em agosto, divulgamos o posicionamento oficial da empresa sobre os desmatamentos, alertando que o futuro de todos depende da conservação da floresta. No mês de setembro, realizamos, ao lado de outros atores, o evento "Um Diálogo para a Amazônia Possível", em Nova York (EUA), como parte da programação paralela à 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Outro número significativo é o valor total que geramos em volume de negócios para a região. Uma de nossas ambições estabeleceu a geração de R$ 1 bilhão entre 2011 e 2020. No fim de 2019, já havíamos superado essa meta em 79%, com o total chegando a quase R$ 1,8 bilhão um ano antes do fim do compromisso. Estamos agora perseguindo o desafio de garantir que 30% dos insumos utilizados pela nossa Companhia sejam provenientes da região, outra meta para 2020. O resultado acumulado correspondeu a 17,7% em 2019, em linha com o ano anterior, quando registramos 17,8%. O consumo absoluto de insumos da Amazônia, no entanto, aumentou 2% em relação a 2018 - houve crescimento tanto do consumo de palma quanto dos demais insumos da biodiversidade amazônica.

Nossa atuação e envolvimento com a Amazônia, em parceria com as comunidades fornecedoras, organizações não governamentais e a esfera pública, já contribuiu para a conservação de 1,8 milhão de hectares de floresta. A área equivale à metade da Holanda ou a 12 vezes a cidade de São Paulo. Esse volume considera as áreas em que desenvolvemos iniciativas do Programa Natura Amazônia que contribuem para manter a floresta em pé. Também passamos a considerar os dados atualizados anualmente pelo projeto Prodes-Inpe, do Instituto Nacional de Pesquisas

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Espaciais, que realiza o mapeamento via satélite das áreas de desmatamento na Amazônia Legal. Anteriormente, esse cálculo contabilizava apenas a área de fornecimento das comunidades, o que chegava a um total de 257 hectares conservados. Agora, também são contabilizadas três unidades de conservação: duas reservas de Desenvolvimento Sustentável (Uacari e Rio Iratapuru) e uma reserva extrativista (Médio Juruá).

Em 2019, conquistamos a recertificação da UEBT (União para o Biocomércio Ético) para a linha de produtos Natura Ekos. A primeira certificação ocorreu no ano anterior. O selo comprova a sustentabilidade da cadeia de fornecimento de todos os ingredientes naturais presentes em Ekos, incluindo os fornecidos pelas comunidades e por outros parceiros comerciais. Atesta, ainda, nosso compromisso com o comércio justo e ético, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico desses fornecedores. A recertificação considerou 81 cadeias de abastecimento de insumos da sociobiodiversidade, aumento de 17% em relação à primeira certificação.

Educação

Prestes a completar 10 anos, em 2020, o Instituto Natura revisou seu planejamento estratégico e reforçou seu objetivo de atuar na formulação de políticas públicas capazes de gerar as mudanças necessárias para que a qualidade da educação pública brasileira dê um salto. Ao aprofundar seu olhar sobre a estratégia, o Instituto estruturou sua atuação em quatro grandes compromissos: alfabetização na idade certa, qualidade da aprendizagem no Ensino Médio, articulação com a esfera pública e terceiro setor para impulsionar outras agendas da educação e incentivo à educação das Consultoras de Beleza Natura. Em 2019, foram realizados acordos de cooperação com cinco governos estaduais, referentes às parcerias para alfabetização em regime de colaboração. A iniciativa, um trabalho em conjunto com a Fundação Lemann e com a Associação Bem Comum, oferece suporte técnico para que os estados e municípios, de forma articulada, possam desenvolver e executar políticas para tratar dos desafios de forma coletiva. Também cresceu o número de instituições de ensino que implementaram escolas em tempo integral para estudantes do Ensino Médio nos estados apoiados pelo Instituto Natura, que passou de 1.207 para 1.533 em 2019. Nesta iniciativa, o Instituto atua como parceiro técnico dos governos estaduais, apoiando a formação, o monitoramento, o planejamento e a gestão financeira da iniciativa. Outros temas são igualmente essenciais para a melhoria da qualidade da educação, como a carreira docente, atuação na primeira infância e base curricular. O papel desenvolvido pelo Instituto Natura nessas questões se dá por meio do apoio ao trabalho de outras organizações sociais que possuem o conhecimento e a experiência para fazer essas agendas avançarem. É dessa maneira, conectados a uma potente rede de instituições e articulados com o poder público, que acreditamos ser possível realizar o sonho de uma educação de qualidade para todos.

O Instituto Natura é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que atua no Brasil na gestão e investimento dos recursos Crer Para Ver. Além disso, a organização apoia também a gestão de recursos oriundos das vendas dos produtos da linha nos demais países da América Latina, investidos localmente, respeitando as características de cada sociedade. A partir de 2020, o Instituto Natura irá ampliar sua atuação na Argentina, no Chile e no México. O objetivo é fortalecer ainda mais o apoio a esses países, à medida que avança a arrecadação de recursos e o engajamento das nossas consultoras com a causa. Cada país deve contar com uma figura jurídica própria, financiada com os recursos locais do Crer Para Ver, em modelo semelhante ao adotado no Brasil. Um Conselho de Administração global deverá definir o planejamento estratégico de forma a garantir o alinhamento de propósitos do Instituto Natura em todos os países. Em 2019, os países da América Latina nos quais operamos diretamente deram continuidade às iniciativas de apoio à transformação de escolas em Comunidades de Aprendizagem, uma proposta baseada em um conjunto de ações educativas de êxito para gerar transformação social e maior envolvimento de gestores, professores, alunos, familiares e comunidade nas escolas. No total, a região finalizou o

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ano com mais de 8 mil escolas envolvidas com a iniciativa, com destaque para a Argentina, com 5,3 mil, e para o Peru, com 2,2 mil. Além dessas, cerca de 500 escolas estão passando pelo processo de transformação para se tornar uma Comunidade de Aprendizagem. São instituições que envolvem a comunidade no cotidiano escolar, levam mais diálogo para a gestão escolar e adotam práticas como as tertúlias literárias e os grupos interativos para potencializar a aprendizagem e melhorar a convivência. Na Argentina e no Chile também tiveram início ações voltadas para a formação educacional das nossas consultoras e familiares.

Estruturado em uma linha especial de produtos não cosméticos, os itens de Crer Para Ver são comercializados pelas consultoras e pela nossa Companhia, e todo o lucro é destinado à causa da educação. A ação está presente no Brasil e nos demais países da América Latina em que operamos, e toda a arrecadação é investida localmente. Em 2019, atingimos um novo recorde no volume arrecadado, que chegou a R$ 53,8 milhões, considerando Brasil e demais países da América Latina. O engajamento das consultoras para a venda dos itens também cresceu, alcançando 35% de penetração no Brasil e 17,8% nas Operações da América Latina (percentual médio de consultoras que compraram pelo menos um produto de Crer Para Ver em cada ciclo de vendas).

A Conta dos Nossos Impactos

Para oferecer informações mais assertivas para o planejamento estratégico e orientar a tomada de decisão, trabalhamos para avançar nossas ferramentas de avaliação de impacto dos negócios. Nosso intuito é inovar as análises de desempenho e contribuir para a evolução dos padrões atuais, relacionando os resultados de negócios à geração de valor para a sociedade. A avaliação conjunta dos impactos ambiental, social e humano de nosso negócio é a próxima fronteira desse trabalho. Implementamos o EP&L (Environmental Profit and Loss) em 2016, e, entre 2018 e 2019, começamos a realizar o SP&L (Social Profit and Loss) - com nossas consultoras e comunidades fornecedoras. Em 2020, vamos aplicar a metodologia de monetização para os colaboradores. A seguir, devemos desenvolver o primeiro IP&L (Integrated Profit and Loss), que vai expressar em valor monetário a resultante das externalidades ambientais, sociais e humanas da companhia, visando integrar esses impactos ao modelo de negócios, para que as informações possam orientar as nossas decisões estratégicas.

Valorização Ambiental

Mensuramos os impactos ambientais das nossas atividades para a natureza por meio do Environmental Profit and Loss (EP&L, na sigla em inglês). Alinhada às melhores práticas do Protocolo de Capital Natural, contabilizamos em valores monetários as externalidades ou consequências finais dos impactos (ou benefícios) ambientais causados por nossa cadeia de valor

  • sociedade: consumo e poluição de água, emissão de gases de efeito estufa e outros poluentes atmosféricos, volume de resíduos sólidos gerados e uso da terra. Em 2019, nossas externalidades, ou seja, os impactos ambientais que geramos, representaram 6,8% de nossa receita líquida, uma variação negativa de 0,6 ponto percentual em relação a 2018. A variação se explica pela menor participação das categorias cabelo e sabonete, além da melhor performance da receita líquida em relação a 2018. Desde o primeiro cálculo, que considera dados de 2013, o ganho de eficiência acumulado na relação EP&L/Receita líquida é de 1,8 ponto percentual.

Impacto Social

Similar ao cálculo das externalidades ambientais, temos ampliado a valoração dos impactos sociais do nosso negócio. Em 2018, realizamos a primeira análise do SP&L (Social Profit and Loss) com as nossas consultoras e, em 2019, promovemos a avaliação com as comunidades fornecedoras.

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Com as consultoras, nos baseamos nos dados coletados a partir do monitoramento do Índice de Desenvolvimento Humano da Consultora, o IDH-Consultora (leia mais na página 139), de modo a contabilizar as contribuições geradas pelo nosso modelo de negócios na qualidade de vida delas. Tendo o valor do salário mínimo como base zero, a renda que excede essa quantia foi multiplicada por fatores de impacto, determinados em função do contexto social do Brasil, como desigualdade na distribuição de renda e nas condições de segurança, saúde e bem-estar da população. Para as comunidades fornecedoras, a metodologia considerou as iniciativas do Programa Natura Amazônia, que vão além da relação de fornecimento dos insumos da sociobiodiversidade. Envolvem, ainda, repartição de benefícios, investimentos em infraestrutura, treinamentos, apoio ao desenvolvimento dos territórios e fortalecimento de lideranças locais. Na prática, essas ações geram melhorias de manejo dos ativos, aumento da eficiência e da capacidade produtiva e apoio a projetos locais associados a outros cultivos da comunidade, como a atividade pesqueira. O Índice de Progresso Social (IPS), realizado pela Natura desde 2015 com empresas parceiras, também serviu de insumo à avaliação.

Mobilização contra a COVID-19

Diante da maior crise das últimas décadas, desencadeada pela disseminação do novo coronavírus ao redor do mundo nos primeiros meses de 2020, a Natura reafirmou seu compromisso com cada pessoa, bem como sua crença no poder da interdependência e da união, como solução para o enfrentamento da pandemia. Mesmo que esses acontecimentos estejam fora do período formalmente abordado por este relatório, não poderíamos deixar de considerar as mudanças drásticas que o avanço da COVID-19 tem causado em todo o mundo. Os efeitos ainda não são todos conhecidos, nem o tamanho do impacto sobre a sociedade, os negócios e as pessoas. No entanto, rapidamente a Natura e o grupo Natura &Co se mobilizaram para implementar ações que ajudassem a conter o contágio, assegurassem o cuidado com nossos públicos de relacionamento e minimizassem as perdas para o negócio e para a nossa rede - especialmente consultoras, colaboradores, fornecedores e comunidades. Esses compromissos foram logo explicitados para a sociedade. No dia 18 de março, divulgamos o posicionamento corporativo "Nossa união é a solução". No dia 31 de março, Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos, fundadores da Natura e co-presidentes do Conselho de Administração de Natura &Co, ao lado de Roberto Marques, presidente executivo do Conselho de Administração e principal executivo do grupo, assinaram o artigo intitulado "É tempo de cuidar", publicado no jornal O Estado de S. Paulo.

A seguir, apresentamos as principais iniciativas adotadas pela Natura e pelo grupo Natura &Co até o momento, mais informações sobre as ações realizadas em nosso site: www.natura.com.br/nossa- uniao-e-a-solucao.

Cuidar dos colaboradores: A Natura assegurou estabilidade de emprego para todos os seus colaboradores por 60 dias, até o fim de maio, de forma a cuidar das pessoas e contribuir para que elas possam continuar a exercer suas atividades de forma segura.

Para reduzir a circulação de pessoas em nossos espaços e, assim, contribuir para barrar o contágio pelo novo coronavírus, todos os colaboradores cujas atividades podem ser realizadas a distância foram orientados a fazer trabalho remoto. Para os nossos times operacionais, das fábricas e centros de distribuição, redobramos medidas de higienização e segurança. Quanto aos profissionais que atuam nas lojas próprias de cidades onde as autoridades locais não decretaram o fechamento de parte do comércio, redobramos os cuidados para garantir a segurança e o bem- estar de colaboradores e clientes. Vale ressaltar que todos os colaboradores cujas atividades demandam presença física, mas que integram o grupo de risco, também permaneceram em casa.

Cuidar das consultoras: Buscamos estimular que nossas consultoras e líderes continuassem suas atividades, assegurando sua renda nesse momento de crise. Para elas, nossas áreas de inovação

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7.9 - Outras Informações Relevantes

e tecnologia desenvolveram novas ferramentas e funcionalidades digitais em tempo recorde, com o objetivo de impulsionar ainda mais a venda on-line e a atividade de consultoria a distância. Outros exemplos de medidas tomadas para minimizar os efeitos da crise para as consultoras foram a prorrogação do pagamento dos boletos, o parcelamento em até seis vezes para pagamentos no cartão de crédito e a redução dos pontos necessários para a efetivação dos pedidos de produtos. Para apoiar as consultoras em situação de maior vulnerabilidade social, criamos um fundo de emergência. Para as líderes, responsáveis por supervisionar um grupo de consultoras, asseguramos a remuneração de três ciclos, tendo como referência o maior pagamento realizado no período ou a média de remuneração alcançada nos três primeiros ciclos de 2020, antes da crise. Cancelamos todos os eventos presenciais para a nossa força de vendas e orientamos as Empresárias de Beleza, que administram as franquias Aqui Tem Natura, a cumprir com os eventuais decretos de fechamento do comércio impostos pelas autoridades de suas cidades e estados e a adotar todas as medidas de higienização necessárias. Para assegurar a continuidade dos negócios, as franquias puderam, neste período, abrir seus espaços de venda on-line.

Criamos, ainda, diversos protocolos para as entregas de nossos produtos às consultoras, buscando preservar sua saúde e a dos prestadores de serviços. Nesse período, por exemplo, autorizamos que as entregas fossem feitas sem a assinatura da consultora, evitando o contato com os entregadores. Também distribuímos conteúdos informativos sobre como as consultoras deveriam receber os produtos em casa e entregá-los a seus clientes de forma segura.

Cuidar de fornecedores e comunidades: Já no início da crise, anunciamos que honraríamos os contratos com fornecedores e comunidades extrativistas. Para os parceiros que atuam na distribuição de nossos produtos às consultoras, disponibilizamos kits de higiene aos motoristas e ajudantes, distribuímos conteúdos informativos sobre medidas preventivas contra a pandemia e estabelecemos novos protocolos de segurança, como manter distância mínima de 2 metros durante as entregas, conduzir os veículos com os vidros abertos e informar imediatamente o gestor em caso de suspeita de contaminação. Com os fornecedores dos serviços de atendimento à consultora e ao consumidor, definimos o trabalho remoto em esquema de rodízio para os trabalhadores, garantindo que apenas um terço dos profissionais das centrais de atendimento trabalhasse presencialmente. Também redobramos medidas de higienização. Cuidar da sociedade Ao lado da Avon, anunciamos a doação de 2,8 milhões de unidades de sabonete (em barra e líquido) para comunidades, consultoras, revendedoras, hospitais e autoridades públicas de saúde. No Brasil, por exemplo, a distribuição contemplou nossas comunidades fornecedoras e do entorno de nossas operações, nos estados de São Paulo e do Pará. Redirecionamos a capacidade produtiva de nossas fábricas para a produção de itens essenciais, incluindo produtos de higiene pessoal, fundamentais para barrar a propagação da COVID-19. Nosso grupo também se comprometeu a processar e envasar 310 mil litros de álcool em solução 70% e 190 toneladas de álcool em gel, em parceria com empresas como Basf, Raízen e Usina São Martinho. Outras iniciativas adotadas pelas demais empresas de Natura &Co foram a doação de mais de 1 milhão de produtos da The Body Shop e o direcionamento de 70% da produção da Aesop para a fabricação de itens de higiene das mãos e outros produtos essenciais.

Visão de Sustentabilidade 2030 - Compromisso com a Vida

Em junho de 2020, anunciamos a Visão de Sustentabilidade da Natura &Co, o Compromisso com a Vida, estabelecendo os compromissos e ações que adotaremos - dentro de prazo de 10 anos - para abordar algumas das questões mais urgentes do mundo, entre elas: enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia, garantir igualdade e inclusão, e mudar nossos negócios para circularidade e regeneração. Nossa abordagem exige um modelo de negócios abrangente que devolve mais do que consome.

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Para enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia:

  • Reduzir nossas emissões de gases do efeito estufa (GEE): emissões líquidas a zero até 2030
    o Emissões líquidas zero, entregando 1,5°C 20 anos antes do compromisso da ONU (5 a 10 anos);
    o Adotar a iniciativa de Metas Baseadas na Ciência (Science Based Targets Initiative, SBTi) para todas as empresas, escopos 1, 2 e 3) (0 a 2 anos).
  • Amazônia: desmatamento zero;
  1. Expandir a influência na conservação de 1,8 milhão de hectares, em 33 comunidades, para 3 milhões hectares, em 40 comunidades (5 a 10 anos)
  1. Aumentar os fluxos de receita com 55 bioingredientes adicionais (partindo de 38) (5

a 10 anos)

  1. Compartilhar R$ 60 milhões (ou acima) em valor com as comunidades (partindo de R$ 33 milhões) (5 a 10 anos)
    1. Incentivar esforços coletivos com relação ao desmatamento zero até 2025 (3 a 5 anos)
  • Metas com base na ciência para a biodiversidade; aplicar o Protocolo de Nagoya
    1. Ajudar a criar metas com uma rede de parcerias (UEBT, SBTN, BfN/WEF) (3 a 5 anos);
  1. Expandir o pagamento do Acesso e Repartição de Benefícios (ABS, na sigla em inglês) da Natura, que existe há 16 anos, para o grupo todo até 2025 - conforme o Protocolo Nagoya e a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CBD), da ONU (3 a 5 anos).

Para defender os direitos humanos e sermos mais humanos:

  • Para nossos colaboradores e associados: igualdade de gênero, inclusão de grupos sub- representados, e um salário digno (living wage) para todos;
    o Igualdade de gênero: de 35% mulheres na alta liderança e no conselho para 50% até 2023 (3 a 5 anos);
    o Pagamentos equitativos: reduzindo diferença de gênero até 2023 (3 a 5 anos);
    o Evoluir para 30%, em níveis de gerência, de grupos sub-representados (raciais ou étnicos, diversidade sexual e identidade de gênero (LGBTI), pessoas em posição de vulnerabilidade socioeconômica, com deficiência física ou mental) (5 a 10 anos);
    o Salário Digno (living wage), ou acima dele para todos (3 a 5 anos).
  • Para nossa rede mais ampla: aumentos mensuráveis nos ganhos, educação e saúde;

o Ganhos mensuráveis das consultoras/revendedoras e das comunidades fornecedoras (em renda, educação, saúde e inclusão digital) (5 a 10 anos);

  1. Ampliar os investimentos em nossas principais causas em 20% para US$ 600 milhões (especialmente nas comunidades fornecedoras, na conscientização

quanto ao câncer de mama, à violência doméstica e na educação) (5 a 10 anos);

    1. Promover um modelo justo e confiável para o futuro da venda direta (3 a 5 anos);
  • Intolerância contra a violação dos direitos humanos em nossa cadeia de suprimentos.
    1. Certificação e/ou rastreabilidade integral nas cadeias de suprimento críticas até 2025 Óleo de palma, Mica, Papel, Álcool, Soja, Algodão (3 a 5 anos);

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  1. Adotar Política de direitos humanos robusta, de acordo com os Princípios Orientadores da ONU, até 2023 (3 a 5 anos).

Para abraçar a Circularidade e a Regeneração:

  • Circularidade total das embalagens;
  1. 20% (ou acima) menos material de embalagens (em peso) (5 a 10 anos);
  1. 50% de todo o plástico utilizado deve ser de conteúdo reciclado (em peso) (5 a 10 anos);
  1. 100% de todo o material de embalagens deve ser reutilizável, reciclável ou

biodegradável (5 a 10 anos);

    1. Compensação, por meio de programas de coleta e reuso, para atingir a meta de 100% de descarte responsável onde não houver infraestrutura de reciclagem disponível (5 a 10 anos).
  • Circularidade das fórmulas:
    1. 95%+ de ingredientes renováveis ou naturais (5 a 10 anos);
  1. 95%+ de fórmulas biodegradáveis (5 a 10 anos);
    1. 100% das novas fórmulas terão menor pegada ambiental; medição conforme análise de ciclo de vida (Life Cycle Analysis, LCA) (3 a 5 anos);
  • Investimentos e ações colaborativas em soluções regenerativas:
    1. Investir US$ 100 milhões (ou acima) no desenvolvimento de soluções, como: Biotecnologia em, por exemplo, resíduos, ingredientes, plásticos etc. (5 a 10 anos);

o Agricultura regenerativa em áreas desmatadas, que reduzem o uso de componentes químicos e criam alternativas à monocultura (3 a 5 anos);

o Criar fluxos de geração de renda (com novos ingredientes) que sejam economicamente mais atraentes do que o desmatamento (3 a 5 anos).

Ademais, de forma consistente com os atuais compromissos da Companhia e considerando o histórico dos últimos anos, esperamos, nesse contexto, incrementar os nossos investimentos em planos de sustentabilidade e iniciativas sociais (que envolverão investimentos em causas como comunidades, câncer de mama, violência doméstica, educação, dentre outros), de modo a atingir um valor total estimado de cerca de US$800 milhões ao longo dos próximos 10 (dez) anos.

Mais informações sobre a Visão de Sustentabilidade 2030 estão disponíveis no site institucional (https://naturaeco.com/pt/) e no site de Relações com Investidores (https://ri.naturaeco.com/pt-br/) da Companhia.

Certificação B Corp

Ao final de 2014, a Natura Cosméticos foi certificada como Empresa B (ou B Corporation) e, com isso, passou a fazer parte de uma rede de empresas que associam crescimento econômico à promoção do bem-estar social e ambiental. Mais do que competir para ser uma das melhores empresas do mundo, queremos colaborar para sermos as melhores empresas para o mundo, transformando desafios sociais e ambientais em oportunidades de negócios que gerem impacto positivo para milhões de pessoas no planeta.

Com a certificação, a nossa missão socioambiental, conhecida desde a fundação da Natura Cosméticos, tornou-se expressa também no nosso estatuto. Isso significa garantir que o crescimento de nossos negócios deve refletir nossa razão de ser: a geração de impacto positivo, fundamental para a promoção do bem-estar.

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A Natura Cosméticos foi a primeira empresa de capital aberto a se certificar (e, na época, a maior), desafiando os modelos convencionais de se fazer negócios, e mostrando de forma prática e concreta que crescimento econômico pode andar de mãos dadas com a geração de benefícios sociais e ambientais.

A certificação é parte de um caminho de melhoria contínua, que se renova a cada três anos. Para fazer parte deste grupo, é necessário passar por um difícil processo de certificação e ter uma pontuação mínima de 80 pontos de um total de 200. Em 2017, a Natura Cosméticos obteve a recertificação B Corp alcançando 124 pontos (ponderando Aesop + Natura Cosméticos = 120), bastante acima da pontuação de 108 pontos obtida em 2014, o que reflete nosso compromisso e evoluções das nossas estratégias expressas na Visão de Sustentabilidade Natura 2050.

Em 2019, a The Body Shop recebeu a certificação de Empresa B (B Corporation), com 82,6 pontos, juntando-se à Natura Cosméticos em um grupo seleto de empresas com a missão de promover mudanças na sociedade por meio de atividades empresariais éticas e sustentáveis. A The Body Shop é a maior empresa já certificada a ser fundada por uma mulher.

Os resultados da certificação são divulgados em relatórios no site da B Corporation: https://bcorporation.net/.

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8.1 - Negócios Extraordinários

8.1 - Negócios extraordinários

Os negócios extraordinários aplicáveis estão mencionados no item 15.7 deste Formulário de Referência.

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8.2 - Alterações Significativas na Forma de Condução Dos Negócios do Emissor

8.2 - Alterações significativas na forma de condução dos negócios do emissor

Este item não é aplicável, considerando que não houve alterações significativas na forma de condução dos nossos negócios.

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8.3 - Contratos Relevantes Celebrados Pelo Emissor E Suas Controladas Não Diretamente Relacionados Com Suas Atividades Operacionais

8.3 - Contratos relevantes celebrados pelo emissor e suas controladas não diretamente relacionados com suas atividades operacionais

Este item não é aplicável, considerando que, no curso normal de nossos negócios, não celebramos contratos relevantes com nossas controladas e/ou nossas controladas com terceiros que não sejam diretamente relacionados às nossas atividades operacionais.

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8.4 - Outras Inf. Relev. - Negócios Extraord.

8.4 - Outras informações relevantes - Negócios extraordinários

Não há outras informações relevantes nesta Seção.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes - Outros

Propriedades

Natura Brasil

O Grupo Natura possui centros de distribuição nas cidades de Matias Barbosa (Minas Gerais), Uberlândia (Minas Gerais), Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco), Canoas (Rio Grande do Sul), Castanhal (Pará) e Simões Filho (Bahia). Em 2012, para assegurar a evolução de nossos negócios e a expansão de nossa rede de logística, abrimos mais um centro de distribuição em São Paulo, com capacidade expandida de conduzir o crescimento e reduzir os tempos de entrega dos produtos. O centro de distribuição de São Paulo foi construído sob um contrato de locação (built to suit), contando com equipamentos de alta tecnologia e, ao mesmo tempo, foi construída uma unidade administrativa com capacidade para, aproximadamente, 2.200 funcionários.

Nossa fábrica em Cajamar, chamada "Espaço Natura", foi projetada pelo renomado arquiteto Roberto Loeb e consiste em uma unidade de fabricação de ponta e um espaço corporativo que acreditamos contribuir com o alto nível de satisfação de nossos funcionários. As três unidades industriais dentro desse local utilizam equipamentos de produção modernos, desenvolvidos para garantir a segurança de nossos funcionários e a responsabilidade ambiental.

Mantemos ainda as atividades de fabricação e distribuição na cidade de Benevides (estado do Pará), em um projeto chamado "Ecoparque". É um projeto que concentra a produção de sabonetes e óleos da Natura. Inaugurado em março de 2014, o Ecoparque tem uma capacidade de produção de 455 milhões de barras de sabonete e 40.000 toneladas de massa (usada como base para fazer sabonetes). O complexo de produção foi construído em uma área de 172 hectares e estima-se que o espaço abrigará companhias de diversos setores do mercado.

Natura LATAM e Outros, The Body Shop e Aesop

Além de nossas instalações no Brasil, também detemos e alugamos instalações no exterior para sustentar nossas operações internacionais pela Natura, The Body Shop e Aesop. Em 31 de dezembro de 2019, a Natura tinha cinco centros de distribuição na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.

  • Além disso, utilizamos 10 depósitos, oito deles de terceiros (Alemanha, Canadá, México, Singapura, Hong Kong, Austrália, Chile e Brasil) e dois deles são proprietários (Reino Unido e Estados Unidos), para nos auxiliar em nossos processos de distribuição. Em 31 de dezembro de 2018, tínhamos 52 fabricantes terceirizados e usávamos 10 depósitos, oito deles de terceiros (Alemanha, Canadá, México, Singapura, Hong Kong, Austrália, Chile e Brasil) e dois deles são proprietários (Reino Unido e Estados Unidos), para nos auxiliar em nossos processos de distribuição.

Com relação às nossas operações sob a marca Aesop, não possuímos uma unidade industrial para fabricar nossos produtos. Portanto, 100% de seus produtos são fabricados por terceiros. Atualmente, temos cinco fabricantes terceirizados. Para seu processo de distribuição, a Aesop conta com nove depósitos de terceiros, um hub centralizado em Melbourne e oito centros de distribuição regionais localizados nos Estados Unidos (que abastece os Estados Unidos e o Canadá), Países Baixos (que abastece a Europa), Hong Kong (que abastece Hong Kong e Macau), Taiwan, Singapura, Coreia do Sul, Japão e Brasil.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

Capacidade de produção e potencial de expansão

A instalação da Natura Cosméticos em Cajamar foi desenvolvida para facilitar sua expansão conforme as operações aumentam, fazendo a economia girar mais na fábrica. A instalação do Ecoparque da Natura Cosméticos foi projetada para ser um parque industrial com sólido conceito de sustentabilidade, com base em nossos conceitos de redes sustentáveis, promovendo a simbiose entre as diferentes companhias que operam nesta área industrial, além de contribuir com o desenvolvimento das comunidades locais, que em 2019 envolvia 4.127 famílias que fornecem ingredientes da biodiversidade, 75% delas residentes na região amazônica. Em 2019, 386 milhões de unidades foram produzidas em Cajamar, em comparação a 413,2 milhões em 2018 e, aproximadamente, 353 milhões de unidades em 2017. O Ecoparque produziu 83 milhões de unidades em 2019, em comparação a 79 milhões em 2018 e 74 milhões em 2017.

Marcas Registradas

As marcas registradas das nossas subsidiárias Natura Cosméticos, The Body Shop e Aesop são as nossas marcas mais importantes:

  • Natura Cosméticos. Em 2005, a marca registrada da Natura Cosméticos foi considerada uma marca de alto renome pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual ("INPI"), o que significa que, como marca, gozamos de reconhecimento significativo em todas as categorias de produtos e serviços. Com esse reconhecimento, a marca Natura Cosméticos se beneficia de proteção especial no Brasil. Em 2010, o INPI renovou esse reconhecimento e, posteriormente, em 2016, por um período de dez anos. Além do Brasil, a marca Natura Cosméticos também está registrada nos seguintes países e regiões, entre outros: Argentina, Chile, Peru, México, Bolívia, França, Estados Unidos e União Europeia.
  • The Body Shop. A marca registrada da The Body Shop é a mais importante sob a marca The Body Shop. Esta marca registrada, o logotipo "Pod Device" da The Body Shop e muitos outros produtos, campanhas e marcas de marketing estão registradas em todo o mundo, incluindo no Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Austrália, China, Hong Kong, Coréia do Sul e Japão.
  • Aesop. A marca registrada da Aesop é a mais importante sob a marca Aesop. Esta marca é registrada como uma marca de palavra e/ou com o distinto macron da Aesop nos mercados em que atua e nos que planeja atuar, incluindo Europa, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Japão, Coréia do Sul e Brasil. Vários dos nomes de produtos mais distintos da Aesop foram registrados como marcas comerciais em alguns dos principais mercados globais da Aesop.

Até 31 de dezembro de 2019, o Grupo possuía 582 marcas registradas e 76 pedidos de registro de marca pendentes no Brasil e 5.172 marcas registradas e 816 pedidos de registro de marca pendentes fora do Brasil. Em 31 de dezembro de 2018, possuíamos 458 marcas registradas e 111 pedidos de registro de marca pendentes no Brasil e 4.609 marcas registradas e 1.090 pedidos de registro de marca pendentes fora do Brasil.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

Registro e renovação

No Brasil, uma marca registrada no INPI concede ao proprietário da marca o direito exclusivo de usá-la em todo o Brasil por um período inicial de dez anos, que pode ser prorrogado por períodos sucessivos de dez anos. Durante o processo de inscrição, o requerente tem direito ao uso das marcas relevantes para identificação de seus produtos ou serviços.

Marcas registradas em outros países estão sujeitas à legislação da jurisdição relevante. Nós utilizamos um sistema informatizado para monitorar os vencimentos de marcas.

Patentes

Em 31 de dezembro de 2019, possuíamos 85 patentes concedidas e 224 pedidos de registro de patentes pendentes em todo o mundo, enquanto que em 31 de dezembro de 2018 possuíamos 96 patentes concedidas e 278 pedidos de registro de patentes pendentes em todo o mundo. As nossas patentes protegem principalmente as tecnologias aplicadas em nossos produtos de cuidados com a pele.

Desenhos industriais

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a nossa subsidiária Natura Cosméticos possuía 43 e 74 desenhos industriais registrados, respectivamente, e 2 e 8 pedidos de registro de desenhos industriais pendentes no Brasil, respectivamente, bem como 48 e 67 desenhos industriais registrados, respectivamente, e 26 e 17 pedidos de registro de desenhos industriais pendentes no exterior, respectivamente. A maioria desses desenhos industriais está relacionada a garrafas de fragrâncias, recipientes em geral e embalagens de produtos de maquiagem.

Sob a marca Aesop, um desenho industrial de queimador de óleo de latão foi registrado na Austrália e na Europa.

Até 31 de dezembro de 2019, sob a marca The Body Shop, não possuíamos desenhos industriais registrados ou pendentes no Brasil e possuíamos 4 desenhos industriais registrados e nenhum pedido de registro de desenhos industriais pendente no exterior. Em 31 de dezembro de 2018, sob a marca The Body Shop, não possuíamos desenhos industriais registrados ou pendentes no Brasil e possuíamos 4 desenhos industriais registrados e nenhum pedido de registro de desenhos industriais pendente no exterior. A maioria desses desenhos está relacionada a garrafas de fragrâncias, recipientes em geral e embalagens de produtos de maquiagem.

Nomes de domínio

Nós e nossas subsidiárias somos detentoras de determinados nomes de domínio no Brasil e no exterior, incluindo: "natura.net", "thebodyshop.com" e "aesop.com".

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

Participações em Outras Sociedades

Abaixo e no item 9.1 "c" deste Formulário de Referência, apresentamos algumas informações acerca das participações que detemos em outras sociedades.

Denominação social

Natura Cosméticos S.A.

The Body Shop

International Plc

Sede

Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,

155 Tooley Street,

na Avenida Alexandre Colares, nº 1188, Vila

London, England,

Jaguara, CEP 05106-000.

SE1 2JP

(i) exploração do comércio, da exportação e

da importação de produtos de beleza,

higiene, toucador, produtos cosméticos,

artigos de vestuário, alimentos,

complementos nutricionais, medicamentos,

inclusive fitoterápicos e homeopáticos,

drogas, insumos farmacêuticos e saneantes

domissanitários, tanto para uso humano como

para uso animal, podendo, para isto, praticar

todos os atos e realizar todas as operações

relacionadas com seus fins;

Desenvolvimento,

Atividades

(ii) a exploração do comércio, da exportação

distribuição e venda de

e da importação de aparelhos elétricos de uso

produtos de beleza,

Desenvolvidas

pessoal, joias, bijuterias, artigos para o lar,

maquiagem e cosméticos

artigos para bebês e crianças, artigos para

sob a marca "The Body

cama, mesa e banho, softwares, chip de

Shop".

telefonia, livros, material editorial, produtos de

entretenimento, produtos fonográficos,

podendo, para isto, praticar todos os atos e

realizar todas as operações relacionadas com

seus fins;

(iii) a prestação de serviços de qualquer

natureza, tais como serviços relacionados a

tratamentos estéticos, assessoria

mercadológica, cadastro, planejamento e

análise de riscos; e

Emeis Holdings Pty Ltd

Indústria e Comércio de

Cosméticos Natura Ltda.

25 Smith St, Fitzroy VIC

Via de Acesso Km 30,5, Prédio

"C", Bairro: Itaim

3065, Austrália

Empresarial, Cajamar/SP

Indústria, comércio, importação e

Desenvolvimento,

exportação de produtos

cosméticos, perfumaria em geral,

distribuição e venda de

de higiene, matéria prima,

produtos de beleza,

envase, embalagem, distribuição

maquiagem e cosméticos

e transporte de produtos,

sob a marca "Aesop".

pesquisa, prospecção e

exploração de recursos naturais

e mineiras entre outros.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes - Outros

Participação (%)

Controlada ou

Coligada

Registro na CVM

Valor Contábil da

Participação (em R$

mil)

Dividendos

recebidos nos três últimos exercícios

Razões para aquisição ou manutenção

  1. a organização, participação e administração, sob qualquer forma, em

sociedades e negócios de qualquer natureza,

na qualidade de sócia ou acionista.

100%

100%

100%

100%

Controlada Direta

Controlada Indireta

Controlada Indireta

Controlada Indireta

19550

N/A

N/A

N/A

3.392.677

1.134.981

575.144

1.598.192

N/A

N/A

N/A

N/A

Controlada pelo meio da qual a emissora

Controlada indireta da

Controlada indireta da

Emissora que reúne as

Emissora que reúne as

Unidade operacional

desenvolve suas atividades.

operações da The Body

operações da Aesop

Shop

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.a - Ativos Imobilizados

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável à Companhia, considerando que, somos uma Companhia detentora de participação em outras sociedades, de modo que não possuimos diretamente bens do ativo não circulante relevantes para o desenvolvimento das nossas atividades, incluindo (a) ativos imobilizados, inclusive aqueles que sejam objeto de aluguel ou arrendamento; e (b) ativos intangíveis, tais como patentes, marcas, licenças, concessões, franquias e contratos de transferência de tecnologia, nome de domínio na rede mundial de computadores. Não obstante, incluímos informações sobre tais bens detidos pelas nossas controladas no item 9.1. "Outros" deste Formulário de Referência.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.b - Ativos Intangíveis

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável à Companhia, considerando que, somos uma Companhia detentora de participação em outras sociedades, de modo que não possuimos diretamente bens do ativo não circulante relevantes para o desenvolvimento das nossas atividades, incluindo (a) ativos imobilizados, inclusive aqueles que sejam objeto de aluguel ou arrendamento; e (b) ativos intangíveis, tais como patentes, marcas, licenças, concessões, franquias e contratos de transferência de tecnologia, nome de domínio na rede mundial de computadores. Não obstante, incluímos informações sobre tais bens detidos pelas nossas controladas no item 9.1. "Outros" deste Formulário de Referência.

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.c - Participações em Sociedades

Denominação Social

CNPJ

Código CVM

Tipo sociedade

País sede

UF sede

Município sede

Descrição das atividades

Participação do emisor

desenvolvidas

(%)

Exercício social

Valor contábil - variação %

Valor mercado -

Montante de dividendos

Data

Valor (Reais)

variação %

recebidos (Reais)

Emeis Holdings Pty Ltd

00.000.000/0000-00

-

Controlada

Austrália

Desenvolvimento, distribuição e venda de

100,000000

produtos de beleza, maquiagem e

cosméticos sob a marca "Aesop".

Valor mercado

31/12/2019

27,000000

0,000000

0,00

Valor contábil

31/12/2019

575.144,00

31/12/2018

22,700000

0,000000

0,00

31/12/2017

13,500000

0,000000

0,00

Razões para aquisição e manutenção de tal participação

Controlada Indireta da Emissora que reúne as operações da Aesop

Indústria e Comércio de

00.190.373/0001-72

-

Controlada

Brasil

SP

Cajamar

Indústria, comércio, importação e

100,000000

Cosméticos Natura

exportação de produtos cosméticos,

Ltda.

perfumaria em geral, de higiene, matéria

prima, envase, embalagem, distribuição e

transporte de produtos, pesquisa,

prospecção e exploração de recursos

naturais e mineiras entre outros.

Valor mercado

31/12/2019

-8,300000

0,000000

0,00

Valor contábil

31/12/2019

1.598.192,00

31/12/2018

6,500000

0,000000

0,00

31/12/2017

20,000000

0,000000

0,00

Razões para aquisição e manutenção de tal participação

Unidade operacional

NATURA

71.673.990/0001-77

1955-0

Controlada

Brasil

SP

São Paulo

Exploração do comércio, da exportação e

100,000000

COSMÉTICOS S.A.

da importação de produtos de beleza,

higiene, toucador, produtos cosméticos,

artigos de vestuário, alimentos,

complementos nutricionais,

medicamentos, inclusive fitoterápicos e homeopáticos, drogas, insumos farmacêuticos e saneantes domissanitários, tanto para uso humano como para uso animal, podendo, para isto, praticar todos os atos e realizar todas as operações relacionadas com seus fins, dentre outras atividades previstas em seu Estatuto Social;

Valor mercado

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9.1 - Bens do Ativo Não-circulante Relevantes / 9.1.c - Participações em Sociedades

Denominação Social

CNPJ

Código CVM

Tipo sociedade

País sede

UF sede

Município sede

Descrição das atividades

Participação do emisor

desenvolvidas

(%)

Exercício social

Valor contábil - variação %

Valor mercado -

Montante de dividendos

Data

Valor (Reais)

variação %

recebidos (Reais)

31/12/2019

31,800000

0,000000

0,00

Valor contábil

31/12/2019

3.392.677,00

31/12/2018

57,500000

0,000000

0,00

31/12/2017

64,100000

0,000000

0,00

Razões para aquisição e manutenção de tal participação

Controlada pelo meio da qual a emissora desenvolve suas atividades.

The Body Shop

00.000.000/0000-00

-

Controlada

Brasil

Desenvolvimento, distribuição e venda de

100,000000

International Plc

produtos de beleza, maquiagem e

cosméticos sob a marca "The Body Shop".

Valor mercado

31/12/2019

-3,000000

0,000000

0,00

Valor contábil 31/12/2019

1.134.981,00

31/12/2018

-3,900000

0,000000

0,00

31/12/2017

0,000000

0,000000

0,00

Razões para aquisição e manutenção de tal participação

Controlada Indireta da Emissora que reúne as operações da The Body Shop

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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9.2 - Outras Informações Relevantes

9.2 - Outras informações relevantes

Não há informação relevante que não tenha sido explicitada em outro item desta Seção.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

  1. condições financeiras e patrimoniais gerais Resultado

A Diretoria entende que as condições financeiras e patrimoniais da Companhia são suficientes para cumprir com suas obrigações de curto e longo prazo. A geração de caixa da Companhia, juntamente com as linhas de crédito disponíveis, é suficiente para atender o financiamento de suas atividades e cobrir sua necessidade de recursos para execução do seu plano de negócios.

O ano de 2019 representou um ano de transformação para a Companhia, que realizou progressos consideráveis na construção de um grupo multimarcas, multicanal e movido por propósito, e tornou- se a quarta maior empresa de beleza "pure play" do mundo.

O crescimento do Grupo foi impulsionado por robustos aumentos de vendas em todos os negócios. Com forte geração de caixa, o EBITDA Ajustado e o Lucro Operacional Ajustado apresentaram trajetória crescente no quarto trimestre de 2019. Os resultados apresentados continuam a demonstrar a capacidade do Grupo de atender um número crescente de consumidores por meio de diferentes posicionamentos de preços e canais de distribuição. A Natura Cosméticos reportou crescimento contínuo ao mesmo tempo em que avançou com seu modelo de Vendas Por Relações e estratégia multicanal; a The Body Shop continuou a implementar com sucesso seu plano de transformação, com expansão de margem; e a Aesop ganhou velocidade no quarto trimestre, o que resultou em mais um ano de crescimento sólido de dois dígitos.

Detalhes adicionais sobre os resultados apurados pela Companhia ao final de exercício de 2019 (e demais períodos comparativos) constam no item 10.1 (h) e 10.2 deste Formulário de Referência.

Índice de Liquidez

Exercício social findo em

Indicador

31 de dezembro 2019

31 de dezembro 2018

31 de dezembro 2017

Liquidez Corrente

1,3

1,4

1,0

Liquidez Geral

0,7

0,6

0,6

Em 2019, houve uma redução no indicador de liquidez corrente, mas com leve aumento no índice de liquidez geral. O índice de liquidez corrente passou de 1,4 para 1,3 e o de liquidez geral passou de 0,6 para 0,7. Os principais impactos foram o aumento no endividamento por emissão de notas promissórias.

Em 2018, houve um aumento no indicador de liquidez corrente, mas com manutenção no índice de liquidez geral. O índice de liquidez corrente passou de 1,0 para 1,4 e o de liquidez geral se manteve em 0,6. Os principais impactos foram a redução no endividamento, devido ao alongamento do perfil da dívida, e saldo dos instrumentos financeiros que geraram um ativo de R$ 584 milhões.

Dívida líquida

A Companhia acredita estar no caminho certo para atingir a meta de redução da alavancagem para os níveis pré-aquisição da The Body Shop, de 1,4x até 2021. A medida é comparável a períodos anteriores.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

(em milhões de R$)

Exercício social findo em

Endividamento

31 de dezembro 2019

31 de dezembro

31 de dezembro 2017

2018

Empréstimos

e

financiamentos

curto prazo, incluindo arredamento

(3.896,4)

(1.181,9)

(4.076,7)

mercantil

Empréstimos

e

financiamentos

longo

prazo,

incluindo

(9.407.5)

(7.258,5)

(5.255,2)

arredamento mercantil

(+) Caixa e Equivalentes de caixa

5.539,4

2.430,4

3.670,4

e Títulos e valores mobiliários

(+)

Ganhos

(perdas) não

realizados

com

derivativos

662,1

557,4

10,5

financeiros

Dívida Líquida*

(7,102.4)

(5.452,6)

(5.651,0)

(-) Arrendamentos

mercantis

2.517,6

446,2

405,5

financeiros/ Outros**

Dívida Líquida de Tesouraria***

(4.584,8)

(5.006,4)

(5.245,5)

Dívida

Líquida

de

2,41

2,71

3,01

Tesouraria/EBITDA

*Para fins de comparação, em 2019, excluiu-se o efeito da adoção inicial do IFRS 16 / CPC 06 (R2), no montante de R$564 milhões e dos impostos de renda corporativos decorrentes da contribuição na formação da Companhia no montante de R$206,6, da apuração do indicador.

**Outros ajustes correspondem ao ajuste de valor dos empréstimos com taxas de juros inferiores às taxas de mercado, conforme pronunciamento contábil CPC07 - Subvenção e Assistências Governamentais e efeitos não caixa de marcação a mercado de derivativos atrelados às dívidas em moeda estrangeira.

***Critério, definido em política de Tesouraria, utilizado para alçada de endividamento definida pelo Conselho de Administração.

Os dados apresentados na tabela acima evidenciam a desalavancagem contínua: redução do índice de dívida líquida de tesouraria para 2,41 vezes em 2019, comparado a 2,71 vezes em 2018.

O índice de endividamento líquido de tesouraria em 2018 foi de 2,71, abaixo do limite exigido pelos covenants de 3,50 e em linha com o guidance de 1,4x até 2021, consequência do EBITDA no ano em relação ao ano anterior.

O índice de endividamento líquido de tesouraria em 2017 foi de 3,01, uma melhora em relação ao covenant de 3,60.

  1. estrutura de capital

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. A tabela abaixo apresenta o padrão de financiamento das atividades da Companhia, considerados o capital próprio e de terceiros:

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Exercício social findo em

31 de dezembro 2019

31 de dezembro 2018

31 de dezembro 2017

Participação

de Capital

Próprio

16%

17%

11%

Participação de Capital de

Terceiros

84%

83%

89%

Em 20 de dezembro de 2019, ocorreu a 1ª emissão de notas promissórias comerciais, em duas séries, sendo R$2.2 bilhões para as notas comerciais da primeira série, liquidada em 14 de janeiro de 2020, e R$700 milhões para as notas comerciais da segunda série. As notas comerciais foram distribuídas publicamente com esforços restritos de colocação, nos termos da instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009. Os recursos da primeira série foram destinados para o resgate das Ações Preferenciais Série C, emitidas pela Avon. Os recursos da segunda série foram destinados para o pagamento de custos incorridos na estruturação da operação e como reforço de caixa para eventuais demandas da Companhia.

Como resultado desta emissão, atualmente 70,7% da dívida da Companhia é de longo prazo, com vencimento médio de 2,6 anos.

  1. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Nos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017, a Natura Cosméticos cumpriu integralmente seus compromissos financeiros.

Adicionalmente, a Diretoria entende que o relacionamento da Companhia com instituições financeiras de primeira linha permite o acesso a linhas de créditos adicionais, na hipótese de necessidade.

A análise dos índices de liquidez corrente e liquidez geral evidenciada no item 10.1.a deste Formulário de Referência demonstra a capacidade do Grupo de liquidação de seus compromissos de curto prazo.

Adicionalmente, até a data deste Formulário de Referência, o Grupo tem honrado os pagamentos de todos os seus compromissos, conforme esperado, e não há perspectiva de incapacidade financeira ou risco de liquidez não gerenciado.

  1. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes utilizadas pela Companhia

A principal fonte de financiamento para capital de giro e investimento em ativos não-circulantes da Companhia é a sua própria geração de caixa operacional.

A Companhia também utilizou operações de mercado de capitais, tais como emissões de dívida, a emissão de notes no exterior e a emissão de notas de Cédula de Crédito Bancário e de Notas de Crédito de Exportação. Podemos citar também, os contratos de financiamento com o BNDES e os financiamentos via FINAME e FINEP.

As fontes de financiamento utilizadas pela Companhia para capital de giro e para investimentos de curto e longo prazo estão indicadas nos itens 10.1.f.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

  1. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

A Companhia possui nível de liquidez e realiza geração interna de caixa de forma consistente, de acordo com as informações documentadas pela diretoria no item 10.1.a. Não há, na data de emissão deste Formulário de Referências, indícios de que a Companhia não tenha capacidade de equacionar satisfatoriamente seus compromissos de curto e médio prazo.

A Companhia ainda poderá avaliar alternativas complementares de fontes de financiamento por meio da contratação de empréstimos bancários, financiamentos junto a agências de fomento e do acesso aos mercados de capitais local e no exterior, como foi o caso em 2017, quando emitiu títulos de dívida com o objetivo de cumprir as obrigações financeiras decorrentes da aquisição da The Body Shop.

As fontes de financiamento utilizadas pela Companhia para capital de giro e para investimentos de curto e longo prazo estão indicadas nos itens 10.1.f.

  1. níveis de endividamento e características das dívidas
  1. contratos de empréstimo e financiamento relevantes

Em 2019, tínhamos R$ 9.407,5 milhões em empréstimos e financiamentos, incluindo arrendamento mercantil, de longo prazo e R$ 3.896,4 milhões em empréstimos e financiamentos, incluindo arrendamento mercantil, de curto prazo e, em 2018, estes valores eram, respectivamente, de R$ 7.258,5 milhões e R$ 1.181,9, milhões. Atualmente, tais empréstimos e financiamentos consistem principalmente em obrigações com captação de por meio da emissão de títulos representativos de dívida ("notes"), debêntures e notas promissórias.

A tabela a seguir contém o vencimento de nossa dívida de longo prazo consolidada em 2019:

Vencimento dos empréstimos e

Valor (em milhões de

financiamentos, incluindo arrendamento

R$)

mercantil, de longo prazo

2020

-

2021

2,654.5

2022

889.3

2023 em diante

5,863.7

Total

9,407.5

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

O resumo dos principais contratos de empréstimos e financiamentos bancários em 2019, 2018 e

2017 está demonstrado a seguir:

31 de

31 de

31 de

dezembr

dezembr

dezembr

Moeda

Vencimento

Taxas Contratuais

Garantia

Em milhões de R$

o de 2019

o de 2018

o de 2017

Captados em moeda local

Financiadora de

Juros de 3,5% a.a. para

Aval da Natura

estudos e projetos

102,0

135,6

148,2

Real

Junho de 2023

parcela com vencimento em

Cosméticos

FINEP

junho de 2023

S.A.

Juros de 109% a 112% do

CDI,

1,4%+CDI,

1,75%+CDI, 1,00%+CDI

e

1,15%+CDI,

com

N/A

Debêntures

4.251,2

4.680,7

3.779,8

Real

Agosto de 2024

vencimentos em março de

2020,

setembro de

2020,

setembro

de

2021,

setembro de 2022 e agosto

de 2024.

Garantia real de

ações

Notas

2.883,4

-

3.792,5

Real

Dezembro

de

2,00% + CDI

alienadas

da

Promissórias

2020

Natura

Cosméticos

S.A.

TJLP + juros de 0,5% a.a. a

Carta de fiança

BNDES

35,4

73,4

29,3

Real

Até

Setembro

3,96% a.a. e contratos com

de 2021

Taxa pré-fixada de 3,5%

bancária

a.a. a 5% a.a. (PSI) (b)

Para 30% da linha de

crédito, SELIC + 0,4% a.a.,

para 70% da

linha,

TJLP.

Adiciona-se

para ambas a remuneração

Garantia real de

básica

ações

do BNDES (2% a.a.) e a

Até

Novembro

alienadas

da

BNDES EXIM

-

-

418,0

Real

remuneração

do

Banco

de 2018

Natura

Agente

Cosméticos

Juros de 4,5% a.a. + TJLP

S.A.

contratados até 2012 e para

os

contratos firmados

a

partir

de 2013 taxa pré-fixada de

3%

Juros de 4,5% a.a. + TJLP

contratados até 2012 e para

Alienação

os contratos

firmados

a

fiduciária,

aval

partir

de 2013 taxa

pré-

Até

Março

de

da

Natura

BNDES - FINAME

0,2

0,7

3,5

Real

fixada de 3% a.a. (PSI) (b);

2021

Cosméticos

Contratos agosto de 2014 a

S.A.

e

notas

maio

de 2016 taxa

pré-

promissórias

fixada de 6% a.a. à 10,5%

a.a..

Alienação

Arrendamento

fiduciária

de

ativo-objeto de

Mercantil

contratos

de

2.517,6

446,2

462,8

Real

Agosto de 2026

Juros de 9% a.a. + IPCA

locação.

Capital de Giro -

-

21,0

21,4

Novo Sol

Julho de 2019

Juros de 3,99% a.a.

Aval

da Natura

Operação Peru

Cosméticos S.A

Capital de

Giro

-

Peso

Fevereiro

de

Juros de 1,15% a.a. + TIIE

Aval da Natura

31,8

10,0

59,0

2021 e Outubro

Operação México

Mexicano

(c)

Cosméticos S.A

de 2020

Capital de

Giro

-

Peso

Dezembro

de

Aval da Natura

Operação

-

-

16,7

Colombian

Juros de 6,95% a.a.

Cosméticos

2018

Colombia

o

S.A.

Capital de

Giro

-

Dólar

Carta

fiança

100,4

59,9

88,3

Australian

Agosto de 2021

Libor + juros de 0,92% a.a.

Operação Aesop

bancária

o

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

31 de

31 de

31 de

dezembr

dezembr

dezembr

Moeda

Vencimento

Taxas Contratuais

Garantia

Em milhões de R$

o de 2019

o de 2018

o de 2017

Captados em moeda local

Capital de

Giro -

Libra

Outubro

de

Operação

The

-

-

2,0

Juros de 0,33% a.m

N/A

Esterlina

2018

Body Shop

Total em moeda

9,922.0

5,427.5

8,821.4

local

Captados em moeda estrangeira

Aval da Natura

BNDES

8,0

17,1

22,8

Dólar

Outubro

de

Juros de 1,8% a.a. a 2,3%

Cosméticos

2020

a.a. + Resolução nº 635 (a)

S.A. e carta de

fiança bancária

Nota de Crédito à

81,2

-

-

Dólar

Outubro

de

Libor + juros 0,87% a.a. (a)

N/A

Exportação (NCE)

2020

Aval

da

controlada

Resolução

202,2

-

487,7

Dólar

Maio de 2022

Libor + juros 1,1% a.a. (a)

Indústria

e

4131/62

Comércio

de

Cosméticos

Natura Ltda.

Títulos

Fevereiro

de

representativos de

3.090,5

2.995,8

-

Dólar

Juros de 5,375% a.a. (a)

N/A

2023

dívida ("Notes")

Total em moeda

3.382,0

3.012,9

510,5

estrangeira

Total Geral

13,303.9

8,440.4

9,331.9

  1. Empréstimos e financiamentos para os quais foram contratados instrumentos financeiros do tipo "swap" com a troca da indexação da moeda estrangeira para CDI. Estes empréstimos e financiamentos não estão sendo demonstrados líquidos de seus derivativos;
  2. PSI - Programa de Sustentação ao Investimento; e
  3. TIIE - Taxa de juros de equilíbrio interbancário do México.
    1. outras relações de longo prazo com instituições financeiras

A Companhia possui relações de longo prazo com instituições financeiras nacionais que, ao longo dos últimos anos, viabilizaram o crescimento de suas atividades por meio de empréstimos e financiamentos.

  1. grau de subordinação entre as dívidas

Não existe subordinação entres nossas dívidas. A dívida bruta é composta pelo somatório dos empréstimos e financiamentos e debêntures (circulante e não circulante), garantidas por garantias reais, tais como (i) hipoteca; (ii) cessão fiduciária; (iii) alienação fiduciária e por garantias fidejussórias, como aval e fiança. O grau de subordinação entre as dívidas da Companhia é determinado de acordo com as disposições da legislação em vigor, qual seja: (i) obrigações sociais e trabalhistas; (ii) impostos a recolher; (iii) arrendamento mercantil (garantia real); (iv) empréstimos e financiamentos; (v) créditos quirografários; (vi) créditos subordinados; e (vii) dividendos e juros sobre capital próprio.

  1. eventuais restrições impostas à Companhia, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário, bem como se o emissor vem cumprindo essas restrições

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Debêntures

As cláusulas restritivas contratadas nas emissões de debêntures da Natura Cosméticos S.A. estabelecem os seguintes indicadores financeiros para as demonstrações financeiras consolidadas:

Período de 12 meses encerrados em:

Índice Financeiro*

31 de dezembro de 2017

3,75

(três inteiros e setenta e cinco

30 de junho de 2018

centésimos)

31 de dezembro de 2018

3,50

(três inteiros e cinquenta

30 de junho de 2019

centésimos)

31 de dezembro de 2019

3,25

(três inteiros e vinte e cinco

30 de junho de 2020

centésimos)

31 de dezembro de 2020

3,00 (três inteiros)

30 de junho de 2021

31 de dezembro de 2021

3,00 (três inteiros)

30 de junho de 2022

  1. Índice financeiro decorrente do quociente da divisão da Dívida Líquida de Tesouraria pelo EBITDA, que deverá ser igual ou inferior ao estabelecido na tabela acima.

A maioria de nossos contratos de financiamento não nos obrigam a cumprir acordos de manutenção de indicadores financeiros. Os acordos financeiros em nossos contratos de empréstimo com o BNDES podem ser suspensos se contratarmos uma carta de crédito de um banco. Com relação à aquisição da The Body Shop, em 2017 a Natura Cosméticos contratou diversas cartas de crédito e, consequentemente, os acordos financeiros nos termos dos contratos com o BNDES não estão mais em vigor. Além disso, os empréstimos que a Natura Cosméticos firmou com o BNDES estão sujeitos às disposições gerais aplicáveis aos contratos do BNDES. Essas disposições impedem os tomadores de empréstimos, incluindo a Natura Cosméticos, de realizar determinadas transações sem o consentimento prévio do BNDES, incluindo: (1) concessão de preferência a outros créditos,

  1. amortização de ações, (3) emissão de debêntures, (4) emissão de partes beneficiárias, (5) contratação de novas dívidas (sujeitas a determinadas isenções) e (6) alienação ou gravação de determinados ativos.

As notas promissórias emitidas pela Natura &Co Holding em 20 de dezembro de 2019 contém uma obrigação de modo que devemos manter um certo índice de alavancagem de endividamento que exigiu mensuração em junho de 2020; contudo, os credores dessas notas dispensaram a exigência de mensuração desse índice de endividamento em junho de 2020.

Em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017 estávamos em conformidade com os acordos de nossos contratos de financiamento, incluindo os acordos financeiros.

  1. limites dos financiamentos contratados e percentuais já utilizados

A Companhia possui até £70 milhões (setenta milhões de libras esterlinas) de linha de crédito sem garantia que podem ser sacados em parcelas para atender a necessidades de financiamentos de curto prazo da The Body Shop International Limited. Essa linha de crédito é válida até março de 2021, e é renovada automaticamente por opção da The Body Shop International Limited. Os juros serão pagos de acordo com a taxa de LIBOR ou EURIBOR + 2,0% ao ano.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Adicionalmente, eles também possuem até R$150.000 (cento e cinquenta milhões de reais) de linha de crédito sem garantia que podem ser sacados em parcelas para atender a necessidades de financiamentos de curto prazo da Natura. Essa linha de crédito é válida até janeiro de 2020. Os juros serão pagos de acordo com a taxa de CDI + 1,25% ao ano. Sem renovação para o exercício findo em dezembro 2019.

Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia não utilizou essas linhas de crédito disponíveis.

  1. alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

Demonstração do resultado

As tabelas constantes deste item apresentam um sumário das principais informações financeiras e operacionais consolidadas da Companhia para os períodos ali indicados, acompanhadas de comentários dos Diretores da Companhia a respeito das alterações significativas ocorridas em tais períodos.

RECEITA LÍQUIDA

Custo dos produtos vendidos

LUCRO BRUTO

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS

Despesas com Vendas, Marketing e Logística

Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos

Perda por redução ao valor recuperável de contas a receber de clientes

Resultado de equivalência patrimonial

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO

Receitas financeiras

Despesas financeiras

Impostos sobre a formação da Companhia

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO

SOCIAL

Imposto de renda e contribuição social

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

2019

A.V.

A.H

2018

A.V.

A.H

2017

14.444.690

100,0%

7,8%

13.397.419

100,0%

36,0%

9.852.708

(4.033.454)

-27,9%

6,6%

(3.782.843)

-28,2%

29,9%

(2.911.077)

72,1%

8,3%

71,8%

38,5%

6.941.631

10.411.236

9.614.576

(6.395.586)

-44,3%

9,7%

(5.828.713)

-43,5%

47,0%

(3.965.019)

(2.405.576)

-16,7%

6,9%

(2.251.341)

-16,8%

46,6%

(1.535.945)

(209.515)

-1,5%

-11,9%

(237.884)

-1,8%

1,8%

(233.714)

-

0,0%

0,0%

-

0,0%

0,0%

-

(49.311)

-0,3%

23,4%

(39.945)

-0,3%

-126,3%

151.688

1.351.248

9,4%

7,5%

1.256.693

9,4%

-7,5%

1.358.641

1.955.784

13,5%

-4,9%

2.056.421

15,3%

240,2%

604.392

(2.795.874)

-19,4%

5,9%

(2.639.709)

-19,7%

166,1%

(991.841)

(206.592)

-1,4%

-

-

-

0,0%

-

304.566

2,1%

-54,8%

673.405

5,0%

-30,7%

971.192

(149.099)

-1,0%

19,3%

(125.026)

-0,9%

-58,5%

(300.941)

155.467

1,1%

-71,6%

548.379

4,1%

-18,2%

670.251

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Análise Comparativa dos Resultados Consolidados - Exercícios 2019/2018

Receita líquida

Exercício social findo em

31 de dezembro de

2019

2018

Variação

Segmentos operacionais

(em milhões de R$)

Natura Brasil .............................................................................

6.260,8

6.022,2

4,0%

Natura LATAM ..........................................................................

2.742,5

2.415,7

13,5%

The Body Shop .........................................................................

4.129,3

3.886,0

6,3%

Aesop ........................................................................................

1.303,0

1.064,0

22,5%

Natura outros ............................................................................

9,1

9,5

(3,7%)

Receita líquida da Companhia ..................................................

14.444,7

13.397,4

7,8%

Nossa receita líquida aumentou 7,8% para R$ 14.444,7 milhões em 2019, de 13.397.4 milhões em 2018, em decorrência de um crescimento acelerado da Aesop, assim como crescimento estável nas outras marcas.

A seção a seguir apresenta uma análise dos nossos principais segmentos:

Vendas no mercado doméstico

A receita da Natura Brasil cresceu 4,0% para R$ 6.280,8 milhões em 2019, de R$ 6.022,2 milhões em 2018. O aumento se deve principalmente ao (1) forte aumento de vendas em todos os canais e categorias; (2) ocorrência de um dos maiores crescimentos trimestrais da história da marca desde 2010, devido a uma campanha de Natal extremamente bem-sucedida; (3) um aumento da média de consultoras de beleza independentes, atingindo 1,1 milhão em 2019, bem como um aumento na produtividade das consultoras; (4) um aumento no tíquete médio por unidade vendida para R$ 18,0 em 2019 comparado com R$ 16,4 em 2018, que foi parcialmente compensado por uma queda nas unidades vendidas de 5,4% para 347,4 milhões em 2019, de 367,4 milhões de unidades vendidas em 2018.

Em 2019, a Natura Brasil fortaleceu ainda mais seu modelo de venda direta, aprimorando as capacidades digitais de suas consultoras de beleza independentes. Em 2019, mais de 900.000 consultoras de beleza independentes no Brasil usaram a plataforma móvel digital, enquanto 700.000 dessas consultoras possuíam lojas de consultoras virtuais na Rede Natura, aumentando ainda mais as vendas e sua capacidade de alcançar os clientes. A Natura Brasil também continuou seu crescimento omnichannel, com o lançamento de 22 lojas próprias em shopping centers, atingindo, no total, 58 lojas ao final de 2019. Além disso, nossas franquias no Brasil, denominadas "Aqui tem Natura", aceleraram vendas diretas, registrando crescimento de dois dígitos e lançando mais de 100 lojas. Em 31 de dezembro de 2019, a Natura Brasil possuía aproximadamente 400 lojas franqueadas no Brasil.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Vendas no mercado estrangeiro

  • Natura LATAM. A receita líquida da Natura LATAM aumentou 13,5% para R$ 2.742,5 milhões em 2019 comparado com R$ 2.415,7 milhões em 2018, principalmente como resultado do (1) aumento de 19% nas unidades vendidas para 167,9 milhões de unidades vendidas em 2019 comparado com 141,1 milhões unidades em 2018, liderado pelo forte desempenho na Argentina, mesmo considerando o ambiente hiperinflacionário desafiador do país, além de forte crescimento de receita na Colômbia e no México; (2) um aumento de 6,9% no número médio de consultoras de beleza para 666,6 milhões em 2019 comparado com 623,8 milhões em 2018; e (3) crescimento significativo da produtividade das consultoras como resultado de implementação de tecnologia, em larga escala, e uso de nossas plataformas móveis. Na região, o preço médio por unidade vendida foi reduzido a R$ 16,3 em 2019, enquanto o preço médio em 2018 foi de R$ 17,1.
    Além disso, em 2018, a inflação acumulada na Argentina atingiu 100% em três anos, e a adoção das seguintes normas contábeis foram feitas a partir do terceiro trimestre de 2018: CPC 42 - Contabilidade em Economia Hiperinflacionária (IAS 29 - Financial Reporting in Hyperinflationary Economies), que requer a correção monetária das demonstrações financeiras da entidade de forma a refletir alterações no poder de compra da moeda (de uma economia hiperinflacionária); e CPC 02(R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis (IAS 21 - The effects of changes in foreign exchange rates), que requer a conversão das demonstrações financeiras da Argentina, do peso argentino para o real, à taxa de câmbio no final do cada exercício.
    O impacto da adoção de ambas normas contábeis na receita líquida foi de redução de R$ 4.5 milhões em 2019.
  • The Body Shop. A receita líquida da Body Shop aumentou 6,3% para R$ 4.129,3 milhões em 2019 comparado com R$ 3.886,0 milhões em 2018. A receita líquida aumentou principalmente, devido a (1) crescimento constante da receita do Reino Unido e da Austrália, que registrou fortes vendas no varejo e canais de consultoras de beleza, e impacto do aumento de 4% na média das taxas de câmbio de libras esterlinas para reais. O aumento em nossa receita líquida ocorreu principalmente na Ásia e América Latina, assim também como ocorreu o aumento de vendas diretas e franquias, compensando o impacto do fechamento de 56 lojas próprias com baixo desempenho, que resultaram em um total de 1.013 lojas próprias em 31 de dezembro de 2019 (em comparação com 1.037 em 31 de dezembro de 2018) e 1.866 lojas franqueadas em 31 de dezembro de 2019 (comparado a 1.898 em 31 de dezembro de 2018); e (2) a queda nas vendas em Hong Kong devido a eventos políticos recentes.
  • Aesop. A receita líquida da Aesop aumentou 22,5%, encerrando 2019 na marca de R$ 1.303,1 milhões, em comparação com R$ 1.064,0 milhões em 2018, impulsionada principalmente pelo forte crescimento das vendas nas Américas e Ásia, especialmente Coréia, Taiwan e Japão, que também apresentaram números sólidos de vendas digitais, somado a um impacto de 0.6% aumento nas taxas de câmbio médias de dólares australianos para reais. Havia 247 lojas próprias em 31 de dezembro de 2019, um aumento líquido de 20 lojas em comparação com 227 lojas próprias em 31 de dezembro de 2018. O número de lojas de departamento aumentou para 99 em 31 de dezembro de 2019, em 31 de dezembro de 2018 o número era de 92 lojas.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Custo dos produtos vendidos

O custo dos produtos vendidos foi de R$4.033,5 milhões em 2019, representando um crescimento de 6,6% comparado ao custo dos produtos vendidos de R$3.782,8 milhões em 2018. Em relação à receita líquida, nosso custo dos produtos vendidos reduziu para 27,9% em 2019, comparado a 28,2% em 2018.

A tabela a seguir apresenta os componentes de custo dos produtos vendidos para os períodos indicados, bem como a variação anual de cada componente:

Exercício social findo em

Variação

(em milhões de R$)

2018/2017

2019

2018

(%)

Matéria-prima para produtos e embalagens(1) e produtos de

revenda(2)

3.457,5

3.223,4

7,3%

Mão-de-obra

293,4

276,8

6,0%

Depreciação

57,4

65,2

(12,0%)

Outros custos(3)

225,2

217,4

3,6%

Custo dos produtos vendidos

4.033,5

3.782,8

6,6%

  1. Principalmente plásticos, vidros, gráficos e fragrâncias.
  2. Produtos produzidos por terceiros, sabonetes, produtos para cabelo, etc.
  3. Os "outros custos" incluem energia elétrica, água, gás, serviços de consultoria, serviços de informática dentre outros.

No que diz respeito aos nossos segmentos:

  • Em 2019, a Natura Brasil representou 48,4% dos nossos custos totais de produtos vendidos. O custo de produtos vendidos da Natura Brasil aumentou 3,1% para R$1.953,9 milhões para 2019 de R$1.895,9 milhões para 2018. Este aumento está em linha com o aumento da nossa receita em 2019. Como percentual da receita liquida, o custo de produtos vendidos permaneceu estável em 31,2% comparado a 31,5% para 2018.
  • Em 2019, a Natura LATAM representou 24,3% dos nossos custos totais de produtos vendidos. O custo dos produtos vendidos da Natura LATAM aumentou 19,0% para R$981,5 milhões em 2019 comparado com R$824,8 milhões em 2018, representando 35,8% e 34,1% da receita liquida para 2019 e 2018, respectivamente. Este aumento decorre do aumento em produtos vendidos de 19,0% e o impacto de R$43.2 milhões de hiperinflação na Argentina e 2019.
  • Em 2019, a The Body Shop representou 24,0% dos nossos custos totais de produtos vendidos, representado substancialmente pelo custo de produtos acabados produzidos por terceiros. O custo dos produtos vendidos da The Body Shop aumentou 2,8% para R$969,7 milhões em 2019, comparado com R$943,5 milhões em 2018, principalmente devido a um aumento no efeito cambial sobre a taxa de câmbio da libra esterlina por reais.
  • Em 2019, a Aesop representou 3,0% dos nossos custos totais de produtos vendidos, representado substancialmente pelo custo de produtos acabados produzidos por terceiros. O custo dos produtos vendidos da Aesop aumentou 5,9% para R$123,0 milhões em 2019 comparado a R$116,1 milhões em 2018 e representou 9,4% e 10,9% da receita liquida para 2019 e 2018, respectivamente. A Aesop, por sua vez, manteve taxas de expansão significativas, com avanço de 22,5% na receita líquida em 2019, impulsionada por 20 novas lojas exclusivas e pelo aumento das vendas nos canais digitais, especialmente na Ásia.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Lucro bruto

Decorrente da informação mencionada acima, o lucro bruto consolidado da Companhia aumentou 8,3% alcançando R$10.411,2 milhões em 2019, em comparação ao lucro bruto de R$ 9.614,6 milhões em 2018. A margem bruta, que nós calculamos como lucro bruto divido por receita liquida e expressada como um percentual, aumentou para 72,1% em 2019, comparado a 71,8% em 2018. Para a Natura Brasil, Natura LATAM, The Body Shop e Aesop, a margem bruta para 2019 foi de 68,8% (68,5% em 2018), 64,2% (65,9% em 2018), 76,5% (75,7% em 2018) e 90,6% (89,1% em 2018), respectivamente.

(Despesas) e Receitas operacionais

As despesas operacionais consolidadas da Companhia aumentaram em 8,4% para R$9.060,0 milhões em 2019, em comparação às despesas operacionais de R$8.357,9 milhões em 2018, devido aos fatores listados abaixo.

Despesas com Vendas, marketing e logística

As despesas com vendas, marketing e logística consolidadas da Companhia aumentaram de R$5.828,7 milhões em 2018, para R$ 6.395,6 milhões em 2019, apresentando um crescimento de 9,7% na comparação com 2018. Em relação à receita líquida, a rubrica atingiu 44,3% em 2019, comparado a 43,5% em 2018. Esse aumento de R$538,5 milhões deve-se principalmente a (1) aumentos nos investimentos em marketing; (2) aumento de R$ 148,0 milhões nas despesas com vendas, marketing e logística da Natura LATAM para R$ 1.156,4 milhões em 2019, em comparação com R$ 1.008,4 milhões em 2018, como resultado de seu investimento contínuo na melhoria da eficiência operacional; e (3) um aumento nas despesas com vendas, marketing e logística na Aesop em 2019 para R$ 678,1 milhões em comparação com R$ 476,3 milhões em 2018 como resultado do lançamento de 20 lojas exclusivas desde 31 de dezembro de 2018 e o impacto variações cambiais..

Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos

As despesas administrativas, P&D, TI e Projetos consolidadas da Companhia aumentaram para R$2.405,6 milhões em 2019 de R$2.251,3 milhões em 2018, apresentando um crescimento de 6,9% na comparação com 2018. Em relação à receita líquida, a rubrica permaneceu estável para 16,7% em 2019 de 16,8% em 2018. Esse aumento de R$ 154,3 milhões deveu-se principalmente a um aumento de R$ 92,0 milhões em despesas administrativas, P&D, TI e projetos na Natura Brasil devido a maiores despesas relacionadas aos planos de opções de ações, como resultado da concessão de novos planos e um aumento acentuado do preço das ações, além de maiores investimentos em inovação e TI.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas

As outras despesas operacionais líquidas consolidadas da Companhia aumentaram para despesas de R$49,3 milhões em 2019 em comparação com despesas de R$40,0 milhões em 2018. Essa variação deveu-se principalmente as despesas incorridas na aquisição da Avon, no total de R$ 141,3 milhões. Este efeito foi parcialmente compensado por: (1) o reconhecimento de um crédito tributário de R$ 42,3 milhões para 2019, decorrente da exclusão do ICMS do cálculo da base tributável dos impostos PIS e COFINS; (2) o reconhecimento de R$ 43,0 milhões de créditos tributários recuperados relacionados a alterações na posição tributária assumida no PIS / COFINS para 2019; e (3) reversão de provisões referentes à substituição do ICMS totalizando receita de R$ 21,4 milhões em 2019. Esses efeitos foram parcialmente compensados por despesas decorrentes da aquisição da Avon, totalizando R$ 141,3 milhões em 2019.

Receitas (despesas) financeiras líquidas

O resultado financeiro líquido consolidado da Companhia apresentou uma despesa de R$840,1 milhões em 2019 em comparação a uma despesa de R$583,3 milhões em 2018, principalmente devido a (1) despesas de estruturação da aquisição da Avon, totalizando R$ 115,8 milhões em 2019; e (2) despesas adicionais relacionadas a juros de arrendamento mercantil de R$ 134,6 milhões, decorrentes principalmente da adoção do IFRS 16.

Impostos sobre a formação da Companhia

Os impostos sobre a formação da Companhia referem-se ao imposto de renda de R$ 206,6 milhões imposto à Companhia como resultado da contribuição do capital dos acionistas controladores para o capital social da Natura, como parte do plano de reestruturação para viabilizar a aquisição da Avon. Para mais informações, consulte a nota 11 das nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

Imposto de renda e Contribuição Social

O imposto de renda e contribuição social aumentaram para R$ 149,1 milhões, comparado a R$125,0 milhões em 2018 principalmente devido a uma (1) taxa efetiva mais alta de 29,2% em 2019 comparado a 18,6% em 2018,

Lucro Líquido

Devido aos fatores descritos acima, o lucro líquido da Companhia foi reduzido a R$ 155,5 milhões (1,1% da receita líquida) comparado com o lucro líquido do período anterior de R$548,4 milhões em 2018 (4,1% da receita líquida).

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Análise Comparativa dos Resultados Consolidados - Exercícios 2018/2017

Receita líquida

Para o Exercício Social

encerrado em 31 de

dezembro

2018

2017

Variação

(em milhões de R$)

Segmento operacional

Natura Brasil ...........................................................................................

6.022,2

5.574,9

8,0%

Natura LATAM ........................................................................................

2.415,7

2.108,2

14,6%

The Body Shop .......................................................................................

3.886,0

1.456,6

166,8%

Aesop......................................................................................................

1.064,0

706,4

50,6%

Natura outros ..........................................................................................

9,5

6,6

43,9%

Lucro líquido ...........................................................................................

13.397,4

9.852,7

36,0%

A receita líquida da Companhia totalizou R$13.397,4 milhões em 2018 comparado a uma receita líquida de R$9.852,7 milhões em 2017, devido principalmente a (1) consolidação da The Body Shop, a partir de setembro de 2017, que contribuiu para a receita líquida no valor de R$ 3.886,0 milhões em 2018 e R$ 1.456,6 milhões em 2017 (período de apenas quatro meses, de setembro a dezembro);

  1. forte crescimento da Natura Brasil e Natura LATAM; e (3) crescimento acelerado de nossas operações de Aesop.

A seção a seguir apresenta uma análise dos nossos principais segmentos:

Vendas no mercado doméstico

A receita líquida da Natura Brasil aumentou 8,0%, para R$ 6.022,2 milhões em 2018, de R$ 5.574,9 milhões em 2017, principalmente devido a (1) um aumento de 6,7% em unidades vendidas para 346,0 milhões em 2018 comparado com 324,4 milhões em 2017, impulsionado principalmente pela implementação do nosso modelo de vendas direta: nossa estratégia que visa focar nas principais categorias e aumentar o avanço e a penetração de nossa plataforma digital disponível para as consultoras de beleza independentes da Natura; e (2) o impacto de R$ 171,4 milhões devido à adoção do IFRS 15 - Receita de contratos com clientes, que responde por encargos e multas adicionais por atrasos de pagamento pelas consultoras de beleza independentes como componentes variáveis recebidos em troca da transferência de mercadorias. Em 2017, essas transações foram reconhecidas como recuperação de despesas comerciais. O preço médio por unidade vendida permaneceu estável, de R$ 17,4 em 2018, comparado a R$ 17,2 em 2017.

Em 2018, a Natura propagou ainda mais seu modelo de relacionamento, aprimorando as capacidades digitais de suas consultoras de beleza independentes. No Brasil, mais de 630.000 consultoras de beleza independentes usam a plataforma móvel digital. A Natura também continuou seu crescimento omnicanal, com o lançamento de 17 lojas próprias em shopping centers, atingindo 36 lojas no final do ano. Além disso, mais de 400.000 consultoras de beleza independentes fazem negócios pela internet, através da Rede Natura.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Vendas no mercado estrangeiro

  • Natura LATAM. A receita líquida da Natura LATAM aumentou 14,6%, para R$ 2.415,7 milhões em 2018 comparado com R$ 2.108,2 milhões em 2017, principalmente devido a (1) um aumento de 11,3% em unidades vendidas, para 141,1 milhões em 2018, de 126,8 milhões em 2017, suportado pelo crescimento de vendas em todos os países da América Latina em que operamos; (2) um aumento no número médio de consultoras de beleza independentes de 9,8%, atingindo 623,8 milhões; (3) aceleração da nossa estratégia digital;
    (4) implementação do modelo de vendas direta no Chile e no Peru; (5) um aumento de R$ 40,9 milhões em 2018, como resultado da adoção do IFRS 15 - Receita de contratos com clientes - em 2018, que contabiliza encargos e multas por atrasos de pagamento por consultoras de beleza independentes como componentes variáveis recebidos em troca pela transferência de mercadorias, enquanto em 2017 esses encargos foram reconhecidos como uma recuperação das despesas de vendas; e (6) adoção por mais de 200.000 consultoras de beleza independentes da nossa plataforma móvel digital; e (7) crescimento das vendas on-line, com mais de 100.000 consultoras de beleza independentes realizando negócios pela Internet através da Rede Natura.

Além disso, em 2018, a inflação na Argentina atingiu 100% acumulada em três anos, o que desencadeou a adoção das seguintes politicas contábeis: (1) IAS 29 - Relatório Financeiro em Economias Hiperinflacionárias, que requer a atualização das demonstrações financeiras de uma entidade, cuja moeda funcional é a moeda de uma economia hiperinflacionária, a fim de refletir as mudanças no poder geral de sua moeda e (2) IAS 21 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio, em que as demonstrações financeiras da Argentina tiveram que ser traduzidas do peso argentino para o real à taxa de câmbio no final do exercício (31 de dezembro de 2018). O impacto na receita líquida de ambos os padrões para 2018 foi uma redução de R$ 44,5 milhões.

  • The Body Shop. A receita líquida da Body Shop aumentou 166,8%, para R$ 3.886,0 milhões em 2018 comparado com R$ 1.456,6 milhões em 2017, principalmente devido à consolidação da The Body Shop a partir de setembro de 2017. Para exercício social findo em 31 de dezembro de 2018, as vendas cresceram 1,8% em moeda constante quando comparadas às de 31 de dezembro de 2017. Em 31 de dezembro de 2018, a The Body Shop possuía 1.037 lojas próprias (em comparação com 1.099 em 31 de dezembro de 2017) e 1.898 lojas franqueadas (em comparação com 1.950 em 31 de dezembro de 2017).
  • Aesop. A receita líquida da Aesop aumentou 50,6% para R$ 1.064,0 milhões em 2018 comparado a R$ 706,4 milhões em 2017, devido principalmente a: (1) forte crescimento de canais e regiões, principalmente na Ásia, o maior mercado da Aesop, onde a penetração da digitalização aumentou; (2) crescimento de vendas like-for-like de lojas exclusivas de 17,8% (comparado a 31 de dezembro de 2017); e (3) um aumento no número de lojas exclusivas para 227 em 31 de dezembro de 2018 (comparado a 209 em 31 de dezembro de 2017). O número de lojas de departamento era de 92 em 31 de dezembro de 2018, uma redução quando comparado a 95 lojas em 31 de dezembro de 2017.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Custo dos produtos vendidos

O custo dos produtos vendidos foi de R$3.782,8 milhões em 2018, representando um crescimento de 29,9% comparado ao custo dos produtos vendidos de R$2.911,1 milhões em 2017, principalmente devido a: (1) consolidação de doze meses das informações financeiras da The Body Shop em 2018, totalizando R$ 943,5 milhões, em comparação com quatro meses de consolidação para 2017, contribuindo com R$ 370,5 milhões no custo dos produtos vendidos; e (2) um aumento no volume vendido. Esses efeitos foram parcialmente compensados por despesas reduzidas de depreciação e amortização relacionadas à nossa base de ativos existente.

O custo dos produtos vendidos representou 28,2% e 29,5% da receita líquida para 2018 e 2017, respectivamente, impulsionados principalmente por menores descontos no segmento da The Body Shop e pelo efeito do IFRS 15 na Natura Brasil e na Natura LATAM.

A tabela a seguir apresenta os componentes de custo dos produtos vendidos para os períodos indicados, bem como a variação anual de cada componente:

Exercício social findo em

Variação

(em milhões de R$)

2018

2017

2018/2017

(%)

Matéria-prima para produtos e embalagens(1) e produtos de

revenda(2).................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

3.223,4

2.402,3

34,2%

Mão-de-obra

276,8

261,9

5,7%

Depreciação

65,2

69,4

(6,1%)

Outros

custos

(3)

.....................................................................................................

217,4

177,4

22,5%

Custo

dos

produtos

vendidos

.....................................................................................................

3.782,8

2.911,1

29,9%

  1. Principalmente plásticos, vidros, gráficos e fragrâncias.
  2. Produtos produzidos por terceiros, sabonetes, produtos para cabelo, etc.
  3. Os "outros custos" incluem energia elétrica, água, gás, serviços de consultoria, serviços de informática dentre outros.

No que diz respeito aos nossos segmentos:

  • Em 2018, a Natura Brasil representou 50% dos nossos custos totais de produtos vendidos. O custo dos produtos vendidos da Natura Brasil aumentou 8.3% para R$R$1.895,9 milhões em 2018 comparados com R$1.750,1 milhões em 2017. Este aumento decorre do aumento em unidades vendidas. Como percentual da receita liquida, o custo de produtos vendidos permaneceu estável em 31,5% em 2018 comparado a 31,4% em 2017.
  • Em 2018, a Natura LATAM representou 22% dos nossos custos totais de produtos vendidos. O custo dos produtos vendidos da Natura LATAM aumentou 16,5% para R$824,8 milhões em 2018, comparado com R$707,7 milhões em 2017, representando 34,1% e 33,6% da receita liquida para 2018 e 2017, respectivamente. Este aumento decorre do aumento em produtos vendidos e custos de importação mais altos devido a depreciação do peso Argentino.
  • Em 2018, a The Body Shop representou 25% dos nossos custos totais de produtos vendidos, representado substancialmente pelo custo de produtos acabados produzidos por terceiros.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

O custo dos produtos vendidos da The Body Shop aumentou 154,7% para R$943,5 milhões para 2018 comparado com R$370,5 milhões para 2017, devido a consolidação de quatro meses da The Body Shop em 2017. Como percentual da receita liquida, o custo de produtos vendidos representou 24,3% em 2018 comparado com 25,4% em 2017.

  • Em 2018, a Aesop representou 3,0% dos nossos custos totais de produtos vendidos, representado substancialmente pelo custo de produtos acabados produzidos por terceiros. O custo dos produtos vendidos da Aesop aumentou 44,9% para R$116,1 milhões em 2018, comparado com R$ 80,1 milhões em 2017 e representou 10,9% e 11,3% da receita liquida para 2018 e 2017, respectivamente. Esse aumento no custo de produtos vendidos se deve principalmente a um aumento no número de unidades vendidas para 10.3 milhões em 2018, comparado com 8.3 milhões em 2017.

Lucro bruto

O lucro bruto consolidado da Companhia aumentou 38,5%, alcançando R$9.614,6 milhões em 2018, em comparação ao lucro bruto de R$6.941,6 milhões em 2017, principalmente devido a consolidação de doze meses da The Body Shop em 2018, em comparação com quatro meses em 2017. O lucro bruto da The Body Shop totalizou R$2.942,5 milhões em 2018, e R$1.086,0 milhões em 2017.

A margem bruta da Companhia, que nós calculamos como lucro bruto divido por receita liquida e expressada como um percentual, aumentou 71,8% em 2018, comparado com 70,5% em 2017. Para a Natura Brasil, Natura LATAM, The Body Shop e Aesop, a margem bruta para 2018 foi de 68,5% (68,6% em 2017), 65,9% (66,4% em 2017), 75,7% (74,6% em 2017) e 89,1% (88,7% em 2017), respectivamente.

(Despesas) e Receitas operacionais

As despesas operacionais consolidadas da Companhia totalizaram R$8.357,9 milhões em 2018, representando um crescimento de 49,7% em comparação às despesas operacionais de R$5.583,0 milhões em 2017, principalmente como resultado das variações descritas abaixo para: (1) despesas com vendas, marketing e logística; (2) despesas administrativas, P&D, TI e projetos; e (3) outras despesas operacionais.

Despesas com Vendas, marketing e logística

As despesas com vendas, marketing e logística consolidadas da Companhia aumentaram 44,5%, para R$ 6.066,6 milhões em 2018, comparado a R$ 4.198,7 milhões em 2017. Esse aumento foi devido principalmente a: (1) consolidação de doze meses da The Body Shop em 2018, contra quatro meses em 2017; e (2) a adoção do IFRS 15 em 2018, que contabiliza encargos e multas por atrasos de pagamento pelas consultoras de beleza independentes como componentes variáveis recebidos em troca da transferência de mercadorias, enquanto em 2017 esses encargos foram reconhecidos como uma recuperação das despesas de vendas na Natura Brasil e na Natura LATAM, aumentando assim essas despesas em 2018.

Como percentual da receita líquida, as despesas com vendas, marketing e logística totalizaram 45,3% em 2018, contra 42,6% em 2017. O principal efeito é observado na The Body Shop, que em 2018 consolidou o ano inteiro contra quatro meses em 2017, de setembro a dezembro, quando as receitas são maiores devido à sazonalidade.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Despesas Administrativas, P&D, TI e Projetos

As despesas administrativas, de P&D, TI e projetos aumentaram 46,6%, para R$ 2.251,3 milhões em 2018, de R$ 1.535,9 milhões em 2017. Esse aumento foi devido principalmente a: (1) consolidação de doze meses do The Body Shop em 2018, contra quatro meses em 2017; e (2) maior provisão de plano de retenção na Aesop, refletindo seu desempenho superior em relação a 2017.

Como percentual da receita líquida, as despesas administrativas, de P&D, TI e projetos aumentaram para 16,8% em 2018, comparados a 15,6% em 2017. Esse aumento foi devido principalmente à consolidação do The Body Shop, que em 2018 consolidou um ano inteiro de informações financeiras consolidadas contra quatro meses em 2017, de setembro a dezembro, quando as receitas são maiores devido à sazonalidade.

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas

As outras receitas (despesas) operacionais, líquidas, consolidadas da Companhia foram alteradas para despesas de R$ 39,9 milhões em 2018, contra uma receita de R$ 151,7 milhões em 2017. Essa alteração ocorreu principalmente devido a: (1) despesas totalizando R$ 98,5 milhões em 2018 relacionadas à implementação do plano de transformação da The Body Shop, que inclui iniciativas como rejuvenescimento da marca, redesenho da organização, otimização das operações de varejo, entre outras; (2) a reversão, em 2017, de uma obrigação tributária para incluir o ICMS na base de cálculo dos impostos PIS e COFINS, resultando em um impacto positivo de R$ 197,2 milhões; (3) reversão da provisão de IPI em 2017 (a provisão foi imposta pelo Decreto nº 8.393 / 2015), resultando em um impacto positivo de R$ 133,6 milhões, como resultado de um menor risco de perda em uma ação judicial, com base em jurisprudência recente favorável e decisões judiciais a nosso favor, com o apoio de nossos consultores jurídicos; e (4) R$ 30,0 milhões em subsídios do BNDES, FINAME e FINEP registrados para 2017, em oposição a zero em 2018 (refere-se à reclassificação da despesa de juros de empréstimos subsidiados como resultado do pronunciamento contábil financeiro IAS 20

  • Contabilização de Subvenções Governamentais e divulgação de assistência governamental). Tais efeitos foram parcialmente compensados por: (1) R$ 87,1 milhões em despesas relacionadas à aquisição da The Body Shop em 2017 (zero em 2018) e (2) R$ 38,8 milhões em contingências tributárias registradas em 2017, contra R$ 0,7 milhão em 2018.

Receitas (despesas) financeiras líquidas

As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 583,3 milhões em 2018, comparado a R$ 387,4 milhões em 2017, devido principalmente a: (1) juros mais altos de financiamento de R$ 631,5 milhões em 2018, comparados a R$ 387,7 milhões em 2017 (2) reconhecimento de R$ 70,3 milhões em benefício decorrente de uma redução de juros ao aderir ao Programa de Regulação Tributária Especial (PERT) estabelecido pela Lei Federal nº 13.496 / 17 em 2017; (3) ganho devido à reversão de juros sobre provisão para riscos e passivos fiscais e reconhecimento de ativo contingente de R$ 129,8 milhões em 2017 contra um ganho de R$ 89,2 milhões em 2018; (4) redução das despesas com juros sobre provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas e passivos fiscais para R$ 22,0 milhões em 2018 comparado com R$ 89,8 milhões em 2017, compensados por (5) custos financeiros associados à aquisição da The Body Shop no valor de R$ 102,5 milhões para 2017.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Imposto de Renda e Contribuição Social

As despesas com imposto de renda e contribuição social diminuíram para R$ 125,0 milhões em 2018, de R$ 300,9 milhões em 2017, principalmente devido à redução do lucro líquido antes de impostos, para R$ 673,4 milhões em 2018, comparado com R$ 971,2 milhões em 2017, e uma menor taxa efetiva de imposto de renda de 18,6% em 2018, contra 31,0% no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017. A taxa de imposto menor é decorrente das recuperações de impostos no Brasil, reconhecimento de créditos tributários diferidos na Natura Brasil e na The Body Shop e maior acumulação de juros sobre capital próprio.

Lucro Líquido

Pelas razões acima expostas, nosso lucro líquido do exercício aumentou para R$548,4 milhões em 2018 (4,1% da receita líquida), comparado a R$670,3 milhões em 2017 (6,8% da receita líquida).

Balanço Patrimonial

Ativos in R$

Ativos Circulantes

Caixa e equivalentes de caixa

Títulos e valores mobiliários

Contas a receber de clientes

Contas a receber de clientes - partes relacionadas

Estoques

Impostos a recuperar

Imposto de renda e contribuição social

Instrumentos Financeiros derivativos

Outros ativos ciruclantes

Total dos ativos circulantes

Ativos não ciruclantes

Impostos a recuperar

Imposto de renda e contribuição social

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Depósitos judiciais

Instrumentos Financeiros derivativos

Títulos e valores mobiliários

Outros ativos não circulantes

Total dos ativos realizável a longo prazo

Imobilizado

Intangivel

Direito de uso

2019

A.V

A.H

2018

A.V

A.H

2017

4.513.582

21,3%

271,5%

1.215.048

7,9%

-28,2%

1.693.131

1.025.845

4,8%

-15,6%

1.215.377

7,9%

-38,5%

1.977.305

1.685.764

8,0%

-0,3%

1.691.581

11,0%

12,2%

1.507.921

-

0,0%

0,0%

-

0,0%

0,0%

-

1.430.550

6,8%

4,8%

1.364.672

8,9%

9,7%

1.243.925

395.640

1,9%

4,3%

379.253

2,5%

80,1%

210.563

113.478

0,5%

-65,3%

326.803

2,1%

65,5%

197.478

-

0,0%

0,0%

-

0,0%

-100,0%

14.778

265.198

1,3%

0,8%

263.025

1,7%

24,5%

211.208

9.430.057

44,5%

46,1%

6.455.759

42,0%

8,5%

7.056.309

409.214

1,9%

11,0%

368.640

2,4%

-16,1%

439.139

334.671

1,6%

-

-

0,0%

0,0%

-

374.448

1,8%

-6,0%

398.400

2,6%

15,8%

344.153

337.255

1,6%

1,1%

333.577

2,2%

4,4%

319.433

737.378

3,5%

26,2%

584.308

3,8%

-

-

7.402

0,0%

-

-

0,0%

0,0%

-

83.836

0,4%

62,5%

51.606

0,3%

11,8%

46.145

2.284.204

10,8%

31,5%

1.736.531

11,3%

51,2%

1.148.870

1.773.889

8,4%

-20,7%

2.236.714

14,5%

-1,8%

2.276.674

5.076.501

24,0%

2,5%

4.950.545

32,2%

10,6%

4.475.609

2.619.861

12,4%

-

-

0,0%

0,0%

-

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Ativos in R$

Total dos ativos não circulantes

Total dos ativos

Passivos e Patrimônio Líquido em R$

Circulantes

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Arrendamento mercantil

Fornecedores e operações de "risco sacado" Fornecedores - partes relacionadas

Salários, participações nos resultados e encargos sociais

Obrigações tributárias

Imposto de renda e contribuição social

Dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar

Instrumentos financeiros derivativos

Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

Outros passivos circulantes

Total dos passivos circulantes

Não Circulantes

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Arrendamento mercantil

Arrendamento mercantil

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

Outros passivos não circulantes

Total dos passivos não circulantes

Patrimônio Líquido

Capital social

Ações em tesouraria

Reservas de capital

Reservas de lucros

Dividendo Adicional Proposto

Deságio em transações de capital

Ajustes de avaliação patrimonial

Total do patrimônio líquido

Total dos passivos e patrimônio líquido

2019

A.V

A.H

2018

A.V

A.H

2017

11.754.455

55,5%

31,7%

8.923.790

58,0%

12,9%

7.901.153

21.184.512

100,0%

37,7%

15.379.549

100,0%

2,8%

14.957.462

2019

A.V

A.H

2018

A.V

A.H

2017

3.354.355

15,8%

201,4%

1.113.095

7,2%

-72,7%

4.076.669

542.088

2,6%

688,3%

68.764

0,4%

-

-

1.829.756

8,6%

5,4%

1.736.791

11,3%

11,8%

1.553.763

-

0,0%

0,0%

-

0,0%

0,0%

-

560.376

2,6%

-2,4%

574.381

3,7%

56,9%

366.028

320.890

1,5%

3,5%

310.093

2,0%

14,9%

269.850

388.238

1,8%

112,1%

183.030

1,2%

23,7%

147.942

95.873

0,5%

-37,3%

152.979

1,0%

-24,1%

201.652

11.806

0,1%

-82,9%

69.189

0,4%

-

-

18.650

0,1%

-8,5%

20.389

0,1%

17,5%

17.357

396.391

1,9%

17,2%

338.170

2,2%

21,3%

278.744

7.518.423

35,5%

64,6%

4.566.881

29,7%

-33,9%

6.912.005

7.432.019

35,1%

8,0%

6.881.050

44,7%

30,9%

5.255.231

1.975.477

9,3%

423,3%

377.471

2,5%

-

-

122.569

0,6%

-25,9%

165.326

1,1%

-15,3%

195.127

450.561

2,1%

4,4%

431.534

2,8%

2,2%

422.369

201.416

1,0%

-16,6%

241.418

1,6%

-8,8%

264.689

121.702

0,6%

-14,2%

141.767

0,9%

-48,1%

273.295

10.303.744

48,6%

25,1%

8.238.566

53,6%

28,5%

6.410.711

1.485.436

7,0%

247,8%

427.073

2,8%

0,0%

427.073

-

0,0%

-100,0%

(19.408)

-0,1%

-40,4%

-32.544

1.302.990

6,2%

295,6%

329.330

2,1%

111,5%

155.721

(149.020)

-0,7%

-110,4%

1.437.015

9,3%

27,9%

1.123.226

-

0,0%

0,0%

-

0,0%

0,0%

-

(92.066)

-0,4%

0,0%

(92.066)

-0,6%

0,0%

-92.066

815.005

3,8%

65,6%

492.158

3,2%

822,8%

53.336

3.362.345

15,9%

30,6%

2.574.102

16,7%

57,5%

1.634.746

21.184.512

100,0%

37,7%

15.379.549

100,0%

2,8%

14.957.462

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Comparação das principais contas patrimoniais em 2019 e 2018

A seguir a Diretoria da Companhia comenta as principais variações nas rubricas do balanço patrimonial. Os comentários, de acordo com a orientação da CVM, devem ser restritos aos itens que tenham apresentado alterações significativas nos períodos analisados.

Ativo Circulante

Em 2019, o ativo circulante era de R$ 9.430,0 milhões, 46,1% superior a 2018, quando o saldo era de R$ 6.455,8 milhões. Este cenário decorreu, principalmente, do aumento do fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais em parte devido ao perfil de dívidas mais alongadas.

Caixa e equivalentes de caixa e Títulos e valores mobiliários

Em 2019, o total dos saldos de caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários era de R$ 5.539,4 milhões, 127,9% superior a 2018. Conforme comentado anteriormente, houve forte geração de caixa, favorecido pelo nível de atividade operacional do Grupo e captação de recursos via mercado de capitais. Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários juntos representam 26,1% do ativo total em 2019, em comparação com 15,8% em 2018.

Contas a receber de clientes

Em 2019, as contas a receber de clientes totalizavam R$ 1.685,8 milhões, 0,3% inferior a 2018, cujo total era de R$ 1.691,6. As contas a receber de clientes representavam 8,0% do nosso ativo em 2019, em comparação com 11,0% em 2018. Isso é principalmente explicado pela melhora na liquidez de giro na Natura Brasil e Latam, dados os menores níveis de contas a receber.

Estoques

Em 2019, o saldo da conta estoques era de R$ 1.430,6 milhões, 4,8% superior a 2018 que era de R$ 1.364,7 milhões devido a um aumento nas vendas em operações internacionais (aumento na produção). A conta de estoques representava 6,8% do nosso ativo em 2019, em comparação com 8,9% em 2018.

Ativo Não circulante

Em 2019, o ativo não circulante era de R$ 11.754,5 milhões, 31,7% superior a 2018. Este aumento decorreu, principalmente, em função do reconhecimento do direito de uso de ativos subjacentes em contratos de arrendamento no total de R$ 2.619,9 milhões. Maiores detalhes sobre a implementação da nova norma contábil, que tornou este registro obrigatório, consulte o item 10.4 deste Formulário de Referência.

Imobilizado e intangível

O saldo da conta de imobilizado e intangível, em conjunto, totalizou R$6.850,4 milhões, uma redução de 4,7% comparado a 2018, que totalizou R$7.187,3 milhões. Essa variação é decorrente da transferência de R$631,6 milhões para direito de uso (ativos fixos e fundo de comércio). A conta de imobilizado e intangível representava 32,3% dos nossos ativos em 2019, em comparação com 46,7% em 2018.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Direito de uso

Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia tinha o saldo líquido de R$ 2.619,9 milhões na rubrica de direito de uso. Detalhes do registro deste saldo foram documentados no item 10.4 deste Formulário de Referência.

Impostos a recuperar

Em 2019, o saldo dos Impostos a recuperar era de R$ 409,2 milhões, 11,0% superior ao saldo registrado na rubrica em 2018, que era de R$ 368,6. A conta de Impostos a recuperar representava 1,9% do nosso ativo em 2019, em comparação com 2,4% em 2018. A variação se deve principalmente ao reconhecimento dos créditos referente a exclusão do ICMS sobre a base de cálculo do PIS e COFINS, cujo trânsito em julgado do processo ocorreu durante o exercício de 2019 e acúmulo de crédito oriundo do processo de apuração nos produtos monofásicos.

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 2019, o saldo das rubricas de imposto de renda e contribuição social diferidos era de R$ 374,4 milhões, 6,0% menor que o saldo da conta em 2018. Esta variação deve-se, principalmente, pela redução do saldo de prejuízos fiscais e bases negativas acumulados em 2019 e outras diferenças temporárias, as quais estão apresentadas, de forma comparativa, na nota 11 das Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2019. A conta de imposto de renda e contribuição social diferidos representava 1,8% do nosso ativo em 2019, em comparação com 2,6% em 2018.

Passivo Circulante

Em 2019, o passivo circulante era de R$ 7.518,4 milhões, 35,5% superior a 2018 que era de R$ 4.566,9. Este aumento decorreu, principalmente, da captação de recursos por meio de notas promissórias para reforçar o caixa e pagamento de custos incorridos na estruturação da operação que envolve a aquisição da Avon.

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Em 2019, o saldo da conta empréstimos, financiamentos e debêntures era de R$ 3.354,4 milhões, 201,4% maior do que em 2018, decorrente da captação de notas promissórias conforme comentado acima. A conta empréstimos, financiamentos e debêntures representavam 15,8% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2019, em comparação com 7,2% em 2018.

Arrendamento mercantil

Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia acumulava obrigação relacionada a contratos de arrendamento no curto prazo no total de R$ 542,1 milhões. Detalhes do registro deste saldo foram documentados no item 10.4 deste Formulário de Referência.

Fornecedores e outras contas a pagar

Em 2019, o saldo de fornecedores e outras contas a pagar era de R$ 1.829,8 milhões, representando um aumento de 5,4% em relação a 2018. A conta fornecedores e outras contas a pagar representava 8,6% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2019, em comparação com 11,3% em 2018.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Passivo Não Circulante

Em 2019, o passivo não circulante era de R$ 10.303,7 milhões, 25,1% superior a 2018. Esta variação decorreu, principalmente, do aumento de empréstimos, financiamentos e debêntures no exercício.

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Em 2019, os empréstimos, financiamentos e debêntures eram de R$ 7.432,0 milhões, apresentando um aumento de 8,0% em relação a 2018. A conta de empréstimos, financiamentos e debêntures representava 35,1% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2019, e 44,7% em 2018.

Arrendamento mercantil

Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia acumulava obrigação relacionada a contratos de arrendamento no longo prazo no total de R$ 1.975,5 milhões, comparado com R$ 377,8 em 2018. Detalhes do registro deste saldo foram documentados no item 10.4 deste Formulário de Referência.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido, de R$ 2.574,1 milhões em 2018, passou para R$ 3.362,3 milhões em 2019, substancialmente pelo aumento de 247,8% no capital próprio, que era de R$ 427,1 milhões em 2018 e passou para R$ 1.485,4 milhões em 2019.

Demais contas patrimoniais

As contas patrimoniais não discutidas acima não apresentaram variações significativas na comparação entre os saldos de 2019 versus 2018 e/ou não eram representativas perante o ativo/passivo total.

Comparação das principais contas patrimoniais em 2018 e 2017

Ativo Circulante

Em 2018, o ativo circulante era de R$6.455,8 milhões, 8,5% inferior a 2017 que era de R$ 7.056,3. Este cenário decorreu, principalmente, pela redução de caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários, líquida do aumento de impostos a recuperar.

Caixa e equivalentes de caixa e Títulos e valores mobiliários

Em 2018, o total dos saldos de caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários era de R$2.430,4 milhões, 33,8% inferior a 2017. Esta variação é explicada substancialmente pela liquidação de empréstimos, financiamentos e debêntures. Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários juntos representam 15,8% do ativo total em 2018, em comparação com 24,5% em 2017.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Contas a receber de clientes

Em 2018, as contas a receber de clientes totalizavam R$1.691,6 milhões, 12,2% superior a 2017, cujo total era de R$ 1.507,9 milhões. As contas a receber de clientes representavam 11% do nosso ativo em 2018, em comparação com 10,1% em 2017. Este aumento de saldos se deu principalmente pelo aumento das vendas e maior representatividade das operações internacionais, incluindo a aquisição da The Body Shop.

Estoques

Em 2018, o saldo da conta estoques era de R$1.364,7 milhões, 9,7% superior a 2017 que era de R$1.243,9 milhões. Essa variação se deve principalmente ao crescimento de vendas nas operações internacionais, incluindo a The Body Shop, adquirida em 2017. A conta de estoques representava 8,9% do nosso ativo em 2018, em comparação com 8,3% em 2017.

Ativo Não circulante

Em 2018, o ativo não circulante era de R$8.923,8 milhões, 12,9% superior a 2019. Este aumento decorreu, principalmente, em função do resultado positivo com instrumentos financeiros derivativos no total de R$584,3 milhões em 2018, contratados para proteção de empréstimos em moeda estrangeira.

Imobilizado e Intangível

Em 2018, as rubricas imobilizado e intangível possuíam um saldo de R$7.187,3 milhões, 6,4% maior que em 2017, cujo saldo era de R$ 6.752,3. Esta variação é decorrente do volume de investimentos (Capex), destinados a projetos de produção, logística e tecnologia, indispensáveis para a sustentação do nosso crescimento. A conta imobilizado e intangível representava 46,7% de nosso ativo total em 2018, em comparação com 45,1% em 2017.

Impostos a recuperar

Em 2018, o saldo dos Impostos a recuperar era de R$368,6 milhões, 16,1% menor que em 2017 que era de R$ 439,1. A conta de Impostos a recuperar representava 2,4% do nosso ativo em 2018, em comparação com 2,9% em 2017.

Imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 2018, o saldo dos impostos de renda e contribuição social diferidos era de R$398,4 milhões, 15,8% maior que em 2017. Esta variação deve-se, principalmente, pelos prejuízos fiscais e bases negativas acumulados em 2018 e aumento de provisões. A conta de imposto de renda e contribuição social diferidos representava 2,6% do nosso ativo em 2018, em comparação com 2,3% em 2017.

Passivo Circulante

Em 2018, o passivo circulante era de R$4.566,9 milhões, 33,9% inferior a 2017 que era de R$ 6.912,0. Essa redução decorreu, principalmente, da substituição de linhas de empréstimos de curto prazo por linhas de longo prazo.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Em 2018, o saldo da conta empréstimos, financiamentos e debêntures era de R$1.181,9 milhões, 71,0% menor do que em 2017. A conta empréstimos, financiamentos e debêntures representavam 7,7% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, em comparação com 27,3% em 2017.

Fornecedores e outras contas a pagar

Em 2018, o saldo de fornecedores e outras contas a pagar era de R$1.736,8 milhões, representando um aumento de 11,8% em relação a 2017. A conta fornecedores e outras contas a pagar representava 11,3% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, em comparação com 10,4% em 2017.

Salários, participações nos resultados e encargos sociais

Em 2018, a conta de salários, participações no resultado e encargos sociais era de R$574,4 milhões, comparado com R$366,0 milhões em 2017, representando um aumento de 56,9% substancialmente pelo atingimento das metas de PLR do ano de 2018. A conta salários, participações nos resultados e encargos sociais representava 3,7% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, em comparação com 2,4% em 2017.

Obrigações tributárias

Em 2018, o saldo das obrigações tributárias era de R$310,1 milhões, comparado com R$269,9 milhões em 2017, demonstrando um aumento de 14,9% decorrente, substancialmente, do aumento do faturamento nas operações internacionais. A conta obrigações tributárias representava 2% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, em comparação com 1,8% em 2017.

Outros passivos circulantes

Em 2018, o saldo da conta de outros passivos circulantes era de R$338,2 milhões, comparado com R$278,7 milhões em 2017, demonstrando aumento de 21,3%. A conta de outros passivos circulantes representava 2,2% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, e 1,9% em 2017.

Passivo Não Circulante

Em 2018, o passivo não circulante era de R$ 8.238,6 milhões, 28,5% superior a 2017. Esta variação decorreu, principalmente, do aumento de empréstimos, financiamentos e debêntures no exercício.

Empréstimos, financiamentos e debêntures

Em 2018, os empréstimos, financiamentos e debêntures eram de R$7.258,5 milhões, apresentando um aumento de 38,1% em relação a 2017. A conta de empréstimos, financiamentos e debêntures representava 47,2% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, e 35,1% em 2017.

Obrigações tributárias

Em 2018, a conta obrigações tributárias era de R$165,3 milhões, comparado com R$195,1 milhões em 2017, demonstrando uma redução de 15,3%. A conta obrigações tributárias representava 1,1% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, em comparação com 1,3% em 2017.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Outros passivos não circulantes

Em 2018, a conta outros passivos não circulantes eram de R$141,8 milhões, comparado com R$273,3 milhões em 2017, demonstrando redução de 48,1%. Os outros passivos não circulantes representavam 0,9% de nosso passivo total e patrimônio líquido em 2018, e 1,8% em 2017.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido de R$1.634,7 milhões em 2017 passou para R$2.574,1 milhões em 2018, substancialmente pelo aumento de 126,1% dos outros resultados abrangentes para R$438,8 milhões comparado com R$194.1 milhões em 2017, decorrente dos efeitos cambiais.

Demais contas patrimoniais

As contas patrimoniais não discutidas acima não apresentaram variações significativas na comparação entre os saldos de 2018 versus 2017 e/ou não eram representativas perante o ativo/passivo total.

Comparação do fluxo de caixa em 2019, 2018 e 2017

A tabela a seguir mostra nossos fluxos de caixa consolidados para os períodos indicados:

Referente ao Exercício Fiscal

Encerrado em 31 de dezembro de

Variação

2019

2018

2017

2019/2018

2018/2017

(em milhões de R$)

Caixa líquido proveniente de (usado nas)

atividades operacionais ............................

1.300,4

844,3

990,7

54,0%

(14,8)%

Caixa líquido utilizado em atividades de

investimento..............................................

(314,4)

389,1

(4.842,4)

(180,8%)

(108,1%)

Caixa líquido proveniente de (usado em)

atividades de financiamento .....................

2.312,4

(1.751,4)

4.453,4

(232,0%)

(139,3%)

Aumento (redução) líquido de caixa e

equivalentes de caixa ...............................

3.298,6

(478,1)

601,6

(789,9%)

(179,5%)

Caixa e equivalentes de caixa no início do

período......................................................

1.215,0

1.693,1

1.091,5

(28,2%)

55,1%

Caixa e equivalentes de caixa no final do

período

4.513,6

1.215,0

1.693,1

(271,5%)

(28,2)%

Em 31 de dezembro de 2019, o caixa e equivalentes de caixa consolidados totalizavam R $ 4.513,6 milhões em comparação com R $ 1.215,0 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2018. Em 31 de dezembro de 2017, o caixa e equivalentes de caixa consolidados totalizavam R $ 1.693,1 milhões.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

Fluxo de caixa líquido proveniente de (usado em) atividades operacionais

O caixa líquido proveniente de atividades operacionais totalizou R$1.300,4 milhões em 2019 em comparação ao caixa líquido proveniente de atividades operacionais de R$844,3 milhões em 2018. Essa alteração se deveu principalmente ao lucro líquido maior para o período após reajustes de rubricas não caixa, principalmente devido a um aumento em depreciação e amortização de R$ 527,5 milhões como resultado da implementação da IFRS 16. Enquanto essa nova norma contábil impactou de forma positiva o fluxo de caixa líquido proveniente de atividades operacionais, ela impactou de forma negativa o caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamento, conforme descrito com mais detalhes abaixo.

O caixa líquido proveniente de atividades operacionais atingiu R$ 844,3 milhões em 2018 comparado a R$ 990,7 milhões em 2017. Essa alteração se deveu principalmente a um aumento em imposto de renda e contribuição social pagos e pagamento de juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures compensados por um aumento em reajustes para conciliação de lucro líquido para o ano reajustado por rubricas conciliadas para fluxos de caixa líquido e a redução de liquidação de instrumentos financeiros derivativos.

Caixa líquido utilizado em atividades de investimento

O caixa líquido usado em atividades de investimento totalizou R$314,4 milhões em 2019 em comparação ao caixa líquido proveniente de atividades de investimento de R$389,1 milhões em 2018. Essa alteração se deu principalmente a uma redução nos resgates líquidos de valores mobiliários de R$9.187,7 milhões em 2018 para R$7.345,4 milhões em 2019, e um aumento na aquisição de ativo imobilizado e bens intangíveis de R$485,0 milhões em 2018 para R$586,4 milhões em 2019, compensados por uma redução nos investimentos em valores mobiliários de R$8.483,7 milhões em 2018 para R$7.161,5 milhões.

O caixa líquido proveniente de atividades de investimento totalizou R$389,1 milhões em 2018 em comparação aos R$4.842,4 milhões em 2017. Essa alteração se deu principalmente a um resgate líquido de valores mobiliários de R$704,1 milhões em 2018, em comparação a um investimento líquido de R$1.060,6 milhões em 2017, e a aquisição da The Body Shop pela Natura Cosméticos, sem o caixa adquirido, no valor de R$3.880,9 milhões em 2017.

Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamento

O caixa líquido proveniente de atividades de financiamento totalizou R$2.312,4 milhões em 2019 em comparação ao caixa líquido usado em atividades de financiamento de R$1.751,4 milhões em 2018. Essa alteração se deveu principalmente a: (1) uma redução na amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures de R$6.552,2 milhões em 2018 para R$2.643,6 milhões em 2019, devido à liquidação de notas promissórias comerciais em 2018; (2) um aporte de capital de R$206,6 milhões em 2019 dos acionistas controladores da Natura Cosméticos relacionados à Reestruturação Societária; (3) um aumento líquido em novos empréstimos, financiamentos, locações e debêntures de R$5.015,3 milhões em 2018 para R$5.346,1 milhões em 2019, devido à emissão de novas notas promissórias em dezembro de 2019; (4) um aumento de R$451,7 milhões no pagamento de passivos de locação como resultado da adoção da IFRS 16; e (5) o recebimento de R$52,7 milhões do exercício da opção de compra de ações.

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10.1 - Condições Financeiras E Patrimoniais Gerais

O caixa líquido usado em atividades de financiamento atingiu R$1.751,4 milhões em 2018 em comparação aos R$4.453,4 milhões provenientes em 2017. Essa alteração se deu principalmente a um aumento na amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures em 2018, totalizando R$6.552,2 milhões em 2018 e R$1.679,4 milhões em 2017, além da redução de R$6.391,0 milhões em 2017 para R$5.015,3 milhões em 2018 de novos empréstimos, financiamentos, locações financeiras e debêntures levantadas.

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10.2 - Resultado Operacional E Financeiro

10.2 - Resultado Operacional E Financeiro

  1. resultados das operações da Companhia, em especial
  1. descrição de quaisquer componentes importantes da receita

Receita Bruta de Vendas

No Brasil, a Companhia atua de forma integrada no setor higiene pessoal, fragrâncias e cosméticos (HPPC ou CFT), desenvolvendo, fabricando, distribuindo e comercializando produtos. Também está presente em outros sete países da América Latina, Europa e América do Norte com a marca Natura, quais sejam: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Peru, França e Estados Unidos. A Companhia é também detentora de 100,00% de participação societária na (i) Emeis Holdings Pty Ltd., uma fabricante australiana de cosméticos e produtos de beleza premium que opera sob a marca "Aesop" na Austrália, Ásia, Europa, América do Norte e Brasil; e da (ii) The Body Shop International Limited, sociedade domiciliada, registrada e constituída segundo as leis da Inglaterra, que tem como atividades desenvolver, distribuir e vender cosméticos e produtos de beleza e opera sob a marca "The Body Shop" na África, Ásia, América do Norte, América do Sul, Europa e Oceania, sendo que a comercialização ocorre através de lojas próprias, e-commerce e lojas franqueadas.

Em 2019, 43,5% da nossa receita líquida foi derivada do nosso segmento no Brasil e provém da venda de nossos produtos para nossas consultoras. Nossa receita provém quase que em sua totalidade das nossas operações e o número de consultoras e sua produtividade são os principais impulsionadores do crescimento de nossa receita operacional bruta. A receita denominada em moeda estrangeira é proveniente da venda de produtos nos países onde operamos com as marcas Natura, Aesop e The Body Shop, além das exportações realizadas para nosso distribuidor na Bolívia e Duty Free.

Indicamos na tabela a seguir a participação das vendas das operações Natura no Brasil e as vendas por meio de nossas subsidiárias, as quais respondiam em conjunto por 56,5% da nossa receita líquida no exercício social findo em 31 de dezembro de 2019:

Exercício Social Findo em 31 de dezembro de,

2019

2018

2017

Subsidiárias

Operações Natura Brasil

43,5%

45,1%

56,8%

Operações LATAM

18,8%

17,9%

21,2%

Operações Aesop

9,0%

7,9%

7,2%

Operações The Body Shop (a)

28,6%

29,0%

14,8%

Outros (Bolívia, Duty Free

França e EUA)

0,1%

0,1%

0,1%

Total Subsidiárias

56,5%

54,9%

43,2%

Total

100,0%

100,0%

100,0%

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10.2 - Resultado Operacional E Financeiro

  1. fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

Ambiente Macroeconômico

Nossos resultados operacionais dependem, em grande parte, do nível de demanda de nossos produtos nos países em que operamos. A demanda por nossos produtos nesses países é afetada pelo desempenho de suas respectivas economias em termos de produto interno bruto (PIB), bem como pelos níveis predominantes de emprego, inflação e taxas de juros. Nossos resultados são afetados, em específico, pelo ambiente econômico do Brasil, e os resultados da The Body Shop são substancialmente afetados pelo ambiente econômico do Reino Unido.

Além disso, o recente surto de COVID-19 está se alastrando rapidamente e pode impactar de forma significativa a demanda em 2020. As operações comerciais na Ásia, Europa e Estados Unidos estão sendo afetadas em razão das interrupções e fechamentos de fábricas, trabalhadores mantidos em quarentena e escassez de componentes, o que impacta diretamente a disponibilidade dos produtos e serviços. Essas interrupções das cadeias de fornecedores globais podem afetar as empresas do mundo todo e debilitar a demanda por parte dos clientes. Não é possível prever os efeitos, pois, em 2020, a economia global pode sofrer uma desaceleração.

Brasil

O ambiente econômico brasileiro tem sido historicamente caracterizado por variações significativas no crescimento econômico, inflação, juros e taxas de câmbio. Uma parcela significativa de nossas operações está localizada no Brasil. Dessa forma, nossas receitas e lucratividade são afetadas por desenvolvimentos políticos e econômicos no Brasil e pelo efeito que esses fatores têm sobre a disponibilidade de crédito, renda disponível, taxas de emprego e salários médios no Brasil. Nossas operações e o setor em geral podem ser afetados por mudanças nas condições econômicas.

O Brasil é a maior economia da América Latina, medida pelo PIB. A tabela a seguir mostra os dados do PIB real, inflação e taxa de juros no Brasil e a taxa de câmbio dólar / real nas datas e nos períodos indicados.

Exercício Social Findo em 31 de dezembro de,

2019

2018

2017

Crescimento do PIB..........................................................

1,1%

1,3%

1,3%

Inflação (IGP-M) ...............................................................

7,3%

7,5%

(0,5)%

Inflação (IPCA)(1) .............................................................

4,3%

3,7%

2,9%

Taxa interbancária - CDI (2) ............................................

6,0%

6,4%

9,9%

Taxa de juros a longo prazo (média)(3)............................

5,6%

7,0%

7,0%

Taxa de câmbio no final do período por U.S.$1,00 ..........

R$4,031

R$3,875

R$3,308

Taxa de câmbio média por U.S.$1,00 ..............................

R$3,946

R$3,656

R$3,193

Apreciação (depreciação) do real em relação ao dólar

americano (4) ...............................................................

(4,0)%

(17,1)%

(1,5)%

Fontes: IBGE, Banco Central Brasileiro, B3 e FGV.

  1. IPCA é índice de preço do consumidor calculado pelo IBGE.
  2. CDI refere-se às taxas médias de empréstimos interbancários no Brasil, acumuladas no período correspondente.
  3. A taxa de juros de longo prazo (TJLP) é a taxa aplicável a empréstimos de longo prazo pelo BNDES, a partir do final do período.
  4. Comparação da taxa de câmbio PTAX no final do último dia do período com o dia imediatamente anterior ao primeiro dia do período discutido. A PTAX é a taxa de câmbio calculada no final de cada dia pelo Banco Central do Brasil. É a taxa média de todos os negócios realizados em dólares americanos na data determinada no mercado de câmbio interbancário.

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10.2 - Resultado Operacional E Financeiro

A estabilidade econômica geral no Brasil, após o início da crise financeira global em 2009, permitiu ao Banco Central do Brasil continuar sua política de redução das taxas de juros. Devido à inflação e outras preocupações macroeconômicas gerais, o Banco Central do Brasil começou a aumentar as taxas de juros, por meio da SELIC, uma taxa simples de juros, atingindo 10,00% no final de 31 de dezembro de 2013, 11,75% no final de 31 de dezembro de 2014 e 14,25% ao final de 31 de dezembro de 2015. Após mudanças nos cenários econômico e político, o Banco Central do Brasil passou a reduzir as taxas de juros desde então, fazendo com que a SELIC alcançasse 13,75% em 31 de dezembro de 2016, 7,00% em 31 de dezembro de 2017, 6,50% em 31 de dezembro de 2018 e 4,50% em 31 de dezembro de 2019.

A instabilidade econômica e a crise política recente no Brasil contribuíram para o declínio da confiança do mercado na economia brasileira. Apesar da recuperação contínua da economia brasileira, espera-se que as fracas condições macroeconômicas no Brasil continuem ao longo de 2020. Além disso, várias investigações em andamento sobre alegações de lavagem de dinheiro e corrupção estão sendo conduzidas pelo Procuradoria Geral da República, incluindo uma das maiores investigações conhecidas como "Lava Jato" impactaram negativamente a economia e o ambiente político brasileiro.

Nos últimos anos, houve uma turbulência política significativa em relação ao impeachment da ex- presidente (que foi destituída do cargo em agosto de 2016) e às investigações em andamento de seu sucessor (que deixou o cargo em janeiro de 2019) como parte do processo contínuo das investigações da "Lava Jato". Além disso, manifestações políticas no Brasil nos últimos anos afetaram o desenvolvimento da economia brasileira e as percepções dos investidores sobre o Brasil. Por exemplo, os protestos de rua, que começaram em meados de 2013 e continuaram até 2016, demonstraram a insatisfação do público com a piora da economia brasileira (incluindo um aumento na inflação e nos preços dos combustíveis, além do aumento do desemprego) e a percepção de corrupção generalizada. Além disso, em outubro de 2018, foram realizadas eleições presidenciais no Brasil, e o Sr. Jair Bolsonaro venceu as eleições e assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2019. Em 2019, houve mais um importante passo para as finanças do país: a Reforma da Previdência. Como a Previdência representa cerca de metade das despesas do Governo Federal e a conta cresce juntamente com o envelhecimento da população, era necessária uma boa reforma para que fosse possível cumprir o Teto de Gastos. Com o desemprego elevado e a inflação abaixo do centro da meta, num contexto externo de inflação e juros baixos, o Banco Central reduziu a taxa básica Selic para patamares históricos. A soma das reformas com os fatores conjunturais se refletiu na queda expressiva da curva de juros de longo prazo em 2019, com impactos muito positivos nos preços das ações e outros ativos. O déficit primário do setor público consolidado, excluindo estatais financeiras e empresas dos grupos Petrobras e Eletrobrás, totalizou R$33,0 bilhões nos dez primeiros meses de 2019, ante déficit de R$51,5 bilhões no mesmo período de 2018. O resultado primário do governo central foi negativo em R$54,6 bilhões, em decorrência de déficit de R$179,9 bilhões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que prevaleceu sobre o superávit de R$125,7 bilhões do governo federal. Em 2018, o déficit do governo central totalizou R$66,3 bilhões no mesmo período.

Além disso, o orçamento federal do Brasil está em déficit desde 2014. Da mesma forma, os governos dos estados constituintes do Brasil também estão enfrentando preocupações fiscais devido ao alto ônus da dívida, às receitas em declínio e às despesas inflexíveis. Embora o Congresso brasileiro tenha aprovado um teto para os gastos do governo, que limitarão o crescimento dos gastos públicos primários à inflação do ano anterior por um período de pelo menos dez anos, investidores locais e estrangeiros acreditam que as reformas fiscais e, em particular, o sistema previdenciário brasileiro, será fundamental para o Brasil cumprir o limite de gastos. Até a data deste relatório anual, o Congresso brasileiro aprovou a reforma da previdência. A confiança diminuída na condição orçamentária e na orientação fiscal do governo brasileiro pode resultar em rebaixamentos da dívida

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soberana do Brasil por agências de classificação de crédito, impactar negativamente a economia brasileira, levar a uma maior depreciação do real e a um aumento da inflação e das taxas de juros, afetando negativamente nossos negócios, resultados das operações e condição financeira.

Qualquer deterioração na taxa de crescimento econômico do Brasil, alterações nas taxas de juros, taxa de desemprego ou níveis de preços geralmente podem limitar a disponibilidade de crédito, renda e poder de compra de nossos clientes, afetando adversamente a demanda por nossos produtos.

O Reino Unido

A operação da The Body Shop é principalmente ativa no Reino Unido. Em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou de ser membro da União Europeia (EU) em termos de retirada que estabelecem um período de transição até 31 de dezembro de 2020, durante o qual o Reino Unido será tratado como se ainda fosse membro da União Europeia. Embora o acordo de retirada preveja a possibilidade de prorrogar o período de transição por mais um ou dois anos após 31 de janeiro de 2020, isso não é automático e o Reino Unido consagrou a data de 31 de dezembro de 2020 na legislação nacional que aprovou o acordo de retirada no final do período de transição, sinalizando um desejo atual de não o estender. Incerteza, permanece em torno dos termos do relacionamento do Reino Unido com a UE no final do período de transição. Se o período de transição terminar sem um acordo comercial abrangente, o crescimento econômico do Reino Unido e da Europa poderá ser impactado negativamente. A incerteza e os termos do futuro relacionamento do Reino Unido com a UE, bem como qualquer efeito adverso que possa ter sobre o Reino Unido, a UE e a economia global em geral podem afetar adversamente as condições econômicas ou de mercado globais e a confiança dos investidores. Por sua vez, isso pode ter um efeito adverso relevante em nossas operações, condição financeira e perspectivas e / ou valor de mercado de nossos valores mobiliários.

O crescimento econômico desacelerou no início de 2017 devido, em parte, aos efeitos das incertezas relacionadas ao Brexit nos investimentos e na confiança das empresas, e na inflação mais alta gerada por uma libra esterlina mais fraca. A economia se fortaleceu no último trimestre de 2018, ajudada por uma recuperação nos gastos dos consumidores e apoiada pelo clima quente, aumento do crescimento dos lucros e desaceleração da inflação.

O órgão regional responsável disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável entre outubro e o final de dezembro. Esse declínio foi, em parte, ligado a mudanças no calendário de atrasos de atividade em torno das datas de saída originalmente planejadas do Reino Unido da UE em março e outubro de 2019. Estima-se que o crescimento anual tenha aumentado para 1,4% em 2019, ligeiramente acima da taxa de crescimento de 1,3% registrada em 2018.

A incerteza relacionada ao Brexit pode continuar prejudicando os negócios no Reino Unido. Os negócios e as indústrias devem considerar o efeito que maiores barreiras comerciais podem ter sobre seus negócios.

Inflação

Embora pequenas variações na taxa de inflação possam ser repassadas a nossos clientes sem afetar a demanda por nossos produtos e serviços, acreditamos que um aumento significativo na taxa de inflação possa afetar adversamente a demanda por nossos produtos, pois pode (i) afetar adversamente a confiança do consumidor; e (ii) afetar adversamente o poder de compra dos consumidores.

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Além disso, uma parte significativa de nossos custos e despesas é incorrida em reais e ajustada quando nossos fornecedores ou prestadores de serviços aumentam seus preços. No Brasil, nossos prestadores de serviços em geral usam o IPCA para ajustar seus preços, enquanto nossos fornecedores usam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgado pelo IBGE, ou INPC, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (IGP-M / FGV) ou a variação do preço de certas commodities, a fim de ajustar seus preços de acordo com a inflação. Para operações no Reino Unido, experimentamos baixa inflação, impulsionada principalmente pela queda dos preços do petróleo e pela força da libra esterlina, mantendo os custos de importação. No entanto, a queda acentuada no valor da libra esterlina desde a votação para deixar a UE significa que as importações se tornaram mais caras e a inflação aumentou.

Nossa receita bruta também é indiretamente afetada pela inflação, uma vez que, em geral, transferimos parte de nossos aumentos de custos para nossos consumidores através de aumentos de preços.

Câmbio

O aumento ou redução do valor do real em relação ao dólar americano e ao euro afetou e continuará afetando os resultados de nossas operações, principalmente com relação a: (1) as mudanças nos custos de matérias-primas e bens importados ou vinculados aos dólar americano; (2) nossos empréstimos em moeda estrangeira; (3) custos de produtos vendidos em reais para nossas empresas que operam na Argentina, Chile, Peru, México, Colômbia, Estados Unidos e França; (4) nossas operações na Austrália, Ásia, Europa e Estados Unidos através da Aesop; e (5) nossas operações em aproximadamente 73 países através da The Body Shop, principalmente relacionadas e limitadas à conversão de informações financeiras para reais. Alguns de nossos recebíveis e obrigações financeiras assumidas são denominados em moedas estrangeiras.

Natura Cosméticos

A Natura Cosméticos segue uma Política de Proteção de Câmbio que estabelece limites máximos de risco. Atualmente, a Natura Cosméticos gerencia sua exposição ao risco cambial por unidades de negócios individuais. A Companhia gerencia esse risco de forma combinada desde a conclusão da Transação. A Natura Cosméticos realiza análise de sensibilidade trimestralmente de sua exposição ao risco cambial, considerando os saldos das contas a receber e a pagar denominados em moeda estrangeira registrados nas demonstrações financeiras consolidadas, bem como os compromissos futuros de fluxos de caixa denominados em moeda estrangeira, com prazo médio de seis meses. Um limite de exposição é determinado com base em uma porcentagem do lucro líquido previsto, e a Natura Cosméticos protege, no mínimo, sua exposição líquida que excede esse limite. Para isso, a Natura Cosméticos celebra contratos de derivativos como "swap" e "forward" (Non-DeliverableForwards - NDF).

Além disso, a política da Natura Cosméticos visa proteger sua exposição decorrente de empréstimos denominados em uma moeda diferente da moeda funcional da entidade correspondente. Para proteger essa exposição, a Natura Cosméticos historicamente possui contratos de derivativos que são designados a contabilidade de hedge.

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The Body Shop

Devido a suas vendas internacionais e custo de vendas denominados em diferentes moedas, a The Body Shop está exposta a flutuações das principais moedas em relação à libra esterlina que podem impactar os resultados da The Body Shop. Para mitigar o risco cambial, a The Body Shop adota uma abordagem conservadora de hedge antes do final do ano, uma parcela significativa das exposições cambiais anuais para o ano seguinte, por meio de compras a termo ou contratos de vendas. A exposição cambial é identificada para o ano seguinte com base nos orçamentos operacionais de cada subsidiária. Esses requisitos são revisados regularmente ao longo do ano em andamento. Em 31 de dezembro de 2018, a The Body Shop estava coberta com aproximadamente 80% da exposição ao risco cambial do exercício de 2019. A Body Shop International Limited é a companhia financeira da The Body Shop Group e fornece financiamento intercompany de capital de giro a todas as suas subsidiárias nas moedas locais. A Body Shop International Limited protege o risco cambial decorrente de atividades de financiamento utilizando swaps cambiais contratados com contrapartes financeiras externas.

Taxa de juros

Estamos expostos ao risco de taxa de juros como resultado de certas aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo. Normalmente mantemos exposições às taxas de juros sobre ativos e passivos vinculados a taxas pós-fixadas. As aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, exceto os contratados na TJLP, são atualizados pelo CDI pós-fixado, de acordo com os contratos firmados com instituições financeiras e com a negociação de valores mobiliários no mercado.

Também contratamos certos instrumentos financeiros derivativos para mitigar a exposição a taxas de juros, que não sejam o CDI, em nossos contratos de empréstimos e financiamentos.

Outros fatores

Além disso, nossos resultados operacionais foram influenciados e continuarão sendo influenciados pelos seguintes fatores-chave:

  • aquisições, parcerias e reestruturações societárias;
  • demanda por cosméticos;
  • sazonalidade;
  • transações de hedge;
  • barreiras comerciais na América do Norte, Europa e outros mercados;
  • a taxa de crescimento do PIB nos países onde operamos, o que pode impactar a demanda por nossos serviços e, consequentemente, nossos volumes e vendas;
  • as políticas tributárias adotadas pelos governos dos países em que operamos; e
  • regulamentações comerciais estrangeiras.
  • desenvolvimentos relacionados à pandemia da COVID-19 no Brasil e no mundo (vide item 3.9 nesse Formulário de Referência)

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  1. variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

A Diretoria comentou estas informações no item 10.2.a.

  1. impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no nosso resultado operacional e financeiro

A Diretoria comentou estas informações no item 10.2.a.

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10.3 - Eventos Com Efeitos Relevantes, Ocorridos E Esperados, Nas Demonstrações Financeiras

10.3 - Eventos Com Efeitos Relevantes, Ocorridos E Esperados, Nas Demonstrações Financeiras

  1. introdução ou alienação de segmento operacional

Não houve introdução ou alienação de segmento operacional durante o exercício findo em 31 de dezembro 2019 e 31 de dezembro de 2018. Em 2017, com a aquisição da The Body Shop e seu grupo de subsidiárias (em 7 de setembro de 2017), foram incluídas informações de divulgação do novo segmento The Body Shop, cuja avaliação pela alta administração será realizada de forma individualizada, complementando a atual análise de informações por segmentos operacionais.

  1. da constituição, aquisição ou alienação de participação societária

A Companhia foi constituída em 21 de janeiro de 2019, com o objetivo de deter participações em outras empresas. A Companhia foi formada como parte de um processo de reestruturação corporativa iniciado pela Natura Cosméticos, em 22 de maio de 2019, com o objetivo de adquirir a Avon por meio de um processo de troca de ações entre a Avon e a Companhia, resultando em uma combinação de negócios.

Em 13 de novembro de 2019, os acionistas da Natura Cosméticos contribuíram ações correspondentes a aproximadamente 57,3% do capital da Natura Cosméticos na Companhia. Em 17 de dezembro de 2019, todas as ações da Natura Cosméticos não detidas anteriormente pela Companhia foram posteriormente incorporadas pela Companhia, e a Natura tornou-se uma subsidiária integral da Companhia.

  1. reestruturação societária para adquirir o controle da Avon

Em 22 de maio de 2019, foi celebrado um acordo entre Avon, a Natura Cosméticos e a Companhia e outras sociedades sem operação (shell companies), constituídas em Delaware com o único propósito de servir como veículos da transação de troca de ações (all-sharemerger), que resultou na combinação dos negócios, operações e das bases acionárias da Natura e da Avon, por meio da Companhia, no qual foi acordado que a Avon e Natura passariam a ser subsidiárias diretas da Companhia.

Desta forma, em dezembro de 2019, Natura Cosméticos tornou-se uma subsidiária integral da Companhia, através do aumento de capital na Companhia por meio da contribuição das ações da Natura Cosméticos detidas por seus então controladores, ao capital social da Companhia e da incorporação de ações do free float de emissão da Natura Cosméticos, pela Companhia.

Em 3 de janeiro de 2020, após o atingimento das condições precedentes para a combinação de negócios entre Natura e Avon, foi concluída a incorporação da Avon pela Companhia, de forma que tanto a Natura Cosméticos quanto a Avon tornaram-se subsidiárias integrais da Companhia.

Após a conclusão da aquisição da Avon, foi confirmada a relação de troca de 0,6 ações ordinárias de emissão da Companhia ou 0,3 American Depositary Receipts da Companhia (sendo que cada "ADR" representa 2 ações ordinárias da Companhia), a critério de cada acionista, em substituição a cada 1 (uma) ação ordinária de emissão da Avon detida pelos então acionistas da Avon imediatamente antes da combinação de negócios entre Natura e Avon.

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10.3 - Eventos Com Efeitos Relevantes, Ocorridos E Esperados, Nas Demonstrações Financeiras

  1. dos eventos ou operações não usuais

Eventos e operações não usuais relevantes foram reportados nas seções "3.3. Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras de encerramento do exercício social" e "3.9 Outras informações Relevantes" deste Formulário de Referência.

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10.4 - Mudanças Significativas Nas Práticas Contábeis - Ressalvas e Ênfases no Parecer do Auditor

10.4 - Mudanças Significativas Nas Práticas Contábeis - Ressalvas e Ênfases No Parecer do Auditor

  1. mudanças significativas nas práticas contábeis

Novas normas, interpretações e alterações adotadas em 2018

CPC 47 / IFRS 15 - Reconhecimento de receita

O CPC 47 / IFRS 15 foi emitido em maio de 2014 e alterado em abril de 2016. O CPC 47 / IFRS 15 afeta qualquer entidade que celebra contratos com clientes, a menos que esses contratos estejam dentro do escopo de outras normas, como contratos de seguro, instrumentos financeiros ou contratos de arrendamento. O CPC 47 / IFRS 15 substitui os requisitos de reconhecimento de receita segundo o CPC 30 (R1) - Receitas (IAS 18 - Revenue), IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente e a maioria de outras orientações específicas do setor. A norma contém um modelo único que se aplica a contratos com clientes e duas abordagens para o reconhecimento de receita: em um determinado momento ou ao longo do tempo. A norma fornece uma análise baseada nos contratos de cinco etapas para determinar se, quanto e quando a receita é reconhecida. Novas estimativas e limites de acordo com a norma foram introduzidos, o que pode afetar o valor ou o momento em que a receita é reconhecida.

A Companhia adotou o CPC 47 / IFRS 15 usando o método de efeito cumulativo. Essa adoção resultou no reconhecimento de receita diferida relacionada ao nosso programa de fidelidade (campanha de pontos) e no reconhecimento do desempenho de programas e eventos, bem como uma reclassificação de multas e cobranças adicionais por atrasos de pagamento entre despesas operacionais para receita líquida, que foram consideradas variáveis.

CPC 48 / IFRS 9 - Instrumentos Financeiros

O CPC 48 / IFRS 9 apresenta a classificação e mensuração de instrumentos financeiros. O CPC 48

  • IFRS 9 usa uma abordagem única para determinar se um ativo financeiro é mensurado pelo custo amortizado ou pelo valor justo, e essa abordagem substitui os requisitos anteriores do CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (IAS 39 - Financial Instruments - Recognition and Measurement). A abordagem do CPC 48 / IFRS 9 baseia-se em como uma entidade gerencia seus ativos financeiros (ou seja, modelo de negócios) e as características contratuais do fluxo de caixa desses ativos financeiros. O CPC 48 / IFRS 9 também altera os critérios de redução ao valor recuperável, introduzindo um novo modelo esperado de perda de crédito para calcular a perda no valor recuperável de ativos e compromissos financeiros para conceder crédito. Além disso, o CPC 48 / IFRS 9 inclui novos requisitos de contabilidade de hedge que alinham a contabilidade de hedge com o gerenciamento de riscos.

Esses novos requisitos não alteram fundamentalmente os tipos de relacionamentos de hedge ou o requisito de medir e reconhecer a ineficácia, mas permitem que mais estratégias de hedge sejam usadas para o gerenciamento de riscos para se qualificar para a contabilidade de hedge e para mais julgamento da administração na avaliação da eficácia desses relacionamentos de hedge. Divulgações estendidas com relação à atividade de gerenciamento de risco para aqueles que optarem por aplicar os novos requisitos de contabilidade de hedge também serão exigidas sob o novo padrão.

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Adotamos o CPC 48 / IFRS 9 com a data de aplicação inicial de 1º de janeiro de 2018. A adoção dos requisitos de perda de crédito esperados do CPC 48 / IFRS 9 não teve um impacto material em nossas demonstrações financeiras consolidadas

A adoção da classificação e mensuração dos requisitos de instrumentos financeiros do CPC 48 / IFRS 9 teve um impacto na classificação de caixa e equivalentes de caixa como valor justo por meio do resultado e de Certificados de Depósitos Bancários como custo amortizado.

Cabe ressaltar que as informações financeiras consolidadas de 31 de dezembro de 2017 não refletem a adoção do CPC 47 / IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes e do CPC 48 / IFRS 9 - Instrumentos Financeiros a partir de 1º de janeiro de 2018.

CPC 42 / IAS 29 - Relatórios Financeiros em Economias Hiperinflacionárias

A partir de julho de 2018, a Argentina passou a ser considerada uma economia hiperinflacionária e o CPC 42 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (IAS 29 - Financial Reporting in Hyperinflationary Economies), os ativos e passivos não monetários, os itens do patrimônio líquido e a demonstração do resultado da controlada Natura Cosméticos S.A. Argentina ("Natura Argentina"), cuja moeda funcional é o peso argentino, estão sendo atualizados de maneira que seus valores estejam demonstrados na unidade monetária de mensuração na data de encerramento do período, que considera os efeitos medidos pelo Índice de Preços do Consumidor ("IPC") da Argentina a partir de 1 de janeiro de 2017 e Índice Interno de Preços por Atacado ("IPIM") da Argentina até 31 de dezembro de 2016. Como consequência, conforme exigência do CPC 42 / IAS 29, os resultados das operações da controlada Natura Argentina devem ser divulgados como se fossem altamente inflacionárias a partir de 1 de janeiro de 2018 (início do exercício quando foi identificada a existência de hiperinflação).

Além disso, itens não monetários e balanços de demonstrações de resultados foram restabelecidos para refletir os termos da unidade de avaliação no final do exercício reportado. Os balanços foram calculados com a aplicação de alterações sobre o índice, desde a data inicial do reconhecimento até a data da declaração.

A conversão dos balanços patrimoniais no valor em reais se baseou no índice de fechamento do período de apresentação.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2019, a aplicação do CPC 42 / IAS 29 resultou em: (i) um impacto negativo no resultado financeiro de R$13.947 (R$25.066 em 31 de dezembro de 2018); e

  1. um impacto negativo no lucro líquido do exercício de R$68.940 (R$64.271 em 31 de dezembro de 2018).

A conversão da demonstração do resultado pela taxa de câmbio da data de encerramento do exercício, ao invés da taxa de câmbio média mensal, resultou em um impacto positivo em outros resultados abrangentes no exercício findo em 31 de dezembro de 2019 no montante de R$17,666 (R$19.074 em 31 de dezembro de 2019).

Para mais informações, consulte a nota 3.3.1 de nossa demonstração financeira consolidada para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2019.

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10.4 - Mudanças Significativas Nas Práticas Contábeis - Ressalvas e Ênfases no Parecer do Auditor

Novas normas, interpretações e alterações adotadas em 2019

CPC 06(R2) / IFRS 16 - Arrendamento mercantil

A Companhia aplicou o CPC 06 (R2) / IFRS 16, a nova norma contábil de Arrendamentos, para substituir o CPC 06(R1) / IAS 17 - Locações. Esta norma introduz um único modelo contábil do arrendatário e exige que o arrendatário reconheça ativos e passivos para todos os arrendamentos com prazo superior a 12 meses, a menos que o ativo subjacente seja de baixo valor. O arrendatário

  • obrigado a reconhecer um ativo de direito de uso que representa seu direito de usar o ativo subjacente, e um passivo de arrendamento mercantil que representa sua obrigação de efetuar pagamentos de arrendamento mercantil. Esta norma transporta substancialmente os requisitos contábeis do arrendador do CPC 06(R1) / IAS 17, exigindo divulgações aprimoradas pelos arrendadores.

Adotamos o CPC 06(R1) / IFRS 16 a partir de sua data efetiva em 1º de janeiro de 2019. Para contratos de arrendamento que atendem aos critérios de reconhecimento do CPC 06(R1) / IFRS 16, reconhecemos ativos de direitos de uso na contrapartida de um passivo de arrendamento no montante de R$1.949,7 milhões em 1 de janeiro de 2019, usando o método de transição retrospectiva modificada simplificada. Para mais informações, consulte a nota 3.29 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas de 31 de dezembro de 2019.

ICPC 22 / IFRIC 23 - Incerteza sobre Tratamento Tributos

O ICPC 22 / IFRIC 23, esclarece como aplicar os requisitos de reconhecimento e mensuração do CPC 32 - Tributos sobre o Lucro (IAS 12 - Income Taxes) quando houver incerteza sobre os tratamentos de imposto de renda. Nessas circunstâncias, a entidade deve reconhecer e mensurar o seu ativo ou passivo fiscal, corrente ou diferido, aplicando os requisitos do CPC 32 / IAS 12 com base no lucro tributável (perda fiscal), nas bases fiscais, nas perdas fiscais não utilizadas, nos créditos fiscais não utilizados e nas alíquotas fiscais, determinados com base nesta interpretação. Essa interpretação entrou em vigor nos períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2019 e não teve um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia.

  1. efeitos significativos das alterações em práticas contábeis

Os impactos sob as demonstrações financeiras estão descritos no item 10.4.b acima.

  1. ressalvas e ênfases presentes no relatório do auditor

Os auditores independentes emitiram parecer sem ressalvas nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2019, 2018, e 2017.

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10.5 - Políticas Contábeis Críticas

10.5 - Políticas Contábeis Críticas

A elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas requer da Administração certos julgamentos e o uso de premissas e estimativas baseadas na experiência e em outros fatores considerados relevantes, que afetam os valores de ativos e passivos e que podem apresentar resultados divergentes dos resultados efetivos.

As áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas a seguir:

Imposto de renda, contribuição social e outros impostos

A Companhia reconhece ativos e passivos diferidos com base nas diferenças temporárias entre o valor contábil apresentado nas demonstrações financeiras e a base tributária dos ativos e passivos, utilizando as alíquotas em vigor. A Companhia revisa regularmente os impostos diferidos ativos em termos de possibilidade de recuperação, considerando-se o lucro histórico gerado e o lucro tributável futuro projetado, de acordo com estudo de viabilidade técnica, refletindo as incertezas relacionadas a sua apuração, se houver.

Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

A Companhia é parte em diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para os riscos tributários, cíveis e trabalhistas referentes a processos judiciais que representam perdas prováveis e estimadas com certo grau de segurança. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos assessores legais.

Plano de assistência médica pós-emprego

O valor atual do plano de assistência médica pós-emprego depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais, a partir de uma série de premissas financeiras e demográficas, como taxa de desconto, inflação médica, percentual de adesão ao plano.

Plano de outorga de opções de compra de ações, programa de outorga de ações restritas e programa de aceleração da estratégia

O plano de outorga de opções de compra de ações, o programa de outorga de ações restritas e o programa de aceleração da estratégia são mensurados pelo valor justo na data da outorga e a despesa é reconhecida no resultado durante o período no qual o direito é adquirido em contrapartida

  • rubrica "Capital Adicional Integralizado" no patrimônio líquido. Nas datas dos balanços, a Administração da Companhia revisa as estimativas quanto à quantidade de opções/ações restritas e reconhece, quando aplicável, no resultado do exercício em contrapartida ao patrimônio líquido o efeito decorrente desta revisão.

Provisão para perda de valor recuperável

Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos

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10.5 - Políticas Contábeis Críticas

de venda e o valor em uso. O cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para descartar o ativo.

O valor em uso é calculado com base no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa são derivados de um orçamento preparado para os próximos cinco a dez anos, de acordo com o segmento operacional. Projeções de valor em uso consideram as expectativas do mercado para operações, investimentos estimados e capital de giro, bem como outros fatores econômicos. O valor justo líquido de custos de venda é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como à taxa de crescimento e perpetuidade utilizadas para fins de extrapolação.

Provisão para perdas esperadas em contas a receber de clientes

A provisão para perdas esperadas em contas a receber de clientes é estimada a partir da ponderação dos riscos de perdas de cada grupo do "aging list", considerando os diferentes riscos de acordo com a operação de cobrança. As características das contas a receber da Companhia, são:

  • Componente financeiro insignificante;
  • Carteira de recebíveis sem complexidade; e
  • Baixo risco de crédito.

A Companhia adotou a abordagem simplificada de perda de crédito esperada, que consiste em reconhecer a perda de crédito esperada pela vida útil total do ativo. A metodologia de apuração de provisão para perdas em contas a receber de clientes, adotada pela Companhia até 31 de dezembro de 2017, era o modelo de "aging list", no qual a provisão era calculada com base na perda histórica. Era utilizada uma estimativa por faixa através da média ponderada de perdas dos últimos 6 (seis) meses. O cálculo também considerava uma segregação das consultoras da Natura Cosméticos por tempo de relacionamento, e uma divisão entre títulos renegociados e não renegociados. Além disso, a Companhia concluiu que os índices macroeconômicos não possuem impacto significativo em suas estimativas de provisão. Para corroborar esse entendimento, a Companhia elaborou 39 análises de correlação entre os índices que potencialmente poderiam ter alguma influência no setor e seu histórico de perdas com clientes, como Produto Interno Bruto - PIB, Índice de Desemprego, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC.

Após a análise da administração da Companhia, concluiu-se que a metodologia já praticada pela Companhia está aderente ao modelo de perdas esperadas e, portanto, a adoção inicial do CPC 48/IFRS 9 a partir de 1º de janeiro de 2018 não apresentou impactos relevantes na mensuração da provisão para perdas de crédito esperadas com contas a receber de clientes.

Provisão para perdas nos estoques

A provisão para perdas nos estoques é estimada utilizando-se de metodologia para contemplar produtos descontinuados, materiais com giro lento, materiais com prazo de validade expirado ou próximo da data de expiração e materiais fora dos parâmetros de qualidade.

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10.6 - Itens Relevantes Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

10.6 - Itens Relevantes Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

  1. os ativos e passivos detidos pela Companhia, direta ou indiretamente, que não aparecem no seu balanço patrimonial (off-balancesheet items), tais como: (i) arrendamentos mercantis operacionais, ativos e passivos; (ii) carteiras de recebíveis baixadas sobre as quais a entidade mantenha riscos e responsabilidades, indicando respectivos passivos; (iii) contratos de futura compra e venda de produtos ou serviços; (iv) contratos de construção não terminada; e (v) contratos de recebimentos futuros de financiamentos

Contratos de fornecimento de insumos

A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. possui compromissos decorrentes de contratos de fornecimento de energia elétrica para suprimento de suas atividades de manufatura, conforme descritos abaixo:

  • Contratos iniciados em 2017 e vigentes até 2019, com o valor de Megawatts/h entre R$177 e R$302.
  • Contrato iniciado em 2018 e vigente até 2020, com o valor de Megawatts/h entre R$265 e R$363.
  • Contratos iniciados em 2019 e vigentes até 2022, com o valor de Megawatts/h entre R$155 e R$305.
  • Contratos iniciados em 2020 e vigentes até 2022, com o valor de Megawatts/h entre R$204 e R$238.

Os valores estão demonstrados por meio das estimativas de consumo de energia de acordo com o prazo de vigência dos contratos, cujos preços estão baseados nos volumes, também estimados, resultantes das operações contínuas da controlada.

Os pagamentos totais mínimos de fornecimento, mensurados a valor nominal, segundo os contratos, são:

(Em milhões de R$)

2019

2018

Até um ano

17.918

1.268

De um a cinco anos

13.160

4.940

Total

31.078

6.208

  1. outros itens não evidenciados nas demonstrações financeiras

Não existem outros itens relevantes que não estejam evidenciados em nossas demonstrações financeiras.

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10.7 - Comentários Sobre Itens Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

10.7 - Comentários Sobre Itens Não Evidenciados Nas Demonstrações Financeiras

  1. como tais itens alteram ou poderão vir a alterar as receitas, as despesas, o resultado operacional, as despesas financeiras ou outros itens das demonstrações financeiras do emissor

Com exceção dos itens reportados no item 10.6.a. acima, a Companhia não espera outros impactos materiais nas suas demonstrações financeiras.

  1. natureza e o propósito da operação

A natureza dos compromissos "off-balance" está descrita no item 10.6.a acima.

  1. natureza e montante das obrigações assumidas e dos direitos gerados em favor do emissor em decorrência da operação

A natureza dos compromissos "off-balance" está descrita no item 10.6.a acima.

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10.8 - Plano de Negócios

10.8 - Plano de Negócios

  1. investimentos, incluindo: (i) descriçãoquantitativa e qualitativa dos investimentosem
    andamento e dos investimentos previstos; (ii) fontes de financiamento dos investimentos; e

(i) desinvestimentos relevantes em andamento e desinvestimentosprevistos

Investimentos

As atividades operacionais da Companhia e suas subsiárias requerem investimentos regulares de capital, particularmente no que diz respeito ao desenvolvimento de sua infraestrutura e à aquisição de suprimentos, como software, máquinas, ferramentas, veículos e modelos industriais.

Realizado

A tabela a seguir apresenta adições aos ativos imobilizados e intangíveis nos períodos indicados:

Exercício social findo em 31 de

dezembro de,

2019

2018

2017

(em milhões de R$)

Software...............................................................................................................

83,1

190,0

95,6

Máquinas e acessórios ........................................................................................

9,6

11,2

3,2

Veículos ...............................................................................................................

12,5

25,2

23,5

Instalações...........................................................................................................

49,2

38,0

46,7

Moldes(1) ..............................................................................................................

1,5

0,1

7,2

Equipamentos de informática ..............................................................................

22,0

24,5

22,6

Móveis e utensílios ..............................................................................................

40,1

34,9

34,4

Projetos em andamento.......................................................................................

204,1

157,8

117,7

Outros investimentos ...........................................................................................

145,8

10,2

11,6

Total aquisições de imobilizado e intangív el..................................................

567,9

491,9

362,5

(1)Refere-se a moldes de aço fabricados pelos fornecedores da Natura Cosméticos S.A., utilizados na produção de garrafas e embalagens plásticas dos seus produtos. A Natura Cosméticos S.A. detém a propriedade de tais elencos.

Real versus Orçado

A tabela a seguir apresenta os valores orçados para CAPEX comparados com o realizado nos períodos indicados:

CAPEX (em milhões de R$)

2019

2018

2017

Orçado

637,0

585,7

317,0

Realizado

567,9

491,9

308,0(2)

(2)Não considera os investimentos (CAPEX) da subsidiária indireta The Body Shop no valor de R$54,5 milhões, que não estavam previstos no orçamento de capital de 2017, aprovados na Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária realizada em 11 de abril de 2017.

Atualmente, o programa de investimentos da Companhia e suas subsidiárias está focado na abertura

  1. reforma de lojas existentes, tecnologia digital, inovação de produtos e projetos que visam aumentar a eficiência e produtividade operacional da Companhia.

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10.8 - Plano de Negócios

Orçamento para 2020

O orçamento de capital previsto para a Companhia para o ano de 2020 é de R$ 854 milhões, que fará frente aos investimentos necessários para a consolidação dos planos de crescimento da Companhia. Este valor compreende o orçamento de capital de R$ 550 milhões da subsidiária Natura Cosméticos S.A., aprovado em Assembleia Geral Ordinária desta subsidiária em 6 de julho de 2020.

  1. desde que já divulgada, indicar a aquisição de plantas, equipamentos, patentes ou outros ativos que devam influenciar materialmente a capacidade produtiva do emissor

Não aplicável.

  1. novos produtos e serviços, indicando: (i) descrição das pesquisas em andamento já divulgadas; (ii) montantes totais gastos pelo emissor em pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou serviços; (iii) projetos em desenvolvimento já divulgados; (iv) montantes totais gastos pelo emissor no desenvolvimento de novos produtos ou serviços.

A Companhia e suas subsidiárias possuem um plano de lançamentos de novos produtos que estão alinhados com as tendências do mercado. Em 2017, foram investidos R$ 80,0 milhões; em 2018 a Companhia investiu R$102,4 milhões e em 2019 foram investidos R$ 109,3 milhões em pesquisa de desenvolvimento de novos produtos. Estes investimentos têm sido consistentes ao longo dos últimos anos.

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10.9 - Outros Fatores Com Influência Relevante

10.9 - Outros Fatores Com Influência Relevante

As informações financeiras incluídas neste Formulário de Referência, exceto quando expressamente ressalvado, referem-se às demonstrações financeiras consolidadas da Companhia (e coletivamente com as subsidiárias da Companhia, o "Grupo"), elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro ("IFRS") emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB"), relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017.

Conforme descrito no item 7.1 deste Formulário de Referência, a Companhia foi constituída para viabilizar operação de aquisição da Avon Products, Inc. ("Avon") por meio da combinação dos negócios, operações e das bases acionárias da Natura Cosméticos S.A. ("Natura Cosméticos") e da Avon.

A Natura &Co Holding S.A., anteriormente denominada Natura Holding S.A., foi constituída em 21 de janeiro de 2019 como parte de um processo de reestruturação societária iniciado pela Natura Cosméticos em 22 de maio de 2019.

Em 13 de novembro de 2019, os acionistas controladores da Natura Cosméticos contribuíram com as ações da Natura &Co Holding correspondentes a aproximadamente 57,3% do capital da Natura Cosméticos. Em 13 de novembro de 2019, houve a contribuição, para a Natura &Co Holding, de todas as ações da Natura Cosméticos detidas pelos acionistas não controladores e não anteriormente detidas pela Natura &Co Holding em permuta de ações da Natura &Co Holding, e a Natura Cosméticos tornou-se uma subsidiária integral da Natura &Co Holding (conjuntamente denominada "Reestruturação Societária"). Essa contribuição entrou em vigor em 17 de dezembro de 2019.

Antes da Reestruturação Societária, a Natura &Co Holding tinha ativos, operações ou atividades e passivos limitados ou inexistentes e não tinha nenhum compromisso ou passivo contingente relevante.

A Reestruturação Societária foi contabilizada usando o método contábil predecessor, por meio do qual as operações históricas da Natura &Co são consideradas operações da Natura &Co Holding. Sendo assim, as demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste relatório refletem:

  • os resultados operacionais históricos e a posição financeira da Natura &Co antes da Reestruturação Societária;
  • os resultados consolidados da Natura &Co Holding e da Natura &Co após a Reestruturação Societária;
  • os ativos e passivos da Natura &Co ao seu custo histórico; e
  • os lucros por ação da Natura &Co Holding referentes a todos os períodos apresentados. A quantidade de ações ordinárias emitidas pela Natura &Co Holding, como resultado da Reestruturação Societária, está refletida retroativamente a partir de 1º de janeiro de 2017, para fins de cálculo de lucros por ação em todos os períodos anteriores apresentados.

As informações financeiras consolidadas apresentadas neste relatório anual foram derivadas das demonstrações financeiras consolidadas auditadas da Natura &Co Holding, em 31 de dezembro de 2019 e 2018, e para cada um dos exercícios do período de três anos encerrado em 31 de dezembro de 2019 e suas notas relacionadas, usando o método contábil predecessor, conforme explicado acima, incluídas neste relatório anual.

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10.9 - Outros Fatores Com Influência Relevante

As demonstrações financeiras consolidadas da Natura &Co Holding e da Natura &Co são preparadas de acordo com as Normas IFRS conforme emitidas pelo IASB e estão apresentadas em reais.

Mantemos nossos livros e registros em reais, que é a moeda funcional e a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas da Natura &Co Holding e da Natura &Co. Salvo indicação em contrário, nossas informações financeiras presentadas neste documento em 31 de dezembro de 2019 e 2018 e para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017 são apresentadas em reais, nossa moeda do relatório.

Sendo assim, as discussões abaixo foram elaboradas em relação a esse contexto. Adicionalmente e dentro do contexto de predecessor as informações de 2017 foram adicionadas. Entendemos que este traz uma informação útil para a melhor compreensão das informações contábeis de Companhia para o usuário da informação.

As informações constantes nesta seção do Formulário de Referência foram derivadas e devem ser lidas e analisadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia.

Adicionalmente, em 1º de janeiro de 2019, entrou em vigor a nova norma que regula o tratamento contábil das Operações de Arrendamento Mercantil (IFRS 16/CPC 06(R2) emitida pelo IASB e CPC, respectivamente. Na transição, o Natura &Co optou pela implementação da nova norma utilizando a abordagem retrospectiva modificada simplificada. Consequentemente, as informações financeiras de 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 não refletem a adoção do IFRS 16/CPC 06(R2) e, por isso, algumas informações financeiras não são comparativas com períodos que antecedem a data de aplicação inicial da IFRS 16/CPC 06 (R2).

Os comentários dos diretores visam fornecer aos investidores informações relevantes para facilitar o exercício de comparação de desempenho utilizando as nossas demonstrações financeiras históricas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017.

Os termos "AH" e "AV" nas colunas de determinadas tabelas desta seção do Formulário de Referência significam "Análise Horizontal" e "Análise Vertical", respectivamente. A Análise Horizontal compara índices ou itens de linha em nossas demonstrações financeiras ao longo de um período de tempo. A Análise Vertical representa o percentual ou item de uma linha em relação a receita operacional líquida para os exercícios indicados, ou em relação do ativo total nas datas aplicáveis, exceto quando indicado em contrário.

Todas as informações apresentadas nesta Seção 10 foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma, gerando com isso arredondamentos na última unidade e podendo, portanto, divergir imaterialmente nos cálculos.

Considerando os termos do Ofício Circular/CVM/SEP/Nº 2/2020, os efeitos do COVID-19 nos negócios, resultados operacionais, na condição financeira e, portanto, nas Demonstrações Financeiras da Companhia estão descritos na Seção 3.9 deste Formulário de Referência.

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11.1 - Projeções Divulgadas E Premissas

11.1 - Projeções divulgadas e premissas

As projeções refletem somente a percepção da Administração da Companhia sobre fatores que podem afetar seu desempenho, estando, portanto, sujeitas a riscos e incertezas. Embora essas estimativas e declarações futuras encontrem-se baseadas em premissas que consideramos razoáveis, essas estimativas e declarações estão sujeitas a diversos riscos, incertezas e suposições e são feitas com base nas informações de que atualmente possuímos. Estas podem ser influenciadas por diversos fatores que escapam ao controle da Administração, incluindo:

  • a conjuntura econômica e política nos mercados geográficos onde atuamos;
  • elevação da inflação e flutuações na taxa de juros e na taxa de câmbio;
  • edição de novas leis e regulamentos e/ou alterações nas leis e regulamentos existentes que se aplicam ao setor, inclusive de caráter ambiental;
  • concorrência no setor como um todo e particularmente em nossas áreas de atuação.

Caso qualquer premissa sofra alterações que causem impacto relevante nas projeções, poderemos revisá-las para patamares superiores ou inferiores.

A Companhia possui as projeções descritas abaixo relativas às sinergias decorrentes da combinação de negócios entre Natura com a Avon Products, Inc. ("Avon"), após a conclusão da aquisição da Avon. A sua subsidiária Natura Cosméticos S.A. possui outras projeções que estão descritas em seu próprio formulário de referência, relativas ao seu índice de endividamento líquido bem como projeções de sua subsidiária The Body Shop para EBITDA e margem EBITDA em 2022. Vide formulário de referência da Natura Cosméticos S.A.

  1. Objeto da projeção

A Companhia divulga projeções de ganhos de sinergia com a combinação de negócios envolvendo a Companhia e a Avon Products, Inc., concluída em 3 de janeiro de 2020 ("Transação").

  1. Período projetado e o prazo de validade da projeção

Ganhos de Sinergias

O período projetado para as sinergias operacionais decorrentes da Transação compreende os exercícios sociais de 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024, para que a Companhia capture de forma gradual e recorrente o intervalo de US$300 milhões a US$400 milhões em sinergias por ano, antes de impostos, com base em uma taxa de câmbio de US$1,00 para R$5,00.

As referidas projeções têm validade até o fim dos períodos supramencionados, destacando-se que eventuais mudanças nas estimativas em virtude de alterações nas premissas e/ou do avanço no processo de integração entre a Companhia e a Avon, serão divulgadas ao mercado nos termos da legislação aplicável.

  1. Premissas da projeção, com a indicação de quais podem ser influenciadas pela administração do emissor e quais escapam ao seu controle

Ganhos de Sinergias

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11.1 - Projeções Divulgadas E Premissas

A captura de sinergias esperada parte das premissas de que a Companhia conseguirá implementar com êxito as seguintes iniciativas:

  • Suprimentos: otimização de compras de matérias-primas, catálogos, serviços de frete, armazenagem, publicidade e propaganda, além de funções administrativas. Estas atividades deverão responder por ganhos de sinergias entre US$85 milhões e US$115 milhões;
  • Manufatura e distribuição: otimização da rede centros de distribuição com redução da complexidade da estrutura de fábricas e consolidação das atividades de transporte, com melhora nos níveis de serviços para as consultoras Natura e revendedoras da Avon. Estas funções deverão gerar ganhos de sinergias entre US$ 50 milhões e US$ 75 milhões;
  • Despesas administrativas: integração de áreas como tecnologia da informação, centro de dados, funções administrativas em geral, entre outras. Estas atividades deverão gerar ganhos de sinergias entre US$ 75 milhões e US$ 90 milhões; e
  • Receitas Natura &Co Latam: captura de sinergias de receitas relativas à integração das
    operações das marcas Natura e Avon na América Latina, por meio de: (i) melhoras estruturais da gestão dos canais de distribuição da Avon, incluindo a aceleração da digitalização do seu modelo de negócio, e da estratégia de categorias de produtos (ii) aumento da sobreposição das consultoras e revendedoras que passarão a comercializar as duas marcas e assim atingir maior penetração em lares, e (iii) aproveitamento da presença da Avon em um maior número de países na América Latina para os quais a marca Natura poderá ser introduzida. Estas ações deverão gerar ganhos de sinergias entre US$ 90 milhões e US$ 120 milhões no lucro da companhia, antes do imposto de renda e contribuição social.

As projeções de sinergias com a redução de custos e despesas e aumento da receita supramencionadas foram baseadas em orçamentos e estudos preparados internamente com o apoio de consultores e assessores externos. As projeções tiveram como fundamento a implementação das melhores práticas que foram identificadas durante o processo de avaliação e planejamento da integração dos negócios da Companhia com a Avon.

  1. Valores dos indicadores que são objeto da previsão

Ganhos de Sinergias

Tendo em vista que a Transação foi concluída em 3 de janeiro de 2020, a Companhia espera capturar gradualmente e de forma recorrente, no período de 2020 a 2024, sinergias operacionais estimadas entre US$300 milhões a US$400 milhões por ano (antes da tributação), usando uma taxa de câmbio de US$1,00 = R$5,00, com a redução de custos e despesas provenientes das áreas de suprimentos, manufatura e distribuição e área administrativa, observadas as premissas supramencionadas, bem como aumento da receita com a integração operacional das marcas Natura e Avon na América Latina.

Os valores ora estimados não compreendem os custos para a implementação das iniciativas atreladas a essas sinergias, os quais são estimados em aproximadamente US$190 milhões, a serem incorridos ao longo dos exercícios de 2020 a 2024.

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11.2 - Acompanhamento E Alterações Das Projeções Divulgadas

11.2 - Acompanhamento e Alterações das Projeções Divulgadas

  1. informar quais estão sendo substituídas por novas projeções incluídas no formulário e quais delas estão sendo repetidas no formulário

As projeções referentes às estimativas de ganhos de sinergias operacionais decorrentes da combinação de negócios envolvendo a Companhia e a Avon, concluída em 3 de janeiro de 2020, foram atualizadas para refletir as novas expectativas da Companhia de capturar gradualmente, no período de 2020 a 2024, sinergias operacionais estimadas entre US$300 milhões a US$400 milhões (antes da tributação, com base em uma taxa de câmbio de US$1,00 para R$5,00 e em bases recorrentes anuais), em contraposição aos valores anteriormente estimados.

  1. quanto às projeções relativas a períodos já transcorridos, comparar os dados projetados com o efetivo desempenho dos indicadores, indicando com clareza as razões que levaram a desvios nas projeções

As projeções divulgadas ainda não tiveram seus períodos transcorridos.

  1. quanto às projeções relativas a períodos ainda em curso, informar se as projeções permanecem válidas na data de entrega do formulário, e quando for o caso, explicar por que elas foram abandonadas ou substituídas

Em 7 de maio de 2020, a Companhia atualizou as suas projeções relativas à estimativa de ganhos de sinergias operacionais decorrentes da combinação de negócios envolvendo a Companhia e a Avon Products, Inc., concluída em 3 de janeiro de 2020.

O período da projeção foi alterado para 2024 tendo em vista a inclusão de sinergias decorrentes da receita incremental, que necessitam de um período mais longo para serem plenamente capturadas.

A tabela abaixo apresenta os valores atualizados das sinergias de custo e a inclusão da sinergia de receita:

Fontes

Ganhos com sinergias (estimativa

atual)

US$ milhões

Suprimentos

US$85 a US$115

Manufatura e

US$50 a US$75

distribuição

Despesas

US$75 a US$90

administrativas

Receitas Natura

US$90 a US$120

&Co Latam

As alterações das projeções relativas a sinergias refletem a maior visibilidade obtida com o avanço da integração entre as companhias, com a inclusão de novas geografias, revisão de processos e impactos da variação da cotação do dólar americano.

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

Nossa administração é composta por um Conselho de Administração e uma Diretoria, regidos pelo disposto na Lei das S.A. e em nosso Estatuto Social.

  1. atribuições do conselho de administração e dos órgãos e comitês permanentes que se reportam ao conselho de administração, indicando
  1. se possuem regimento interno próprio, informando, em caso positivo, órgão responsável pela aprovação, data da aprovação e, caso o emissor divulgue esses regimentos, locais na rede mundial de computadores onde esses documentos podem ser consultados

Conselho de Administração

O Conselho de Administração possui um regimento interno próprio, que foi formalmente aprovado em Reunião do Conselho de Administração realizada em 17 de julho de 2019 e encontra-se disponível para consulta no nosso website (https://ri.naturaeco.com/pt-br/).

Nos termos do nosso Estatuto Social, aprovado em 30 de abril de 2020, o Conselho de Administração é composto por, no mínimo, 9 (nove) e, no máximo, 13 (treze) membros, todos eleitos e destituíveis pela Assembleia Geral, com mandato unificado de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição.

Dos membros do Conselho de Administração, no mínimo, 2 (dois) ou 20% (vinte por cento), o que for maior, deverão ser conselheiros independentes, conforme a definição do Regulamento do Novo Mercado, devendo a caracterização dos indicados ao Conselho de Administração como conselheiros independentes ser deliberada na Assembleia Geral que os eleger, sendo também considerado como independente o conselheiro eleito mediante faculdade prevista pelo artigo 141,

  • 4º e 5º da Lei das S.A., na hipótese de haver acionista controlador. Quando, em decorrência da observância do percentual referido acima, resultar número fracionário de conselheiros, proceder- se-á ao arredondamento para o número inteiro imediatamente superior.

O Conselho de Administração terá até 3 (três) Copresidentes do Conselho de Administração, um Presidente Executivo do Conselho de Administração e um Principal Executivo do Grupo, os quais serão eleitos pela maioria de votos de seus membros, na primeira reunião do Conselho de Administração que ocorrer imediatamente após a posse de tais membros, ou sempre que houver vacância ou renúncia naqueles cargos.

Caberão aos Copresidentes eleitos, além de suas atribuições legais, as seguintes atribuições:

  1. coordenar as atividades do Conselho de Administração, buscando a eficácia e o bom desempenho do órgão e de cada um de seus membros, servindo de elo entre o Conselho de Administração e o Principal Executivo do Grupo;
  2. atuar para o fomento da nossa visão de acordo com nossos valores, identidade e origem;
  3. manter e desenvolver nossas relações institucionais com entidades e autoridades com o objetivo de promover e resguardar os nossos interesses;
  4. manter e promover relacionamento com nossos acionistas;
  5. promover a visão, imagem e aspectos das unidades de negócio independentes dentro da nossa Companhia e perante terceiros;

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

  1. revisar e propor as remunerações do Presidente Executivo do Conselho de Administração e do Principal Executivo do Grupo;
  2. com o suporte do Presidente Executivo do Conselho de Administração e dos comitês organizar e coordenar as pautas de reuniões do Conselho de Administração, os calendários de reuniões e Assembleias Gerais, convocar e presidir reuniões do Conselho de Administração, assegurar que os conselheiros recebam as informações adequadas para cada reunião, bem como assegurar o adequado funcionamento do órgão;
  3. estabelecer e supervisionar o processo de avaliação do Presidente Executivo do Conselho de Administração e do Principal Executivo do Grupo, dos demais membros do Conselho de Administração, individualmente, e do próprio Conselho de Administração, bem como de seus comitês, como órgãos colegiados, e da secretaria de governança;
  4. coordenar a elaboração e atualização do plano de sucessão do Principal Executivo do Grupo; e
  5. ao menos um deles integrar e presidir o Comitê de Governança Corporativa e ao menos um deles integrar o Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional.

O Presidente Executivo do Conselho de Administração terá, além de suas atribuições legais como membro do Conselho de Administração, as seguintes atribuições:

  1. supervisionar a execução das atividades relacionadas com o planejamento geral e execução da nossa estratégia de curto e longo prazo do Grupo, conforme objetivos e interesses do grupo estabelecidos pelos acionistas e pelo Conselho de Administração;
  2. propor a governança, cadência e níveis de interação entre o Comitê Operacional do Grupo, os comitês executivos de cada unidade de negócio, o Conselho de Administração, Diretoria e os nossos acionistas;
  3. colaborar com o Conselho de Administração na fiscalização de cada unidade de negócio;
  4. dar suporte aos Copresidentes do Conselho de Administração na organização e coordenação das pautas de reuniões do Conselho de Administração, dos calendários de reuniões e das Assembleias Gerais, convocações de reuniões do Conselho de Administração, e fornecimento aos conselheiros recebam as informações adequadas para cada reunião, de forma a assegurar o adequado funcionamento do órgão; e
  5. apoiar os Copresidentes do Conselho de Administração no processo de avaliação dos membros do Conselho de Administração, individualmente, e do próprio Conselho de Administração, bem como de seus comitês, como órgãos colegiados, e da secretaria de governança.

O Principal Executivo do Grupo terá, além de suas atribuições legais como membro do Conselho de Administração, as seguintes atribuições como principal executivo do grupo empresarial formado pela nossa Companhia e suas subsidiárias, controladas e coligadas ("Grupo"):

  1. presidir o Comitê Operacional do Grupo e coordenar a ação dos nossos Diretores e de suas subsidiárias, controladas e coligadas, mantendo cada unidade de negócio com diretorias e comitês executivos próprios;
  2. fomentar a colaboração e sinergias entre a direção de cada unidade de negócio, encaminhando questões no Conselho de Administração e nos respectivos comitês;
  3. propor ao Conselho de Administração, ao longo do tempo, atribuições e funções dedicadas a nossa Companhia e às unidades de negócio; e

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

  1. fazer recomendações ao Conselho de Administração e à Diretoria no que diz respeito à gestão do Grupo, do ponto de vista de resultado, alocações de recursos entre unidades de negócios, gestão de talentos e fluxo de caixa, a fim de assegurar que a gestão esteja alinhada com os objetivos e interesses aprovados pelo Conselho de Administração e pelos nossos acionistas.

Compete ao Conselho de Administração, além de outras atribuições que lhe sejam cometidas por lei ou pelo Estatuto Social:

  1. exercer as funções normativas das nossas atividades, podendo avocar para seu exame e deliberação qualquer assunto que não se compreenda na competência privativa da Assembleia Geral ou da Diretoria;
  2. fixar a orientação geral dos nossos negócios;
  3. eleger e destituir os nossos Diretores;
  4. atribuir aos Diretores as respectivas funções, observado o disposto no Estatuto Social;
  5. deliberar a convocação da Assembleia Geral, quando julgar conveniente, ou no caso do artigo 132 da Lei das S.A.;
  6. fiscalizar a gestão dos Diretores, examinando, a qualquer tempo, os nossos livros e papéis e solicitando informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e quaisquer outros atos;
  7. apreciar os resultados trimestrais das nossas operações;
  8. escolher e destituir os auditores independentes;
  9. convocar os auditores independentes para prestar os esclarecimentos que entender necessários;
  10. manifestar-sesobre o Relatório da Administração e as contas da Diretoria e deliberar sua submissão à Assembleia Geral;
  11. aprovar os orçamentos anuais e plurianuais, os planos estratégicos, os projetos de expansão e os programas de investimento, bem como acompanhar sua execução;
  12. aprovar a criação e dissolução de subsidiária e a nossa participação no capital de outras sociedades, no País ou no exterior, bem como a instalação de filiais, agências, depósitos, escritórios e quaisquer outros estabelecimentos no exterior;
  13. determinar a realização de inspeções, auditoria ou tomada de contas nas nossas subsidiárias, controladas ou coligadas, bem como em fundações que patrocinamos;
  14. manifestar-se,previamente, sobre qualquer assunto a ser submetido à Assembleia Geral;
  15. autorizar a emissão de nossas ações, nos limites autorizados no Estatuto Social, fixando as condições de emissão, inclusive preço e prazo de integralização, podendo, ainda, excluir o direito de preferência ou reduzir o prazo para o seu exercício nas emissões de ações, bônus de subscrição e debêntures conversíveis, cuja colocação seja feita mediante venda em bolsa ou por subscrição pública ou em oferta pública de aquisição de controle, nos termos estabelecidos em lei;
  16. deliberar a aquisição pela nossa Companhia de ações de sua própria emissão, para manutenção em tesouraria e/ou posterior cancelamento ou alienação;
  17. deliberar a emissão de bônus de subscrição e aprovar aumento de capital mediante capitalização de lucros e reservas, com ou sem bonificação em ações, nos termos do Estatuto Social;
  18. outorgar ações restritas e opções de compra ou subscrição de ações, de acordo com planos ou programas aprovados em Assembleia Geral, a nossos administradores e empregados, assim como aos administradores e empregados de outras sociedades que sejam controladas, direta ou indiretamente, por nós, sem direito de preferência para os acionistas quando da outorga ou do exercício das opções, observado o saldo

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

do limite do capital autorizado na data de exercício das opções de subscrição de ações, em conjunto com o saldo de ações em tesouraria na data de exercício das opções de compra de ações;

  1. estabelecer o valor da participação nos lucros dos nossos Diretores, gerentes e empregados;
  2. deliberar a emissão de debêntures;
  3. autorizar a nossa Companhia a prestar garantias a obrigações de terceiros, exceto no caso de nossas subsidiárias integrais;
  4. aprovar alçadas da Diretoria e suas políticas, bem como quaisquer alterações a elas, as quais incluirão regras para (a) a aquisição de bens do ativo imobilizado e intangível e a assunção de compromissos financeiros, (b) a oneração de bens do ativo imobilizado e intangível, (c) a contratação de quaisquer captações de recursos e a emissão de quaisquer instrumentos de crédito para a captação de recursos, sejam "bonds", "notes", "commercial papers", notas promissórias e outros, de uso comum no mercado, deliberando ainda sobre as suas condições de emissão e resgate, entre outras regras de alçada, bem como a fiscalização do cumprimento de tal política pelos membros da diretoria;
  5. aprovar a contratação da instituição depositária prestadora dos serviços de ações escriturais;
  6. dispor, observadas as normas do Estatuto Social e da legislação vigente, sobre a ordem de seus trabalhos e adotar ou baixar normas regimentais para seu funcionamento;
  7. manifestar-sefavorável ou contrariamente a respeito de qualquer oferta pública de aquisição de ações que tenha por objeto as ações de nossa emissão, por meio de parecer prévio fundamentado, divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do edital da oferta pública de aquisição de ações, que deverá abordar, no mínimo: (i) a conveniência e oportunidade da oferta pública de aquisição de ações quanto ao interesse do conjunto dos acionistas, inclusive em relação ao preço e aos potenciais impactos para a liquidez das ações; (ii) os planos estratégicos divulgados pelo ofertante em relação a nossa Companhia; e (iii) a respeito de alternativas à aceitação da oferta pública de aquisição de ações disponíveis no mercado, bem como as informações exigidas pelas regras aplicáveis estabelecidas pela CVM; e
  8. decidir sobre (i) a declaração de dividendos intermediários, nos termos do Estatuto Social; e (ii) o pagamento ou crédito de juros sobre o capital próprio no curso do exercício aos acionistas, nos termos da legislação aplicável; e
  9. definir a individualização da remuneração global dos administradores aprovada pela Assembleia Geral.

A investidura nos cargos far-se-á por termo de posse, que deve contemplar sua sujeição à cláusula compromissória referida no Estatuto Social, lavrado em livro próprio, assinado pelo conselheiro empossado, dispensada qualquer garantia de gestão.

Comitês do Conselho de Administração

Possuímos um Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças, previsto no Artigo 27 do Estatuto Social, devidamente aprovado pelo Conselho de Administração em reunião realizada no dia 17 de julho de 2019, o qual está arquivado na nossa sede social disponibilizado em nossa página da internet.

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

O Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças possui um regimento interno próprio formalmente aprovado em Reunião do Conselho de Administração realizada em 17 de julho de 2019 e encontra-se disponível para consulta no nosso website (https://ri.naturaeco.com/pt-br/).

Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 30 de abril de 2020, foi aprovada a criação do Comitê Operacional do Grupo para auxílio, assessoria e suporte na liderança e gestão dos interesses das unidades de negócio do Grupo.

Ainda, o nosso Conselho de Administração criou 3 (três) comitês auxiliares, não-estatutários, com a missão de apoiá-lo na avaliação de temas estratégicos para os nossos negócios, quais sejam: (i) Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional; (ii) Comitê Estratégico; e (iii) Comitê de Governança Corporativa.

Apesar de cada um dos comitês ser presidido por um membro do Conselho de Administração, há a possibilidade de ter membros que não sejam conselheiros. Os membros dos comitês são indicados e podem ser destituídos a qualquer momento pelo Conselho de Administração.

Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças

A Companhia possui um Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças, cujas informações constam descritas no item 12.1.a.ii deste Formulário de Referência.

Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional

O Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional é responsável por subsidiar o Conselho de Administração na tomada de decisões relativas às estratégias, às políticas e às normas de Recursos Humanos, de Desenvolvimento Organizacional e de Sistemas de Gestão e certificar-se de que estão sendo corretamente aplicadas, no que se referem ao planejamento e desenvolvimento de pessoas, a remuneração e benefícios dos nossos administradores.

Comitê Estratégico

O Comitê Estratégico é responsável, dentre outras atribuições, por contribuir para o monitoramento e direcionamento da estratégia corporativa, respeitando as diretrizes estratégicas aprovadas pelo Conselho de Administração, bem como pela transferência dos conceitos, valores e crenças, e pelo apoio à perpetuidade da nossa Companhia.

Comitê de Governança Corporativa

O Comitê de Governança Corporativa é responsável pelo monitoramento do funcionamento de todo o nosso sistema de governança corporativa, pelo acompanhamento da evolução das melhores práticas internacionais de governança corporativa e pela propositura de ajustes e evoluções no nosso sistema de governança corporativa sempre que julgar necessário. Este Comitê também acompanha o cumprimento das diretrizes de governança corporativa aprovadas pelo Conselho de Administração.

Comitê Operacional do Grupo

O Comitê Operacional do Grupo será composto pelos seguintes membros: (a) o Principal Executivo do Grupo; (b) o principal executivo de cada uma das unidades de negócio do Grupo, tal como definidas pelo Conselho de Administração; e (c) outros Diretores ou executivos da nossa

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

Companhia indicados pelo Principal Executivo do Grupo e nomeados pelo Conselho de Administração.

Compete ao Comitê Operacional do Grupo: (a) auxiliar o Conselho de Administração na definição e implementação da estratégia global e no desenvolvimento das atividades do Grupo, bem como na supervisão de cada unidade de negócio, monitorando a implementação de decisões tomadas no âmbito do Conselho de Administração; (b) identificar sinergias e oportunidades para o Grupo entre cada unidade de negócio, tanto do ponto de vista de receita como também de custos; (d) revisar e submeter ao Conselho de Administração o plano estratégico, suas revisões anuais e o nosso orçamento geral, incluindo a alocação de recursos entre as unidades de negócios conforme plano estratégico e plano de negócios do Grupo e supervisionar a sua execução; (e) zelar pelos aspectos organizacionais do Grupo, fazendo recomendações ao Conselho de Administração sobre medidas necessárias para sua fluidez e eficiência; (f) atuar como fórum de discussão e recomendações sobre nossas estruturas de back office, procurement, plataformas de TI, estrutura imobiliária, estrutura de capital e de supply chain e outros temas de interesse; e (g) promover a criação de Centros de Excelência entre as unidades de negócio.

  1. se o emissor possui comitê de auditoria estatutário, informando, caso positivo, suas principais atribuições, forma de funcionamento e se o mesmo atende aos requisitos da regulamentação emitida pela CVM a respeito do assunto

Possuímos o Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças estatutário, que atende aos requisitos do Regulamento do Novo Mercado, onde nossas ações serão listadas, bem como às práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa - Companhias Abertas. O referido comitê não segue estritamente o modelo do comitê de auditoria estatutária previsto nos artigos 31-A a 31-F da Instrução CVM 308, embora atenda a praticamente todos os seus requisitos.

O Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças é um órgão estatutário, conforme prevista no Artigo 27 do Estatuto Social da Companhia e tem como missão, por meio do acompanhamento das atividades das áreas responsáveis, assegurar a operacionalização dos processos de auditoria interna e externa, dos mecanismos e controles relacionados à gestão de riscos, a coerência das políticas financeiras com as diretrizes estratégicas e o perfil de risco das unidades de negócio, cuja exposição deve ser avaliada e monitorada pelo órgão, zelando ainda pela revisão das demonstrações financeiras, informações trimestrais e intermediárias e demais informações relacionadas divulgadas ao mercado.

O Comitê também é responsável pela recomendação dos auditores externos a serem contratados por nós, por avaliar, monitorar e recomendar à administração a correção ou aprimoramento das nossas políticas internas, incluindo a de transações com partes relacionadas, e por possuir meios para recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis a nossa Companhia, além de regulamentos e códigos internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos para proteção do prestador e da confidencialidade da informação. Este comitê é composto por, no mínimo, 3 (três) membros, dos quais:

  1. pelo menos 1 (um) membro deverá ser Conselheiro Independente (conforme termo definido no Regulamento do Novo Mercado), a ser nomeado pelo Conselho de Administração;
  2. pelo menos 1 (um) membro deverá ter reconhecida experiência em assuntos de contabilidade societária, em conformidade com as normas aplicáveis expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM;

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

  1. pelo menos 1 (um) membro não deverá ser membro do Conselho de Administração da Companhia; e
  2. 1 (um) dos membros poderá cumular as qualificações descritas nos itens "(i)" e "(ii)" acima.

iii. de que forma o conselho de administração avalia o trabalho da auditoria independente, indicando se o emissor possui uma política de contratação de serviços de extra-auditoria com o auditor independente, e informando o órgão responsável pela aprovação da política, data da aprovação e, caso o emissor divulgue a política, locais na rede mundial de computadores onde o documento pode ser consultado

O nosso Conselho de Administração realiza uma avaliação anual da auditoria independente na reunião em que se discutem as contas do exercício social anterior, após tomar conhecimento da análise e relato elaborado pelo Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças, o qual é responsável por monitorar a efetividade dos trabalhos da auditoria independente e sua independência e, ainda, por avaliar e discutir seu plano de trabalho.

Não há política formal para contratação de serviços de extra-auditoria com o auditor independente, porém, a contratação de tais serviços depende da aprovação do Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças, que avalia a eventual existência de conflito de interesses, riscos de interferência na condução dos trabalhos, entre outros aspectos.

  1. em relação aos membros da diretoria estatutária, suas atribuições e poderes individuais, indicando se a diretoria possui regimento interno próprio, e informando, em caso positivo, órgão responsável pela aprovação, data da aprovação e, caso o emissor divulgue o regimento, locais na rede mundial de computadores onde o documento pode ser consultado

Os membros da Diretoria da Companhia ("Diretores") são os nossos representantes legais, responsáveis, principalmente, pela administração cotidiana e pela implementação das políticas e diretrizes gerais estabelecidas pelo Conselho de Administração.

A Diretoria, cujos membros serão eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo Conselho de Administração, será composta de no mínimo 2 (dois) e no máximo 9 (nove) membros, sendo um Diretor Financeiro, um Diretor Jurídico e de Compliance, um Diretor Global de Operações e Compras, um Diretor Executivo para a América Latina, um Diretor de Governança Corporativa e um Diretor de Relações com Investidores e os demais Diretores Executivos, com prazo de mandato de 3 (três) anos, sendo permitida a reeleição. O cargos de Diretor de Relações com Investidores é de preenchimento obrigatório.

A Diretoria tem todos os poderes para praticar os atos necessários à nossa representação e consecução do objeto social, por mais especiais que sejam, inclusive para renunciar a direitos, transigir e acordar, observadas as disposições legais ou estatutárias pertinentes, as deliberações tomadas pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Administração e as disposições e restrições de alçadas a eles determinadas pelo Conselho de Administração, competindo-lhe especialmente:

  1. cumprir e fazer cumprir o Estatuto Social e as deliberações do Conselho de Administração e da Assembleia Geral de Acionistas;
  2. elaborar e submeter ao Comitê Operacional do Grupo, a cada ano, o nosso plano estratégico, suas revisões anuais e o nosso orçamento geral, cuidando das

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

respectivas execuções, para posterior submissão ao Conselho de Administração, na forma do Estatuto Social;

  1. deliberar a criação, transferência e encerramento de filiais, agências, depósitos, escritórios e quaisquer outros estabelecimentos no país;
  2. decidir, até o limite de alçada estabelecido pelo Conselho de Administração, sobre a aquisição, a alienação e/ou a oneração de bens do ativo imobilizado e intangível e compromissos financeiros associados a projetos nos quais pretendemos investir;
  3. submeter, anualmente, à apreciação do Conselho de Administração, o Relatório da Administração e as contas da Diretoria, acompanhados do relatório dos auditores independentes, bem como a proposta de aplicação dos lucros apurados no exercício anterior; e
  4. apresentar, trimestralmente, ao Conselho de Administração, o nosso balancete econômico-financeiro e patrimonial detalhado, bem como o das nossas controladas.

A investidura nos cargos far-se-á por termo de posse, que deve contemplar sua sujeição à cláusula compromissória referida no Estatuto Social, lavrado em livro próprio, assinado pelo diretor empossado, dispensada qualquer garantia de gestão.

Compete aos Diretores, além de exercer as atividades que lhe sejam atribuídas pelo Conselho de Administração, as seguintes atribuições:

  1. Compete ao Diretor Financeiro:
    1. planejar, implementar e coordenar a nossa política financeira, além de organizar, elaborar e controlar o nosso orçamento;
    2. preparar as demonstrações financeiras, gerir a contabilidade e administrar a nossa tesouraria em atendimento às determinações legais vigentes;
    3. orientar a nossa Companhia na tomada de decisões que envolvam riscos de natureza financeira;
    4. elaborar relatórios de natureza financeira e prestar informações relativas a sua área de competência aos nossos órgãos;
    5. planejar e executar políticas de gestão em sua área de competência; e
    6. outras atribuições que lhe forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.
  1. Compete ao Diretor Jurídico e de Compliance:
    1. aconselhar e assessorar a nossa Companhia com relação a temas de natureza jurídica;
    2. defender os nossos interesses perante terceiros;
    3. desenvolver e coordenar o nosso programa de compliance; e
    4. outras atribuições que lhe forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.
  1. Compete ao Diretor Global de Operações e Compras:
    1. elaborar a nossa estratégia comercial de médio e longo prazo, mediante interações com as diretorias das áreas Industrial, de Suprimentos, de Logística e Ciclo do pedido;
    2. acompanhar o nosso desempenho comercial de curto prazo; e
    3. outras atribuições que lhe forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.

IV. Compete ao Diretor Executivo para a América Latina:

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

    1. avaliar, definir e implementar estratégias de negócios da empresa na América Latina, liderando as áreas funcionais e de negócios, bem como a futura expansão dos negócios para novos países; e
    2. outras atribuições que lhe forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.
  1. Compete ao Diretor de Governança Corporativa:
    1. organizar e secretariar as reuniões do Conselho de Administração e de seus comitês, sendo o responsável pela preparação das atas de reunião destes fóruns;
    2. organizar os processos de integração dos novos membros do Conselho de Administração, conselhos e comitês e dos novos executivos ao Grupo;
    3. auxiliar a presidência do Conselho de Administração na definição das matérias relevantes nas agendas de reuniões e otimização de recursos humanos e de infraestrutura;
    4. estabelecer o melhor diálogo entre o Conselho de Administração e as áreas executivas do Grupo;
    5. preparar o calendário anual de atividades do Conselho de Administração e da Assembleia Geral Ordinária de acionistas;
    6. orientar os agentes de governança sobre seus direitos e obrigações; e
    7. outras atribuições que lhe forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.

VI. Compete ao Diretor de Relações com Investidores:

  1. representar a nossa Companhia perante a CVM e demais órgãos de controle e instituições que atuam no mercado de capitais;
  2. prestar informações ao público investidor, à CVM, às bolsas de valores em que temos nossos valores mobiliários negociados e demais órgãos relacionados às atividades desenvolvidas no mercado de capitais, conforme legislação aplicável, no Brasil e no exterior;
  3. manter atualizado o nosso registro de companhia aberta perante a CVM; e
  4. outras atribuições que lhes forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.

VII. Compete aos Diretores Executivos, além de outras atribuições definidas pelo Conselho de Administração:

  1. promover o desenvolvimento das nossas atividades, observado nosso objeto social;
  2. coordenar as nossas atividades e de nossas controladas;
  3. realizar a gestão orçamentária das nossas áreas sob sua responsabilidade, incluindo controle de gestão e de custos;
  4. coordenar a atuação de sua área e responsabilidades específicas com a dos demais diretores;
  5. representar a nossa Companhia perante clientes, imprensa, sociedade e órgãos legais, empresariais e governamentais, resguardando os interesses da organização e zelando pela sua imagem; e
  6. outras atribuições que lhes forem, de tempos em tempos, determinadas pelo Principal Executivo do Grupo.

Possuímos, ainda, uma Diretoria de Auditoria Interna, não estatutária, subordinada ao Conselho de Administração através do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e de Finanças, responsável pela realização de trabalhos para verificação da conformidade em diferentes processos de negócio e pela aferição da qualidade e efetividade dos processos de gerenciamento de riscos, controle e

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

governança da Companhia, conforme plano de auditoria validado anualmente pelo referido Comitê, bem como investigação de processos em casos de denúncias.

Não temos um Regimento Interno da Diretoria.

  1. data de instalação do conselho fiscal, se este não for permanente, informando se possui regimento interno próprio, e indicando, em caso positivo, data da sua aprovação pelo conselho fiscal e, caso o emissor divulgue o regimento, locais na rede mundial de computadores onde o documento pode ser consultado

O nosso Conselho Fiscal é de caráter não permanente, conforme disposto no paragrafo 1º do Artigo 29 do nosso Estatuto Social e, em 30 de abril de 2020, nossos acionistas deliberaram em Assembleia Geral pela instalação do Conselho Fiscal para o exercício social de 2020.

De acordo com a Lei das S.A., o Conselho Fiscal é um órgão societário independente da administração e dos auditores externos. O conselho fiscal pode funcionar tanto de forma permanente quanto de forma não permanente, caso em que atuará durante um exercício social específico quando instalado pela Assembleia Geral, a pedido dos acionistas que representem, no mínimo, 2% (dois por cento) das ações com direito a voto (nos termos da ICVM 324/2000). Caso o conselho fiscal seja instalado, o mandato dos seus membros se estenderá até a primeira Assembleia Geral Ordinária que se realizar após a sua eleição, podendo ser reeleitos.

Nosso Conselho Fiscal é composto de 3 (três) membros e igual número de suplentes, conforme previsto no Artigo 29 do nosso Estatuto Social.

As principais responsabilidades do Conselho Fiscal, além daquelas expressamente conferidas por lei consistem em fiscalizar e verificar a ação dos administradores e o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários, em consonância com a legislação brasileira vigente, nos termos do nosso Estatuto Social e do Regime Interno do Conselho Fiscal.

Destacamos que o Conselho Fiscal possui um Regimento Interno regulando seu funcionamento. O regimento interno do Conselho Fiscal foi aprovado na reunião do Conselho de Fiscal realizada em 06 de maio de 2020, estando disponível para consulta nas páginas eletrônicas da CVM (http://www.cvm.gov.br), em consulta de documentos para companhias abertas, bem como da Companhia (https://ri.naturaeco.com).

  1. a periodicidade da avaliação e sua abrangência, indicando se a avaliação é feita somente em relação ao órgão ou se inclui também a avaliação individual de seus membros

As avaliações de desempenho dos órgãos de administração e assessoramento, como órgãos colegiados, são feitas anualmente, após análise e recomendações feitas pelo Comitê de Governança Corporativa ao Conselho de Administração, contemplando diversos aspectos relacionados ao funcionamento de tais órgãos durante o período em análise, dentre os quais a qualidade da participação e do desempenho, visando identificar oportunidades de melhoria no funcionamento dos órgãos.

  1. metodologia adotada e os principais critérios utilizados na avaliação

As avaliações são feitas mediante entrevistas com os membros de cada órgão e nossos principais executivos, que também fazem uma autoavaliação sobre o seu desempenho no exercício de suas funções, sem, no entanto, avaliar de forma individual os demais membros da administração e/ou outros órgãos.

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12.1 - Descrição da Estrutura Administrativa

  1. como os resultados da avaliação são utilizados pelo emissor para aprimorar o funcionamento deste órgão;

Utilizaremos o resultado de tais avaliações no contínuo aprimoramento de nossa estrutura de governança corporativa, inclusive relativamente ao funcionamento do Conselho de Administração, fazendo as adequações necessárias para que suas práticas estejam sempre alinhadas com as melhores práticas locais e internacionais.

  1. se foram contratados serviços de consultoria ou assessoria externos

Como prática, não contratamos serviços de consultoria ou assessoria externa relacionados ao objeto deste item "d".

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12.2 - Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

12.2 - Regras, políticas e práticas relativas às assembleias gerais

  1. prazos de convocação

As Assembleias Gerais de acionistas da Companhia são convocadas com, no mínimo, 15 (quinze) dias de antecedência em primeira convocação e com 8 (oito) dias de antecedência em segunda convocação.

  1. competências

Nos termos do nosso Estatuto Social, compete à Assembleia Geral, além das atribuições previstas em lei:

  1. eleger e destituir os membros do Conselho de Administração e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso;
  2. fixar os honorários globais dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria, assim como a remuneração dos membros do Conselho Fiscal se instalado;
  3. aprovar eventuais desdobramentos ou grupamentos de ações;
  4. aprovar programas de remuneração baseados em ações aos seus administradores e empregados, assim como aos administradores e empregados de outras sociedades que sejam nossas controladas direta ou indiretamente pela Companhia;
  5. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; e
  6. eleger o liquidante, bem como o Conselho Fiscal que deverá funcionar no período de liquidação; e
  7. deliberar sobre a nossa saída no Novo Mercado da B3.

c. endereços (físico ou eletrônico) nos quais os documentos relativos à assembleia geral estarão à disposição dos acionistas para análise

  1. Eletrônico:
    • https://ri.naturaeco.com/pt-br/
    • www.cvm.gov.br
    • www.b3.com.br
  2. Físico:
    • Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, nº 1188, sala A17, bloco A, Parque Anhanguera, CEP 05106-000.
  1. identificação e administração de conflitos de interesses

No caso de algum acionista ter interesse conflitante com a matéria constante da ordem do dia, segundo a legislação brasileira, estará impedido de proferir o seu voto na assembleia geral. Ainda, nos termos do § 1º do artigo 115 da Lei das S.A., é vedado aos acionistas votar nas deliberações relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer para a formação do capital social e à aprovação de suas contas como administrador, nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da companhia. Além disso, temos uma Política de Transações com Partes Relacionadas e Administração de Conflitos de Interesses, que também é pública, e trata de conflito de interesses. Por meio dessa política, qualquer pessoa

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12.2 - Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

vinculada e que seja parte relacionada ou que possa ter interesse conflitante com o nosso, deverá se abster ou se ausentar do processo de votação da matéria.

  1. solicitação de procurações pela administração para o exercício do direito de voto

Possibilitamos que os acionistas que não puderem comparecer pessoalmente às assembleias gerais de acionistas sejam representados por procurador constituído há menos de 1 (um) ano, conforme previsto no parágrafo 1º do artigo 126 da Lei das S.A. Nesse caso, o procurador deverá portar o instrumento de mandato com poderes especiais para representação nas assembleias gerais de acionistas. Nos editais de convocação para assembleias gerais de acionistas, solicitamos o depósito prévio dos documentos de representação dos acionistas em nosso endereço informado nos editais de convocação.

  1. formalidades necessárias para aceitação de procurações outorgadas por acionistas, indicando se o emissor exige ou dispensa reconhecimento de firma, notarização, consularização e tradução juramentada e se o emissor admite procurações outorgadas por acionistas por meio eletrônico

Os acionistas que não puderem comparecer pessoalmente às assembleias gerais de acionistas poderão ser representados por procurador constituído há menos de 1 (um) ano, conforme previsto no parágrafo 1º do artigo 126 da Lei das S.A. Nesse caso, o procurador deverá portar o instrumento de mandato com poderes especiais para representação nas assembleias gerais de acionistas, devendo referido instrumento ter o reconhecimento em cartório da assinatura do acionista.

Acionistas que sejam pessoas físicas devem apresentar documento de identificação com foto (RG, RNE, CNH ou, ainda, carteiras de classes profissionais oficialmente reconhecidas).

Acionistas que sejam pessoas jurídicas devem apresentar cópias autenticadas da última consolidação do estatuto ou do contrato social e da documentação comprobatória de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração) e documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is).

Acionistas que sejam fundos de investimentos devem apresentar cópias autenticadas do último regulamento consolidado do fundo, do estatuto ou contrato social do seu administrador e da documentação comprobatória de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração) e documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is).

Todos os acionistas deverão apresentar comprovante atualizado da titularidade das ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, de nossa emissão, expedido pela instituição financeira depositária responsável pelo serviço de nossas ações escriturais, a saber, Itaú Corretora de Valores S.A. (CNPJ/ME nº 61.194.353/0001-64) ("Itaú") e/ou por instituição de custódia no período de 48 (quarenta e oito) horas antecedentes ao horário de início das assembleias gerais de acionistas.

Não exigiremos o reconhecimento de firma e/ou a consularização ou apostilamento dos instrumentos de procuração outorgados pelos acionistas a seus respectivos representantes, tampouco exigirá a tradução juramentada das procurações e documentos lavrados ou traduzidos em língua portuguesa ou inglesa, nem dos documentos anexados com as respectivas traduções para esses idiomas.

Não admitimos procurações outorgadas por acionistas por meio eletrônico.

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12.2 - Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

  1. formalidades necessárias para aceitação do boletim de voto a distância, quando enviados diretamente à companhia, indicando se o emissor exige ou dispensa reconhecimento de firma, notarização e consularização

Caso seja admitido o exercício do voto a distância, conforme previsto na Instrução CVM nº 481, e o acionista deseje exercer este direito, o envio do voto será formalizado por meio do boletim de voto a distância ("Boletim"), conforme versões disponibilizadas em nossa página de relações com investidores.

No Boletim devem ser preenchidos os seguintes dados: (i) nome ou denominação social completa; e (ii) o número do Cadastro no Ministério da Economia, seja de pessoa jurídica (CNPJ/ME) ou de pessoa física (CPF/ME). O preenchimento do endereço de e-mail é recomendável, embora não seja obrigatório.

O acionista que optar por exercer seu direito de voto a distância poderá (i) preencher o Boletim e enviá-lo diretamente à nossa Companhia; (ii) caso tenha ações de nossa emissão depositadas em instituições de custódia, transmitir as instruções de voto para as instituições de custódia, que encaminharão as manifestações de voto à Central Depositária da B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão, observados os procedimentos estabelecidos e os documentos exigidos pela respectiva instituição de custódia; ou (iii) caso tenha ações de nossa emissão depositadas em instituição financeira depositária responsável pelo serviço de ações escriturais da nossa Companhia, transmitir as instruções de voto para o Itaú, observados os procedimentos estabelecidos e os documentos exigidos pelo Itaú.

Para que o Boletim seja considerado válido e os votos nele proferidos sejam contabilizados como parte integrante dos quóruns da assembleia geral de acionistas (i) todos os campos deverão ser devidamente preenchidos; (ii) todas as suas páginas deverão ser rubricadas pelo acionista (ou por seu representante legal, conforme o caso); e (iii) ao final, o acionista (ou seu representante legal, conforme o caso) deverá assiná-lo.

O acionista que optar por exercer seu direito de voto a distância, por meio de envio do Boletim diretamente à nossa Companhia, deverá encaminhar os documentos listados abaixo para o endereço eletrônico ri@natura.net(Assunto: Boletim de Voto a Distância) ou para a nossa sede, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, nº 1.188, Sala A17, Bloco A, Parque Anhanguera, CEP 05106-000, aos cuidados da Gerência de Relações com Investidores.

  1. via física do Boletim, devidamente preenchido, rubricado e assinado com assinatura reconhecida em cartório; e
  2. cópia autenticada dos seguintes documentos: (a) acionistas que sejam pessoas físicas:

    1. documento de identificação com foto; (b) acionistas que sejam pessoas jurídicas: cópias autenticadas da última consolidação do estatuto ou do contrato social e da documentação comprobatória de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração) e documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is); e
    2. acionistas que sejam fundos de investimento: cópias autenticadas do último regulamento consolidado do fundo, do estatuto ou contrato social do seu administrado, e da documentação comprobatória de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração) e documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is).

Não exigiremos o reconhecimento de firma e/ou a consularização ou apostilamento dos instrumentos de procuração outorgados pelos acionistas a seus respectivos representantes, tampouco exigiremos

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12.2 - Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

a tradução juramentada das procurações e documentos lavrados ou traduzidos em língua portuguesa ou inglesa, nem dos documentos anexados com as respectivas traduções para esses idiomas.

O Boletim e documentação correlata somente serão considerados como recebidos por nós e, portanto, considerados para fins de cômputo dos quóruns da assembleia geral de acionistas, caso recebamos via física de tais documentos, nos termos dos itens (i) e (ii) acima, em até 7 (sete) dias de antecedência em relação à data de realização da assembleia geral de acionistas. Os Boletins e documentação correlata recebidos após tal data serão desconsiderados.

O Boletim poderá ser enviado para o endereço eletrônico ri@natura.net(Assunto: Boletim de Voto a Distância), sendo que, nesse caso, também será necessário o envio físico da via original e da documentação correlata. Recebido o Boletim e as demais documentações exigidas, avisaremos ao acionista, em até 3 (três) dias, acerca do recebimento do Boletim, bem como se o Boletim e eventuais documentos que o acompanham são suficientes para que o voto do acionista seja considerado válido ou a necessidade de retificação ou reenvio do Boletim ou dos documentos que o acompanham, descrevendo os procedimentos e prazos necessários à regularização do voto a distância.

O acionista pode retificar ou reenviar o Boletim ou os documentos que o acompanham, observado o prazo de até 7 (sete) dias de antecedência em relação à data de realização da assembleia geral de acionistas. Os Boletins e/ou os documentos que o acompanham recebidos após tal data serão desconsiderados.

  1. se a companhia disponibiliza sistema eletrônico de recebimento do boletim de voto à distância ou de participação a distância

Não disponibilizamos de sistema eletrônico para recebimento de Boletim ou de participação à distância.

  1. instruções para que acionista ou grupo de acionistas inclua propostas de deliberação, chapas ou candidatos a membros do conselho de administração e do conselho fiscal no boletim de voto à distância

Conforme previsto no artigo 21-L da Instrução CVM nº 481/09, acionistas que representem os percentuais mínimos estabelecidos nos Anexos 21-L-I e 21-L-II da Instrução CVM nº 481/09 poderão solicitar, respectivamente, a inclusão no Boletim de (i) candidatos ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, sempre que convocada assembleia geral para sua eleição sujeita ao procedimento de voto à distância, conforme § 1º do artigo 21-A, ou (ii) propostas de deliberação para as nossas assembleias gerais ordinárias. As solicitações de inclusão descritas acima deverão ser recebidas pela nossa Gerência de Relações com Investidores (i) na hipótese de assembleia geral ordinária, entre o primeiro dia útil do exercício social em que se realizará a assembleia geral ordinária e até 25 (vinte e cinco) dias antes da data prevista para sua realização, conforme divulgada no nosso Calendário de Eventos Corporativos; ou (ii) na hipótese de assembleia geral extraordinária convocada para eleição de membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal quando a eleição se fizer necessária por vacância da maioria dos cargos conselho, por vacância em conselho que tiver sido eleito por voto múltiplo ou para preenchimento das vagas dedicadas à eleição em separado, entre o primeiro dia útil após a ocorrência de evento que justifique a convocação da referida assembleia geral e até 25 (vinte e cinco) dias antes da data de realização da assembleia, hipótese em que a nossa administração comunicará ao mercado a data de realização da respectiva assembleia geral, ainda que em caráter provisório, bem como o prazo para a inclusão de candidatos no Boletim.

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12.2 - Regras, Políticas E Práticas Relativas às Assembleias Gerais

Toda e qualquer solicitação de inclusão de propostas ou candidatos no Boletim, conforme descritas acima, deverão observar os requisitos legais aplicáveis, bem como o disposto nos arts. 21-L e 21-M da Instrução CVM nº 481/09 e deverão ser enviadas aos seguintes endereços, físicos e eletrônicos: oficios@natura.nete na Avenida Alexandre Colares, nº 1.188, Sala A17, Bloco A, Parque Anhanguera, CEP 05106-000, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, aos cuidados da Gerência de Relações com Investidores.

  1. se a companhia disponibiliza fóruns e páginas na rede mundial de computadores destinados a receber e compartilhar comentários dos acionistas sobre as pautas das assembleias

Não utilizamos esses recursos. Temos disponível uma página na internet, que é aberta ao público em geral para receber e compartilhar comentários sobre a nossa Companhia e nossos produtos.

  1. outras informações necessárias à participação a distância e ao exercício do direito de voto à distância

Além do envio do Boletim diretamente para nós, os acionistas também poderão exercer o voto à distância por meio das instruções de preenchimento transmitidas a seus respectivos agentes de custódia ou ao nosso agente escriturador, conforme nossas ações estejam ou não depositadas em depositório central. Nesses casos, o acionista deverá transmitir as instruções de preenchimento do Boletim para seus agentes de custódia ou agente escriturador em até 7 (sete) dias antes da data de realização da assembleia.

Os acionistas deverão entrar em contato com os seus agentes de custódia ou com o agente escriturador das ações de nossa emissão e verificar os procedimentos por eles estabelecidos para a emissão das instruções de voto via Boletim, bem como os documentos e informações que venham a ser por eles exigidos.

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12.3 - Regras, Políticas E Práticas Relativas ao Conselho de Administração

12.3 - Regras, políticas e práticas relativas ao Conselho de Administração

  1. frequência das reuniões

O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, no mínimo 4 (quatro) vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Copresidente indicado nos termos do Estatuto Social ou pela maioria de seus membros. Vale destacar que a Companhia, na prática, observa o mínimo de 6 (seis) reuniões ordinárias do Conselho de Administração, de acordo com as melhores práticas de governança corporativa.

As convocações para as reuniões serão feitas com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas.

No caso de ausência temporária de qualquer membro do Conselho de Administração, este poderá ser substituído em reuniões do referido órgão por outro conselheiro por ele expressamente indicado, hipótese em que seu representante deverá estar munido de procuração com poderes específicos, indicando inclusive o voto a ser proferido nas matérias constantes da ordem do dia de cada reunião. Nesta hipótese, o conselheiro que estiver substituindo o conselheiro ausente, além de seu próprio voto, expressará o voto antecipado do conselheiro ausente.

No exercício social em curso o Conselho de Administração já se reuniu ordinária e extraordinariamente 2 (duas) vezes.

  1. se existirem, as disposições do acordo de acionistas que estabeleçam restrição ou vinculação ao exercício do direito de voto de membros do Conselho

Nosso acordo de acionistas não restringe ou vincula o direito de voto dos membros do Conselho.

  1. regras de identificação e administração de conflito de interesses

Em conformidade com o nosso Estatuto Social, o membro do Conselho de Administração não poderá ter acesso a informações ou participar de reuniões relacionadas a assuntos sobre os quais tenha ou represente interesses conflitantes com os nossos. Assim, na hipótese de haver um possível conflito de interesses entre as matérias sob análise e algum membro dos nossos órgãos deliberativos, o respectivo membro abster-se-á de votar e a decisão ficará a cargo dos demais membros que não possuírem qualquer relação com a matéria em exame.

  1. possui política de indicação de preenchimento de cargo de conselho de administração

Possuímos uma Política de Indicação de Administradores, a qual institui os critérios e procedimentos a serem observados para a composição do Conselho de Administração, seus Comitês e da Diretoria.

  1. órgão responsável pela aprovação da política, informar o endereço público para consulta
    Nossa Política de Indicação de Administradores foi aprovada pelo Conselho de Administração em 17 de julho de 2019. Referida política pode ser consultada no site: https://ri.naturaeco.com/, bem como fisicamente em nossa sede
  2. principais características da política

Diretrizes e Critérios para Indicação

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12.3 - Regras, Políticas E Práticas Relativas ao Conselho de Administração

Como diretriz geral, o processo de indicação de candidatos deve visar que o Conselho de Administração seja composto de membros de perfil diversificado, número adequado de conselheiros independentes e tamanho que permita a criação de comitês, o debate efetivo de ideias e a tomada de decisões técnicas, isentas e fundamentadas.

O Estatuto Social prevê que o Conselho de Administração deve ser composto por, no mínimo, 9 (nove) e, no máximo, 13 (treze) membros, todos eleitos e destituíveis pela assembleia geral de acionistas, com mandato unificado de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição.

Dos membros do Conselho de Administração, no mínimo, 2 (dois) ou 20% (vinte por cento), o que for maior, deverão ser conselheiros independentes, conforme a definição do Regulamento do Novo Mercado.

Adicionalmente, o processo de indicação deve buscar que o Conselho de Administração seja composto (i) tendo em vista a disponibilidade de tempo de seus membros para o exercício de suas funções e a diversidade de conhecimentos, experiências, comportamentos, aspectos culturais, faixa etária e gênero (conforme prática recomendada 2.2.1(ii) do CBGC); e (ii) em sua maioria por membros externos, tendo, no mínimo, um terço de membros independentes (conforme prática recomendada 2.2.1(ii) do CBGC).

Os membros indicados ao nosso Conselho de Administração, incluindo os conselheiros independentes, deverão atender os seguintes critérios, além dos requisitos legais e regulamentares, e daqueles expressos no nosso Estatuto Social e demais pactos societários porventura existentes que nos tenham como objeto:

  1. alinhamento e comprometimento com os nossos valores e cultura e nosso Código de Conduta;
  2. reputação ilibada;
  3. não ter sido objeto de decisão irrecorrível que o suspendeu ou o inabilitou, por parte da CVM, que o tenha tornado inelegível aos cargos de administrador de companhia aberta;
  4. não ter sido impedido por lei especial, ou condenado por crime falimentar, de prevaricação, corrupção ativa ou passiva, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública, a propriedade ou o sistema financeiro nacional, ou a pena criminal que vede acesso a cargos públicos;
  5. formação acadêmica compatível com as atribuições dos membros do Conselho de Administração, conforme descritas no Estatuto Social;
  6. experiência profissional em temas diversificados;
  7. estar isento de conflito de interesse com a nossa Companhia (salvo dispensa da assembleia geral); e
  8. disponibilidade de tempo para dedicar-se adequadamente à função e responsabilidade assumida, que vai além da presença nas reuniões do Conselho de Administração e da leitura prévia da documentação.

Procedimento para Indicação

A composição do Conselho de Administração deverá ser avaliada ao final de cada mandato para buscar o atendimento aos critérios constantes da Política de Indicação de Administradores, quando da aprovação dos candidatos propostos pela Administração.

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12.3 - Regras, Políticas E Práticas Relativas ao Conselho de Administração

A proposta de reeleição dos conselheiros deverá considerar os resultados do processo de avaliação periódica do Conselho de Administração, bem como as conclusões quanto à adequação ou necessidade de ajustes em sua composição.

A caracterização dos indicados ao Conselho de Administração como conselheiros independentes deve ser deliberada na assembleia geral de acionistas que os eleger, nos termos do artigo 17 do Regulamento do Novo Mercado.

Cada indicado a conselheiro independente deverá apresentar declaração ao Conselho de Administração, atestando seu enquadramento em relação aos critérios de independência estabelecidos no Regulamento do Novo Mercado, contemplando a respectiva justificativa, se verificada alguma das situações previstas no § 2º do artigo 16 do Regulamento do Novo Mercado.

O nosso Conselho de Administração deverá aprovar manifestação, inserida na proposta da administração referente à assembleia geral para eleição de administradores, quanto ao enquadramento ou não enquadramento do candidato nos critérios de independência.

O procedimento acima não se aplica às indicações de candidatos a membros do Conselho de Administração:

  1. que não atendam ao prazo de antecedência para inclusão de candidatos no boletim de voto, conforme disposto na regulamentação editada pela CVM sobre votação a distância; e
  2. para eleição mediante votação em separado (aplicável às companhias com acionista controlador).

Adicionalmente, o Conselho de Administração deve avaliar e divulgar anualmente quem são os conselheiros independentes, bem como indicar e justificar quaisquer circunstâncias que possam comprometer sua independência (conforme prática recomendada 2.2.1(ii) do CBGC). São consideradas situações que podem comprometer a independência do membro do Conselho de Administração, sem prejuízo de outras:

  1. ter atuado como nosso administrador ou empregado, de acionista com participação relevante ou de grupo;
  2. de controle, de auditoria independente que nos audite ou tenha nos auditado, ou, ainda, de entidade sem fins lucrativos que receba recursos financeiros significativos da nossa Companhia ou de nossas partes relacionadas;
  3. ter atuado, seja diretamente ou como sócio, acionista, conselheiro ou diretor, em um parceiro comercial relevante da nossa Companhia;
  4. possuir laços familiares próximos ou relações pessoais significativas com nossos acionistas, conselheiros ou diretores; ou
  5. ter cumprido um número excessivo de mandatos consecutivos como nosso conselheiro.

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12.4 - Descrição da Cláusula Compromissória Para Resolução de Conflitos Por Meio de Arbitragem

12.4 - Descrição da cláusula compromissória para resolução de conflitos por meio de arbitragem

O artigo 36 do nosso Estatuto Social prevê que a nossa Companhia, nossos acionistas, administradores e os membros do Conselho Fiscal, efetivos e suplentes, se houver, obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, na forma de seu regulamento, qualquer controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada com ou oriunda da nossa condição de emissora, acionistas, administradores, e membros do Conselho Fiscal, em especial, decorrentes das disposições contidas na Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, na Lei das S.A., no nosso Estatuto Social, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela CVM, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento do Novo Mercado, dos demais regulamentos da B3 e do Contrato de Participação no Novo Mercado.

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12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

Nome

Data de nascimento

Orgão administração

Data da eleição

Prazo do mandato

Número de Mandatos

Consecutivos

CPF

Profissão

Cargo eletivo ocupado

Data de posse

Foi eleito pelo controlador

Percentual de participação

nas reuniões

Outros cargos e funções exercidas no emissor

Descrição de outro cargo / função

Joselena Peressinoto Romero

18/05/1967

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

120.693.958-39

Engenheira

19 - Outros Diretores

30/04/2020

Sim

0.00%

Membro do Comitê Operacional do Grupo

Diretora Global de Operações e

Compras

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira

09/12/1967

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

050.269.878-00

Engenheiro

19 - Outros Diretores

30/04/2020

Sim

0.00%

Membro do Comitê Operacional do Grupo

Diretor Executivo para a América

Latina

Itamar Gaino Filho

18/10/1976

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

272.341.378-07

Advogado

19 - Outros Diretores

30/04/2020

Sim

0.00%

Diretor Jurídico e de Compliance

José Antonio de Almeida Filippo

27/10/1960

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

750.801.417-00

Engenheiro

19 - Outros Diretores

30/04/2020

Sim

0.00%

Diretor Financeiro

Moacir Salzstein

31/12/1958

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

036.269.088-01

Engenheiro

19 - Outros Diretores

30/04/2020

Sim

0.00%

Diretor de Governança Corporativa

Viviane Behar de Castro

12/12/1965

Pertence apenas à Diretoria

30/04/2020

3 anos

0

075.375.618-85

Administradora

12 - Diretor de Relações com

30/04/2020

Sim

0.00%

Investidores

Gilberto Mifano

11/11/1949

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

566.164.738-72

Administrador

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

100.00%

(Efetivo)

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12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

Nome

Data de nascimento

Orgão administração

Data da eleição

Prazo do mandato

Número de Mandatos

Consecutivos

CPF

Profissão

Cargo eletivo ocupado

Data de posse

Foi eleito pelo controlador

Percentual de participação

nas reuniões

Outros cargos e funções exercidas no emissor

Descrição de outro cargo / função

Conselheiro independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Fábio Colletti Barbosa

03/10/1954

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

771.733.258-20

Administrador

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

100.00%

(Efetivo)

Conselheiro independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Jessica DiLulio Herrin

29/11/1972

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

000.000.000-00

Economista

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

100.00%

(Efetivo)

Conselheira independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Passaporte americano nº 557088851

Ian Martin Bickley

02/10/1963

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

000.000.000-00

Economista

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

100.00%

(Efetivo)

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12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

Nome

Data de nascimento

Orgão administração

Data da eleição

Prazo do mandato

Número de Mandatos

Consecutivos

CPF

Profissão

Cargo eletivo ocupado

Data de posse

Foi eleito pelo controlador

Percentual de participação

nas reuniões

Outros cargos e funções exercidas no emissor

Descrição de outro cargo / função

Conselheiro independente* *Informamos que para determinar a independência do Conselheiro utilizamos o critério expresso no Regulamento do Novo Mercado, conforme definido no artigo 16, parágrafos 1º e 2º do Regulamento.

(Passaporte britânico nº 538953627)

Antônio Luiz da Cunha Seabra

23/03/1942

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

332.927.288-00

Economista

29 - Outros Conselheiros

30/04/2020

Sim

100.00%

Copresidente do Conselho de

Administração

Pedro Luiz Barreiros Passos

29/06/1951

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

672.924.618-91

Engenheiro

29 - Outros Conselheiros

30/04/2020

Sim

100.00%

Copresidente do Conselho de

Administração

Nancy Killefer

16/11/1953

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

000.000.000-00

Empresária

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

0.00%

(Efetivo)

Conselheira independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Passaporte Americano 515398235

Wyllie Don Cornwell

17/01/1948

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

000.000.000-00

Empresário

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

0.00%

(Efetivo)

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

Nome

Data de nascimento

Orgão administração

Data da eleição

Prazo do mandato

Número de Mandatos

Consecutivos

CPF

Profissão

Cargo eletivo ocupado

Data de posse

Foi eleito pelo controlador

Percentual de participação

nas reuniões

Outros cargos e funções exercidas no emissor

Descrição de outro cargo / função

Conselheiro independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Passaporte Americano 565384549

Andrew George Mcmaster Jr.

04/11/1952

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

000.000.000-00

Empresário

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

0.00%

(Efetivo)

Conselheiro independente*

*Informamos que para determinar a

independência do Conselheiro utilizamos

o critério expresso no Regulamento do

Novo Mercado, conforme definido no

artigo 16, parágrafos 1º e 2º do

Regulamento.

Passaporte Americano 518145244

Guilherme Peirão Leal

22/02/1950

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

383.599.108-63

Administrador

29 - Outros Conselheiros

30/04/2020

Sim

100.00%

Copresidente do Conselho de

Administração

Carla Schmitzberger

21/06/1962

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

667.280.967-87

Engenheira

27 - Conselho de Adm. Independente

30/04/2020

Sim

100.00%

(Efetivo)

Conselheira independente* *Informamos que para determinar a independência do Conselheiro utilizamos o critério expresso no Regulamento do Novo Mercado, conforme definido no artigo 16, parágrafos 1º e 2º do Regulamento.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.5/6 - Composição E Experiência Profissional da Administração E do Conselho Fiscal

Nome

Data de nascimento

Orgão administração

Data da eleição

Prazo do mandato

Número de Mandatos

Consecutivos

CPF

Profissão

Cargo eletivo ocupado

Data de posse

Foi eleito pelo controlador

Percentual de participação

nas reuniões

Outros cargos e funções exercidas no emissor

Descrição de outro cargo / função

Roberto de Oliveira Marques

13/07/1965

Pertence apenas ao Conselho de

30/04/2020

2 anos

1

Administração

090.072.488-98

Administrador

20 - Presidente do Conselho de

30/04/2020

Sim

100.00%

Administração

Membro de comitê e Principal Executivo

do Grupo.

Helmut Bossert

24/04/1948

Conselho Fiscal

30/04/2020

Até a próxima Assembleia

0

Geral

480.672.378-91

Economista

45 - C.F.(Efetivo)Eleito

30/04/2020

Não

0.00%

p/Minor.Ordinaristas

Eduardo Rogatto Luque

06/07/1969

Conselho Fiscal

30/04/2020

Até a próxima Assembleia

0

Geral

142.773.658-84

Contador

43 - C.F.(Efetivo)Eleito p/Controlador

30/04/2020

Sim

0.00%

Carlos Elder Maciel de Aquino

09/04/1961

Conselho Fiscal

30/04/2020

Até a próxima Assembleia

0

Geral

226.993.094-00

Contador

43 - C.F.(Efetivo)Eleito p/Controlador

30/04/2020

Sim

0.00%

Experiência profissional / Critérios de Independência

Joselena Peressinoto Romero - 120.693.958-39

Joselena Peressinoto Romero é engenheira de alimentos e participou de programas executivos no estado da Pensilvania State University, Harvard, INSEAD e JIPM (Japão). Sua carreira na Natura Cosméticos começou em 2010 como Diretora Global de Planejamento da Cadeia de Suprimentos. Atualmente ocupa a posição de Diretora Global de Operações e Compras e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co Holding S.A. Antes disso, ela ocupou várias lideranças posições locais e regionais na Unilever. Sua última posição foi vice-presidente de cadeia de suprimentos para a América Latina de Home Care Business.

Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira - 050.269.878-00

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade São Paulo (USP) e possui um MBA executivo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ele trabalhou na Unilever por 20 anos, onde ocupou o último cargo de vice-presidente de cadeia de suprimentos. João Paulo é Diretor Executivo para a América Latina e membro do Comitê Operacional do Grupo. Anteriormente João Paulo ingressou na Natura Cosméticos em 2009 como vice-presidente de operações e logística, também foi vice-presidente de redes responsável pelo comercial. Outras funções na Natura incluíram a liderança das Operações Internacionais e Áreas de sustentabilidade.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Itamar Gaino Filho - 272.341.378-07

Itamar Gaino Filho é formado em direito e mestre pela Pontifícia Católica Universidade de São Paulo (PUC SP) e possui especialização pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais, com experiência nas áreas jurídica e tributária em empresas multinacionais. Ele atuou como diretor jurídico sênior da PepsiCo, responsável pelas divisões de bebidas e alimentos. Sua experiência também inclui cargos de gerência na General Motors, Monsanto e Coca-Cola Femsa. Atualmente ocupa o cargo de Diretor Jurídico e de Compliance e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

José Antonio de Almeida Filippo - 750.801.417-00

José Antonio de Almeida Filippo é bacharel em engenharia civil pela Federal Universidade do Rio de Janeiro. Ele também participou do Programa de Desenvolvimento Gerencial na Harvard University. Filippo ingressou na Natura em maio de 2018 como diretor financeiro e de relações com investidores. Anteriormente, ele era o diretor financeiro da Embraer. Atualmente ocupa a posição de Diretor Financeiro e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co Holding S.A. Antes de trabalhar para a Embraer, Filippo foi o diretor financeiro da Companhia Brasileira de Distribuição (parte do Grupo Pão de Açúcar) e também exerceu cargo de vice-presidente de finanças e relações com investidores da CPFL Energia S.A.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Moacir Salzstein - 036.269.088-01

Moacir Salzstein é formado em engenharia química pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pós-graduação em administração de empresas e MBA pela FGV-SP. Ele atua como Diretor de Governança Corporativa da Natura &Co Holding S.A., tendo atuado anteriormente como diretor de planejamento estratégico da Natura Cosméticos. Atuou anteriormente em empresas como Monitor Group, Grupo Ultrapar, Dow / Union Carbide, Itaú, Jaakko Poyry e Promon Engenharia.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Viviane Behar de Castro - 075.375.618-85

Viviane Behar de Castro é Diretora de Relações com Investidores da Natura & Co. Antes de ingressar Natura em 2018, atuou como diretora de relações com investidores da Fleury S.A. e Diretora de RI e Sustentabilidade na Redecard S.A, onde permaneceu por oito anos. Posteriormente, foi chefe de negócios de instituições financeiras e empresas privadas. A Sra. Castro era anteriormente parceira administrativa da VB Projetos. Ela traz mais de 10 anos de experiência em investimentos e corporate banking e ocupou altos cargos no Bank of America e no Citibank. A Sra. Castro possui bacharelado em administração de empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado e participou de um programa executivo na Wharton.

Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Gilberto Mifano - 566.164.738-72

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Gilberto Mifano É graduado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) em 1972. Atualmente, é conselheiro de administração independente da Cielo S/A - desde 2009, da TOTVS S/A - desde 2017, da Pacaembu Construtora S/A - desde 2018 e conselheiro consultivo da Pragma Patrimônio Ltda - desde 2009. Na Natura é conselheiro de administração independente - desde 2017, tendo atuado como consultor do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças da Natura S/A - de 2009 a 2016. De 1994 a 2008 foi CEO da BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo e da CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia e depois, 2008 e 2009, Presidente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros S/A. Foi, ainda, conselheiro independente da SEB Educacional S/A, Isolux Infrastructure S/A, Baterias Moura S/A, Âmbar S/A e membro do Comitê de Sustentabilidade do Banco Santander Brasil S/A. No plano internacional, por cerca de 8 anos foi membro e vice-presidente dos comitês executivos da WFE - World Federation of Exchanges e da FIAB - Federación Latino Americana de Bolsas. Anteriormente a 1994, foi executivo e diretor em instituições financeiras no Brasil. Gilberto Mifano iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2017 e atualmente é membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co e Presidente do Comitê de Auditoria.

Atualmente, Gilberto ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) membro do Conselho Fiscal do Instituto Arapyau; (ii) membro do Conselho Deliberativo da RAPS - Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Instituto); (iii) membro do Conselho Fiscal do CIEB - Centro de Inovação para a Educação (Instituto); (iv) membro do Conselho Fiscal da Amigos da Poli (Instituto). No passado foi (v) conselheiro fiscal do Instituto Natura e (vi) presidente do Conselho de Administração do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Das organizações citadas acima, são controladas por acionista do emissor, que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor, as sociedades (i), (ii), (iv) e (v).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

Fábio Colletti Barbosa é membro dos conselhos do Itaú-Unibanco, da Gávea Investimentos, da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), e da Hering. Fábio Barbosa iniciou suas atividades junto ao Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2017 e é atualmente membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. Fábio foi presidente do Banco ABN Amro Real desde 1996 e, em 2008, com a aquisição do Banco Real pelo Santander, tornou-se presidente do Santander Brasil. De 2007 a 2011, foi também presidente da Febraban. Entre 2011 e o início de 2015, foi presidente da Abril Mídia. Atualmente, Fábio também é do conselho da Fundação Osesp e do Instituto Empreender Endeavor; vice-presidente do conselho da Fundação Itaú Social; membro do Conselho do Centro de Liderança Pública (CLP) e da UN Foundation, para apoio a ONU. Em 2011, foi reconhecido como Personalidade do Ano, pela Câmara Brasil-Estados Unidos de Comércio, em Nova York. Em 2012, recebeu o prêmio Campeões da Terra, concedido pelo PNUMA (United Nations Environmental Program), por sua visão empresarial. E em 2017, foi reconhecido pela Worldfund for Education por trazer o tema de valores para a vanguarda da discussão. Fábio é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e tem MBA no Institute for Management Development (IMD), em Lausanne, na Suíça.

Atualmente, Fábio ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Presidente do Conselho de Administração da Fundação OSESP (Fundação); (ii) Membro do Conselho de Administração da UN Foundation (Fundação das Nações Unidas) (Fundação); (iii) Presidente do Conselho de Administração do Instituto Empreender Endeavor (Instituto); (iv) Membro do Conselho de Administração da Almar Participações S.A. (Holding); (v) Membro do Comitê de Investimentos da Gávea Investments (Instituição financeira); (vi) Membro do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Holding S.A. (Instituição financeira); (x) Membro do Conselho de Administração da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM (Mineração); (vii) Membro do Conselho de Administração da Cia.Hering (Vestuário); (viii) membro do Conselho de Administração do Centro de Liderança Pública - CLP (Instituto); e (ix) Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Itaú Social (Fundação). Das empresas citadas acima, nenhuma integra o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Jessica DiLulio Herrin - 000.000.000-00

Jessica DiLullo Herrin é graduada em Economia pela Stanford University. É CEO e fundadora da família de marcas Stella & Dot, Keep Collective e Ever Skin e também é cofundadora do WeddingChannel.com, um dos principais sites de casamento do mundo, onde também atuou como Vice-presidente de gestão de produtos. Além disso, atuou na Dell Inc. como Gerente Sênior de EBusiness e na Neilsen NetRatings como Gerente Sênior de Marketing de Produto. Em 2016 escreveu seu primeiro livro "Find Your Extraordinary: Dream Bigger, Live Happier, and Achieve Success on Your Own Terms". Jessica já ganhou diversos prêmios e foi reconhecida por suas realizações empreendedoras na Oprah, Inc. Magazine (Stella & Dot foi reconhecida como uma das empresas privadas com rápido crescimento entre os anos de 2010 e 2011), Fortune, New York Times, Wall Street Journal, InStyle, Glamour magazine entre outras. Jessica Herrin iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2018 e é atualmente membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A.

Atualmente, Jessica ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: CEO Stella & Dot Family brands, fashion and beauty. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Ian Martin Bickley - 000.000.000-00

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Ian Martin Bickley é ex-Presidente, Desenvolvimento de Negócios Globais e Alianças Estratégicas - Tapestry. Ian Bickley foi Presidente de Desenvolvimento de Negócios Globais e Alianças Estratégicas na Tapestry, tendo se juntado à Coach em 1993. Antes disso, foi Diretor de Operações do Quick Response GMBH - empresa de vestuário feminino sediada em Munique - Alemanha. De 1988 a 1989, foi consultor da LEK Partnership - empresa de consultoria em gestão estratégica, também sediada em Munique. Possui graduação em Economia pela Universidade de Harvard. Foi trazido pelo Blackstone para ser conselheiro da Crocs, empresa de capital aberto com US$1,5 bi de capitalização de mercado e esteve envolvido especialmente na estratégia para a Ásia. Ian Bickley iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2019 e é atualmente membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Antônio Luiz da Cunha Seabra - 332.927.288-00

Antônio Luiz da Cunha Seabra fundou a Natura Cosméticos em 1969 e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da empresa em 1998. Dedicou-se desde então à construção e ao desenvolvimento da empresa. Começou com uma pequena loja na Rua Oscar Freire na qual dava consultoria personalizada. Cinco anos mais tarde ampliou o alcance de sua mensagem e de seus produtos ao adotar a venda por relações com consultoras como modelo comercial da Natura. Formado em economia, Luiz Seabra desenvolveu novos produtos, linguagens e mensagens para a indústria da beleza. Participou ativamente da transformação da organização em uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, fortemente comprometida com a ética e com a sustentabilidade. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e Conselheiro do Instituto Natura.

Atualmente, Antônio Luiz ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor Executivo da Orexis Participações Ltda. (Participações); (ii) Diretor Presidente do VivaVida Instituto de Ações Solidárias (Instituto); (iii) Diretor Presidente da Lisis Participações S.A (Holding); (iv) Diretor Executivo da Homagus Adm. E Participações Ltda. (Administração); (v) Diretor da Janos Com. Adm. e Participações Ltda. (Holding); (vi) Diretor Presidente da Axioma Adm. e Participações Ltda. (Administração); (vii) Diretor Presidente da Heuris Adm. e Consultoria Ltda (Administração); (viii) Diretor Presidente da Lisis Gestão de Participações S.A.. Das empresas citadas acima, todas integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Pedro Luiz Barreiros Passos - 672.924.618-91

Pedro Luiz Barreiros Passos é cofundador da Natura Cosméticos e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da empresa em 1998. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e conselheiro do Instituto Natura. Graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com extensão em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, dedica-se a diferentes entidades e organizações, fomentando empreendedorismo, inovação tecnológica, gestão de pessoas e organizações, entre outras atividades. A frente da Presidência do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) teve como prioridades a diminuição do excesso da burocracia, a crítica à lentidão dos procedimentos públicos e a falta de investimento e boa gestão das entidades de governo, como também temas específicos da indústria com agenda para reduzir custos, aumentar a produtividade e ter maior inserção externa. Como presidente da Fundação SOS Mata Atlântica lidera agenda de turismo sustentável para transformar o potencial natural do país em uma possibilidade econômica, dentro da sustentabilidade. A capacidade empreendedora e a visão de negócios encontram respaldo complementar nas atividades que realiza no Instituto Empreender Endeavor com a orientação de empresários das mais diversas áreas, de discussão de agenda internacional e fomento a sonhos que começam do zero, mas se transformam exponencialmente. Pela sua crença no potencial da educação, viabiliza o exercício desta inspiração através da Fundação Dom Cabral (FDC), com programas sociais inovadores que investem em pessoas, voltado a um ensino de vanguarda. Com compromisso de transformação e inovação, valoriza a ética nos negócios e o diálogo na diversidade para o país.

Atualmente, Pedro ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor da Anima Investimentos Ltda. (Gestão Patrimonial); (ii) Diretor da Passos Participações S.A. (Holding); (iii) Membro do Conselho de Administração do IEDI (Instituto); (iv) Membro do Conselho de Administração da Fapesp (Fundação); (v) Membro do Conselho de Administração da Endeavor (Instituto); (vi) Membro do Conselho de Administração da Fundação Dom Cabral (Educação); (vii) Presidente do Conselho de Administração da SOS Mata Atlântica (Instituto); (viii) Membro do Conselho de Administração do Instituto Semeia (Instituto), (ix) Membro do Conselho de administração do AC Camargo desde 2018. Das empresas citadas acima, integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor apenas as empresas (i) e (ii).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Nancy Killefer - 000.000.000-00

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Nancy Killefer foi Sócia Sênior da McKinsey & Company, uma empresa internacional de consultoria empresarial, até sua aposentadoria em agosto de 2013. Ela ingressou na McKinsey em 1979 e ocupou uma série de posições de liderança, incluindo o cargo de membro do conselho de governança da empresa. Nancy liderou o setor de recrutamento e presidiu diversos comitês de funcionários dentro da empresa. De 2000 a 2007, ela dirigiu o escritório de Washington, D.C. da McKinsey. De 1997 a 2000 Nancy foi Secretária Assistente de Administração, Diretora Financeira e Diretora Operacional do Departamento do Tesouro dos EUA. Em 2000, ela retornou à McKinsey para criar e liderar a prática de Setor Público. Ela também atuou como membro do Conselho Supervisor da Receita Federal dos EUA de 2000 a 2005 e presidente do mesmo órgão de 2002 a 2004. Nancy é atualmente conselheira da Cardinal Health and Taubman Centers, Inc. Ela também atuou como presidente e conselheira da CSRA até 2018 e conselheira do The Advisory Board até 2017. Nancy era conselheira da Avon Products, Inc. desde 2013, e foi Presidente do Comitê de Indicação e Governança Corporativa e membro do Comitê de Remuneração e Desenvolvimento Empresarial. Em 2020, foi designada pela Natura &Co para ocupar o cargo de membro independente do Conselho de Administração do Grupo.

Atualmente, Nancy ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da Taubman Centers, Inc.; (ii) Membro Independente do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Remuneração e Desenvolvimento Gerencial da Cardinal Health, Inc.; e (iii) Membro do Conselho de Administração da Facebook, Inc. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Wyllie Don Cornwell - 000.000.000-00

W. Don Cornwell foi indicado como principal Conselheiro Independente do Conselho de Administração da Avon em março de 2016. Ele foi Presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente da Granite Broadcasting Corporation de 1988 até sua aposentadoria em agosto de 2009 e atuou como Vice-Presidente do Conselho de Administração até dezembro de 2009. Anteriormente, Don foi Diretor Operacional do Departamento de Finanças Corporativas do Goldman, Sachs & Co. de 1980 até 1988 e Vice-Presidente da divisão de Investment Banking do Goldman Sachs, de 1976 até 1988. Atuou como Conselheiro da Avon Products, Inc desde 2002, foi Presidente do Comitê Financeiro, Membro do Comitê de Auditoria e do Comitê de Indicação e Governança Corporativa. Em 2020, foi designado pela Natura &Co. para ocupar o cargo de membro independente do Conselho de Administração do Grupo.

Atualmente, ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Membro do Conselho de Administração da Blue Meridian Partners, Inc.; (ii) Membro Independente do Conselho de Administração, Presidente de Recursos de Remuneração e Gestão e Membro do Comitê de Nomeação e Governança Corporativa da American International Group, Inc.; (iii) Membro Independente do Conselho de Administração, Presidente do Comitê de Regulamentação e Compliance, Membro do Comitê de Governança Coorporativa e Membro do Comitê de Ciência e Tecnologia da Pfizer, Inc. e (iv) Trustee da Big Brother Big Sisters of New York City. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Andrew George Mcmaster Jr. - 000.000.000-00

Andrew George McMaster Jr. foi Diretor Presidente Adjunto e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Deloitte & Touche LLP ("Deloitte") de 2002 até sua aposentadoria em maio de 2015. Ele ingressou na Deloitte em 1976 e atuou em diversos cargos de liderança, incluindo Sócio Gerente Nacional do escritório da Deloitte focado em programas para clientes Diretores Presidentes, bem como da prática Forense Global e de Consultoria de Disputas da Deloitte dos EUA. Andrew foi Conselheiro da Avon Products, Inc. desde 2018, e foi Presidente do Comitê de Auditoria e membro do Comitê Financeiro. Em 2020, foi designado pela Natura &Co Holding S.A. para ocupar o cargo de membro independente do Conselho de Administração do Grupo.

Atualmente, Andrew ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da Black & Veatch Holding Company; (ii) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da UBS Americas Holding LLC (iii) Vice-Presidente do Comitê de Recrutamento Presidencial, Membro do Comitê Executivo, Gestão Financeira e Governança e Vice-Presidente do Comitê de Investimento da Hobart and William Smith Colleges Board of Trustees. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Guilherme Peirão Leal - 383.599.108-63

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Guilherme Peirão Leal é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de são Paulo (USP) e é ex-aluno do Programa de Administração Avançado da FDC/INSEAD. É cofundador da Natura Cosméticos e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Companhia em 1998. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holdings S.A. e conselheiro do Instituto Natura. Nos últimos 25 anos participou da criação e promoção de várias empresas e organizações sociais, como a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Instituto Akatu para o Consumo Consciente. Participou também de instituições como Ashoka - Empreendedorismo Social. Após o ano 2000, envolveu-se de perto em várias instituições ambientais, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a WWF Brasil. Em 2007, foi um dos fundadores do Movimento Nossa São Paulo, que tem por objetivo articular vários setores da sociedade local para buscar uma cidade melhor, mais justa e sustentável. Desde 2008, se dedica a estruturar seu legado através do Instituto Arapyaú, uma organização dedicada à educação e ao desenvolvimento sustentável. Nas eleições nacionais de 2010, Guilherme Leal uniu-se à ex-Senadora Marina Silva, então do Partido Verde, como candidato a vice-presidente. Juntos, receberam cerca de 20 milhões de votos. Em 2012, ajudou a fundar a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade - RAPS, uma instituição não partidária dedicada a identificar, apoiar, desenvolver e congregar líderes políticos comprometidos com valores éticos e com a construção de um desenvolvimento inclusivo e sustentável. Nesse mesmo ano passou a fazer parte do B-Team, grupo formado por lideranças internacionais que tem por objetivo engajar corporações e líderes de todo o mundo com uma nova visão de sucesso nos negócios, incorporando aos lucros os objetivos sociais e ambientais.

Atualmente, Guilherme ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor Presidente da Maraé Investimentos Ltda. (Administradora); (ii) Administrador da Janos Administração e Participações Ltda. (Holding); (iii) Presidente da Utopia Participações S.A. (Holding); (iv) Diretor Executivo da Dédalus Administração e Participações Ltda. (Administração); (v) Diretor Executivo da SG Debret Participações Ltda. (Administração); (vi) Diretor Executivo da Modusvivendi Participações Ltda. (Participações); (vii) Membro do Conselho Deliberativo e de Ética do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (Instituto); (viii) Presidente do Conselho Diretor da Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade - RAPS (Instituto); (ix) Cofundador do The BTeam (Associação); (x) Membro do Conselho de Administração Instituto Arapyau de Educação e Desenvolvimento Sustentável (Instituto); (xi) Membro do Conselho de Administração da Janos Holding Consultoria Ltda. (Holding); (xii) Membro do Conselho de Administração Biofílica Investimentos Ambientais S/A (Investimentos). Das empresas citadas acima, integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista com participação igual ou superior a 5% as empresas (i) a (vi) e (xi).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial.

Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

Carla Schmitzberger é graduada em Engenharia Química pela Universidade de Cornell (Ithaca, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, no ano de 1984. Tem curso de especialização em Gestão Estratégica de Pessoas pela FDC/INSEAD (2000). Carla atuou como Vice-Presidente do Negócio de Sandálias da Alpargatas (Havaianas e Dupé) e Diretora Estatutária da companhia ao longo dos seus 13 anos na empresa. Esteve no Citibank durante 8 anos em diversos cargos: Vice-Presidente de Marketing e Produtos (Credicard), Vice-Presidente de Marketing (Citibank Consumer) eHead de Cartões de Crédito Citibank Brasil. Teve ainda durante um ano a responsabilidade por Marketing e Decision Management para América Latina. Anteriormente trabalhou durante 11 anos na Procter & Gamble em vários países (Alemanha, Canadá e Brasil) e para diversas categorias de produtos (Detergentes, Produtos de Higiene e Limpeza, Cosméticos e Fraldas) e funções, sendo a última Diretora Associada de Marketing no Brasil. Também trabalhou na Johnson & Johnson no Brasil durante aproximadamente 2 anos. Iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2016 e atualmente é membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A.

Atualmente, Carla não ocupa cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor que integrem grupo econômico do emissor ou seja controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

PÁGINA: 261 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Roberto de Oliveira Marques é graduado em Administração de Empresas, com especialização em Marketing e Planejamento Estratégico pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV SP) e tem cursos de pós- graduação pela Kellogg School of Management at Northwestern University e pela The Wharton School at the University of Pennsylvania. Foi vice-presidente-executivo e presidente para a América do Norte da Mondeléz International, empresa que comercializa globalmente marcas como Oreo, Halls, Lacta e Trident. Roberto trabalhou por muitos anos na Johnson&Johnson, onde ocupou entre outras posições a de responsável global de marcas de beleza, bebês e remédios sem prescrição médica; pela empresa trabalhou em países como Brasil, Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos. Roberto foi também conselheiro da GMA - Grocery Manufacturer Association. Foi anteriormente conselheiro do Consumer Health Care Products Association, da ENACTUS e do Brazil-U.S. Business Council na U.S. Chamber of Commerce. Atualmente tem também dedicado parte de seu tempo na defesa de temas ligados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas perante diversas instituições. Roberto iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2016 e é o atual Presidente Executivo do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e Principal Executivo do Grupo.

Das empresas citadas acima, nenhuma integra o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Helmut Bossert - 480.672.378-91

Helmut Bossert é membro do Conselho Fiscal da Natura &Co Holding S.A. e possui grande experiência no mercado de capitais brasileiro, especialmente em ações, emissões de eurobônus e debêntures e em transações com instituições financeiras no Brasil e no exterior. Ele também esteve envolvido ativamente em IPOs, listagens no segmento "Novo Mercado" do B3 e na NYSE (inclusive com ADRs de nível III). O Sr. Bossert ingressou no Corp-Group Conexões de Valor em 2015 como Consultor de Relações com Investidores, Governança Corporativa, Mercado de Capitais IPO-PMO, Communication ESG. Antes do Corp-Group, trabalhou como diretor de relações com investidores na Natura Cosméticos e participou do IPO da Natura em 2004. Ele também contribuiu significativamente para a implementação das ações corporativas estrutura de governança da Natura. Também foi Diretor de Mercado de Capitais e Relações com Investidores da SABESP e liderou seu IPO no "Novo Mercado" na Bovespa com um programa de ADR Nível III na NYSE. Ele também trabalhou no Unibanco, onde atuou em diferentes funções, como Analista de Investimentos, Diretor Corporativo, Gerente de Portfólio e Vendas Institucionais. O Sr. Bossert é bacharel em Economia pela Pontifícia Universidade Católica e Mercado de Capitais - Universidade de São Paulo.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Eduardo Rogatto Luque - 142.773.658-84

Eduardo Rogatto Luque é membro e atual Presidente do Conselho Fiscal da Natura &Co Holding S.A. Possui mais de 30 anos de experiência em auditoria e assistência a clientes com necessidades contábeis complexas e únicas, especialmente aquelas que envolvem US GAAP, no Brasil e no exterior. Eduardo acumulou 27 anos de experiência na PwC (1989 - 2016), incluindo 12 anos como sócio (2004 - 2016). Durante sua carreira na PwC, ele foi destacado para os EUA por três anos, esteve no comando da Indústria de Engenharia e Construção e do Japan Desk no Brasil, e também foi membro do Global Quality Review Program for Assurance in Brazil and Ecuador. O Sr. Eduardo tem uma vasta experiência em grandes empresas complexas e multinacionais (Ambev, Kroton, Bayer, GP Investimentos, Tempo Participações, Alcoa, DuPont, Qualicorp, Sonae Sierra, Helbor, Gafisa, etc.) e processos de Ofertas Públicas Iniciais de Ações (IPOs)e arquivamentos na SEC. Eduardo ingressou na Irko Accounting Services em agosto de 2016. É Membro do Conselho Fiscal da Qualicorp S.A. (Coordenador), Itaúsa S.A. e Fundação Zerrenner (Fundação Ambev). É, ainda, Diretor Estratégico da ABRAPSA (Associação Brasileira de Provedores de Serviços Administrativos). O Sr. Eduardo é formado em contabilidade (PUC São Paulo), possui MBA em Controladoria (USP) - São Paulo e participou do Programa Sênior de Liderança da APG em Amana-Key - São Paulo.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Carlos Elder Maciel de Aquino - 226.993.094-00

Carlos Elder Maciel de Aquino. é membro e atual Vice-Presidente do Conselho Fiscal da Natura &Co Holding S.A. O Sr. Elder é bacharel em contabilidade pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e possui mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Possui MBA em Finanças pelo IBMEC-SP e MBA em Finanças Controladoria da Universidade de São Paulo (USP-SP), além de especialização em Economia Engenharia pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP-PE). Ele trabalhou como diretor no Unibanco, Itaú Unibanco e KPMG Brasil, entre outros. O Sr. Elder é professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) desde 1995. É autor e co-autor de artigos publicado em livros e revistas nacionais e internacionais sobre finanças, contabilidade, governança, aspectos regulatórios e de auditoria. Ele também tem experiência em cargos executivos nas áreas financeira, de auditoria, saúde, segmentos de previdência privada e terceiro setor, além de atuar como membro do conselho de administração e comitês de auditoria, gerenciamento de riscos, controles internos, prevenção à lavagem de dinheiro e conselho fiscal. Atualmente, é membro do conselho e coordenador do Comitê de Auditoria da Locaweb S.A., presidente do comitê de auditoria do Banco Pine S / A e da FUNCEF - Fundação dos Economiários Federais. Ele é também coordenador membro do comitê de auditoria e do comitê de gerenciamento de riscos da International Meal Empresa S.A., membro do comitê de auditoria da São Paulo Turismo S.A.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Tipo de Condenação

Descrição da Condenação

PÁGINA: 262 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Joselena Peressinoto Romero - 120.693.958-39

N/A

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira - 050.269.878-00

N/A

Itamar Gaino Filho - 272.341.378-07

N/A

José Antonio de Almeida Filippo - 750.801.417-00

N/A

Moacir Salzstein - 036.269.088-01

N/A

Viviane Behar de Castro - 075.375.618-85

N/A

Gilberto Mifano - 566.164.738-72

N/A

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

N/A

Jessica DiLulio Herrin - 000.000.000-00

N/A

Ian Martin Bickley - 000.000.000-00

N/A

Antônio Luiz da Cunha Seabra - 332.927.288-00

N/A

Pedro Luiz Barreiros Passos - 672.924.618-91

N/A

Nancy Killefer - 000.000.000-00

N/A

Wyllie Don Cornwell - 000.000.000-00

N/A

Andrew George Mcmaster Jr. - 000.000.000-00

N/A

Guilherme Peirão Leal - 383.599.108-63

N/A

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

N/A

PÁGINA: 263 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

N/A

Helmut Bossert - 480.672.378-91

N/A

Eduardo Rogatto Luque - 142.773.658-84

N/A

Carlos Elder Maciel de Aquino - 226.993.094-00

N/A

PÁGINA: 264 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.7/8 - Composição Dos Comitês

Nome

Tipo comitê

Tipo de Auditoria

Cargo ocupado

Data de

Data posse

Prazo mandato

nascimento

CPF

Descrição outros comitês

Profissão

Descrição outros cargos

Data eleição

Número de

Percentual de

ocupados

Mandatos

participação nas

Consecutivos

reuniões

Outros cargos/funções exercidas no emissor

Gilberto Mifano

Comitê de Auditoria

Comitê de Auditoria

Presidente do Comitê

11/11/1949

30/01/2020

10 anos

Estatutário não aderente à

Instrução CVM nº 308/99

566.164.738-72

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Conselheiro

Roberto de Oliveira Marques

Comitê de Auditoria

Comitê de Auditoria

Membro do Comitê (Efetivo)

13/07/1965

30/01/2020

10 anos

Estatutário não aderente à

Instrução CVM nº 308/99

090.072.488-98

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Principal Executivo do Grupo e Presidente Executivo do Conselho de Administração

Fábio Colletti Barbosa

Comitê de Auditoria

Comitê de Auditoria

Membro do Comitê (Efetivo)

03/10/1954

30/01/2020

10 anos

Estatutário não aderente à

Instrução CVM nº 308/99

771.733.258-20

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Conselheiro

Andrew George Mcmaster Jr.

Comitê de Auditoria

Comitê de Auditoria

Membro do Comitê (Efetivo)

04/11/1952

30/01/2020

10 anos

Estatutário não aderente à

Instrução CVM nº 308/99

000.000.000-00

Empresário

30/01/2020

0

0.00%

Conselheiro

Luiz Carlos Passetti

Comitê de Auditoria

Comitê de Auditoria

Membro do Comitê (Efetivo)

07/10/1958

30/03/2020

10 anos

Estatutário não aderente à

Instrução CVM nº 308/99

001.625.898-32

Contador

30/03/2020

0

0.00%

NA

Fábio Colletti Barbosa

Comitê de Estrutura Organizacional

Presidente do Comitê

03/10/1954

30/01/2020

2 anos

771.733.258-20

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Conselheiro

Roberto de Oliveira Marques

Comitê de Estrutura Organizacional

Membro do Comitê (Efetivo)

13/07/1965

30/01/2020

2 anos

090.072.488-98

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

PÁGINA: 265 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.7/8 - Composição Dos Comitês

Nome

Tipo comitê

Tipo de Auditoria

Cargo ocupado

Data de

Data posse

Prazo mandato

nascimento

CPF

Descrição outros comitês

Profissão

Descrição outros cargos

Data eleição

Número de

Percentual de

ocupados

Mandatos

participação nas

Consecutivos

reuniões

Outros cargos/funções exercidas no emissor

Principal Executivo do Grupo e Presidente Executivo do Conselho de Administração

Carla Schmitzberger

Comitê de Estrutura Organizacional

Membro do Comitê (Efetivo)

21/06/1962

30/01/2020

2 anos

667.280.967-87

Engenheira

30/01/2020

0

0.00%

Conselheira

Nancy Killefer

Comitê de Estrutura Organizacional

Membro do Comitê (Efetivo)

16/11/1953

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Empresária

30/01/2020

0

0.00%

Conselheira

Roberto de Oliveira Marques

Outros Comitês

Presidente do Comitê

13/07/1965

30/01/2020

2 anos

090.072.488-98

Comitê Estratégico

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Principal Executivo do Grupo Presidente Executivo do Conselho de Administração

Carla Schmitzberger

Outros Comitês

Outros

21/06/1962

30/01/2020

2 anos

667.280.967-87

Comitê Estratégico

Engenheira

Membro do comitê

30/01/2020

0

0.00%

Conselheira

Ian Martin Bickley

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

02/10/1963

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Estratégico

Economista

30/01/2020

0

0.00%

Conselheiro

Guilherme Peirão Leal

Outros Comitês

Presidente do Comitê

22/02/1950

30/01/2020

2 anos

383.599.108-63

Comitê de Governança Corporativa

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Copresidente do Conselho

Pedro Luiz Barreiros Passos

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

29/06/1951

30/01/2020

2 anos

672.924.618-91

Comitê de Governança Corporativa

Engenheiro

30/01/2020

0

0.00%

Copresidente do Conselho

Antônio Luiz da Cunha Seabra

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

23/03/1942

30/01/2020

2 anos

332.927.288-00

Comitê de Governança Corporativa

Economista

30/01/2020

0

0.00%

Copresidente do Conselho

Roberto de Oliveira Marques

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

13/07/1965

30/01/2020

2 anos

PÁGINA: 266 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.7/8 - Composição Dos Comitês

Nome

Tipo comitê

Tipo de Auditoria

Cargo ocupado

Data de

Data posse

Prazo mandato

nascimento

CPF

Descrição outros comitês

Profissão

Descrição outros cargos

Data eleição

Número de

Percentual de

ocupados

Mandatos

participação nas

Consecutivos

reuniões

Outros cargos/funções exercidas no emissor

090.072.488-98

Comitê de Governança Corporativa

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Principal Executivo do Grupo e Presidente Executivo do Conselho de Administração

Roberto de Oliveira Marques

Outros Comitês

Presidente do Comitê

13/07/1965

30/01/2020

2 anos

090.072.488-98

Comitê Operacional do Grupo

Administrador

30/01/2020

0

0.00%

Principal Executivo do Grupo e Presidente Executivo do Conselho de Administração

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

09/12/1967

30/01/2020

2 anos

050.269.878-00

Comitê Operacional do Grupo

Engenheiro

30/01/2020

0

0.00%

Diretor Executivo para a América Latina

David Philip Boynton

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

30/03/1963

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Operacional do Grupo

Cientista de Alimentos

30/01/2020

0

0.00%

Executivo

Michael O'Keeffe

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

15/03/1970

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Operacional do Grupo

Engenheiro

30/01/2020

0

0.00%

Executivo

Robert Claus Chatwin

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

16/05/1970

30/01/2020

2 anos

570.897.013-87

Comitê Operacional do Grupo

Economista

30/01/2020

0

0.00%

Executivo

Paula Fallowfield

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

22/08/1967

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Operacional do Grupo

Cientista Político

30/01/2020

0

0.00%

Executiva

Joselena Peressinoto Romero

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

18/05/1967

30/01/2020

2 anos

120.693.958-39

Comitê Operacional do Grupo

Engenheira

30/01/2020

0

0.00%

Diretora Global de Operações e Compras

Itamar Gaino Filho

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

18/10/1976

30/01/2020

2 anos

272.341.378-07

Comitê Operacional do Grupo

Advogado

30/01/2020

0

0.00%

Diretor Jurídico e de Compliance

PÁGINA: 267 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

12.7/8 - Composição Dos Comitês

Nome

Tipo comitê

Tipo de Auditoria

Cargo ocupado

Data de

Data posse

Prazo mandato

nascimento

CPF

Descrição outros comitês

Profissão

Descrição outros cargos

Data eleição

Número de

Percentual de

ocupados

Mandatos

participação nas

Consecutivos

reuniões

Outros cargos/funções exercidas no emissor

Moacir Salzstein

Outros Comitês

Outros

31/12/1958

30/01/2020

2 anos

036.269.088-01

Comitê Operacional do Grupo

Engenheiro

Secretário

30/01/2020

0

0.00%

Diretor de Governança Corporativa

José Antonio de Almeida Filippo

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

27/10/1960

30/01/2020

2 anos

750.801.417-00

Comitê Operacional do Grupo

Engenheiro

30/01/2020

0

0.00%

Diretor Financeiro

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

25/08/1963

30/01/2020

2 anos

086.908.868-85

Comitê Operacional do Grupo

Engenheira

30/01/2020

0

0.00%

Vice-Presidente de Crescimento Sustentável

Kay Nemoto

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

07/12/1971

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Operacional do Grupo

Executiva

30/01/2020

0

0.00%

Chefe de Gabinete

Angela Cretu

Outros Comitês

Membro do Comitê (Efetivo)

10/09/1974

30/01/2020

2 anos

000.000.000-00

Comitê Operacional do Grupo

Executiva

30/01/2020

0

0.00%

Presidente de Avon International

Experiência profissional / Critérios de Independência

Gilberto Mifano - 566.164.738-72

Gilberto Mifano ,e graduado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) em 1972. Atualmente, é conselheiro de administração independente da Cielo S/A - desde 2009, da TOTVS S/A - desde 2017, da Pacaembu Construtora S/A - desde 2018 e conselheiro consultivo da Pragma Patrimônio Ltda - desde 2009. Na Natura é conselheiro de administração independente - desde 2017, tendo atuado como consultor do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças da Natura S/A - de 2009 a 2016. De 1994 a 2008 foi CEO da BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo e da CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia e depois, 2008 e 2009, Presidente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros S/A. Foi, ainda, conselheiro independente da SEB Educacional S/A, Isolux Infrastructure S/A, Baterias Moura S/A, Âmbar S/A e membro do Comitê de Sustentabilidade do Banco Santander Brasil S/A. No plano internacional, por cerca de 8 anos foi membro e vice-presidente dos comitês executivos da WFE - World Federation of Exchanges e da FIAB - Federación Latino Americana de Bolsas. Anteriormente a 1994, foi executivo e diretor em instituições financeiras no Brasil. Gilberto Mifano iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2017 e atualmente é membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co e Presidente do Comitê de Auditoria.

Atualmente, Gilberto ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) membro do Conselho Fiscal do Instituto Arapyau; (ii) membro do Conselho Deliberativo da RAPS - Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Instituto); (iii) membro do Conselho Fiscal do CIEB - Centro de Inovação para a Educação (Instituto); (iv) membro do Conselho Fiscal da Amigos da Poli (Instituto). No passado foi (v) conselheiro fiscal do Instituto Natura e (vi) presidente do Conselho de Administração do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Das organizações citadas acima, são controladas por acionista do emissor, que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor, as sociedades (i), (ii), (iv) e (v).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques É graduado em Administração de Empresas, com especialização em Marketing e Planejamento Estratégico pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV SP) e tem cursos de pós- graduação pela Kellogg School of Management at Northwestern University e pela The Wharton School at the University of Pennsylvania. Foi vice-presidente-executivo e presidente para a América do Norte da Mondeléz International, empresa que comercializa globalmente marcas como Oreo, Halls, Lacta e Trident. Roberto trabalhou por muitos anos na Johnson&Johnson, onde ocupou entre outras posições a de responsável global de marcas de beleza, bebês e remédios sem prescrição médica; pela empresa trabalhou em países como Brasil, Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos. Roberto foi também conselheiro da GMA

  • Grocery Manufacturer Association. Foi anteriormente conselheiro do Consumer Health Care Products Association, da ENACTUS e do Brazil-U.S. Business Council na U.S. Chamber of Commerce. Atualmente tem também dedicado parte de seu tempo na defesa de temas ligados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas perante diversas instituições. Roberto iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2016 e é o atual Presidente Executivo do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e Principal Executivo do Grupo.

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

Fábio Colletti Barbosa é membro dos conselhos do Itaú-Unibanco, da Gávea Investimentos, da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), e da Hering. Fábio Barbosa iniciou suas atividades junto ao Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2017 e é atualmente membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. Fábio foi presidente do Banco ABN Amro Real desde 1996 e, em 2008, com a aquisição do Banco Real pelo Santander, tornou-se presidente do Santander Brasil. De 2007 a 2011, foi também presidente da Febraban. Entre 2011 e o início de 2015, foi presidente da Abril Mídia. Atualmente, Fábio também é do conselho da Fundação Osesp e do Instituto Empreender Endeavor; vice-presidente do conselho da Fundação Itaú Social; membro do Conselho do Centro de Liderança Pública (CLP) e da UN Foundation, para apoio a ONU. Em 2011, foi reconhecido como Personalidade do Ano, pela Câmara Brasil-Estados Unidos de Comércio, em Nova York. Em 2012, recebeu o prêmio Campeões da Terra, concedido pelo PNUMA (United Nations Environmental Program), por sua visão empresarial. E em 2017, foi reconhecido pela Worldfund for Education por trazer o tema de valores para a vanguarda da discussão. Fábio é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e tem MBA no Institute for Management Development (IMD), em Lausanne, na Suíça. Atualmente, Fábio ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Presidente do Conselho de Administração da Fundação OSESP (Fundação); (ii) Membro do Conselho de Administração da UN Foundation (Fundação das Nações Unidas) (Fundação); (iii) Presidente do Conselho de Administração do Instituto Empreender Endeavor (Instituto); (iv) Membro do Conselho de Administração da Almar Participações S.A. (Holding); (v) Membro do Comitê de Investimentos da Gávea Investments (Instituição financeira); (vi) Membro do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Holding S.A. (Instituição financeira); (x) Membro do Conselho de Administração da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM (Mineração); (vii) Membro do Conselho de Administração da Cia.Hering (Vestuário); (viii) membro do Conselho de Administração do Centro de Liderança Pública - CLP (Instituto); e (ix) Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Itaú Social (Fundação). Das empresas citadas acima, nenhuma integra o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor. Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Andrew George Mcmaster Jr. - 000.000.000-00

Passaporte Americano 518145244

Andrew George McMaster Jr. foi Diretor Presidente Adjunto e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Deloitte & Touche LLP ("Deloitte") de 2002 até sua aposentadoria em maio de 2015. Ele ingressou na Deloitte em 1976 e atuou em diversos cargos de liderança, incluindo Sócio Gerente Nacional do escritório da Deloitte focado em programas para clientes Diretores Presidentes, bem como da prática Forense Global e de Consultoria de Disputas da Deloitte dos EUA. Andrew foi Conselheiro da Avon Products, Inc. desde 2018, e foi Presidente do Comitê de Auditoria e membro do Comitê Financeiro. Em 2020, foi designado pela Natura &Co Holding S.A. para ocupar o cargo de membro independente do Conselho de Administração do Grupo.

Atualmente, Andrew ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da Black & Veatch Holding Company; (ii) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da UBS Americas Holding LLC (iii) Vice-Presidente do Comitê de Recrutamento Presidencial, Membro do Comitê Executivo, Gestão Financeira e Governança e Vice-Presidente do Comitê de Investimento da Hobart and William Smith Colleges Board of Trustees. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Luiz Carlos Passetti - 001.625.898-32

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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Luiz Carlos Passetti é contador formado pela Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo além de cursos na Fundação Getúlio Vargas e Harvard. Possui mais de 35 anos de experiência em auditoria e consultoria na EY, sendo os últimos 25 anos como sócio. Ao longo de sua carreira se dedicou a empresas brasileiras e internacionais de grande porte listadas tanto na CVM quanto na SEC. Foi presidente do Conselho de Governança da EY América do Sul e membro do Conselho da EY Américas e Global. Passetti e também membro do Comitê de Auditoria, finanças e riscos da Marilan S.A. e do Comitê de Auditoria e riscos do IBGC-Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

Carla Schmitzberger é graduada em Engenharia Química pela Universidade de Cornell (Ithaca, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, no ano de 1984. Tem curso de especialização em Gestão Estratégica de Pessoas pela FDC/INSEAD (2000). Carla atuou como Vice-Presidente do Negócio de Sandálias da Alpargatas (Havaianas e Dupé) e Diretora Estatutária da companhia ao longo dos seus 13 anos na empresa. Esteve no Citibank durante 8 anos em diversos cargos: Vice-Presidente de Marketing e Produtos (Credicard), Vice-Presidente de Marketing (Citibank Consumer) eHead de Cartões de Crédito Citibank Brasil. Teve ainda durante um ano a responsabilidade por Marketing e Decision Management para América Latina. Anteriormente trabalhou durante 11 anos na Procter & Gamble em vários países (Alemanha, Canadá e Brasil) e para diversas categorias de produtos (Detergentes, Produtos de Higiene e Limpeza, Cosméticos e Fraldas) e funções, sendo a última Diretora Associada de Marketing no Brasil. Também trabalhou na Johnson & Johnson no Brasil durante aproximadamente 2 anos. Iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2016 e atualmente é membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A.

Atualmente, Carla não ocupa cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor que integrem grupo econômico do emissor ou seja controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Nancy Killefer - 000.000.000-00

Passaporte Americano 515398235

Nancy Killefer foi Sócia Sênior da McKinsey & Company, uma empresa internacional de consultoria empresarial, até sua aposentadoria em agosto de 2013. Ela ingressou na McKinsey em 1979 e ocupou uma série de posições de liderança, incluindo o cargo de membro do conselho de governança da empresa. Nancy liderou o setor de recrutamento e presidiu diversos comitês de funcionários dentro da empresa. De 2000 a 2007, ela dirigiu o escritório de Washington, D.C. da McKinsey. De 1997 a 2000 Nancy foi Secretária Assistente de Administração, Diretora Financeira e Diretora Operacional do Departamento do Tesouro dos EUA. Em 2000, ela retornou à McKinsey para criar e liderar a prática de Setor Público. Ela também atuou como membro do Conselho Supervisor da Receita Federal dos EUA de 2000 a 2005 e presidente do mesmo órgão de 2002 a 2004. Nancy é atualmente conselheira da Cardinal Health and Taubman Centers, Inc. Ela também atuou como presidente e conselheira da CSRA até 2018 e conselheira do The Advisory Board até 2017. Nancy era conselheira da Avon Products, Inc. desde 2013, e foi Presidente do Comitê de Indicação e Governança Corporativa e membro do Comitê de Remuneração e Desenvolvimento Empresarial. Em 2020, foi designada pela Natura &Co para ocupar o cargo de membro independente do Conselho de Administração do Grupo.

Atualmente, Nancy ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Membro do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Auditoria da Taubman Centers, Inc.; (ii) Membro Independente do Conselho de Administração e Membro do Comitê de Remuneração e Desenvolvimento Gerencial da Cardinal Health, Inc.; e (iii) Membro do Conselho de Administração da Facebook, Inc. As empresas mencionadas acima não integram o grupo econômico do emissor ou é controlada por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Ian Martin Bickley - 000.000.000-00

Passaporte Britânico 538953627

Ian Martin Bickley é ex-Presidente, Desenvolvimento de Negócios Globais e Alianças Estratégicas - Tapestry. Ian Bickley foi Presidente de Desenvolvimento de Negócios Globais e Alianças Estratégicas na Tapestry, tendo se juntado à Coach em 1993. Antes disso, foi Diretor de Operações do Quick Response GMBH - empresa de vestuário feminino sediada em Munique - Alemanha. De 1988 a 1989, foi consultor da LEK Partnership - empresa de consultoria em gestão estratégica, também sediada em Munique. Possui graduação em Economia pela Universidade de Harvard. Foi trazido pelo Blackstone para ser conselheiro da Crocs, empresa de capital aberto com US$1,5 bi de capitalização de mercado e esteve envolvido especialmente na estratégia para a Ásia. Ian Bickley iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Natura Cosméticos em 2019 e é atualmente membro independente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Guilherme Peirão Leal - 383.599.108-63

PÁGINA: 270 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Guilherme Peirão Leal é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de são Paulo (USP) e é ex-aluno do Programa de Administração Avançado da FDC/INSEAD. É cofundador da Natura Cosméticos e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da Companhia em 1998. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holdings S.A. e conselheiro do Instituto Natura. Nos últimos 25 anos participou da criação e promoção de várias empresas e organizações sociais, como a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Instituto Akatu para o Consumo Consciente. Participou também de instituições como Ashoka - Empreendedorismo Social. Após o ano 2000, envolveu-se de perto em várias instituições ambientais, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a WWF Brasil. Em 2007, foi um dos fundadores do Movimento Nossa São Paulo, que tem por objetivo articular vários setores da sociedade local para buscar uma cidade melhor, mais justa e sustentável. Desde 2008, se dedica a estruturar seu legado através do Instituto Arapyaú, uma organização dedicada à educação e ao desenvolvimento sustentável. Nas eleições nacionais de 2010, Guilherme Leal uniu-se à ex-Senadora Marina Silva, então do Partido Verde, como candidato a vice-presidente. Juntos, receberam cerca de 20 milhões de votos. Em 2012, ajudou a fundar a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade - RAPS, uma instituição não partidária dedicada a identificar, apoiar, desenvolver e congregar líderes políticos comprometidos com valores éticos e com a construção de um desenvolvimento inclusivo e sustentável. Nesse mesmo ano passou a fazer parte do B-Team, grupo formado por lideranças internacionais que tem por objetivo engajar corporações e líderes de todo o mundo com uma nova visão de sucesso nos negócios, incorporando aos lucros os objetivos sociais e ambientais.

Atualmente, Guilherme ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor Presidente da Maraé Investimentos Ltda. (Administradora); (ii) Administrador da Janos Administração e Participações Ltda. (Holding); (iii) Presidente da Utopia Participações S.A. (Holding); (iv) Diretor Executivo da Dédalus Administração e Participações Ltda. (Administração); (v) Diretor Executivo da SG Debret Participações Ltda. (Administração); (vi) Diretor Executivo da Modusvivendi Participações Ltda. (Participações); (vii) Membro do Conselho Deliberativo e de Ética do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (Instituto); (viii) Presidente do Conselho Diretor da Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade - RAPS (Instituto); (ix) Cofundador do The BTeam (Associação); (x) Membro do Conselho de Administração Instituto Arapyau de Educação e Desenvolvimento Sustentável (Instituto); (xi) Membro do Conselho de Administração da Janos Holding Consultoria Ltda. (Holding); (xii) Membro do Conselho de Administração Biofílica Investimentos Ambientais S/A (Investimentos). Das empresas citadas acima, integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista com participação igual ou superior a 5% as empresas (i) a (vi) e (xi).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial.

Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Pedro Luiz Barreiros Passos - 672.924.618-91

Pedro Luiz Barreiros Passos é cofundador da Natura Cosméticos e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da empresa em 1998. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e conselheiro do Instituto Natura. Graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com extensão em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, dedica-se a diferentes entidades e organizações, fomentando empreendedorismo, inovação tecnológica, gestão de pessoas e organizações, entre outras atividades. A frente da Presidência do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) teve como prioridades a diminuição do excesso da burocracia, a crítica à lentidão dos procedimentos públicos e a falta de investimento e boa gestão das entidades de governo, como também temas específicos da indústria com agenda para reduzir custos, aumentar a produtividade e ter maior inserção externa. Como presidente da Fundação SOS Mata Atlântica lidera agenda de turismo sustentável para transformar o potencial natural do país em uma possibilidade econômica, dentro da sustentabilidade. A capacidade empreendedora e a visão de negócios encontram respaldo complementar nas atividades que realiza no Instituto Empreender Endeavor com a orientação de empresários das mais diversas áreas, de discussão de agenda internacional e fomento a sonhos que começam do zero, mas se transformam exponencialmente. Pela sua crença no potencial da educação, viabiliza o exercício desta inspiração através da Fundação Dom Cabral (FDC), com programas sociais inovadores que investem em pessoas, voltado a um ensino de vanguarda. Com compromisso de transformação e inovação, valoriza a ética nos negócios e o diálogo na diversidade para o país.

Atualmente, Pedro ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor da Anima Investimentos Ltda. (Gestão Patrimonial); (ii) Diretor da Passos Participações S.A. (Holding); (iii) Membro do Conselho de Administração do IEDI (Instituto); (iv) Membro do Conselho de Administração da Fapesp (Fundação); (v) Membro do Conselho de Administração da Endeavor (Instituto); (vi) Membro do Conselho de Administração da Fundação Dom Cabral (Educação); (vii) Presidente do Conselho de Administração da SOS Mata Atlântica (Instituto); (viii) Membro do Conselho de Administração do Instituto Semeia (Instituto), (ix) Membro do Conselho de administração do AC Camargo desde 2018. Das empresas citadas acima, integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor apenas as empresas (i) e (ii).

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Antônio Luiz da Cunha Seabra - 332.927.288-00

Antônio Luiz da Cunha Seabra fundou a Natura Cosméticos em 1969 e iniciou suas atividades no Conselho de Administração da empresa em 1998. Dedicou-se desde então à construção e ao desenvolvimento da empresa. Começou com uma pequena loja na Rua Oscar Freire na qual dava consultoria personalizada. Cinco anos mais tarde ampliou o alcance de sua mensagem e de seus produtos ao adotar a venda por relações com consultoras como modelo comercial da Natura. Formado em economia, Luiz Seabra desenvolveu novos produtos, linguagens e mensagens para a indústria da beleza. Participou ativamente da transformação da organização em uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, fortemente comprometida com a ética e com a sustentabilidade. Atualmente é copresidente do Conselho de Administração da Natura &Co Holding S.A. e Conselheiro do Instituto Natura.

Atualmente, Antônio Luiz ocupa os seguintes cargos em outras sociedades ou organizações do terceiro setor: (i) Diretor Executivo da Orexis Participações Ltda. (Participações); (ii) Diretor Presidente do VivaVida Instituto de Ações Solidárias (Instituto); (iii) Diretor Presidente da Lisis Participações S.A (Holding); (iv) Diretor Executivo da Homagus Adm. E Participações Ltda. (Administração); (v) Diretor da Janos Com. Adm. e Participações Ltda. (Holding); (vi) Diretor Presidente da Axioma Adm. e Participações Ltda. (Administração); (vii) Diretor Presidente da Heuris Adm. e Consultoria Ltda (Administração); (viii) Diretor Presidente da Lisis Gestão de Participações S.A.. Das empresas citadas acima, todas integram o grupo econômico do emissor ou são controladas por acionista do emissor que detenha participação direta ou indireta igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valor mobiliário do emissor.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira - 050.269.878-00

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade São Paulo (USP) e possui um MBA executivo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ele trabalhou na Unilever por 20 anos, onde ocupou o último cargo de vice-presidente de cadeia de suprimentos. João Paulo é Diretor Executivo para a América Latina e membro do Comitê Operacional do Grupo. Anteriormente João Paulo ingressou na Natura Cosméticos em 2009 como vice-presidente de operações e logística, também foi vice-presidente de redes responsável pelo comercial. Outras funções na Natura incluíram a liderança das Operações Internacionais e Áreas de sustentabilidade.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

David Philip Boynton - 000.000.000-00

Passaporte n° 099192751

David Philip Boynton - Graduado em Ciência de Alimentos pela University of Leeds. Trabalhou por 10 anos na L'Occitane Limited UK e na L'Occitane en Provence em Londres e Nova York, onde ocupou vários cargos de liderança, incluindo Diretor Administrativo, Diretor Geral do Grupo North Atlantic, Austrália e África do Sul e Diretor Executivo dos EUA. Ao longo dos anos, ele foi responsável operacionalmente por um grupo geograficamente diversificado de mais de 600 boutiques em 14 países e diretamente responsável por negócios norte-americanos anteriormente problemáticos de 2011 a 2015, colocando em prática uma nova equipe e estratégia para melhorar o anseio pela marca e aprimorar o modelo operacional no contexto do crescimento do digital e declínios no tráfego de lojas. Antes de ser nomeado, em dezembro de 2017, como Chief Executive Officer da The Body Shop, trabalhou por quase dois anos na Charles Tyrwhitt, como Diretor Executivo das unidades do Reino Unido.

Michael O'Keeffe - 000.000.000-00

Passaporte n° PA7147579

Michael O'Keefe - Bacharel em Engenharia Executiva Eletrônica e Ciência (Hons) e em Ciência da Computação pela La Trobe University, com mais de 20 anos de experiência, incluindo gerenciamento geral, desenvolvimento corporativo, desenvolvimento de produtos, manufatura, varejo, operações de negócios e estratégia. Morou e trabalhou na Austrália, no Reino Unido, no Japão, na França e na Itália. Atualmente CEO e diretor da Aesop, a empresa de cuidados com a pele mais criativa e diferenciada do mundo, com lojas em 30 países ao redor do mundo. Ele é especialista em P & D e desenvolvimento de produtos; finanças e contabilidade; M & A; TI e digital; marketing e branding; varejo; desenvolvimento de negócios internacionais.

Robert Claus Chatwin - 570.897.013-87

Robert Claus Chatwin - Graduado em Economia, com MBA pelo IMD na Suíça. Ele também é um contador certificado pelo Instituto de Revisores Oficiais de Contas na Inglaterra e no País de Gales (ICAEW). Ele ocupou vários cargos na Royal Philips Electronics, incluindo como CEO Global da Philips Avent, Vice-Presidente de Fusões e Aquisições e Vice-Presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Novos Negócios na Divisão de Bens de Consumo em Amsterdã, e na Philips LATAM em São Paulo. Também trabalhou no HSBC Investment Bank, em Londres, e na KPMG Corporate Finance, em Londres e no Brasil. Robert não foi considerado culpado de qualquer crime, não sofreu qualquer condenação em processo administrativo da CVM ou qualquer condenação final em processo judicial ou administrativo que o tenha suspendido ou inabilitado para exercer atividade profissional ou comercial.

Paula Fallowfield - 000.000.000-00

Passaporte n° 544133638

Paula Leeson Fallowfield - Graduada em Ciência Política pela Universidade de Iowa. Ocupou posições de diretora de recrutamento, business partner e desenvolvimento de talentos na empresa Harrods por 9 anos. Foi proprietária da Fallow & Co., fornecendo serviços de recrutamento e soluções em RH para varejistas de luxo no Reino Unido e na Europa, onde conquistou uma base sólida de clientes, tais como LVMH, Burberry, Space NK, Links of London, Boden, L'Oreal, Estee Lauder e outros. Paula trabalhou por mais de 5 anos para a marca de luxo Burberry, ocupando posições como Vice-Presidente de Atração de Talentos e VP global de Talentos e sócia de Recursos Humanos para a Europa, Oriente Médio e África. Tornou-seVice-Presidente de RH na Aesop em janeiro 2017, onde passou a ser responsável por todas as frentes relacionadas a recursos humanos com foco em design organizacional; desenvolvimento de talento; e habilidades e recursos core.

Joselena Peressinoto Romero - 120.693.958-39

Joselena Peressinoto Romero é engenheira de alimentos e participou de programas executivos no estado da Pensilvania State University, Harvard, INSEAD e JIPM (Japão). Sua carreira na

Natura Cosméticos começou em 2010 como Diretora Global de Planejamento da Cadeia de Suprimentos. Atualmente ocupa a posição de Diretora Global de Operações e Compras e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co Holding S.A. Antes disso, ela ocupou várias lideranças posições locais e regionais na Unilever. Sua última posição foi vice-presidente de cadeia de suprimentos para a América Latina de Home Care Business.

Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Itamar Gaino Filho - 272.341.378-07

PÁGINA: 272 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

Itamar Gaino Filho é formado em direito e mestre pela Pontifícia Católica Universidade de São Paulo (PUC SP) e possui especialização pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais, com experiência nas áreas jurídica e tributária em empresas multinacionais. Ele atuou como diretor jurídico sênior da PepsiCo, responsável pelas divisões de bebidas e alimentos. Sua experiência também inclui cargos de gerência na General Motors, Monsanto e Coca-Cola Femsa. Atualmente ocupa o cargo de Diretor Jurídico e de Compliance e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Moacir Salzstein - 036.269.088-01

Moacir Salzstein é formado em engenharia química pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pós-graduação em administração de empresas e MBA pela FGV-SP. Ele atua como Diretor de Governança Corporativa da Natura &Co Holding S.A., tendo atuado anteriormente como diretor de planejamento estratégico da Natura Cosméticos. Atuou anteriormente em empresas como Monitor Group, Grupo Ultrapar, Dow / Union Carbide, Itaú, Jaakko Poyry e Promon Engenharia.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

José Antonio de Almeida Filippo - 750.801.417-00

José Antonio de Almeida Filippo é bacharel em engenharia civil pela Federal Universidade do Rio de Janeiro. Ele também participou do Programa de Desenvolvimento Gerencial na Harvard University. Filippo ingressou na Natura em maio de 2018 como diretor financeiro e de relações com investidores. Anteriormente, ele era o diretor financeiro da Embraer. Atualmente ocupa a posição de Diretor Financeiro e é membro do Comitê Operacional da Natura &Co Holding S.A. Antes de trabalhar para a Embraer, Filippo foi o diretor financeiro da Companhia Brasileira de Distribuição (parte do Grupo Pão de Açúcar) e também exerceu cargo de vice-presidente de finanças e relações com investidores da CPFL Energia S.A.

Não esteve sujeito, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. Não se enquadra na definição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Instrução CVM Nº 301 de 1999.

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado - 086.908.868-85

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado - Diretora de Crescimento Sustentável da Natura &Co Holding desde 1º de fevereiro de 2020, tendo sido membro Independente do Conselho de Administração da Companhia de julho de 2014 até 20 de fevereiro de 2020. Graduada em 1986 pela Escola Politécnica de São Paulo, foi Vice-Presidente Executiva e Diretora Global de Marketing da Mcdonald `s Corporation de agosto de 2015 a outubro de 2019 e Presidente da Bacardi Global Brands, de junho de 2010 a novembro de 2012. Ainda, trabalhou na Unilever de 1986 a 2010, tendo sido Vice-Presidente Executiva Global na Categoria Culinária, além de ter atuado em diversas outras posições internacionais durante os 25 anos que permaneceu na empresa. Foi membro independente de Conselhos da Sapient, sediada em Boston, Estados Unidos da América de 2013 a 2015 e da Britvic Plc., de 2014 a 2015, empresa de produção e marketing de refrigerantes no Reino Unido. Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial. que a tenha suspendido ou inabilitado para exercer atividade profissional ou comercial.

Kay Nemoto - 000.000.000-00

Kay Nemoto - Possui MBA pela London Business School. Iniciou sua carreira no segmento de Bancos e Private Equity, gerenciando negócios de portfólio. Antes da Avon, como executiva de operações da COAC, Kay liderou com sucesso equipes de suporte a retornos em várias empresas do portfólio, sempre trabalhando em estreita colaboração com as equipes de gerenciamento e RH. Possui mais de 10 anos de experiência em funções de consultoria e assessoramento, incluindo Ernst & Young, Operations Transaction Services e AlixPartners, uma empresa de consultoria especializada em recuperação e falência de empresas. Especialista em recuperação de empresas, desempenhou um papel essencial na transformação da Avon, enquanto trabalhava em secondment nos parceiros estratégicos da empresa, Cerberus Operations & Advisory Company (COAC) desde julho de 2017. Assumiu o cargo de Diretora de Estratégia e Recursos Humanos da Avon Products, Inc. em fevereiro de 2019, com o objetivo de tornar a Avon mais simples e enxuta, direcionando a responsabilidade e acelerando a execução da recuperação da Avon por meio de seu pessoal. Kay liderou o gerenciamento de mudanças culturais necessários para apoiar a transformação da Avon e criar uma organização eficaz e de alto desempenho. Ela também desempenhou um papel fundamental no planejamento de transações e integração da Natura &Co. Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial.

Angela Cretu - 000.000.000-00

Angela Cretu - Graduada em 1997 pela The Academy of Economic Studies, Economic Cybernetics, Statistics and Informatics em Bucareste, completou o Programa de Educação Executiva na London Business School em 2006. Iniciou sua carreira junto à Avon há 20 anos, tendo atuado em várias posições, dentre as quais Vice-Presidente de Inovação Global de Modelos de Negócios na sede de Nova York, de 2009 a 2011, Vice-Presidente Geral da Avon Rússia & Europa Oriental, de 2011 a 2014, Vice-Presidente Geral da Avon Turquia, Oriente médio & África, de 2014 a 2016, Vice-Presidente Geral da Europa Central, de 2016 a 2020 e, atualmente é a CEO Internacional da Avon, parte da Natura & Co Group. Não esteve sujeita, nos últimos 5 (cinco) anos, à condenação criminal, à condenação em processo administrativo da CVM e à condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para prática de atividade profissional ou comercial.

Tipo de Condenação

Descrição da Condenação

Gilberto Mifano - 566.164.738-72

N/A

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Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

Roberto de Oliveira Marques - 090.072.488-98

N/A

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

Fábio Colletti Barbosa - 771.733.258-20

N/A

Andrew George Mcmaster Jr. - 000.000.000-00

N/A

Luiz Carlos Passetti - 001.625.898-32

N/A

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

Carla Schmitzberger - 667.280.967-87

N/A

Nancy Killefer - 000.000.000-00

N/A

Ian Martin Bickley - 000.000.000-00

N/A

Guilherme Peirão Leal - 383.599.108-63

N/A

Pedro Luiz Barreiros Passos - 672.924.618-91

N/A

Antônio Luiz da Cunha Seabra - 332.927.288-00

N/A

João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira - 050.269.878-00

N/A

David Philip Boynton - 000.000.000-00

N/A

Michael O'Keeffe - 000.000.000-00

N/A

Robert Claus Chatwin - 570.897.013-87

N/A

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Paula Fallowfield - 000.000.000-00

N/A

Joselena Peressinoto Romero - 120.693.958-39

N/A

Itamar Gaino Filho - 272.341.378-07

N/A

Moacir Salzstein - 036.269.088-01

N/A

José Antonio de Almeida Filippo - 750.801.417-00

N/A

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado - 086.908.868-85

N/A

Kay Nemoto - 000.000.000-00

N/A

Angela Cretu - 000.000.000-00

N/A

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12.9 - Existência de Relação Conjugal, União Estável ou Parentesco Até O 2º Grau Relacionadas A Administradores do Emissor, Controladas E Controladores

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

O Sr. Guilherme Ruggiero Passos e a Sra. Patrícia Ruggiero Passos, que são nossos acionistas controladores indiretos, são filho e filha (parentes de 1º grau por consanguinidade) do Sr. Pedro Luiz Barreiros Passos. A Sra. Lucia Helena Rios Seabra, que é nossa acionista controladora, é casada com o Sr. Antônio Luiz da Cunha Seabra.

Exceto pelas situações indicadas acima, não há relação familiar entre (i) os nossos administradores; (ii) os nossos administradores e administradores de controladas diretas e indiretas da nossa Companhia; (iii) os nossos administradores e nossas controladas, diretas e indiretas e nossos controladores diretos ou indiretos; e/ou (iv) nossos administradores e administradores das nossas sociedades controladoras diretas e indiretas.

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12.10 - Relações de Subordinação, Prestação de Serviço ou Controle Entre Administradores E Controladas, Controladores E Outros

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Alguns membros do nosso Conselho de Administração são também nossos acionistas controladores, conforme abaixo detalhado:

  • O Sr. Antônio Luiz da Cunha Seabra, Copresidente do Conselho de Administração, é nosso controlador direto e, em conjunto com a Sra. Lucia Helena Rios Seabra, compõe o bloco de controle "Bloco Seabra" e figuram como signatários do Acordo de Acionistas.
  • O Sr. Antônio Luiz da Cunha Seabra também é controlador indireto da nossa Companhia através do Orbix Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior, o qual é controlador direto do Kairós Fundo de Investimento em Ações - Investimento no Exterior, que, por sua vez, possui participação direta na nossa Companhia.
  • O Sr. Guilherme Peirão Leal, Copresidente do Conselho de Administração, é nosso controlador direto e, em conjunto com o Sr. Felipe Pedroso Leal e o Sr. Ricardo Pedroso Leal, compõe o bloco de controle "Bloco Leal" e figuram como signatários do Acordo de Acionistas.
  • O Sr. Guilherme Peirão Leal também é controlador indireto através do Sirius III Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior, que possui participação direta na nossa Companhia.
  • O Sr. Pedro Luiz Barreiros Passos, Copresidente do Conselho de Administração, é controlador direto e indireto, através da Passos Participações S.A., sociedade por ações, e do Fundo de Investimento de Ações Veredas - Investimento no Exterior, fundo de investimento que, em conjunto com o Sr. Passos, compõe o bloco de controle "Bloco Passos" e figuram como signatários do Acordo de Acionistas.

Além disso, alguns membros do nosso Conselho de Administração detêm participação acionária em sociedades que mantêm relações com a nossa Companhia e/ou suas controladas, conforme abaixo detalhado:

  • Os Srs. Guilherme Peirão Leal, Pedro Luiz Barreiros Passos e Antônio Luiz da Cunha Seabra, Copresidentes do Conselho de Administração, detêm, indiretamente, o controle do Fundo Imobiliário Bresco Logística, que incorporou, em 30 de agosto de 2019, a Bres Itupeva Empreendimentos Imobiliários Ltda. que prestou serviços a uma sociedade controlada da nossa Companhia nos últimos três anos.
  • Os Srs. Guilherme Peirão Leal, Pedro Luiz Barreiros Passos e Antônio Luiz da Cunha Seabra também fazem parte do grupo controlador da Raia Drogasil S.A. Esta empresa tem negócios estabelecidos com a Natura (ver seção 16.1 "Política de Transações com Partes Relacionadas" deste Formulário de Referência).

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12.11 - Acordos, Inclusive Apólices de Seguros, Para Pagamento ou Reembolso de Despesas Suportadas Pelos Administradores

12.11 - Acordos, inclusive apólices de seguros, para pagamento ou reembolso de despesas suportadas pelos administradores

Nos termos do artigo 38 de nosso Estatuto Social, indenizaremos e manteremos indenes os membros de nosso Conselho de Administração, diretores, membros de Comitês e demais empregados que exerçam cargo ou função de gestão (em conjunto ou isoladamente "Beneficiários"), na hipótese de eventual dano ou prejuízo efetivamente sofrido pelos Beneficiários por força do exercício regular de suas funções.

O parágrafo 1º de referido artigo 38 de nosso Estatuto Social, descreve situações nas quais não indenizaremos os Beneficiários, a saber: (i) atos praticados fora do exercício das atribuições ou poderes; (ii) atos com má-fé, dolo, culpa grave ou fraude; (iii) atos praticados em interesse próprio ou de terceiros, em detrimento do nosso interesse social; (iv) indenizações decorrentes de ação social prevista no artigo 159 da Lei das S.A. ou ressarcimento de prejuízos de que trata o artigo 11,

  • 5º, II da Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976 e (v) outros excludentes de indenização previstos em contrato de indenidade firmado com o Beneficiário. Não obstante, outros excludentes de indenização poderão ser estabelecidos nos contratos de indenidade que serão firmados com os Beneficiários.

Ainda, nos termos do parágrafo 2º do artigo 38 de nosso Estatuto Social, caso o Beneficiário seja condenado, por decisão judicial, arbitral ou administrativa transitada em julgado ou da qual não caiba mais recurso, em virtude de atos praticados (i) fora do exercício de suas atribuições; (ii) com má-fé, dolo, culpa grave ou mediante fraude; ou (iii) em interesse próprio ou de terceiros, em detrimento do interesse social da Companhia, o Beneficiário deverá ressarcir a Companhia de todos os custos e despesas incorridos com a assistência jurídica, nos termos da legislação vigente.

A Natura & Co possui Seguro de Responsabilidade Civil de Conselheiros e Diretores (D&O), contratado com as seguradoras Zurich Minas Brasil Seguros S/A, Generalli Brasil Seguros S/A e Tokio Marine Seguradora S/A, pelo período de 16/09/2019 a 16/09/2020, para a cobertura de perdas e danos a terceiros por atos vinculados ao exercício das funções e atribuições dos Conselheiros e/ou Diretores da Companhia e/ou Administradores, até o Limite Máximo de Indenização no valor de US$ 100 milhões. O seguro cobre Conselheiros, Diretores e Colaboradores com poder de decisão.

O nosso Conselho de Administração, em reunião realizada em 11 de dezembro de 2019, aprovou, nos termos do Artigo 37 do nosso Estatuto Social, o modelo padrão do contrato de indenidade, a ser celebrado entre, de um lado, a Companhia e, de outro lado, seus conselheiros de administração, diretores, membros de comitês de assessoramento ao conselho de administração e demais empregados que exerçam cargo ou função de gestão na Companhia ("Modelo do Contrato de Indenidade").

Adicionalmente, a nossa administração entende que o seguro D&O e os contratos de indenidade são instrumentos importantes de atração e retenção de bons administradores, que proporcionam segurança ao assumir a gestão de uma empresa que oferece esse tipo de proteção. Além disso, promovem proteção adequada para que eles possam tomar decisões negociais que impliquem a assunção de riscos compatíveis com os níveis tolerância a riscos fixados no nosso interesse, e que restariam comprometidas ou engessadas com a possibilidade de responsabilização civil. Por fim, o seguro D&O, em particular, enquanto contrato de seguro de responsabilidade civil, possui uma natureza dúplice na medida em que o seguro, além de proteger o patrimônio dos Beneficiários, também garante a indenização ao terceiro prejudicado.

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12.12 - Outras informações relevantes

12.12 Outras inf. relevantes

Não há outras informações que relevantes que não tenham sido explicitadas em outro item desta Seção.

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

13.1 - Descrever a política ou prática de remuneração do conselho de administração, da diretoria estatutária e não estatutária, do conselho fiscal, dos comitês estatutários e dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remuneração, abordando os seguintes aspectos:

  1. Objetivos da política ou prática de remuneração, informando se a política de remuneração foi formalmente aprovada, órgão responsável por sua aprovação, data da aprovação e, caso o emissor divulgue a política, locais na rede mundial de computadores onde o documento pode ser consultado:

A nossa Política de Remuneração de Administradores foi aprovada pelo nosso Conselho de Administração em 17 de julho de 2019 e está disponível para consulta no website de relações com investidores da Companhia (https://ri.naturaeco.com/pt-br/), no site da Comissão de Valores Mobiliários - CVM (www.cvm.gov.br).

Por meio da Política de Remuneração de Administradores, a Companhia busca atrair e reter talentos em seus órgãos de administração, alinhando os interesses entre executivos e acionistas, a fim gerar de resultados e aumentar o valor da Companhia, sempre com observância aos aspectos sociais e ambientais e reconhecendo a contribuição de seus profissionais com base em referências de mercado.

  1. Composição da remuneração, indicando:
  1. Descrição dos elementos da remuneração e os objetivos de cada um deles

Conselho de Administração

    • Remuneração fixa: a remuneração fixa é o elemento básico da remuneração dos membros do Conselho de Administração, sendo composta por:
  1. Pró-labore: os membros do Conselho de Administração receberão um montante mensal, pago 12 (doze) vezes ao ano alinhado com práticas de mercado. O objetivo da remuneração fixa é o de remunerar a dedicação, responsabilidade e complexidade inerentes ao cargo de conselheiro.
  2. Benefícios (diretos e indiretos): certos membros do Conselho de Administração poderão ser elegíveis ao pacote de benefícios incluindo plano médico, odontológico e seguro de vida, com o objetivo de oferecer um pacote de benefícios atrativo, adequado às condições gerais do mercado.
    • Remuneração variável: os membros do Conselho de Administração podem ser elegíveis ao recebimento de parte variável da remuneração por meio de um plano de incentivo anual. É uma forma de premiação do atingimento de metas com base em fatores econômicos, sociais e ambientais que contribuem para que alcancemos nossas metas com base nestes fatores. Tem também como objetivo, alinhar os interesses dos conselheiros aos dos acionistas, considerando uma combinação de metas corporativas.
    • Remuneração baseada em ações: podemos conceder remuneração baseada em ações, como parte de um programa de incentivo de longo prazo a membros do Conselho de Administração com base na outorga de opções de compra de ações ou de ações restritas como forma de fortalecer a relação entre a remuneração e ganhos, além da construção de valor da empresa a longo prazo.

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

Presidente Executivo do Conselho de Administração e Principal Executivo do Grupo: A composição da remuneração do Presidente Executivo do Conselho de Administração e Principal Executivo do Grupo é distinta da remuneração dos demais membros em função do cargo exercido, pois além de suas atribuições legais auxilia o Conselho de Administração na liderança do Comitê Operacional do Grupo, faz recomendações do ponto de vista de resultado, fluxo de caixa, alocação de recursos e gestão de talentos, fomenta a sinergia entre a direção de cada Unidade de Negócio e colabora na fiscalização individual de cada uma das Unidades..

Diretoria Estatutária e Não-Estatutária

  • Remuneração fixa: a remuneração fixa anual é o elemento principal e fundamental da remuneração dos membros da Diretoria, e deverá se basear especialmente no cargo e nas responsabilidades desempenhadas na Companhia, bem como na experiência individual, sendo composta por:
    1. Salário: os nossos Diretores Estatutários e não-estatutários receberão um montante mensal, pago 12 (doze) vezes ao ano, acrescido de 13º (décimo terceiro) e 14º (décimo quarto) salário e adicional de férias. O objetivo da remuneração fixa é remunerar a responsabilidade e complexidade inerentes ao cargo de diretor estatutário e não-estatutário, de acordo com fatores como conhecimento requerido, e impacto no resultado e leva em consideração as práticas de mercado.
    2. Benefícios (diretos e indiretos): os nossos diretores estatutários e não- estatutários poderão ser elegíveis ao pacote de benefícios incluindo plano médico, refeição, auxílio transporte, auxílio creche ou berçário, veículo, previdência privada, seguro de vida e assistência odontológica com o objetivo de oferecer um pacote de benefícios atrativo, adequado às condições gerais do mercado.
  • Remuneração variável de curto prazo: a remuneração variável é um elemento de remuneração que nos permite reconhecer o atingimento de metas com base em indicadores econômicos, sociais e ambientais, contribuindo para que a Companhia alcance suas metas relacionadas a estes indicadores. Tem também como objetivo, alinhar os interesses de nossos Diretores Estatutários e não-estatutários aos dos acionistas, considerando a combinação de metas corporativas que envolvem outros elementos além dos indicadores financeiros.
  • Remuneração baseada em ações: podemos conceder remuneração baseada em ações, como parte de um programa de incentivo de longo prazo aos Diretores com base na outorga de opções de compra de ações ou de ações restritas, como forma de fortalecer a relação entre a remuneração e ganhos, além da construção de valor da empresa a longo prazo.

Comitês

  • Remuneração fixa: atualmente a Companhia possui o seguintes Comitês: (i) Comitê Estratégico; (ii) Comitê de Governança Corporativa; (iii) Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional; (iv) Comitê Operacional do Grupo; e (v) Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças. Os membros dos Comitês receberão um montante fixo mensal pago a cada u m d e s e u s membros, com o objetivo de remunerar especificamente a participação de nossos conselheiros em órgão de assessoramento.

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

Conselho Fiscal

  • O Conselho Fiscal da Companhia não tem caráter permanente, e poderá ser instalado mediante convocação dos acionistas, observadas as disposições legais aplicáveis e por este motivo, não temos uma política de remuneração específica para os seus membros. Os membros do Conselho Fiscal tiveram sua remuneração determinada pela Assembleia Geral de Acionistas, de acordo com as disposições legais aplicáveis.
  1. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, qual a proporção de cada elemento na remuneração total:

Este item não é aplicável à Companhia, considerando que a nossa constituição se deu em 21 de janeiro de 2019 e não houve pagamento pela Companhia de remuneração à administração estatutária e não-estatutária no exercício social encerrado em 2019.

  1. Metodologia de cálculo e de reajuste de cada um dos elementos da remuneração:

A fim de estabelecer e reajustar a remuneração fixa e variável de nossos administradores, pretendemos realizar, com o auxílio de empresas de consultoria e supervisão do Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional, o acompanhamento das variações de remuneração no mercado, comparando, periodicamente, nossas práticas de remuneração com mercados de referência, como concorrentes do segmento de bens de consumo, multinacionais brasileiras, empresas listadas em bolsa de valores ou que possuam estratégias de remuneração similares às da Companhia.

Além do reajuste com base nos parâmetros de mercado, a remuneração fixa dos diretores da Companhia será anualmente revista com base na evolução da experiência e responsabilidade da posição, conforme avaliação realizada pelo Comitê de Governança Corporativa e posteriormente validada pelo Conselho de Administração, bem como ajustada de acordo com a correção determinada pelos sindicatos (este último critério válido apenas para a diretoria não-estatutária).

Poderão ainda ser estabelecidos reajustes na remuneração, de acordo com negociações individuais realizadas com os membros da administração, as quais serão conduzidas pelo Comitê de Governança Corporativa e posteriormente submetidas para aprovação do Conselho de Administração.

A remuneração variável anual do Conselho de Administração e a PLR da diretoria estará vinculada a um conjunto de metas financeiras e não financeiras, conforme estabelecidas pelo Conselho de Administração. O cálculo do montante a ser pago se baseia em indicadores que consideram um conjunto de objetivos corporativos de curto, médio e longo prazo.

Os reajustes de remuneração da Administração serão realizados conforme a política interna, respeitando o orçamento aprovado pelo Conselho de Administração e proposta global de remuneração dos Administradores aprovado pelos Acionistas em Assembleia Geral Ordinária.

  1. Razões que justificam a composição da remuneração:

A estratégia de remuneração da Companhia combina elementos de curto e longo prazo tendo como objetivo de retenção e de remuneração de nossos profissionais de acordo com as responsabilidades dos seus cargos, as práticas de mercado e o nível de competitividade da Companhia.

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

O componente variável, seja a remuneração de curto prazo ou os ganhos de longo prazo, representa uma parcela significativa da remuneração porque acreditamos na construção conjunta de valor. Além dos limites bem definidos, toda remuneração variável está vinculada ao efetivo alcance das metas, ou seja, à superação das expectativas mínimas de crescimento estabelecidas anualmente pela Administração. O sistema de indicadores de performance que mede esse desempenho abrange as três dimensões da sustentabilidade (econômico, social e ambiental).

Os programas de remuneração baseada em ações buscam implementar e fortalecer o senso de propriedade dos participantes com relação à Companhia, fortalecendo a relação entre a remuneração e a construção de valor da empresa, além do crescimento saudável da Companhia no longo prazo, com a distribuição equilibrada do resultado quando a lucratividade do negócio permitir.

  1. A existência de membros não remunerados pelo emissor e a razão para esse fato

No presente exercício social, a Diretoria Estatutária da Companhia terá um membro não remunerado pela função exercida no emissor, em virtude de cargo remunerado ocupado em uma das subsidiárias da Companhia.

  1. Principais indicadores de desempenho que são levados em consideração na determinação de cada elemento da remuneração:

Nenhum indicador de desempenho é levado em consideração para fins de determinação da remuneração fixa ou dos benefícios dos administradores, sendo tais elementos de remuneração estabelecidos de acordo com responsabilidade e complexidade do cargo, experiência do profissional, competitividade e práticas do mercado. Além disso, ao estabelecer a remuneração fixa, levamos em consideração as qualificações e experiências de cada indivíduo no exercício de sua função.

Em relação à remuneração variável do Conselho de Administração e da Diretoria, são considerados:

    • Remuneração variável de curto prazo: aspectos financeiros, por exemplo, EBITDA, Receita e geração de Caixa, e também aspectos sociais e ambientais, como, por exemplo, Emissão Relativa de Carbono. São levados em consideração, também, medidas de competitividade de mercado e desempenho individual.
    • Remuneração variável de longo prazo: valor das nossas ações cotadas em bolsa de valores e indicadores de performance do negócio, como, por exemplo, indicadores de lucratividade, de retorno sobre o capital investido e de retorno ao acionista relativo ao mercado.
  1. Como a remuneração é estruturada para refletir a evolução dos indicadores de desempenho

A parcela variável da remuneração dos administradores está vinculada ao nosso desempenho no período em questão. Assim, os valores a serem pagos a título de Bônus, participação nos nossos resultados, ou outorga de opções de compra de ações ou de ações restritas, dependem da evolução do desempenho de nossos resultados, de metas previamente definidas para a Companhia e do desempenho individual.

O acompanhamento dos indicadores de desempenho é realizado trimestralmente e a apuração final dos resultados financeiros é feita no ano subsequente.

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

O indicador de desempenho define a remuneração variável total.

  1. Como a política ou prática de remuneração se alinha aos interesses do emissor de curto, médio e longo prazo

Oferecemos uma remuneração competitiva no mercado, com o objetivo de atrair e reter talentos que nos ajudem a atingir nossos objetivos de curto, médio e longo prazos.

Considerando o nosso modelo de negócios, reter profissionais qualificados e experientes é essencial para nosso crescimento e, portanto, a nossa estratégia de remuneração deve conter mecanismos que incentivem o comprometimento contínuo por um longo tempo, equilibrando desenvolvimento e crescimento com os nossos resultados e valor agregado para os acionistas.

Uma vez que consideramos indicadores financeiros, além de elementos sociais e ambientais, para determinação da remuneração variável, asseguramos uma remuneração sustentável, sem comprometimento de quaisquer outros investimentos, equilibrando uma remuneração fixa (na forma do salário-base) com incentivos de curto e longo prazo (que pode ser oferecido na forma de remuneração baseada em ações da Companhia).

  1. Existência de remuneração suportada por subsidiárias, controladas ou controladores diretos ou indiretos

No exercício social encerrado em 31/12/2019 não houve remuneração paga pela Companhia aos membros da administração pelo exercício de suas funções na Companhia. Ainda, no início do presente exercício social, dado o processo de reorganização da Companhia em virtude da aquisição da Avon Products, Inc., a administração da Companhia continuou a ter sua remuneração suportada pela Natura Cosméticos, subsidiária da Companhia. Ao longo do presente exercício, a remuneração paga aos seus administradores passará a ser suportada pela própria Companhia, observado o disposto no item 13.1(b)(v).

  1. Existência de qualquer remuneração ou benefício vinculado à ocorrência de determinado evento societário, tal como a alienação do controle societário do emissor

Não há remunerações ou benefícios vinculados à ocorrência de eventos societários.

  1. Práticas e procedimentos adotados pelo conselho de administração para definir a remuneração individual do conselho de administração e da diretoria, indicando:
    1. Os órgãos e comitês do emissor que participam do processo decisório, identificando de que forma participam

Conselho de Administração: a determinação do valor global da remuneração dos membros do Conselho de Administração é feita em assembleia geral ordinária de acionistas. Posteriormente, após recomendação feita pelo Comitê de Governança, o Conselho de Administração delibera a nomeação dos conselheiros nos seus comitês de assessoramento e a atribuição individual da remuneração a cada membro. Ao Presidente Executivo do Conselho de Administração e Principal Executivo do Grupo é atribuída uma remuneração diferenciada devido às responsabilidades do cargo conforme Estatuto Social da Companhia.

Diretoria Estatutária: para a definição da remuneração individual dos membros da Diretoria é realizada uma recomendação feita pelo Presidente Executivo do Conselho de Administração e

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13.1 - Descrição da Política ou Prática de Remuneração, Inclusive da Diretoria Não Estatutária

Principal Executivo do Grupo, com suporte do Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional baseada nas responsabilidades dos cargos e desempenho individual conforme a política interna, respeitando o orçamento aprovado pelo Conselho de Administração e a proposta global de remuneração dos Administradores aprovado pelos Acionistas em Assembleia Geral Ordinária.

  1. Critérios e metodologia utilizada para a fixação da remuneração individual, indicando se há a utilização de estudos para a verificação das práticas de mercado, e, em caso positivo, os critérios de comparação e a abrangência desses estudos

Os critérios utilizados para definição da remuneração individual dos administradores da Companhia consideram as práticas de mercado, por meio de pesquisa salarial realizada via consultoria de remuneração especializada. As comparações contemplam mercados de referência, como concorrentes do segmento de bens de consumo, multinacionais brasileiras, empresas listadas em bolsa ou que possuam estratégias de remuneração similares às da Natura. Os critérios para comparação e fixação da remuneração individual consideram a experiência, responsabilidade do cargo e resultados entregues, que são avaliados anualmente.

  1. Com que frequência e de que forma o conselho de administração avalia a adequação da política de remuneração do emissor

Anualmente o Conselho de Administração, com base em recomendações do Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional., avaliará a adequação da política de remuneração, por meio das diretrizes e objetivos de negócio e resultados das pesquisas de mercado realizadas pela consultoria externa, conforme já anteriormente descrito.

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13.2 - Remuneração Total do Conselho de Administração, Diretoria Estatutária E Conselho Fiscal

Remuneração total prevista para o Exercício Social corrente 31/12/2020 - Valores Anuais

Conselho de Administração

Diretoria Estatutária

Conselho Fiscal

Total

Nº total de membros

13,00

6,00

3,00

22,00

Nº de membros remunerados

13,00

5,00

3,00

21,00

Remuneração fixa anual

Salário ou pró-labore

11.836,20

6.285,00

377,10

18.498,30

Benefícios direto e indireto

837,40

977,70

0,00

1.815,10

Participações em comitês

480,00

0,00

0,00

480,00

Outros

2.463,20

2.240,90

75,40

4.779,50

Descrição de outras

remunerações fixas

Remuneração variável

Bônus

0,00

0,00

0,00

0,00

Participação de resultados

0,00

0,00

0,00

0,00

Participação em reuniões

0,00

0,00

0,00

0,00

Comissões

0,00

0,00

0,00

0,00

Outros

11.871,60

1.937,30

0,00

13.808,90

Descrição de outras

remunerações variáveis

Pós-emprego

0,00

0,00

0,00

0,00

Cessação do cargo

0,00

0,00

0,00

0,00

Baseada em ações (incluindo

36.655,60

5.480,80

0,00

42.136,40

opções)

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Observação

Na Diretoria, há um membro não

remunerado pelas funções exercidas

no emissor.A estimativa de

remuneração variável para 2020

parte da premissa de que, em virtude

da pandemia do novo coronavírus

(COVID-19), poderá não haver o

atingimento das metas estabelecidas

pela Companhia para pagamento de

remuneração variável

"Outros", em "Remuneração

Variável", refere-se aos encargos

sobre Remuneração Variável

Não há garantia de benefícios pós

emprego. O benefício é aplicado

apenas em alguns casos, a

depender de negociação entre as

partes.

Em remnueração baseada em ações, faz-se referência a despesas a serem incorridas pela Companhia no exercício de 2020, representando o valor justo das (i) opções outorgadas dos planos de 2015, 2016, 2017, 2018,2019 e estimativa de 2020, (ii) ações restritas outorgadas em 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e estimado 2020, e

  1. opções no âmbito do Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia referente a 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, aprovados nas respectivas Reuniões do Conselho de Administração. A Companhia incluiu os valores de remuneração baseado em ações no montante de remuneração global anual, ainda que a Companhia entenda que parte dos ganhos baseados em ação referentes a estes planos não têm natureza jurídica de remuneração.

Total da remuneração

64.144,00

16.921,00

452,50

81.518,20

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13.3 - Remuneração Variável do Conselho de Administração, Diretoria Estatutária E Conselho Fiscal

13.3 - Remuneração variável do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal:

Valores previstos para 2020, conforme o nosso plano de remuneração (R$ milhares):

Conselho de

Diretoria

Conselho

Total

Administração

Fiscal

Número de Membros (*)

13

6

3

19

Bônus (**)

0

0

0

0

Valor mínimo previsto

0

0

0

0

Valor máximo previsto

0

0

0

0

Valor previsto no plano de

remuneração,

caso

as

metas

0

0

0

0

estabelecidas sejam atingidas (**)

Participação no resultado (**)

0

0

0

0

Valor mínimo previsto

0

0

0

0

Valor máximo previsto

0

0

0

0

Valor previsto no plano de

remuneração,

caso

as

metas

0

0

0

0

estabelecidas fossem atingidas (**)

(*) Na Diretoria, há um membro não remunerado

(**) A estimativa de remuneração variável para 2020 parte da premissa de que, em virtude da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), poderá não haver o atingimento das metas estabelecidas pela Companhia para pagamento de remuneração variável.

Considerando que a constituição da Companhia se deu em 21 de janeiro de 2019, não houve o reconhecimento de qualquer remuneração nos anos de 2017, 2018 e 2019 aos membros do Conselho de Administração, da Diretoria Estatutária e do Conselho Fiscal.

Conforme aprovado em assembleia geral extraordinária realizada em 17 de julho de 2019, não foi aprovada a atribuição de qualquer valor a título de remuneração aos membros da administração da Companhia, para o exercício de 2019. Ademais, não foi instalado Conselho Fiscal naquele exercício social.

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

13.4 - Plano de remuneração baseado em ações do conselho de administração e diretoria estatutária

Em consonância com a aprovação da incorporação de ações da Natura Cosméticos pela Companhia, os acionistas da Companhia aprovaram em 13 de dezembro de 2019, com eficácia em 16 de dezembro de 2019, a migração de todos os programas de incentivo de longo prazo baseados em ações anteriormente existentes na Natura Cosméticos, bem como a migração de todas as outorgas anteriormente existentes na Natura Cosméticos para a Companhia, substancialmente nos mesmos termos.

  1. Termos e condições gerais

Todos os nossos programas de opção de compra de ações e de outorga de ações restritas são administrados pelo Conselho de Administração, que, observadas as disposições legais pertinentes e as específicas de cada programa, tem amplos poderes para organizá-los e administrá-los, contando com o nosso Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional para assessorá-lo, podendo, a qualquer momento: estabelecer as regras aplicáveis a situações não tratadas no programa, desde que não afete negativamente quaisquer direitos ou obrigações estabelecidos em quaisquer contratos relacionados ao programa, sem consentimento do beneficiário.

Segue abaixo a descrição dos programas de opção de compra ou subscrição de ações atualmente em vigor:

Programas de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2009 e 2015

  • Programa 2009: Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 23 de março de 2009 ("Programa 2009"), estabelece as condições gerais de outorga de opções de compra ou subscrição de ações de nossa emissão ("Opções"), em prazo e por preço previamente fixados, aos nossos diretores e empregados, bem como aos diretores e empregados de outras sociedades que estejam ou venham a estar sob controle direto ou indireto da Companhia ("Colaboradores Elegíveis"), nos termos disciplinados no referido programa.
  • Programa 2015: Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 6 de fevereiro de 2015 ("Programa 2015"), o qual estabelece as condições gerais de outorga de Opções, em prazo e por preço previamente fixados, aos Colaboradores Elegíveis, nos termos disciplinados no referido programa.

Programas de Ações Restritas 2015 e 2017

  • Ações Restritas 2015: Programa de Outorga de Ações Restritas para um grupo de executivos e colaboradores elegíveis pelo Conselho de Administração no intuito de estimular a melhoria da gestão e a sua permanência na Companhia, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 6 de fevereiro de 2015 ("Programa RSU"). Para se tornar participante do Programa RSU, os colaboradores elegíveis devem ser formalmente indicados pelo Conselho de Administração, nos termos definidos no referido programa. O Programa RSU tem prazo indeterminado e consiste na outorga de ações ordinárias da Companhia, até o limite anual de 0,20% das ações

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

representativas do capital social total da Companhia, da mesma forma que o total das ações não movimentadas na somatória de todos os planos ativos do programa não excederá 0,65% deste capital. Para cada plano sob o Programa RSU, o Conselho de Administração definirá um determinado número de ações restritas a serem distribuídas entre os participantes.

  • Ações Restritas 2017: Segundo Programa de Outorga de Ações, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 30 de novembro de 2017 ("Segundo Programa RSU"). O Segundo Programa RSU é destinado para um grupo de executivos e colaboradores elegíveis pelo Conselho de Administração, com vistas
    1. (a) estimular a melhoria da gestão da Companhia e de suas Controladas, conferindo aos Participantes a possibilidade de serem acionistas da Companhia, estimulando-os na otimização de todos os aspectos que possam valorizar a Companhia no longo prazo, dando-lhes, ainda, uma visão empreendedora e corporativa, harmonizando e aperfeiçoando as relações entre a Companhia e suas Controladas; (b) estimular a permanência dos administradores e empregados; e (c) ampliar a atratividade da Companhia e de suas controladas. O referido programa tem prazo indeterminado e consiste na outorga de ações ordinárias da Companhia, até o limite anual de 0,10% das ações representativas do capital social total da Companhia, da mesma forma que o total das ações não movimentadas na somatória de todos os planos ativos do programa não excederá 0,50% deste capital.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017

  • Programa de Aceleração da Estratégia 2015: Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em27 de julho de 2015 ("Programa Aceleração da Estratégia"). O Programa Aceleração da Estratégia consiste na outorga, não onerosa, de opções de compra ou subscrição de ações ordinárias da Companhia a um grupo seleto de administradores e empregados escolhidos pelo Conselho de Administração da Companhia, assim como a um grupo seleto de administradores e empregados de outras sociedades que estejam ou venham a estar sob o controle direto ou indireto da Companhia, sejam elas nacionais ou estrangeiras, como parte de sua remuneração.
  • Programa de Aceleração da Estratégia 2017: Segundo Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 30 de novembro de 2017 ("Segundo Programa Aceleração da Estratégia").

O Segundo Programa Aceleração da Estratégia consiste na outorga, não onerosa, de opções de compra ou subscrição de ações ordinárias da Companhia a um grupo seleto de administradores e empregados escolhidos pelo Conselho de Administração da Companhia, assim como a um grupo seleto de administradores e empregados de outras sociedades que estejam ou venham a estar sob o controle direto ou indireto da Companhia, sejam elas nacionais ou estrangeiras, como parte de sua remuneração.

Programa de Incentivo de Longo Prazo: O Programa de Incentivo de Longo Prazo, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 12 de abril de 2019, constitui na outorga de Outorgas Condicionais ou Opções a administradores e empregados da Companhia e de outras empresas que estejam ou venham a estar sob controle direto ou indireto da

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

Companhia, no Brasil ou no exterior ("Programa de Incentivo de Longo Prazo").

Programa de Coinvestimento: O Programa de Coinvestimento, que substituiu o programa aprovado pelos acionistas da Natura Cosméticos em 12 de abril de 2019, constitui na outorga de Outorgas Condicionais ou Opções a administradores e empregados da Companhia e de outras empresas que estejam ou venham a estar sob controle direto ou indireto da Companhia, no Brasil ou no exterior ("Programa de Coinvestimento").

  1. Principais objetivos do plano

Todos os nossos programas de opção de compra de ações e de outorga de ações restritas têm como objetivo (a) alinhar expectativas dos acionistas e participantes em relação ao desempenho de longo prazo da Companhia. (b) estimular a melhoria da gestão da Companhia e das empresas que estejam sob o seu controle direto ou indireto, conferindo aos participantes a possibilidade de serem acionistas da Companhia, estimulando-os na otimização de todos os aspectos que possam valorizar a Companhia no longo prazo, dando-lhes, ainda, uma visão empreendedora e corporativa, harmonizando e aperfeiçoando as relações entre a Companhia e suas controladas; (c) estimular a permanência dos administradores e empregados, e (d) ampliar a atratividade da Companhia e das suas controladas.

  1. Forma como o plano contribui para esses objetivos

Os programas da Companhia ligam mais diretamente o desempenho da Companhia à quantidade de ações a ser recebida pelos participantes. Além disso, ao possibilitar que os participantes se tornem acionistas da Companhia, espera-se reter os talentos e alinhar seus objetivos com aqueles da Companhia. Atinge-se, ainda, por meio destes modelos o compartilhamento dos riscos e dos ganhos da Companhia, por meio da valorização das ações outorgadas no âmbito dos programas.

  1. Como o plano se insere na política de remuneração do emissor

Os modelos de remuneração fazem parte da estratégia de retenção dos administradores e empregados da Companhia e das suas controladas, com o compromisso destes na geração de valor à Companhia e aos acionistas. Além disso aumenta o componente variável de remuneração dos participantes das entidades do Grupo Natura.

  1. Como o plano alinha os interesses dos administradores e do emissor a curto, médio e longo prazo

As outorgas realizadas com base nos diversos programas trazem diferentes mecanismos que permitem o alinhamento de interesses dos Participantes em diferentes horizontes de tempo. Por meio dos diversos programas, buscamos estimular a melhoria na nossa gestão e a permanência dos nossos executivos, visando ganhos pelo comprometimento com os resultados de longo prazo e ao desempenho de curto prazo. Ademais, os programas visam possibilitar à Companhia obter e manter os serviços de executivos de alto nível, oferecendo a tais executivos a possibilidade de se tornarem acionistas da Companhia, nos termos e condições previstos nos programas.

  1. Número máximo de ações abrangidas

O número total das ações abrangidas está definido em cada um dos programas da Companhia, conforme descritos a seguir:

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

Programas de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2009 e 2015

  • Programa 2009: O número máximo de Opções que poderão ser outorgadas anualmente estará limitado a 0,75% das ações representativas do capital social total da Companhia. Da mesma forma, o total de Opções não exercidas, na somatória de todos os Planos ativos do Programa, não excederá 4% das ações representativas do capital social total da Companhia, contanto que o número total de Ações emitidas ou passíveis de serem emitidas nos termos do Plano esteja sempre dentro do limite do capital autorizado da Companhia.
  • Programa 2015: O número máximo de Opções que poderão ser outorgadas anualmente estará limitado a 0,55% das ações representativas do capital social total da Companhia. Da mesma forma, o total de Opções não exercidas, na somatória de todos os Planos ativos do Programa, não excederá 3,35% das ações representativas do capital social total da Companhia, contanto que o número total de Ações emitidas ou passíveis de serem emitidas nos termos do Plano esteja sempre dentro do limite do capital autorizado da Companhia.

Programas de Ações Restritas (RSU) 2015 e 2017

  • Programas de Ações Restritas 2015
    O Programa RSU consiste na outorga de ações ordinárias da Companhia, até o limite anual de 0,20% das ações representativas do capital social total da Companhia, da mesma forma que o total das ações não movimentadas na somatória de todos os planos ativos do programa não excederá 0,65% deste capital.
  • Segundo Programa de Ações Restritas 2017
    O Programa RSU consiste na outorga de ações ordinárias da Companhia, até o limite anual de 0,10% das ações representativas do capital social total da Companhia, da mesma forma que o total das ações não movimentadas na somatória de todos os planos ativos do programa não excederá 0,50% deste capital.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017

  • Programa de Aceleração da Estratégia

Para o Programa Aceleração da Estratégia, o número máximo de Opções que poderão ser outorgadas não excederá 1,5% das ações representativas do capital social total da Companhia, contanto que o número total de ações emitidas ou passíveis de serem emitidas nos termos de cada plano esteja sempre dentro do limite do capital autorizado da Companhia. Se qualquer opção for extinta ou cancelada sem ter sido integralmente exercida, as ações vinculadas a tais opções tornar-se-ão novamente disponíveis para futuras outorgas de opções.

  • Segundo Programa Aceleração da Estratégia

Para o Segundo Programa Aceleração da Estratégia, o número máximo de Opções que poderão ser outorgadas não excederá 1,5% das ações representativas do capital social total da Companhia, contanto que o número total de ações emitidas ou passíveis de serem emitidas nos termos de cada plano esteja sempre dentro do limite do capital autorizado da Companhia. Se qualquer opção for extinta ou cancelada sem ter sido integralmente

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

exercida, as ações vinculadas a tais opções tornar-se-ão novamente disponíveis para futuras outorgas de opções.

  • Programa de Incentivo de Longo Prazo e Programa de Coinvestimento

O número total de novas Ações e Ações em tesouraria em relação às quais poderão existir Outorgas não exercíveis (investe) a qualquer tempo nos termos do Programa de Incentivo de Longo Prazo e do Programa de Coinvestimento, somado ao número total de novas Ações e Ações em tesouraria utilizadas para a liquidação das outorgas nos termos do Programa e do PCI, não excederá 5% do capital social total da Companhia de tempos em tempos.

  1. Número máximo de opções a serem outorgadas

Vide o disposto no item (f) acima.

  1. Condições de aquisição de ações

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2009

Para se tornar participante do programa os colaboradores elegíveis necessitam: (i) comprovar a aplicação de, no máximo, 100% do valor líquido recebido a título de participação nos lucros e resultados do período na compra de ações de nossa emissão mediante a entrega à Companhia das respectivas notas de corretagem; (ii) assinar o Instrumento Particular de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações ("Contrato de Opção") com o compromisso de autorização de bloqueio para alienação de referidas ações; e (iii) comprovar, por escrito, mediante comunicação enviada à Companhia, a intenção de compra das ações.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2015

Para se tornar participante do programa os colaboradores elegíveis necessitam: (i) comprovar a aplicação de, no máximo, 50% do valor líquido recebido a título de participação nos lucros e resultados do período na compra de ações de nossa emissão mediante a entrega à Companhia das respectivas notas de corretagem; (ii) assinar o Instrumento Particular de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações ("Contrato de Opção") com o compromisso de autorização de bloqueio para alienação de referidas ações; e (iii) comprovar, por escrito, mediante comunicação enviada à Companhia, a intenção de compra das ações.

Programas de Ações Restritas 2015 e 2017

Programa 2015: Para se tornar participante do referido programa, os colaboradores elegíveis devem ser formalmente indicados pelo Conselho de Administração. A outorga de Ações Restritas é realizada mediante a celebração de Contratos de Outorga entre a Companhia e os Participantes, os quais deverão especificar, sem prejuízo de outras condições determinadas pelo Conselho de Administração, a quantidade de Ações Restritas objeto da outorga e os termos e condições para aquisição de direitos relacionados às Ações Restritas.

O Conselho de Administração poderá subordinar a aquisição de direitos relacionados às Ações Restritas a determinadas condições, bem como impor restrições à sua transferência.

Programa 2017: A outorga de Ações Restritas é realizada mediante a celebração de Contratos de

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

Outorga entre a Companhia e os Participantes, os quais deverão especificar, sem prejuízo de outras condições determinadas pelo Conselho de Administração, a quantidade de Ações Restritas objeto da outorga e os termos e condições para aquisição de direitos relacionados às Ações Restritas.

Sem prejuízo ao acima disposto, o número de Ações Restritas a serem outorgadas aos Participantes será apurado conforme abaixo:

  1. Os Participantes do Programa poderão optar por investir até 100% (cem por cento) das Verbas Autorizadas, na compra de ações da Companhia; e
  2. Para cada ação Bloqueada adquirida pelo Participante conforme o item (i) acima, a Companhia outorgará ao Participante 3 (três) Ações Restritas, sob as quais terá o direito plenamente adquirido em 3 (três) parcelas anuais iguais, em cada um dos aniversários da Data de Outorga, desde que cumprido o Período de Bloqueio previsto no programa e demais condições aplicáveis.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017

O Programa consiste na outorga, não onerosa, de opções de compra ou subscrição de ações ordinárias da Companhia a um grupo seleto de administradores e empregados escolhidos pelo Conselho de Administração da Companhia, assim como a um grupo seleto de administradores e empregados de outras sociedades que estejam ou venham a estar sob o controle direto ou indireto da Companhia.

Programa de Incentivo de Longo Prazo:

O Conselho de Administração, de acordo com o Programa, definirá a Outorga, seja Opções ou Outorgas Condicionais, a ser distribuída entre os Participantes.

As Outorgas do Programa poderão estar sujeitas a Condições de Desempenho, a serem definidas pelo Conselho de Administração a cada Outorga. As Condições de Desempenho poderão ser alteradas após uma Outorga, desde que (i) seja verificada a ocorrência de um evento que leve o Conselho a considerar tal alteração apropriada, (ii) a Condição de Desempenho alterada não seja materialmente mais ou menos difícil de se cumprir do que a Condição de Desempenho original, se o evento relevante não tivesse ocorrido; e (iii) o Conselho aja de forma justa e razoável ao realizar tal alteração.

Adicionalmente, como condição essencial para que a indicação do Participante seja considerada como válida e vinculativa, o Participante deverá assinar o instrumento particular da Outorga, aderindo expressamente ao Programa e declarando-se ciente de todos os seus termos e condições, inclusive das restrições nele contidas.

Programa de Coinvestimento:

A cada ano de vigência do Programa, e de acordo com seus termos e condições, poderá o Conselho de Administração da Companhia eleger os Participantes. Como condição essencial para que a indicação do Participante seja considerada como válida e vinculativa, o Participante deverá assinar o instrumento particular de outorga de opção de compra, aderindo expressamente ao Programa e declarando-se ciente de todos os seus termos e condições, inclusive das restrições nele contidas.

Sem prejuízo ao acima disposto, o número de Opções ou Ações Restritas a serem outorgadas aos

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

Participantes será apurado conforme abaixo:

    1. Os Participantes do Programa poderão optar por receber uma porcentagem máxima (a ser definida pelo Conselho de Administração) do seu bônus anual ou participação nos lucros e resultados ("Valor do Investimento") em Opções ou Outorgas Condicionais, conforme o plano aprovado;
    2. O número de Ações que serão recebidas pelo Participante será correspondente ao Valor do Investimento dividido pelo Valor de Mercado (definido no programa), arredondado para o número inteiro mais próximo; e
    3. Para cada Ação recebida na forma do item anterior, a Companhia outorgará ao Participante uma Outorga de Matching, na forma de uma Outorga Condicional ou uma Opção.
  1. Critérios para fixação do preço de aquisição ou exercício

Programas de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2009 e 2015

O preço de Subscrição ou Compra de cada Ação corresponderá ao Valor da Ação da Companhia, fixado segundo os critérios previstos:

  • O valor correspondente à média simples dos 30 últimos pregões ocorridos nos últimos 60 dias consecutivos contados do prazo de 5 dias que antecedem a aprovação do Plano, incluso o quinto dia, adotando-se sempre a cotação média diária de cada pregão;
  • Em não havendo 30 pregões dentro do prazo de 60 dias acima mencionado, a média acima referida será obtida considerando-se a totalidade dos pregões ocorridos no referido período, até um mínimo de 3 pregões;
  • Em não havendo no mínimo 3 pregões nos 60 dias acima mencionados, deverão ser considerados os últimos pregões anteriores aos 60 dias, até se completar o número mínimo de 3 pregões.

Programas de Ações Restritas 2015 e 2017

O valor justo das ações restritas outorgadas é calculado com base no método binomial de precificação e reconhecido como despesa no resultado durante o período. No modelo de Ações Restritas, o valor recebido na entrega destas ações representará um ganho para os participantes.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017:

O Preço de Subscrição ou Compra de cada Ação corresponderá ao Valor da Ação da Companhia, fixado segundo os critérios previstos:

  • O valor correspondente à média simples dos 30 últimos pregões ocorridos nos últimos 60 dias consecutivos contados do prazo de 5 dias que antecedem a aprovação do Plano, incluso o quinto dia, adotando-se sempre a cotação média diária de cada pregão;

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  • Em não havendo 30 pregões dentro do prazo de 60 dias acima mencionado, a média acima referida será obtida considerando-se a totalidade dos pregões

Ocorridos no referido período, até um mínimo de 3 pregões;

  • Em não havendo no mínimo 3 pregões nos 60 dias acima mencionados, deverão ser considerados os últimos pregões anteriores aos 60 dias, até se completar o número mínimo de 3 pregões.

Programa de Incentivo de Longo Prazo

As Opções terão um custo de R$0,01 por Ação para o Participante. As Outorgas Condicionais não terão custo para o Participante ou, caso necessário de acordo com a legislação aplicável, terão um custo de R$0,01 por Ação.

Programa de Coinvestimento

As Outorgas de Matching, se estruturadas na forma de Opções terão um custo de R$0,01 por Ação para o Participante. Se estruturadas na forma de Outorgas Condicionais, não terão custo para o Participante ou, caso necessário de acordo com a legislação aplicável, terão um custo de R$0,01 por Ação.

  1. Critérios para fixação do prazo de exercício

Programa 2009: Com relação ao prazo de maturidade e exercício das Opções, ao final do terceiro ano, contado da data da Reunião do Conselho de Administração que aprova o Plano de Outorga de Opções, metade das opções tornar-se-ão maduras, sendo que, se exercidas, o saldo remanescente de 50% das Opções será cancelado. Ainda, ao final do quarto ano, contado da data da Reunião do Conselho de Administração que aprova o Plano de Outorga de Opções, a totalidade das opções outorgadas tornar-se-ão maduras, podendo ser exercidas.

Programa 2015: As Opções se tornarão exercíveis na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado como administrador ou empregado da Companhia, durante o período compreendido entre a Data de Outorga e as datas a seguir, nas proporções abaixo mencionadas:

  • 1/3 após o 2º aniversário da Data de Outorga;
  • 2/3 após o 3º aniversário da Data de Outorga; e a totalidade após o 4º aniversário da Data de Outorga.

O prazo máximo para o exercício de Opções é de oito anos para os dois Programas, contados a partir da data de Reunião do Conselho de Administração que aprova o Plano de Outorga de Opções.

Programas de Ações Restritas 2015 e 2017

Programa 2015: Os direitos dos participantes em relação às Ações Restritas somente serão plenamente adquiridos, na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado como Administrador ou colaborador da Companhia, durante o período compreendido entre a data de outorga e as datas a seguir, nas proporções abaixo mencionadas:

  1. 1/3 após o 2º aniversário da Data de Outorga;
  2. 2/3 após o 3º aniversário da Data de Outorga; e

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(iii)a totalidade após o 4º aniversário da Data de Outorga.

Programa 2017: Os direitos dos participantes em relação às ações restritas somente serão plenamente adquiridos, na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado como administrador ou colaborador da Companhia, durante o período compreendido entre a data de outorga e as datas a seguir, nas proporções abaixo mencionadas:

  1. 1/3 após o 1º aniversário da data de outorga;
  2. 1/3 após o 2º aniversário da data de outorga; e (iii)1/3 após o 3º aniversário da data de outorga.

Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017: Para os dois Planos, o exercício da opção está definido conforme abaixo:

  1. 50% após o 4º aniversário da data de outorga;
  2. 50% após o 5º aniversário da data de outorga.

O Prazo Máximo para Exercício das Opções, conforme definido no Programa, é de 8 (oito) anos contados da data de aprovação de cada Plano de Aceleração da Estratégia.

Programa de Incentivo de Longo Prazo

A Outorga se tornará exercível na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado à Companhia em questão como administrador ou empregado, ressalvadas eventuais regras de desligamento do Participante ou situações especiais (troca de controle e outros eventos) estabelecidas no Programa, durante o período compreendido entre a data de outorga e a última data entre:

  1. 3º aniversário da data da outorga; e
  2. Caso a Outorga esteja sujeita a condições de performance ou outras condições, a data na qual o Conselho de Administração determinar que tais condições foram cumpridas.

Caso a Outorga seja uma Opção, salvo se de outra forma determinado pelo Conselho de Administração, o prazo para exercício de uma Outorga será 30 dias após a Opção se tornar exercível.

Para as outorgas a serem realizadas em 2020, o prazo de Vesting poderá ser suspenso caso o Participante solicite licença não remunerada, sendo retomado mediante o seu retorno ao emissor.

Programa de Coinvestimento

A Outorga se tornará exercível na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado à Companhia em questão como administrador ou empregado, ressalvadas eventuais regras de desligamento do Participante ou situações especiais (troca de controle e outros eventos) estabelecidas no Programa. Cada Outorga será dividida em três tranches ("Tranche"), sendo que a primeira e a segunda Tranches corresponderão a um terço do número total de Ações vinculadas a uma Outorga cada, e a terceira Tranche corresponderá ao saldo das Ações na referida Outorga.

As Tranches se tornarão exercíveis nos seguintes prazos:

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  • No primeiro aniversário da Outorga, para a primeira Tranche;
  • No segundo aniversário da Outorga, para a segunda Tranche; e
  • No terceiro aniversário da Outorga, para a terceira Tranche.

Caso a Outorga seja uma Opção, salvo se de outra forma determinado pelo Conselho de Administração, o prazo para exercício de uma Outorga será 30 dias após a Opção se tornar exercível.

Para as outorgas a serem realizadas em 2020, o prazo de Vesting poderá ser suspenso caso o Participante solicite licença não remunerada, sendo retomado mediante o seu retorno ao emissor.

  1. Forma de liquidação

Para todas as modalidades de programas de incentivo de longo prazo (exceto o Programa de Incentivo de Longo Prazo e o Programa de Coinvestimento, descrito em seguida), a forma de liquidação é física, com a entrega de ações (i) quando do exercício das opções outorgadas, sendo elas emitidas por nós, por meio de um aumento de capital, ou poderemos, a nosso exclusivo critério, transferir ações mantidas em tesouraria; e (ii) diretamente, no caso de ações restritas, sendo elas transferidas da tesouraria por nós.

Para o Programa de Incentivo de Longo Prazo e o Programa de Coinvestimento, com o propósito de satisfazer uma Outorga nos termos do Programa, a Companhia, sujeito à lei e regulamentação aplicável, poderá: (i) emitir novas Ações; (ii) transferir ações em tesouraria; (iii) transferir Ações de um "employee benefit trust"; ou (iv) registrar certificados de depósito (depositary receipts) atrelados a Ações.

  1. Restrições à transferência das ações

As ações adquiridas ou subscritas em conformidade com o exercício das opções outorgadas no âmbito dos programas de outorga de opção de compra ou subscrição de ações podem ser livremente negociadas por seus titulares, sem quaisquer restrições.

Programas de Ações Restritas 2015

Para o Programa de Ações Restritas 2015 as ações restritas, não podem ser negociadas antes de decorridos os prazos mencionados nos programas. Com isso, os direitos dos Participantes em relação às Ações Restritas somente serão plenamente adquiridos, na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado como administrador ou empregado da Companhia durante o período compreendido entre a Data de Outorga e as datas a seguir, nas proporções abaixo mencionadas:

  1. 1/3 após o 2º aniversário da Data de Outorga;
  2. 2/3 após o 3º aniversário da Data de Outorga; e
  3. A totalidade após o 4º aniversário da Data de Outorga.

Programas de Ações Restritas 2017

Para o Programa de Ações Restritas 2017 as ações restritas, não podem ser negociadas antes de

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decorridos os prazos mencionados nos programas. Com isso, os direitos dos Participantes em relação às Ações Restritas somente serão plenamente adquiridos, na medida em que o Participante permanecer continuamente vinculado como administrador ou empregado da Companhia durante o período compreendido entre a Data de Outorga e as datas a seguir, nas proporções abaixo mencionadas:

  1. 1/3 após o 1º aniversário da Data de Outorga;
  2. 2/3 após o 2º aniversário da Data de Outorga; e
  3. a totalidade após o 3º aniversário da Data de Outorga.

Programa de Coinvestimento

No Programa de Coinvestimento, salvo em caso de Desligamento, as Ações objeto da Outorga de Investimento não poderão ser transferidas até que ocorra o Vesting e liquidação das Opções ou Outorgas Condicionais da Outorga de Matching. Qualquer tentativa de transferência das Outorgas de Investimento resultará na expiração da Outorga de Matching correspondente.

  1. Critérios e eventos que, quando verificados, ocasionarão a suspensão, alteração ou extinção do plano

Para as três modalidades de Programas existentes (Programas de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações Ordinárias 2009 e 2015, Programas de Ações Restritas 2015 e 2017 e Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia 2015 e 2017) compete à Assembleia Geral aprovar e, portanto, alterar, suspender ou extinguir o Programa. Toda e qualquer alteração dos programas, proposta pelo Conselho de Administração, deverá ser submetida à aprovação da Assembleia Geral e, uma vez aprovada, somente poderá atingir as opções de compra de ações a serem outorgadas. Dentre as causas que podem gerar a alteração ou extinção dos referidos programas está a ocorrência de fatores que causem grave mudança no panorama econômico e que comprometam a nossa situação financeira.

Para o Programa de Incentivo de Longo Prazo e para o Programa de Coinvestimento, qualquer alteração significativa na jurisprudência e nas leis e regulamentos fiscais, trabalhistas, previdenciários, e relativos a mercados de capitais aplicáveis a programas de incentivo de longo prazo poderão resultar na revisão parcial ou total do Programa, ou até mesmo na sua suspensão ou término.

  1. Efeitos da saída do administrador dos órgãos do emissor sobre seus direitos previstos no plano de remuneração baseado em ações

Programa 2009:

Os casos de Desligamento dos Participantes terão o seguinte tratamento: Desligamento do Participante por justa causa ou a seu pedido:

  • Desligamento do Participante por justa causa ou a seu pedido: - Opções Não Maduras serão canceladas;
    - Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, não poderão ser exercidas;
  • Desligamento sem justa causa:

- Opções Não Maduras serão tratadas na forma indicada abaixo;

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  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do desligamento ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações;
  • Desligamento por aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade
  • Opções Não Maduras serão tratadas na forma indicada abaixo e terão seu exercício condicionado ao deferimento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do requerimento de aposentadoria efetuada pelo Participante, ou ao deferimento de providência equivalente caso o Participante seja não- residente no Brasil;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações.
    O exercício por aposentadoria por tempo de trabalho ou idade está condicionado ao deferimento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do requerimento de aposentadoria efetuada pelo Participante, ou ao deferimento de providência equivalente caso o Participante seja não-residente no Brasil.
  • Desligamento por invalidez permanente:
  • Opções Não Maduras poderão ser exercidas após a rescisão do contrato de trabalho por motivo de concessão de aposentadoria por invalidez permanente;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas poderão ser exercidas.
  • Desligamento por morte do Participante:
  • Opções Não Maduras poderão ser exercidas após o falecimento do Participante;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas.

Nas hipóteses previstas nas Cláusulas que tratam sobre o Desligamento sem justa causa e Desligamento por aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade acima, as Opções Não Maduras serão reduzidas proporcionalmente, com base no período transcorrido entre a data de outorga e a data do Desligamento em relação ao Prazo de Maturidade das Opções. Tais Opções Não Maduras se tornarão Opções Maduras na data em que se tornariam exercíveis nos termos do programa e poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. As demais Opções Não Maduras serão canceladas.

Programa 2015

Os casos de Desligamento dos Participantes, terão o seguinte tratamento:

  1. Desligamento do Participante por justa causa ou a seu pedido: - Opções Não Maduras serão canceladas;
    - Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, não poderão ser exercidas e serão canceladas;
  2. Desligamento sem justa causa:
  • Opções Não Maduras serão tratadas na forma descrita abaixo;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da Data do Desligamento ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações;

(c) Desligamento imediatamente posterior à aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade

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13.4 - Plano de Remuneração Baseado em Ações do Conselho de Administração E Diretoria Estatutária

  • Opções Não Maduras serão tratadas na forma descrita abaixo e terão seu exercício condicionado ao deferimento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do requerimento de aposentadoria efetuada pelo Participante, ou ao deferimento de providência equivalente caso o Participante seja não-residente no Brasil;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. O exercício por desligamento imediatamente posterior à aposentadoria por tempo de trabalho ou idade está condicionado ao deferimento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do requerimento de aposentadoria efetuada pelo Participante, ou ao deferimento de providência equivalente caso o Participante seja não-residente no Brasil.

(d) Desligamento por invalidez permanente:

  • Opções Não Maduras e Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da rescisão do contrato de trabalho por motivo de concessão de aposentadoria por invalidez permanente, independentemente do prazo previsto no item 9 acima, pelo Participante ou o seu representante legal (curador), mediante a apresentação, perante a Companhia, do competente comprovante de concessão de aposentadoria por invalidez permanente emitido pelo INSS - Instituto Nacional da Seguridade Social, ou documento semelhante no caso de Participante não-residente in Brasil, e consequente rescisão do contrato de trabalho.

(e) Desligamento por morte do Participante:

  • Opções Não Maduras e Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas após o falecimento do Participante, mediante a apresentação perante a Companhia da documentação hábil do inventário do Participante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da nomeação do inventariante pelo juízo, desde que o inventário tenha sido aberto em até 6 (seis) meses, contados da data do falecimento do Participante, independentemente do prazo previsto no item 9.1 acima.

Nas hipóteses previstas nos itens (b) e (c) acima, as Opções Não Maduras serão reduzidas proporcionalmente, com base no período transcorrido entre a Data de Outorga e a Data do Desligamento em relação ao Prazo de Maturidade das Opções. Tais Opções Não Maduras se tornarão Opções Maduras na data em que se tornariam exercíveis nos termos do Programa 2015 e poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. As demais Opções Não Maduras serão canceladas.

Programa RSU

Exceto conforme disposto abaixo, nas hipóteses de Desligamento do Participante por justa causa ou a seu pedido, as Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas restarão automaticamente extintas, de pleno direito, independentemente de aviso prévio ou notificação, e sem direito a qualquer indenização. O Conselho de Administração poderá, se entender pertinente, deliberar de forma diferente ao aqui disposto com relação a um ou mais participantes, nos termos do programa.

Na hipótese de Desligamento por concessão de aposentadoria por invalidez permanente, as Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas poderão ser plenamente adquiridas no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da rescisão do contrato de trabalho por motivo de concessão de aposentadoria por invalidez permanente, pelo Participante ou o seu representante legal (curador), mediante a apresentação, perante a Companhia, do competente comprovante de concessão de aposentadoria por invalidez permanente emitido pelo INSS - Instituto Nacional da Seguridade

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Social, ou documento equivalente caso o Participante seja não-residente no Brasil, e competente rescisão do contrato de trabalho. O Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, prorrogar o prazo acima mencionado.

Na hipótese de Desligamento por falecimento do Participante, as Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas poderão ser plenamente adquiridas após o falecimento do Participante, mediante a apresentação perante a Companhia da documentação hábil do inventário do Participante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da nomeação do inventariante pelo juízo, desde que o inventário tenha sido aberto em até 6 (seis) meses, contados da data do falecimento do Participante, independentemente do prazo previsto no programa. O Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, prorrogar os prazos acima mencionados.

Nas hipóteses de Desligamento de Participante sem justa causa e Desligamento imediatamente após a aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade, as Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas serão reduzidas proporcionalmente, com base no período transcorrido entre a Data de Outorga e a data do Desligamento em relação aos prazos previstos no programa. Tais Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas se tornarão plenamente adquiridas na data em que se tornariam exercíveis nos termos do programa e poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. As demais Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas serão canceladas.

Segundo Programa RSU

No caso de Desligamento do Participante por iniciativa da Companhia e/ou da Controlada, em razão de justa causa motivada pelo Participante, ou por iniciativa sem justa causa do próprio Participante, as Ações Restritas Não Plenamente Adquiridas, restarão automaticamente extintas, de pleno direito, independentemente de aviso prévio ou notificação, e sem direito a qualquer indenização.

No caso de Desligamento do Participante por iniciativa da Companhia e/ou da Controlada, sem justa causa motivada pelo Participante, ou por iniciativa do próprio Participante em razão de justa causa motivada pela Companhia:

  1. quaisquer Ações Restritas que tenham sido especificamente outorgadas ao Participante como parte de pacotes de incentivo para sua contratação pela Companhia (sign-onincentives) serão plenamente adquiridas pelo Participante em sua integralidade; e
  2. quaisquer Ações Restritas que tenham sido outorgadas pela Companhia ao Participante em adição às Ações Restritas previstas no item (i) acima serão calculadas e transferidas plenamente ao Participante de forma proporcional entre a Data de Outorga e a data correspondente a 24 (vinte e quatro) meses da data de Desligamento do Participante.

Observadas as diretrizes aprovadas em Assembleia Geral e a lei aplicável, o Conselho de Administração da Companhia deverá, como parte de suas atribuições, estabelecer nos respectivos Planos, as hipóteses que caracterizarão justa causa motivada pelo Participante e justa causa motivada pela Companhia no Desligamento de Participantes para os fins do presente Programa, sendo certo que o falecimento do Participante ou sua invalidez permanente, desde que devidamente atestada por perícia médica, não poderão, em hipótese alguma, serem considerados como justa causa no Desligamento de Participantes para fins do presente Programa.

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O Conselho de Administração poderá, se entender pertinente, deliberar de forma diferente ao aqui disposto com relação a um ou mais participantes, nos termos do programa.

Programa Aceleração da Estratégia

Os casos de Desligamento dos Participantes terão o seguinte tratamento:

  1. Desligamento do Participante por justa causa ou a seu pedido: - Opções Não Maduras serão canceladas;
    - Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, não poderão ser exercidas e serão canceladas;
  2. Desligamento do Participante sem justa causa antes do terceiro aniversário da Data de Outorga:
    - Opções serão canceladas;
  3. Desligamento do Participante sem justa causa após o terceiro aniversário da Data de Outorga: O Conselho de Administração poderá, caso entenda pertinente, determinar que o Participante poderá manter parte de suas Opções caso seja desligado sem justa causa após o terceiro aniversário da Data de Outorga. Tais Opções somente poderão ser exercidas nos períodos e conforme procedimentos indicados no item 9 deste Programa. Neste caso, as condições serão determinadas pelo Conselho de Administração na ocasião;
  4. Desligamento imediatamente posterior à aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade:
  • Opções Não Maduras serão canceladas;
  • Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar do Desligamento ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. O prazo de 90 (noventa) dias para o exercício por aposentadoria por tempo de trabalho e/ou idade é contado a partir da data do deferimento pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do requerimento de aposentadoria efetuado pelo Participante, ou do deferimento de providência equivalente caso o Participante seja não-residente no Brasil. O Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, prorrogar os prazos acima mencionados.

(e) Desligamento por invalidez permanente:

  • Opções Não Maduras e Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar do Desligamento ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. O prazo de 180 (cento e oitenta) dias para o exercício por invalidez permanente é contado a partir da data da emissão pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS do competente comprovante de concessão de aposentadoria por invalidez permanente apresentado à Companhia pelo Participante ou por seu representante legal (curador), ou a emissão de documento semelhante caso o Participante seja não-residente no Brasil. O Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, prorrogar os prazos acima mencionados.

(f) Desligamento por morte:

  • Opções Não Maduras e Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, poderão ser exercidas após o falecimento do Participante no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da nomeação do inventariante pelo Juízo, desde que o inventário tenha sido aberto em até seis meses, contados da data do falecimento do Participante. O Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, prorrogar os prazos acima mencionados.

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Nas hipóteses previstas nos itens (b) e (c) acima, as Opções Não Maduras serão reduzidas proporcionalmente, com base no período transcorrido entre a Data de Outorga e a Data do Desligamento em relação ao Prazo de Maturidade das Opções. Tais Opções Não Maduras se tornarão Opções Maduras na data em que se tornariam exercíveis nos termos do programa e poderão ser exercidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias ou da data em que encerrar o período de bloqueio, caso o Desligamento ocorra em período bloqueado para negociação das Ações. As demais Opções Não Maduras serão canceladas.

Segundo Programa Aceleração da Estratégia

No caso de Desligamento do Participante por iniciativa da Companhia e/ou da respectiva controlada em razão de justa causa motivada pelo Participante, ou por iniciativa sem justa causa do próprio Participante, as Opções Não Maduras serão canceladas, e as Opções Maduras, mas que ainda não tenham sido exercidas, não poderão ser exercidas e serão canceladas.

No caso de Desligamento do Participante por iniciativa da Companhia e/ou da respectiva controlada, sem justa causa motivada pelo Participante, ou por iniciativa do próprio Participante em razão de justa causa motivada pela Companhia:

  1. Quaisquer Opções que tenham sido especificamente outorgadas ao Participante como parte de pacotes de incentivo para sua contratação pela Companhia (sign-onincentives), sejam Maduras ou Não Maduras, se tornarão exercíveis pelo Participante em sua integralidade por um prazo de 1 (um) ano a contar da Data de Desligamento; e
  2. quaisquer Opções que tenham sido outorgadas pela Companhia ao Participante em adição às Opções previstas no item (i) acima e que ainda sejam Opções Não Maduras na Data de Desligamento terão o seguinte tratamento: (a) 1/3 (um terço) das Opções Não Maduras outorgadas no ano anterior à Data de Desligamento, (b) 2/3 (dois terços) das Opções Não Maduras outorgadas no segundo ano anterior à Data de Desligamento, e (c) 3/3 (três terços) das Opções Não Maduras outorgadas no terceiro e quarto anos anteriores à Data de Desligamento se tornarão exercíveis pelo Participante em sua integralidade por um prazo de 1 (um) ano a contar da Data de Desligamento.

Observadas as diretrizes aprovadas em Assembleia Geral e a lei aplicável, o Conselho de Administração da Companhia deverá, como parte de suas atribuições, estabelecer nos respectivos Planos, as hipóteses que caracterizarão justa causa motivada pelo Participante e justa causa motivada pela Companhia no Desligamento de Participantes para os fins do presente Programa, sendo certo que o falecimento do Participante ou sua invalidez permanente, desde que devidamente atestada por perícia médica, não poderão, em hipótese alguma, ser considerados como justa causa no Desligamento de Participantes para fins do presente Programa.

O Conselho de Administração poderá, se entender pertinente, deliberar de forma diferente ao aqui disposto com relação a um ou mais participantes, nos termos do programa.

Programa de Incentivo de Longo Prazo e Programa de Coinvestimento

Caso ocorra uma Demissão antes da Data Normal de Vesting de uma Outorga em razão de:

  1. Falecimento do Participante;
  2. Doença ou invalidez do Participante (evidenciada conforme o Conselho considerar satisfatório);
  3. Aposentadoria do Participante:
    1. Na idade de aposentadoria contratual ou ao atingir elegibilidade para aposentadoria

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por tempo de serviço (em ambos os casos tão somente se esses conceitos forem aplicáveis de acordo com as leis locais); ou

    1. De outra forma, pela aprovação do Conselho, a seu critério;
  1. A redundância do Participante (tal redundância como parte de um programa de redundância que resulte na redundância de nove ou mais empregados e/ou administradores conforme determinado satisfatório, pelo Conselho, e se esse conceito for aplicável nos termos das leis locais relevantes);
  2. O vínculo ou o escritório do Participante seja ou com uma companhia que deixe de ser Membro do Grupo Natura ou que se relacione a um negócio ou parte de um negócio que seja transferido ou vendido para outrem que não um Membro do Grupo Natura; ou

Em quaisquer outras circunstâncias em que o Conselho determine que esta Regra deva ser aplicada em relação à Outorga, então, sujeito à Data Normal de Vesting e outras eventuais restrições, tal Outorga será exercível na Data Normal de Vesting, salvo se o motivo para o desligamento for morte (ou outro, a critério do Conselho), quando então tal Outorga será exercível na Data de Vesting Antecipada. Salvo se o Conselho estabelecer de forma diferente, as Outorgas estarão sujeitas a uma redução proporcional no número de Ações estipuladas, com base no período iniciado na Data de Outorga e findo na Data de Desligamento relacionado ao Período Normal de Vesting da Tranche.

Para as Outorgas a serem realizadas em 2020 no Programa de Incentivo de Longo Prazo e o Programa de Coinvestimento, caso ocorra uma Demissão do Participante no período de seis meses contados da Data de Outorga, a regra de redução proporcional do parágrafo anterior não será aplicável, de modo que, salvo determinação diversa do Conselho, todas as Outorgas de Matching do Participante expirarão.

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13.5 - Remuneração Baseada em Ações

13.5 - Em relação à remuneração baseada em ações reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente, do conselho de administração e da diretoria estatutária, elaborar tabela com o seguinte conteúdo:

Valores previstos para o exercício social de 2020.

O quadro abaixo se refere à previsão de outorgas a ser realizada em 2020.

Plano de Opção de Ações

REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES - PREVISTA PARA O EXERCÍCIO SOCIAL A SER

ENCERRADO EM 31/12/2020

Conselho de

Diretoria

Administração

Estatutária

Nº total de membros

13

6

Nº de membros remunerados

1

5

Preço médio ponderado de exercício

(a) Das Opções em aberto no início do exercício

5.700.000

1.191.015

social

(b) Das opções perdidas durante o

exercício

-

-

social

(c) Das opções exercidas durante o exercício

-

-

social (*)

(d) Das opções expiradas durante o exercício

-

-

social (*)

(e) Das opções a serem outorgadas durante o

-

-

exercício social

Diluição potencial no caso do exercício de

0,33%

0,07%

todas as opções outorgadas

  1. em relação a opção perdida e exercida não é possível estimar para o exercício social que será encerrado em 31.12.2020 tendo em vista a variação apresentada nos últimos exercícios.

Considerando que a constituição da Companhia se deu em 21 de janeiro de 2019, não houve o reconhecimento de qualquer remuneração nos anos de 2017, 2018 e 2019 aos membros do Conselho de Administração e da Diretoria Estatutária.

Conforme aprovado em assembleia geral extraordinária realizada em 17 de julho de 2019, não foi devido qualquer valor a título de remuneração aos membros da administração da Companhia, para o exercício de 2019.

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13.5 - Remuneração Baseada em Ações

Ações Restritas / Outorgas Condicionadas

REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES RESTRITAS - PREVISTA PARA O EXERCÍCIO

SOCIAL A SER ENCERRADO EM 31/12/2020

Conselho

de

Diretoria

Administração

Estatutária

Nº total de membros

13

6

Nº de membros remunerados

1

5

Preço médio ponderado de exercício

(a) Das Ações restritas em aberto no início do

705.052

186.000

exercício social

(b) Das ações restritas

perdidas durante

o

-

-

exercício social

(c) Das ações restritas

exercidas durante o

-

-

exercício social (*)

(d) Das ações restritas expiradas durante o

-

-

exercício social (*)

(e) Das ações restritas a serem outorgadas

756.707

108.476

durante o exercício social

Diluição potencial no caso do exercício de

0,08%

0,02%

todas as ações restritas outorgadas

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13.6 - Opções em Aberto

13.6 - Em relação às opções em aberto do conselho de administração e da diretoria estatutária ao final do último exercício social, elaborar tabela com o seguinte conteúdo

Valores referentes ao exercício de 2019(1)

Diretoria

Número de membros

2,0

Em relação às Opções

Plano 2018 (tranche 1)

Plano 2018 (tranche 2)

Plano 2018 (tranche 3)

Quantidade

12.525

12.525

12.525

Quantidade exercível

-

-

-

Data em que se tornaram ou

12.03.2020

12.03.2021

12.03.2022

se tornarão exercíveis

Prazo máximo para exercício

12.03.2026

12.03.2026

12.03.2026

das Opções

Prazo

de

restrição

à

N/A

N/A

N/A

transferência das ações

Preço médio ponderado

de

17,16

17,16

17,16

exercício

Valor justo

das Opções na

7,96

8,09

8,21

data de outorga

Valor justo do total das

Opções

no

último dia

do

99.699

101.327

102.830

exercício social

Diretoria

Número de membros

2,0

Em relação às Opções

Plano 2019 (tranche 1)

Plano 2019 (tranche 2)

Plano 2019 (tranche 3)

Quantidade

37.986

37.986

37.986

Quantidade exercível

-

-

-

Data em que se tornaram ou

20.03.2021

20.03.2022

20.03.2023

se tornarão exercíveis

Prazo máximo para exercício

20.03.2027

20.03.2027

20.03.2027

das Opções

Prazo

de

restrição

à

N/A

N/A

N/A

transferência das ações

Preço médio ponderado

de

23,54

23,54

23,54

exercício

Valor justo

das Opções na

11,79

11,82

11,71

data de outorga

Valor justo do total das

Opções

no

último dia

do

447.855

448.995

444.816

exercício social

PÁGINA: 308 de 403

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13.6 - Opções em Aberto

Conselheiro

Número de membros

1,0

Em relação às Opções

Plano 2019 (tranche 1)

Plano 2019 (tranche 2)

Quantidade

950.000

950.000

Quantidade exercível

-

-

Data em que se tornaram ou

20/03/2023

20/03/2024

se tornarão exercíveis

Prazo máximo para exercício

20/03/2027

20/03/2028

das Opções

Prazo

de

restrição

à

-

-

transferência das ações

Preço médio ponderado

de

47,08

47,08

exercício

Valor justo

das Opções na

11,71

11,50

data de outorga

Valor justo do total das

Opções

no

último dia

do

11.122.491

10.927.491

exercício social

Conselheiro

Número

de

1,0

membros

Em

relação

às

Plano 2017 (tranche 1)

Plano 2017 (tranche 2)

Plano 2018 (tranche 1)

Plano 2018 (tranche 2)

Opções

Quantidade

950.000

950.000

950.000

950.000

Quantidade

-

-

-

-

exercível

Data

em

que

se

tornaram

ou

se

12/07/2021

12/07/2022

12/03/2022

12/03/2023

tornarão exercíveis

Prazo máximo para

exercício

das

-

-

-

-

Opções

Prazo de restrição à

transferência

das

-

-

-

-

ações

Preço

médio

ponderado

de

12,52

12,52

17,32

17,32

exercício

Valor

justo

das

Opções na data de

9,58

9,67

8,21

8,32

outorga

Valor

justo

do

total

das

Opções

no

9.101.000

9.186.500

7.799.500

7.904.000

último

dia

do

exercício social

PÁGINA: 309 de 403

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13.6 - Opções em Aberto

Diretoria

Número de membros

2,0

Plano 2017 -

Plano 2017-

Plano 2017-

Plano 2018 -

Plano 2018 -

Plano 2018 -

Em relação às ações restritas

Ações

Ações

Ações

Ações

Ações restritas

Ações restritas

restritas

restritas

restritas

restritas

(tranche 1)

(tranche 3)

(tranche 2)

(tranche 3)

(tranche 1)

(tranche 2)

Quantidade

3.000

3.000

3.000

53.000

3.000

Quantidade exercível

-

-

-

-

-

Data em que se tornaram ou

se

10.03.2020

10.03.2021

12.03.2018

12.03.2018

12.03.2018

tornarão exercíveis

Prazo máximo para

exercício

das

10.03.2020

10.03.2021

12.03.2020

12.03.2021

12.03.2022

Opções

Prazo de restrição à

transferência

N/A

N/A

N/A

N/A

N/A

das ações

Preço médio ponderado de exercício

-

-

-

-

-

Valor justo das Opções na data de

12,09

11,69

15,90

15,54

15,19

outorga

Valor justo do total das Opções no

36.270

35.070

47.700

823.620

45.570

último dia do exercício social

Diretoria

Número de membros

2,0

Em relação às ações restritas

Plano 2019 - Ações restritas

Plano 2019 - Ações restritas

Plano 2019 - Ações

(tranche 1)

(tranche 2)

restritas (tranche 3)

Quantidade

11.333

11.333

11.333

Quantidade exercível

-

-

-

Data em que se tornaram ou se tornarão

20.03.2021

20.03.2022

20.03.2023

exercíveis

Prazo máximo para exercício das Opções

20.03.2021

20.03.2022

20.03.2023

Prazo de restrição à

transferência

das

-

-

-

ações

Preço médio ponderado de exercício

-

-

-

Valor justo das Opções na data de

22,54

22,14

outorga

21,62

Valor justo do total das Opções no último

245.019

255.446

250.913

dia do exercício social

PÁGINA: 310 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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13.6 - Opções em Aberto

Conselheiro

Número de membros

1,0

Em relação às ações restritas

Ações restritas

Plano 2019 - Ações

Plano 2019 - Ações

Plano 2019 - Ações

2017 (tranche 3)

restritas (tranche 1)

restritas (tranche 2)

restritas (tranche 3)

Quantidade

163.288

155.964

155.964

155.964

Quantidade exercível

-

-

-

-

Data em que se tornaram ou

se

12/03/2021

20/03/2020

20/03/2021

20/03/2022

tornarão exercíveis

Prazo máximo para

exercício

das

-

-

-

-

Opções

Prazo de restrição à

transferência

N/A

N/A

N/A

N/A

das ações

Preço médio ponderado de exercício

-

-

-

-

Valor justo das Opções na data de

15,76

22,85

22,54

22,14

outorga

Valor justo do total das Opções no

2.573.419

3.563.377

3.515.429

3.453.043

último dia do exercício social

PÁGINA: 311 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.7 - Opções Exercidas E Ações Entregues

13.7 - Em relação às opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária, nos 3 últimos exercícios sociais, elaborar tabela com o seguinte conteúdo

Este item não é aplicável à Companhia, pois não houve opções exercidas ou entregues nos últimos 3 exercícios sociais pela Companhia.

PÁGINA: 312 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.8 - Precificação Das Ações/opções

13.8 - Descrição sumária das informações necessárias para a compreensão dos dados divulgados nos itens 13.5 a 13.7, tal como a explicação do método de precificação do valor das ações e das opções.

Plano de Opções, Ações restritas e Aceleração da estratégia 2019

Conselho de Administração

Diretoria

a)

modelo de precificação

Binomial

Binomial

b) dados e premissas utilizadas no modelo de

Volatilidade de

Volatilidade de

precificação, incluindo o preço médio ponderado

aproximadamente 38%;

aproximadamente 38%;

das ações, preço de exercício, volatilidade

Rendimento de dividendos de

Rendimento de dividendos de

esperada, prazo de vida da opção, dividendos

1,17%; Taxa de juros livre de

1,17%; Taxa de juros livre de

esperados e a taxa de juros livre de risco.

risco de 6,41% até 8,78%.

risco de 6,41% até 8,78%

c) método utilizado e as premissas assumidas para

incorporar os efeitos esperados de exercício

N/A

N/A

antecipado.

d)

forma de determinação da volatilidade

Desvio padrão dos últimos

Desvio padrão dos últimos 740

esperada.

740 dias.

dias.

Plano de Opções, Ações restritas e Aceleração da estratégia 2018

Conselho de Administração

Diretoria

a)

modelo de precificação

Binomial

Binomial

b) dados e premissas utilizadas no modelo de

Volatilidade de

Volatilidade de

precificação, incluindo o preço médio ponderado

aproximadamente 39%;

aproximadamente 39%;

das ações, preço de exercício, volatilidade

Rendimento de dividendos de

Rendimento de dividendos de

esperada, prazo de vida da opção, dividendos

2,31%; Taxa de juros livre de

2,31%; Taxa de juros livre de

esperados e a taxa de juros livre de risco.

risco de 6,17% até 8,74%.

risco de 7,38% até 8,71%.

c) método utilizado e as premissas assumidas para

incorporar os efeitos esperados de exercício

N/A

N/A

antecipado.

d)

forma de determinação da volatilidade

Desvio padrão dos últimos

Desvio padrão dos últimos 740

esperada.

740 dias.

dias.

Plano de Opções, Ações restritas e Aceleração da estratégia 2017

Conselho de

Diretoria

Administração

a)

modelo de precificação

N/A

Binomial

b) dados e premissas utilizadas no modelo de

precificação, incluindo o preço médio ponderado

Volatilidade de aproximadamente 41,9%;

das ações, preço de exercício, volatilidade

N/A

Rendimento de dividendos de 3,3%; Taxa

esperada, prazo de vida da opção, dividendos

de juros livre de risco de 9,4 até 9,6%.

esperados e a taxa de juros livre de risco.

c) método utilizado e as premissas assumidas para

incorporar os efeitos esperados de exercício

N/A

N/A

antecipado.

  1. forma de determinação da volatilidade esperada.
  2. se alguma outra característica da opção foi incorporada na mensuração de seu valor justo.

N/A

Desvio padrão dos últimos 740 dias.

N/A

N/A

PÁGINA: 313 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.8 - Precificação Das Ações/opções

Valores referentes ao exercício de 2016:

Plano de Opções e Ações restritas

Conselho de

Diretoria

Administração

  1. modelo de precificação
  2. dados e premissas utilizadas no modelo de precificação, incluindo o preço médio ponderado das ações, preço de exercício, volatilidade esperada, prazo de vida da opção, dividendos esperados e a taxa de juros livre de risco.
  3. método utilizado e as premissas assumidas para incorporar os efeitos esperados de exercício antecipado.
  4. forma de determinação da volatilidade esperada.
  5. se alguma outra característica da opção foi incorporada na mensuração de seu valor justo.

N/A

Binomial

Volatilidade de aproximadamente 37,2%;

N/ARendimento de dividendos de 3,4%; Taxa de juros livre de risco de 12,9 até 13,2%.

N/A

N/A

N/A

Desvio padrão dos últimos 740 dias.

N/A

N/A

Programa de Aceleração da Estratégia

Conselho de

Diretoria

Administração

  1. modelo de precificação
  2. dados e premissas utilizadas no modelo de precificação, incluindo o preço médio ponderado das ações, preço de exercício, volatilidade esperada, prazo de vida da opção, dividendos esperados e a taxa de juros livre de risco.
  3. método utilizado e as premissas assumidas para incorporar os efeitos esperados de exercício antecipado.
  4. forma de determinação da volatilidade esperada.
  5. se alguma outra característica da opção foi incorporada na mensuração de seu valor justo.

N/A

Binomial

Volatilidade de aproximadamente 39,4%;

N/ARendimento de dividendos de 4,6%; Taxa de juros livre de risco de 11,5 até 12,1%.

N/A

N/A

N/A

Desvio padrão dos últimos 740 dias.

N/A

N/A

PÁGINA: 314 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.9 - Participações Detidas Por Órgão

13.9 - Informar a quantidade de ações ou cotas direta ou indiretamente detidas, no Brasil ou no exterior, e outros valores mobiliários conversíveis em ações ou cotas, emitidos pelo emissor, seus controladores diretos ou indiretos, sociedades controladas ou sob controle comum, por membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão

Órgão

Ações Ordinárias

Conselho de Administração

352.816

Diretoria

37.930

Conselho Fiscal

0

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.10 - Informações Sobre Planos de Previdência Conferidos Aos Membros do Conselho de Administração E Aos Diretores Estatutários

13.10 - Informações sobre planos de previdência conferidos aos membros do conselho de administração e aos diretores estatutários

Este item não é aplicável à Companhia, considerando que nenhum plano de previdência foi conferido pela Companhia aos membros do Conselho de Administração e aos Diretores Estatutários até 31/12/2019. Não obstante, podemos vir a conferir plano de previdência aos membros do Conselho de Administração e aos Diretores Estatutários.

PÁGINA: 316 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.11 - Remuneração Individual Máxima, Mínima E Média do Conselho de Administração, da Diretoria Estatutária E do Conselho Fiscal

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável à Companhia, considerando que nossa constituição se deu em 21 de janeiro de 2019 e não houve pagamento de remuneração pela Companhia aos seus administradores no exercício de 2019.

PÁGINA: 317 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.12 - Mecanismos de Remuneração ou Indenização Para os Administradores em Caso de Destituição do Cargo ou de Aposentadoria

13.12 - Mecanismos de remuneração ou indenização para os administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria

No âmbito de sua atividade, e com base na prática de mercado, a Companhia negocia com membros de sua administração acordos de confidencialidade e de não concorrência em caso de desligamento. Tais acordos, preveem a compensação aos Administradores pelas obrigações assumidas de não concorrência e confidencialidade das informações.

A Companhia contrata Seguro de Responsabilidade Civil de Conselheiros e Diretores (D&O) da Companhia. Para maiores informações sobre os seus termos, vide item 12.11 deste Formulário de Referência.

Conforme previsto no seu Estatuto Social, a Companhia indenizará e manterá indenes seus administradores, membros de comitê e demais empregados que exerçam cargo ou função de gestão na hipótese de eventual dano ou prejuízo eventualmente sofrido por força do exercício regular de suas funções na Companhia. A indenização não será aplicável em caso de (i) atos praticados fora do exercício das atribuições ou poderes; (ii) atos com má-fé, dolo, culpa grave ou fraude; (iii) atos praticados em interesse próprio ou de terceiros, em detrimento do interesse social da Companhia;

  1. indenizações decorrentes de ação social prevista no art. 159 da Lei 6.404/76 ou ressarcimento de prejuízos de que trata o art. 11, § 5º, II da Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976; e (v) caso o beneficiário seja indenizado nos termos do Seguro D&O, mencionado acima, dentre outras hipóteses. O modelo de acordo de indenidade a ser utilizado pela Companhia está disponível emhttps://ri.naturaeco.com/pt-br/.

Por fim, nos termos dos programas de remuneração baseada em ações da Companhia, nas hipóteses de desligamento ou aposentadoria os administradores poderão reter parte ou a totalidade dos direitos outorgados, conforme regras aplicáveis a cada programa e referidas no item 13.4 deste Formulário de Referência.

PÁGINA: 318 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.13 - Percentual na Remuneração Total Detido Por Administradores E Membros do Conselho Fiscal Que Sejam Partes Relacionadas Aos Controladores

13.13 - Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar o percentual da remuneração total de cada órgão reconhecida no resultado do emissor referente a membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores, diretos ou indiretos, conforme definido pelas regras contábeis que tratam desse assunto

Considerando que a constituição da Companhia se deu em 21 de janeiro de 2019 e não houve pagamento de remuneração pela Companhia aos seus administradores no exercício de 2019, não houve o reconhecimento de qualquer remuneração nos anos de 2017, 2018 e 2019 aos membros do Conselho de Administração, da Diretoria Estatutária e do Conselho Fiscal. Ainda, conforme aprovado em assembleia geral extraordinária realizada em 17 de julho de 2019, não será devido qualquer valor a título de remuneração aos membros da administração da Companhia, para o exercício de 2019. Ademais, não foi instalado Conselho Fiscal no último exercício social.

PÁGINA: 319 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

13.14 - Remuneração de Administradores E Membros do Conselho Fiscal, Agrupados Por Órgão, Recebida Por Qualquer Razão Que Não A Função Que Ocupam

13.14 - Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar os valores reconhecidos no resultado do emissor como remuneração de membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão, por qualquer razão que não a função que ocupam, como por exemplo, comissões e serviços de consultoria ou assessoria prestados

Os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Diretoria Estatutária nunca receberam remuneração além daquelas relacionadas às funções que ocupam na Companhia e/ou na administração de suas subsidiárias e controladas.

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Versão : 2

13.15 - Remuneração de Administradores E Membros do Conselho Fiscal Reconhecida no Resultado de Controladores, Diretos ou Indiretos, de Sociedades Sob Controle Comum E de Controladas do Emissor

13.15 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal reconhecida no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle comum e de controladas do emissor

Exercício social 2019 - demais remunerações recebidas

Órgão

Conselho

Diretoria

Conselho Fiscal

TOTAL

Controladores diretos e Indiretos

0

0

0

0

Controladas do emissor

26.706,8

4.733,7

0

31.440,4

Sociedades sob Controle Comum

0

0

0

0

Na tabela acima, as remunerações recebidas referem-se ao exercício do cargo de Conselheiros e Diretoria Estatutária na empresa controlada do emissor, Natura Cosméticos S.A. Nestes valores, incluem-se remuneração fixa/pro labore, remuneração variável, remuneração baseada em ações, previdência privada e benefícios, assim como os encargos incidentes sobre estas remunerações.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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13.16 - Outras Informações Relevantes

13.16 - Outras informações relevantes

No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019 não houve remuneração paga pela Companhia aos membros da administração pelo exercício de suas funções na Companhia. Ainda, no início do presente exercício social, em virtude do processo de reorganização da Companhia em virtude da combinação de negócios da Natura Cosméticos e da Avon, a Administração continuou a ter sua remuneração suportada pela Natura Cosméticos, subsidiária da Companhia. Ao longo do exercício de 2020, a remuneração pela Companhia aos seus administradores passará a ser suportada pela própria Companhia, observado o disposto abaixo.

Para ilustrar os efeitos dessa transição, é apresentada abaixo a comparação da remuneração estimada e realizada da Natura Cosméticos (subsidiária da Companhia) em 2019 e a remuneração proposta para a Natura &Co em 2020: [continua na próxima página]

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13.16 - Outras Informações Relevantes

Comparação entre remunerações estimada e realizada da Natura Cosméticos em 2019 versus proposta para aprovação em 2020, em relação à Companhia (valores em R$, exceto quantidade de membros)

APROVADA AGO 2019

REALIZADA 2019 (1)

PROPOSTA 2020

DIFERENÇA ENTRE

REALIZADA 2019 (NATURA COSMÉTICOS) E

(NATURA COSMÉTICOS)

(NATURA COSMÉTICOS)

(NATURA &CO)

PROPOSTA 2020 (NATURA &CO)

Conselho de

Diretoria

Total

Conselho de

Diretoria

Total

Conselho de

Diretoria

Conselho

Total

Conselho de

Diretoria

Conselh

Total

Administração

Administração

Administração

Fiscal

Administração

o Fiscal

Número de total de

10

5

15

9,67

5

14,67

13

6

3

22 (2)

3,33

1

3

7,33

membros

Número de membros

10

5

15

9,67

5

14,67

13

5

3

21

3,33

0

3

6,33

remunerados

Remuneração Anual Fixa

Remuneração Fixa

10.800,8

10.965,5

21.766,3

8.275,9

7.720,0

15.995,9

11.836,2

6.285,0

377,1

18.498,3

3.560,4

-1.435,1

377,1

2.502,4

Benefícios

859,3

1.060,3

1.919,6

314,5

991,6

1.306,1

837,4

977,7

0

1.815,1

522,9

-14,0

0

508,9

Participação em Comitês

-

-

-

-

-

-

480,0

0

0

480,0

480,0

0

0

480,0

Outros (3)

-

-

-

1.655,2

2.734,7

4.389,9

2.463,2

2.240,9

75,4

4.779,5

808,1

-493,8

75,4

389,7

Remuneração Variável

Bônus

10.309,5

-

10.309,5

9.173,4

-

9.173,4

-

-

0

-

-9.173,4

-

0

-9.173,4

PLR

-

8.476,2

8.476,2

-

8.713,5

8.713,5

-

-

0

-

-

-8.713,5

0

-8.713,5

Outros (4)

-

679,2

679,2

18.478,7

10.086,9

28.565,6

11.871,6

1.937,3

0

13.808,9

-6.607,1

-8.149,6

0

-14.756,7

Benefício Pós-Emprego

0

0

(cessação do exercício do

-

648,7

648,7

-

268,9

268,9

-

-

-

0

-268,9

-268,9

cargo) (5)

Remuneração baseada

30.271,9

16.063,8

46.335,6

19.196,5

9.377,4

28.573,9

36.655,6

5.480,8

0

42.136,4

17.459,1

-3.896,7

0

13.562,5

em ações (6)

(7)

(7)

(8)

(8)

Valor mensal da

4.353,5

3.157,8

7.511,3

4.757,9

3.324,4

8.082,3

5.345,3

1.410,1

37,7

6.793,2

587,5

-1.914,3

37,7

-1.289,1

Remuneração

Total da Remuneração

52.241,4

37.893,7

90.135,1

57.094,2

39.893,1

96.987,3

64.144,2

16.921,6

452,5

81.518,3

7.049,9

-22.971,5

452,5

-15.469,1

  1. Considera Exercício Social de 2019 (de janeiro de 2019 a dezembro de 2019)
  2. Na Diretoria, há um membro não remunerado pelas funções exercidas no emissor.
  3. "Outros" refere-se aos encargos incidentes sobre a Remuneração Anual Fixa. Este conceito, nos montantes aprovados na AGO 2019 da Natura Cosméticos, está considerado na linha de remuneração fixa.
  4. "Outros" refere-se aos encargos sobre Remuneração Variável. Este conceito, nos montantes aprovados na AGO 2019 da Natura Cosméticos, está considerado nas linhas de PLR, Bônus e Remuneração Baseada em Ação.
  5. Não há garantia de benefícios pós emprego. O benefício é aplicado apenas em alguns casos, a depender de negociação entre as partes.
  6. A Remuneração Baseada em Ações é reportada de acordo com a contabilização das despesas no período em questão, refletindo a amortização de planos já outorgados e que ainda não estão maduros. Desta forma, a cada nova outorga, as novas despesas se acumulam com aquelas referentes a planos anteriores que ainda não estão maduros.
  7. Despesas (propostas e efetivamente incorridas, conforme o caso) da Companhia no exercício de 2019, representando o valor justo das (i) opções outorgadas dos planos de 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, (ii) ações restritas outorgadas em 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, e (iii) opções no âmbito do Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia referente a 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, aprovados nas respectivas Reuniões do Conselho de Administração. A Companhia incluiu os valores de remuneração baseado em ações no montante de remuneração global anual, ainda que a Companhia entenda que parte dos ganhos baseados em ação referentes a estes planos não têm natureza jurídica de remuneração.
  8. Despesas a serem incorridas pela Companhia no exercício de 2020, representando o valor justo das (i) opções outorgadas dos planos de 2015, 2016, 2017, 2018,2019 e estimativa de 2020, (ii) ações restritas outorgadas em 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e estimado 2020, e (iii) opções no âmbito do Programa de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações para Aceleração da Estratégia referente a 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, aprovados nas respectivas Reuniões do Conselho de Administração. A Companhia incluiu os valores de remuneração baseado em ações no montante de remuneração global anual, ainda que a Companhia entenda que parte dos ganhos baseados em ação referentes a estes planos não têm natureza jurídica de remuneração.

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13.16 - Outras Informações Relevantes

Para o exercício de 2020, a remuneração global da Companhia será de R$81.065,7 mil. Como indicado acima, a diferença entre essa remuneração global para a Companhia e a remuneração efetivamente realizada para a Natura Cosméticos em 2019 deve-se a: (i) o não pagamento da remuneração variável (bônus, PLR e encargos) considerando o não atingimento das metas desse componente da remuneração em função dos potenciais impactos da Covid-19; (ii) aumento de tamanho do Conselho de Administração, com a eleição de 3 (três) novos conselheiros em decorrência da implementação da combinação de negócios da Natura Cosméticos e da Avon; e (iii) alterações propostas na estrutura administrativa e de governança da Companhia.

Conforme já exposto, os novos membros que irão compor cargos da diretoria estatutária da Companhia, já faziam parte do quadro da diretoria estatutária ou não estatutária da Natura Cosméticos.

A remuneração global efetivamente realizada pela Natura Cosméticos em 2019, quando comparada

  • Receita do Grupo em 2019, previamente à incorporação da Avon, representou 0,67% da Receita realizada. Já a remuneração global da Companhia para 2020, quando comparada à receita estimada1 de 2019 da Companhia após a incorporação da Avon, representa 0,25% da Receita.

A remuneração efetivamente realizada pela Natura Cosméticos em 2019, quando comparada à quantidade de colaboradores do Grupo anteriormente à incorporação da Avon representa um ratio de R$5,2 mil por colaborador. Já a remuneração global da Companhia para 2020, quando comparada ao número de empregados do Grupo após a incorporação da Avon, representa um ratio de R$2,1 mil por colaborador.

  • Informações agregadas e ajustadas (não auditadas) de Natura &Co e Avon em 2019, apenas para fins de informação e referência.

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14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

  1. número de empregados

Nós, por sermos uma sociedade holding, temos apenas 1 (um) funcionário. No entanto, por meio de nossas sociedades controladas, em 31 de dezembro de 2019, faziam parte do nosso quadro, o total de 18.585 funcionários, distribuídos conforme abaixo.

Natura

Local

31 de dezembro de 2019

Brasil

5.085

Argentina

716

Chile

225

México

133

Peru

224

Colômbia

402

França

16

Estados Unidos

21

Total

6.822

The Body Shop

Local

31 de dezembro de 2019

Brasil

80

Chile

82

México

18

Áustria

96

Bélgica

94

Dinamarca

111

França

389

Alemanha

523

Luxemburgo

5

Holanda

170

Portugal

137

Espanha

293

Suécia

243

Australia

1.065

Hong Kong

242

Macau

14

Singapura

297

Reino Unido

3105

Estados Unidos

992

Canada

1.155

Total

9.111

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14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

Aesop

Local

31 de dezembro de 2019

Oceania

748

Europa

656

Américas(*)

439

Ásia

809

Total

2.652

(*)Inclui o Brasil.

  1. número de terceirizados

A contratação de terceirizados é feita por cada uma das subsidiárias da Companhia de acordo com a necessidade de cada operação. Abaixo um resumo do número de terceiros em cada empresa em 31 de dezembro de 2019.

Natura

No Brasil, onde a operação da Natura tem maior relevância, o número de terceirados residentes, em 31 de dezembro de 2019 foi de 3006. Nesta mesma data de referência, os números de terceirizados nas operações da América Latina (exceto Brasil) totalizaram 203, sendo divididos da seguinte forma: 27 na Argentina, 20 no Chile, 110 na Colômbia 26 no Peru e 20 no México.

The BodyShop

Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia não possuía terceiros residentes trabalhando em suas operações.

Aesop

Na data de referência, 31 de dezembro de 2019, a empresa contou com 49 terceirizados, sendo 47 no Japão, 1 em Hong Kong e 1 nos Estados Unidos.

  1. índice de rotatividade

Natura

Na Natura, o índice de rotatividade é calculado considerando a quantidade de desligamentos por iniciativa da empresa (com ou sem justa causa) ou do colaborador, com reposição da vaga. Seu cálculo considera desligamentos com solicitação de reposição dividido pelo número de colaboradores efetivos da empresa. Não são considerados desligamentos de estagiários, colaboradores contratados por prazo determinado e desligamentos por transferência.

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14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

Assim, o índice de rotatividade da empresa em 2019 foi de:

Local

Índice de rotatividade em 2019

Brasil

12%

Argentina

10%

Chile

13%

Colômbia

8%

França

34%

México

18%

Peru

8%

The Body Shop

Na The Body Shop, o índice de rotatividade considera apenas os colaboradores permanentes e é calculado considerando o número total de desligamentos (voluntários e involuntários) dividido pela média de colaboradores ao longo do ano. A quantidade de desligamentos voluntários considera pedidos de demissão, saídas por aposentadoria, desligamentos por mútuo acordo e por transferência. Assim, o índice de rotatividade da empresa em 2019 foi de:

Local

Índice de rotatividade em 2019

Singapura

44%

Hong Kong

33%

Australia

32%

Macau

50%

Áustria

39%

Alemanha

24%

Bélgica

36%

Holanda

26%

Luxemburgo

25%

Dinamarca

17%

Suécia

23%

França(*)

33%

Portugal

27%

Espanha

27%

Canadá

54%

Estados Unidos

70%

Reino Unido

34%

(*) Inclui Mônaco

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14.1 - Descrição Dos Recursos Humanos

Aesop

Na Aesop o índice de rotatividade é calculado considerando o número total de desligamentos dividido pela média de quantidade de colaboradores. Esta média é calculada o número de colaboradores no início do ano mais o número de colaboradores no final do ano, dividido por 2.

Assim, o índice de rotatividade da empresa em 2019 foi de:

Local

Índice de rotatividade em 2019

Américas

71%

Oceania

37%

Ásia

29%

Europa

50%

Austrália (Head office)

28%

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14.2 - Alterações Relevantes - Recursos Humanos

14.2 - Alterações relevantes - Recursos humanos

Não houve qualquer alteração relevante ocorrida com relação aos números divulgados no item 14.1 deste Formulário de Referência.

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14.3 - Descrição da Política de Remuneração Dos Empregados

14.3 - Descrição da Política de Remuneração Dos Empregados

  1. política de salários e remuneração variável

Nossas práticas de remuneração são divididas em remuneração fixa e variável (incentivos de curto e longo prazo). Os objetivos de nossas práticas de remuneração incluem: (i) o alinhamento de interesses entre a gestão executiva e os acionistas, (ii) incentivar a geração de resultados e um aumento do nosso valor, bem como valores sociais e ambientais e (iii) o reconhecimento das contribuições e a retenção de profissionais baseados em referências de mercado. A remuneração que oferecemos nos permite atrair, reter e reconhecer profissionais altamente qualificados em nossa gestão.

Nossa política de remuneração executiva é comum a todas as empresas do grupo, para promover a concretização de metas de curto, médio e longo prazo alinhadas com os interesses dos acionistas.

Os membros da nossa equipe de gestão são elegíveis para receber remuneração base, remuneração variável e benefícios. A remuneração base é a soma mensal paga que reflete o valor da experiência e responsabilidade do cargo de cada gestor. A parcela variável da compensação é uma forma de recompensar os gestores pelo alcance de metas baseadas em fatores econômicos, sociais e ambientais, que acreditamos que podem nos ajudar a cumprir nossas metas econômicas, sociais e ambientais.

O componente variável, seja remuneração de curto prazo ou ganhos de longo prazo, representa uma parcela maior de remuneração para executivos seniores. Além dos limites de pagamento bem definidos, toda remuneração variável está vinculada ao cumprimento efetivo de metas e busca a criação de valor no longo prazo para a Companhia.

  1. política de benefícios

Buscamos oferecer políticas de benefícios e programas que sejam alinhados com as práticas do mercado local de cada operação.

  1. características dos planos de remuneração baseados em ações dos empregados não administradores, identificando: (i) grupo de beneficiários; (ii) condições para exercício; (iii) preço de exercício; (iv) prazo de exercício; e (v) quantidade de ações comprometidas pelo plano

Vide o disposto no item 13.4 deste Formulário de Referência.

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14.4 - Descrição Das Relações Entre O Emissor E Sindicatos

14.4 - Descrição das relações entre o emissor e sindicatos

A relação da Companhia e suas Controladas com os sindicatos são estabelecidas por cada uma das empresas do Grupo, quando aplicável, de acordo com as particularidades locais em cada região nas quais a Companhia tem operação.

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14.5 - Outras Informações Relevantes - Recursos Humanos

14.5 - Outras Informações Relevantes - Recursos Humanos

A Companhia é uma sociedade holding e neste contexto possui apenas um empregado em seu quadro de funcionários. No entanto, por ser a principal empresa do Grupo Natura optamos por realizar, de forma pró ativa, a divulgação das informações requeridas neste item, mencionando também outras sociedades do grupo, cujas informações entendemos ser relevantes para referência dos acionistas da Companhia e do mercado de modo geral.

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

Acionista

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

Detalhamento por classes de ações (Unidades)

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

Antônio Luiz da Cunha Seabra

332.927.288-00

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

199.151.684

15,905%

0

0,000%

199.151.684

15,905%

Guilherme Peirão Leal

383.599.108-63

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

99.342.778

7,934%

0

0,000%

99.342.778

7,934%

Ricardo Pedroso Leal

269.535.658-70

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

45.349.492

3,622%

0

0,000%

45.349.492

3,622%

Felipe Pedroso Leal

252.495.598-24

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

45.349.492

3,622%

0

0,000%

45.349.492

3,622%

Pedro Luiz Barreiros Passos

672.924.618-91

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

26.231.646

2,095%

0

0,000%

26.231.646

2,095%

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

Acionista

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

Detalhamento por classes de ações (Unidades)

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

Dynamo Internacional Gestão de Recursos Ltda.

07.880.927/0001-02

Brasileiro-RJ

Não

Não

30/06/2020

Não

24.894.334

1,988%

0

0,000%

24.894.334

1,988%

FIA Veredas Investimento no exterior

19.959.932/0001-94

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

22.516.378

1,798%

0

0,000%

22.516.378

1,798%

Lucia Helena Rios Seabra

055.336.688-29

Brasileira-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

96

0,001%

0

0,000%

96

0,001%

Passos Participações S.A.

05.561.635/0001-81

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

50.670

0,004%

0

0,000%

50.670

0,004%

Norma Regina Pinotti

187.890.098-60

Brasileira-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

37.045.747

2,959%

0

0,000%

37.045.747

2,959%

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

Acionista

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

Detalhamento por classes de ações (Unidades)

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

Sirius III Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior

28.080.458/0001-17

Brasileiro-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

4.997.397

0,399%

0

0,000%

4.997.397

0,399%

RM Futura Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior

09.275.554/0001-76

Brasileiro-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

1.303.309

0,104%

0

0,000%

1.303.309

0,104%

Dynamo Administração de Recursos Ltda.

72.116.353/0001-62

Brasileiro-RJ

Não

Não

30/06/2020

Não

47.899.547

3,825%

0

0,000%

47.899.547

3,825%

Kairós Fundo de Investimento em Ações - Investimento no Exterior

04.920.763/0001-01

Brasileiro-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

5.236.954

0,418%

0

0,000%

5.236.954

0,418%

Vinicius Pinotti

272.056.278-50

Brasileiro-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

6.174.914

0,493%

0

0,000%

6.174.914

0,493%

PÁGINA: 335 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

15.1 / 15.2 - Posição Acionária

Acionista

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

Detalhamento por classes de ações (Unidades)

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

Fabricius Pinotti

290.883.888-57

Brasileiro-SP

Sim

Sim

30/06/2020

Não

6.174.914

0,493%

0

0,000%

6.174.914

0,493%

Fábio Dalla Colletta de Mattos

184.090.138-19

Brasileiro-SP

Sim

Sim

27/07/2020

Não

4.367.930

0,349%

0

0,000%

4.367.930

0,349%

Gustavo Dalla Colletta de Mattos

196.793.638-21

Brasileiro-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

4.367.930

0,349%

0

0,000%

4.367.930

0,349%

Maria Heli Dalla Colletta de Mattos

436.825.888-68

Brasileira-SP

Sim

Sim

03/01/2020

Não

24.305.810

1,941%

0

0,000%

24.305.810

1,941%

OUTROS

646.981.650

51,671%

0

0,000%

646.981.650

51,671%

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração: 27/07/2020

373.763

0,030%

0

0,000%

373.763

0,030%

PÁGINA: 336 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

Acionista

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

Detalhamento por classes de ações (Unidades)

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

1.252.116.435

100,000%

0

0,000%

1.252.116.435

100,000%

PÁGINA: 337 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

FIA Veredas Investimento no exterior

19.959.932/0001-94

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

Anima Fundo de Investimento de Ações Investimento no Exterior

29.625.929/0001-98

Brasileiro-SP

Não

Sim

15/04/2020

Não

231

0,050

0

0,000

231

0,050

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

Atena Fundo de Investimento de Ações Investimento no Exterior

09.327.472/0001-28

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

445.843

99,950

0

0,000

445.843

99,950

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

OUTROS

0

0,000

0

0,000

0

0,000

PÁGINA: 338 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

FIA Veredas Investimento no exterior

19.959.932/0001-94

TOTAL

446.074

100,000

0

0,000

446.074

100,000

PÁGINA: 339 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

Passos Participações S.A.

05.561.635/0001-81

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

OUTROS

367

0,001

0

0,000

367

0,001

Pedro Luiz Barreiros Passos

672.924.618-91

Brasileiro-SP

Sim

Sim

13/11/2019

Não

5.116.906

99,999

0

0,000

5.116.906

99,999

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

TOTAL

5.117.273

100,000

0

0,000

5.117.273

100,000

PÁGINA: 340 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

RM Futura Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior

09.275.554/0001-76

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

Maria Heli Dalla Colletta de Mattos

436.825.888-68

Brasileira-SP

Não

Sim

30/06/2020

Não

14.732.205

99,708

0

0,000

14.732.205

99,708

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

OUTROS

43.194

0,292

0

0,000

43.194

0,292

TOTAL

14.775.399

100,000

0

0,000

14.775.399

100,000

PÁGINA: 341 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

Sirius III Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior

28.080.458/0001-17

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

Guilherme Peirão Leal

383.599.108-63

Brasileiro-SP

Não

Sim

30/06/2020

Não

19.388.596

86,563

0

0,000

19.388.596

86,563

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

OUTROS

3.009.637

13,437

0

0,000

3.009.637

13,437

TOTAL

22.398.233

100,000

0

0,000

22.398.233

100,000

PÁGINA: 342 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

Atena Fundo de Investimento de Ações Investimento no Exterior

09.327.472/0001-28

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

Anima Fundo de Investimento de Ações Investimento no Exterior

29.625.929/0001-98

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

251.242

0,700

0

0,000

251.242

0,700

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

Guilherme Ruggiero Passos

219.929.778-01

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

2.032.581

5,500

0

0,000

2.032.581

5,500

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

OUTROS

0

0,000

0

0,000

0

0,000

PÁGINA: 343 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

Atena Fundo de Investimento de Ações Investimento no Exterior

09.327.472/0001-28

Passos Participações S.A.

05.561.635/0001-81

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

40.813

0,100

0

0,000

40.813

0,100

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

Patrícia Ruggiero Passos

220.814.928-90

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

2.029.183

5,400

0

0,000

2.029.183

5,400

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

Pedro Luiz Barreiros Passos

672.924.618-91

Brasileiro-SP

Não

Sim

13/04/2020

Não

32.901.221

88,300

0

0,000

32.901.221

88,300

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

TOTAL

37.255.040

100,000

0

0,000

37.255.040

100,000

PÁGINA: 344 de 403

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15.1 / 15.2 - Posição Acionária

CONTROLADORA / INVESTIDORA

ACIONISTA

CPF/CNPJ acionista

Nacionalidade-UF

Participa de acordo de acionistas

Acionista controlador

Última alteração

Acionista Residente no Exterior

Nome do Representante Legal ou Mandatório

Tipo pessoa

CPF/CNPJ

Detalhamento de ações (Unidades)

Qtde. ações ordinárias (Unidades)

Ações ordinárias %

Qtde. ações preferenciais (Unidades)

Ações preferenciais %

Qtde. total de ações (Unidades)

Total ações %

CONTROLADORA / INVESTIDORA

CPF/CNPJ acionista

Composição capital social

Orbix Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior

09.327.501/0001-51

AÇÕES EM TESOURARIA - Data da última alteração:

0

0,000

0

0,000

0

0,000

Antônio Luiz da Cunha Seabra

332.927.288-00

Brasileiro-SP

Não

Sim

30/06/2020

Não

92.864.843

99,745

0

0,000

92.864.843

99,745

Classe ação

Qtde. de ações (Unidades)

Ações %

TOTAL

0

0.000

OUTROS

236.999

0,255

0

0,000

236.999

0,255

TOTAL

93.101.842

100,000

0

0,000

93.101.842

100,000

PÁGINA: 345 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

15.3 - Distribuição de Capital

Data da última assembleia / Data da

30/04/2020

última alteração

Quantidade acionistas pessoa física

42.309

(Unidades)

Quantidade acionistas pessoa jurídica

304

(Unidades)

Quantidade investidores institucionais

1.337

(Unidades)

Ações em Circulação

Ações em circulação correspondente a todas ações do emissor com exceção das de titularidade do controlador, das pessoas a ele vinculadas, dos administradores do emissor e das ações mantdas em tesouraria

Quantidade ordinárias (Unidades)

719.775.531

57,485%

Quantidade preferenciais (Unidades)

0

0,000%

Total

719.775.531

57,485%

PÁGINA: 346 de 403

15.4. Organograma dos Acionistas E do Grupo Econômico

PÁGINA: 347 de 403

15.4 - Organograma Dos Acionistas E do Grupo Econômico

PÁGINA: 348 de 403

15.4 - Organograma Dos Acionistas E do Grupo Econômico

PÁGINA: 349 de 403

15.4 - Organograma Dos Acionistas E do Grupo Econômico

PÁGINA: 350 de 403

15.4 - Organograma Dos Acionistas E do Grupo Econômico

PÁGINA: 351 de 403

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15.5 - Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

15.5 - Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

  1. partes

São partes do acordo de acionistas arquivado em nossa sede ("Acordo de Acionistas"), os Srs. Antônio Luiz da Cunha Seabra, Lucia Helena Rios Seabra, Guilherme Peirão Leal, Felipe Pedroso Leal, Ricardo Pedroso Leal, Passos Participações S.A., Pedro Luiz Barreiros Passos, Fundo de Investimento de Ações Veredas - Investimento no Exterior, Norma Regina Pinotti, Vinicius Pinotti, Fabricius Pinotti, Maria Heli Dalla Colletta de Mattos, Gustavo Dalla Colletta de Mattos, Fábio Dalla Colletta de Mattos (em conjunto, as "Partes"), sendo a nossa Companhia interveniente anuente. Além disso, após a celebração do Acordo de Acionistas, os seguintes veículos de investimento aderiram aos seus termos e condições: (i) Kairós Fundo de Investimento em Ações - Investimento no Exterior, o qual é controlado indiretamente pelo Sr. Antônio Luiz da Cunha Seabra; (ii) Sirius III Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior, o qual é controlado diretamente Sr. Guilherme Peirão Leal; e (iii) RM Futura Multimercado Fundo de Investimento Crédito Privado Investimento no Exterior, o qual é controlado diretamente pela Sra. Maria Heli Dalla Colletta de Mattos.

  1. data de celebração

O Acordo de Acionistas foi celebrado em 4 de setembro de 2019, tendo entrado em vigor em 13 de novembro de 2019.

  1. prazo de vigência

O Acordo de Acionistas deverá permanecer em vigor até 12 de fevereiro de 2025, sendo que será imediatamente e automaticamente terminado em relação a todas as partes integrantes de um Bloco de Acionistas (conforme abaixo definido), caso as ações de nossa emissão vinculadas a tal Bloco de Acionistas passem a representar uma participação inferior a 3,33% das ações de nossa emissão.

  1. descrição das cláusulas relativas ao exercício do direito de voto e do poder de controle

Inicialmente, cabe ressaltar que os signatários do Acordo de Acionistas estão organizados em cinco blocos ("Blocos de Acionistas"). Cada Bloco de Acionistas terá um representante ("Representante de Bloco") e um suplente ("Suplente do Representante"), competindo ao Representante de Bloco:

  1. representar o Bloco de Acionistas nas relações com os demais Blocos;
  2. representar o Bloco de Acionistas nas reuniões prévias, com poderes para inclusive votar e deliberar sobre todas e quaisquer matérias discutidas em reuniões prévias, e
  3. representar o Bloco de Acionistas, assim como cada um dos integrantes de tal Bloco, no exercício de todos os direitos e cumprimento de todas as obrigações previstas no Acordo de Acionistas.

Em conformidade com a Cláusula 9ª do Acordo de Acionistas, os acionistas signatários de referido acordo comprometem-se, por si e seus sucessores a qualquer título, a exercer o direito de voto atribuído às ações de que são titulares de modo a fazer com que as obrigações assumidas no Acordo de Acionistas sejam integralmente cumpridas.

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15.5 - Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

A Cláusula 2ª do Acordo de Acionistas, prevê que os acionistas signatários deverão exercer seu respectivo direito de voto e poder de controle de boa fé e de modo a garantir que as nossas atividades sejam pautadas nos seguintes princípios básicos e premissas:

  1. a gestão dos nossos negócios será exercida por profissionais éticos, experientes, independentes e capacitados, que atendam às qualificações técnicas necessárias para os cargos por eles ocupados e sejam alinhados com as nossas crenças e valores;
  2. o nosso Conselho de Administração será composto por membros éticos, experientes e capacitados, que atendam às qualificações técnicas necessárias e sejam alinhados com as nossas crenças e valores;
  3. as nossas decisões estratégicas, bem como a política de recursos humanos, deverão ter como objetivos básicos e primordiais o crescimento sustentável de nossos negócios e o exercício da razão de ser da nossa Companhia, o desenvolvimento de novos projetos e a constante reafirmação dos compromissos econômicos, ambientais e sociais assumidos por nós junto às comunidades em que atuamos;
  4. eventuais relações comerciais entre nós, as Partes, seus descendentes, ascendentes e demais familiares serão conduzidas em condições de mercado e sempre respeitando os padrões de conduta que vierem a ser estabelecidos pelas Partes, bem como aqueles estabelecidos na legislação e regulamentação aplicáveis;
  5. a nossa administração deverá buscar altos níveis de lucratividade, eficiência e competitividade, respeitando sempre o compromisso de ser um agente de promoção de desenvolvimento econômico, ambiental e social; e
  6. exceto se autorizado, por escrito, por todas as Partes, não poderemos, direta ou indiretamente, contratar como empregado, colaborador ou prestador de serviço da nossa Companhia e/ou de nossas subsidiárias os herdeiros e/ou cônjuge de qualquer um dos acionistas e partes relacionadas. A referida limitação não deverá impedir a indicação de qualquer uma dessas pessoas como membro do nosso Conselho de Administração, desde que observados os princípios do item (b) acima.

Para tanto, previamente a cada assembleia geral da nossa Companhia deverá ser convocada e realizada reunião para discutir cada uma das matérias da ordem do dia da assembleia geral, em que somente os Representantes dos Blocos participarão. Os Representantes dos Blocos deverão envidar seus esforços para que haja um consenso com respeito às deliberações a serem tomadas nas reuniões prévias, mas, caso tal consenso não seja alcançado, a aprovação das decisões da reunião prévia dependerá do voto afirmativo de Representantes dos Blocos representando no mínimo, 60% das ações presentes à reunião prévia. As decisões aprovadas na reunião prévia vincularão o voto de todas os signatários do Acordo de Acionistas na respectiva assembleia geral, devendo as Partes votar em bloco na assembleia geral de acordo com tais decisões.

Ocorrendo qualquer inadimplemento do Acordo de Acionistas, se a parte inadimplente não sanar a inadimplência verificada em 90 (noventa) dias, o direito de voto das ações de titularidade da parte inadimplente na reunião prévia será suspenso, devendo as Partes que não forem inadimplentes convocar referida reunião afim de implementar a suspensão dos direitos de voto. A suspensão dos direitos de voto de uma Partes não acarretará a suspensão do direito de voto das demais Partes integrantes de seu Bloco de Acionistas. Uma vez sanada a referida inadimplência, as ações de titularidade de parte inadimplente voltarão a ter direito de voto nas reuniões prévias.

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15.5 - Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

  1. descrição das cláusulas relativas à indicação de administradores ou membros de comitês estatutários

De acordo com a Cláusula 8ª do Acordo de Acionistas, os acionistas signatários do acordo deverão sempre eleger o maior número possível de conselheiros, observados os termos da regulamentação aplicável e o nosso estatuto social.

Enquanto o Bloco de Acionistas do qual o Sr. Pedro Luiz Barreiros Passos é parte, detiver ações de nossa emissão em percentual não inferior a 3,33% e sempre que os acionistas signatários do Acordo de Acionistas conseguirem eleger, conjuntamente, mais do que 2 (dois) membros para o nosso conselho de administração, estes acionistas se comprometem a exercer seu direito de voto na reunião prévia e na assembleia geral de acionistas da nossa Companhia, de modo a assegurar que o terceiro membro seja o Sr. Pedro Luiz Barreiros Passos.

  1. descrição das cláusulas relativas à transferência de ações e à preferência para adquiri-
    las
    • Alienação de ações. A alienação de ações somente poderá ocorrer com integral observância do Acordo de Acionistas e desde que o adquirente ou cessionário o subscreva, sem restrições, mediante a assinatura de termo de adesão, exceto se de outra forma decidido conforme procedimento previsto no Acordo de Acionistas. O adquirente ou cessionário não poderá aderir ao Acordo de Acionistas caso os Representantes de Blocos representando, pelo menos, 55% das ações (excluídas as ações objeto da transferência e cessão para tal adquirente ou cessionário) se manifestem, nos termos e prazo previsto no Acordo de Acionistas, pela não adesão do adquirente ou cessionário.
    • Desvinculação de ações. O Representante de um Bloco de Acionistas poderá desvincular ações correspondente a 20% (vinte por cento) da participação acionária detida por todos os integrantes de um determinado Bloco de Acionistas, observada a mesma proporção entre elas (considerando o número de ações detidas por cada Parte), para vender em bolsa de valores, a qualquer tempo e para qualquer pessoa, durante cada ano de vigência do Acordo de Acionistas, desde que comunique, por escrito, aos demais Representantes de Bloco de Acionistas a intenção de vender tais ações em bolsa de valores e deem às mesmas prazo improrrogável de 10 (dez) dias corridos para que estes paguem preço de mercado pela totalidade das ações que desejam vender. A desvinculação poderá ser excepcionalmente realizada de forma desproporcional entre as Partes de um Bloco de Acionistas, caso aprovada pela unanimidade das Partes do respectivo Bloco de Acionistas.
    • Direito de preferência. Os acionistas que desejar(em) alienar suas ações, no todo ou em parte ("Parte Ofertante"), obriga(m)-se a, primeiramente, obter do terceiro interessado em adquirir as ações (que poderá ser um signatários do Acordo de Acionistas) uma oferta por escrito, de boa fé, vinculante e irrevogável incluindo o preço a ser pago e a descrição do número de ações ofertadas e, em seguida, por meio do(s) Representante(s) do(s) Bloco(s) de Acionistas a que integrar, a notificar as demais Partes integrantes dos demais Blocos de Acionistas, que deverão ser notificadas por meio dos Representantes de seus respectivos Blocos de Acionistas, por escrito, de sua intenção de alienar ações ("Notificação de Oferta") e a conceder a tais partes ("Partes Ofertadas"), preferência para aquisição das ações. O exercício do direito de preferência pelas Partes Ofertadas deverá ser manifestado por escrito e exclusivamente por meio

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15.5 - Acordo de Acionistas Arquivado na Sede do Emissor ou do Qual O Controlador Seja Parte

do(s) Representante(s) do(s) Bloco(s) a que integrarem tais Partes Ofertadas em até 60 (sessenta) dias, contados do recebimento da notificação da Parte Ofertante. Caso qualquer acionista pessoa jurídica que seja objeto de alienação de participação possua, por qualquer motivo, passivos ou contingências, a(s) Partes(s) que tiver(em) exercido o direito de preferência terão o direito de descontar do preço de aquisição constante da oferta realizada pela alienação de participação o valor correspondente a tais passivos ou quaisquer contingências não relacionadas às ações ou à nossa Companhia, independentemente da probabilidade de perda ou materialização de tais passivos ou contingências. Na hipótese de divergência a respeito dos valores de tais passivos ou contingências, a(s) Partes(s) que tiver(em) exercido o direito de preferência e o acionista pessoa jurídica deverão indicar uma firma de auditoria especializada, para determinar o valor de tais passivos ou contingências, sendo certo que tal determinação será final e vinculará tais Partes.

    • Direito de venda conjunta. Caso os acionistas signatários do Acordo de Acionistas decidam alienar a quaisquer terceiros, em uma ou mais operações, ações que representem quantidade igual ou superior a 10% (dez por cento) do total das ações de nossa emissão, os demais acionistas signatários do Acordo de Acionistas terão o direito de alienar, conjuntamente, as ações de sua propriedade, em proporção equivalente às ações de propriedade da Parte Ofertante que estiverem sendo alienadas na operação.
  1. descrição das cláusulas que restrinjam ou vinculem o direito de voto de membros do conselho de administração ou de outros órgãos de fiscalização e controle

Não aplicável.

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15.6 - Alterações Relevantes Nas Participações Dos Membros do Grupo de Controle E Administradores do Emissor

15.6 - Alterações Relevantes Nas Participações Dos Membros do Grupo de Controle E Administradores do Emissor

Este item não é aplicável, considerando que até a data da divulgação deste Formulário de Referência, não foram realizadas alterações relevantes nas participações dos membros do nosso grupo de acionistas e de nossos administradores.

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15.7 - Principais Operações Societárias

15.7 - Principais Operações Societárias

a) evento

Aquisição da Avon Products, Inc., companhia existente de acordo com as leis de Nova Iorque

("Avon").

b) principais

Em 22 de maio de 2019, a Natura Cosméticos S.A. ("Natura Cosméticos"), nossa subsidiária

condições do negócio

integral, e a Avon celebraram um acordo (Contrato e Plano de Incorporações - Agreement and

Plan of Mergers, ou "Contrato") para aquisição da Avon em uma operação que envolveu troca

de ações, que resultou na combinação dos negócios, operações e das bases acionárias da

Natura Cosméticos e da Avon na nossa Companhia ("Transação").

A consumação da Transação estava sujeita a determinadas condições precedentes usuais para

transações dessa natureza, conforme previsto no Contrato, incluindo a aprovação pelas

autoridades antitruste brasileiras e das demais jurisdições aplicáveis, assim como a obtenção

dos votos necessários dos acionistas da Natura Cosméticos e da Avon. Em 19 de dezembro de

2019, foram obtidas todas as autorizações regulatórias necessárias à aprovação da aquisição

da Avon pela Natura Cosméticos, inclusive as aprovações pelas autoridades antitruste

brasileiras e das demais jurisdições aplicáveis.

Cada ação ordinária em circulação da Avon foi ao final convertida no direito a receber 0,6 (zero

vírgula seis) ações da nossa Companhia ("Relação de Troca"), validamente emitidas e

totalmente integralizadas, ou o número correspondente de ADRs da nossa Companhia, a critério

de cada acionista. Nenhuma fração de ação foi emitida, e as frações de ações foram pagas em

dinheiro, conforme detalhado no Contrato.

As ações preferenciais da série C da Avon foram parcialmente convertidas em 87.000.000

(oitenta e sete milhões) de ações ordinárias da Avon antes da consumação da Transação, bem

como no direito de recebimento dividendos acumulados pagos em dinheiro1 no valor agregado

de US$91.503.732,65.

A Transação foi implementada através de uma série de atos societários, conforme descrito

abaixo:

(i) Passo Preliminar- Capitalização de Lucros: Os acionistas da Natura Cosméticos aprovaram,

em assembleia geral realizada em 17 de setembro de 2019, o aumento do capital social da

Natura Cosméticos em R$1.242.165.000,00 (um bilhão, duzentos e quarenta e dois milhões,

cento e sessenta e cinco mil reais), mediante a capitalização de parte do saldo da conta de

reserva de lucros, nos termos do artigo 169 da Lei das S.A. Em virtude deste aumento de

capital, foram emitidas 432.571.228 (quatrocentos e trinta e dois milhões, quinhentas e setenta e

uma mil, duzentas e vinte e oito) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal pela Natura

Cosméticos, que foram atribuídas aos detentores de ações, a título de bonificação, na proporção

de 1 (uma) nova ação para cada 1 (uma) ação ordinária detida na data-base. As ações mantidas

em tesouraria para suportar os nossos programas de incentivo também foram bonificadas.

(ii) Passo 1 - Contribuição dos Controladores: Os acionistas controladores da Natura

Cosméticos, em assembleia geral realizada em 13 de novembro de 2019, contribuíram em

aumento de capital da nossa Companhia (i) suas ações do capital da Natura Cosméticos e (ii)

uma quantia em dinheiro a ser utilizada para pagamento por nós do imposto de renda que possa

ser devido sobre a reserva patrimonial especial, registrada como efeito contábil do acréscimo,

ao nosso patrimônio, da diferença entre o valor contábil da Natura Cosméticos e o custo de

aquisição de declaração utilizado para fins da contribuição de ações de emissão da Natura

Cosméticos ao nosso capital social. Na mesma assembleia geral extraordinária, os acionistas

controladores da Natura Cosméticos aprovaram a capitalização de parte da referida reserva

patrimonial especial, sem emissão de novas ações, líquida sobre o imposto de renda sobre ela

incidente.

(iii) Passo 2 - Incorporação de Ações da Natura Cosméticos: os acionistas da Natura

Cosméticos e da nossa Companhia, em assembleias gerais realizadas em 13 de novembro de

2019, aprovaram o "Protocolo e Justificação de Incorporação de Ações da Natura Cosméticos

S.A. pela Natura &Co Holding S.A.", e a incorporação de todas as demais ações da Natura

Cosméticos não detidas pela nossa Companhia, pelo respectivo valor patrimonial contábil, e em

consequência a Natura Cosméticos se tornou nossa subsidiária integral ("Incorporação de

Ações"). A consumação da Incorporação de Ações ocorreu em 17 de dezembro de 2019.

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15.7 - Principais Operações Societárias

  1. Passo 3 - Incorporações: em 13 de novembro de 2019, a Natura Cosméticos e a nossa Companhia aprovaram (a) a incorporação da Merger Sub II pela Avon, sendo que a Avon foi a sociedade sobrevivente e os acionistas da Avon receberam ações da Nectarine Merger Sub I, Inc. ("Merger Sub I") em troca de suas ações ordinárias na Avon, que passou a ser uma subsidiária integral da Merger Sub I; e (b) o "Protocolo e Justificação de Incorporação da Nectarine Merger Sub, I, Inc. pela Natura &Co Holding S.A.", e a incorporação da Merger Sub I por nós. Na mesma data, foram também obtidas as aprovações dos acionistas da Avon. Os acionistas da Merger Sub I (que anteriormente à realização do Passo 3 eram os acionistas da Avon) receberam, em substituição às ações da Merger Sub I, um total de 321.830.266 (trezentos e vinte e um milhões, oitocentas e trinta mil, duzentas e sessenta e seis) ações ordinárias de nossa emissão (entregues na forma de ações ou diretamente American Depositary Receipts (ADRs), a critério de cada acionista) ("Incorporação"). A consumação da Incorporação ocorreu em 3 de janeiro de 2020.

Com a consumação da Transação, em 3 de janeiro de 2020, nos tornamos o quarto maior grupo

exclusivo de beleza do setor no mundo ao unir empresas de forte compromisso com a geração

de impacto social positivo e o empoderamento das mulheres.

c) sociedades

A nossa Companhia, Natura Cosméticos, Avon, Merger Sub I e Merger Sub II foram as

envolvidas

principais sociedades envolvida na Transação.

d) efeitos resultantes

Como resultado da Transação, o nosso grupo de controle teve sua participação diluída de

da operação no

59,6% para 43,6%, de forma que o controle passou a ser caracterizado como minoritário. A

quadro acionário

Westwood Global Investments LLC deixou de deter participação de mais de 5% no nosso capital

social. Não houve alteração na composição do grupo controlador e não houve a entrada de

novos acionistas que detivessem mais de 5% do nosso capital social.

e) mecanismos

Incorporação de Ações. Por envolver a Natura Cosméticos e companhia sob controle comum,

utilizados para garantir

que no Passo 1 passou a ser a controladora, a Natura Cosméticos constituiu um Comitê

o tratamento

Independente Especial para negociar a relação de troca de ações da Incorporação de Ações,

equitativo entre os

em consonância com o Parecer de Orientação CVM nº 35/2008. Imediatamente antes da

acionistas

Incorporação de Ações, os nossos únicos ativos eram ações da Natura Cosméticos, além da

quantia em dinheiro utilizada para pagamento pela nossa Companhia do imposto de renda.

Nesse sentido, o Comitê Independente Especial recomendou que cada ação da Natura

Cosméticos fosse substituída por uma ação da nossa Companhia. Com base na recomendação

do Comitê Independente Especial, os Conselhos de Administração da nossa Companhia e da

Natura Cosméticos determinaram a relação de troca de ações. A Incorporação de Ações foi

realizada a valor patrimonial contábil, com base em laudo de avaliação contábil elaborado pela

KPMG Auditores Independentes. Adicionalmente, foi garantido aos acionistas da Natura

Cosméticos que não aprovaram a Incorporação de Ações, o direito de retirada, não tendo

havido exercício.

Incorporação. Por tratar-se de uma combinação de negócios, negociada entre as administrações da Natura Cosméticos e Avon, como partes independentes, a Incorporação de Ações foi realizada a valor econômico, refletido na Relação de Troca. O valor econômico foi suportado por laudo de avaliação econômico-financeira da Merger Sub I, elaborado pela Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda., já considerando os efeitos da Incorporação Triangular Reversa (ou seja, da aquisição da totalidade das ações da Avon), como se ela tivesse ocorrido na data-base do laudo.

f) quadro societário antes e depois da operação

O quadro societário após a consumação da Incorporação de Ações e antes da Incorporação segue abaixo:

Acionistas Controladores

Ações Detidas

%

ANTÔNIO LUIZ DA CUNHA SEABRA

199.151.684

23,00576408%

LUCIA HELENA RIOS SEABRA

92

0,00001063%

GUILHERME PEIRAO LEAL

99.342.778

11,47595877%

RICARDO PEDROSO LEAL

45.349.492

5,23871902%

FELIPE PEDROSO LEAL

45.349.492

5,23871902%

FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO VEREDAS

20.641.378

2,38446727%

INVESTIMENTO NO EXTERIOR

PASSOS PARTICIPACOES S.A.

50.670

0,00585334%

PEDRO LUIZ BARREIROS PASSOS

26.231.646

3,03024834%

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15.7 - Principais Operações Societárias

NORMA REGINA PINOTTI

35.156.064

4,06118642%

VINICIUS PINOTTI

5.859.936

0,67693279%

FABRICIUS PINOTTI

5.859.936

0,67693279%

MARIA HELI DALLA COLLETA DE MATTOS

24.305.810

2,80777807%

GUSTAVO DALLA COLLETTA DE MATTOS

4.367.930

0,50457804%

FABIO DALLA COLLETTA DE MATTOS

4.367.930

0,50457804%

Total de ações detida pelo grupo de controle

516.034.838

59,61171261%

Total de ações em circulação

349.625.104

40,38828738%

Total de ações emitidas pela Companhia

865.659.942

100,00000000%

O quadro societário após a consumação da Incorporação segue abaixo:

Acionistas Controladores

Ações Detidas

%

ANTÔNIO LUIZ DA CUNHA SEABRA

199.151.684

16,77080642%

LUCIA HELENA RIOS SEABRA

92

0,00000775%

GUILHERME PEIRAO LEAL

99.342.778

8,36577660%

RICARDO PEDROSO LEAL

45.349.492

3,81893608%

FELIPE PEDROSO LEAL

45.349.492

3,81893608%

FUNDO DE

INVESTIMENTO

MULTIMERCADO VEREDAS

20.641.378

1,73823564%

INVESTIMENTO NO EXTERIOR

PASSOS PARTICIPACOES S.A.

50.670

0,00426698%

PEDRO LUIZ BARREIROS PASSOS

26.231.646

2,20899893%

NORMA REGINA PINOTTI

35.156.064

2,96053506%

VINICIUS PINOTTI

5.859.936

0,49347236%

FABRICIUS PINOTTI

5.859.936

0,49347236%

MARIA HELI DALLA COLLETA DE MATTOS

24.305.810

2,04682193%

GUSTAVO DALLA COLLETTA DE MATTOS

4.367.930

0,36782872%

FABIO DALLA COLLETTA DE MATTOS

4.367.930

0,36782872%

Total de ações detida pelo grupo de controle

516.034.838

43,45592363%

Total de ações em circulação

671.455.370

56,54407636%

Total de ações emitidas pela Companhia

1.187.490.208

100,0000000%

a) evento

Aquisição da Aesop, companhia existente e constituída de acordo com as leis vigentes da

Austrália ("Aesop").

b) principais

Em 20

de dezembro de 2012, a Natura

Cosméticos S.A. ("Natura

Cosméticos") celebrou

condições do negócio

contrato de compra e venda para a aquisição, sujeita a condições precedentes, de 65% da

Emeis Holdings Pty Ltd. ("Emeis"), uma fabricante australiana de cosméticos e produtos de

beleza premium que opera sob a marca "Aesop" na Austrália, Ásia, Europa, América Latina e

América do Norte. Nos anos posteriores, a Natura Cosméticos, por meio de sua subsidiária

Natura Austrália Pty Ltd ("Natura Austrália"), seguiu fazendo novas compras de ações de

acionistas minoritários da Emeis. Em dezembro de 2016, a Natura Cosméticos passou a deter

100% do capital da Emeis.

c) sociedades

A Natura Cosméticos e a Emeis foram as principais sociedades envolvidas.

envolvidas

  1. efeitos resultantes Não houve qualquer efeito em relação aos acionistas da Natura Cosméticos já que ambas as

da operação no

operações foram aquisições do controle acionária sem qualquer relação de troca do ativo

quadro acionário

adquirido com as ações de emissão da Natura Cosméticos.

  1. mecanismos Não aplicável, considerando que tais transações não envolveram participação acionária da

utilizados para garantir Natura Cosméticos.

  • tratamento equitativo entre os acionistas
  1. quadro societário Não aplicável, considerando que tais transações não envolveram participação acionária da

antes e depois da

Natura Cosméticos.

operação

a) evento

Aquisição da The Body Shop International Plc, companhia existente e constituída de acordo com

as leis vigentes de Londres, Reino Unido ("The Body Shop").

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15.7 - Principais Operações Societárias

b) principais

Em 26 de junho de 2017, a Natura (Brasil) International B.V., subsidiária da Natura Cosméticos

condições do negócio

existente de acordo com as leis da Holanda e com operações no exterior ("Natura

International"), e a L'Oréal S.A. ("Vendedora") celebraram um contrato de compra e venda de

100% das ações de emissão da The Body Shop e seu grupo de subsidiárias, de titularidade da

Vendedora (share purchase agreement).

Em 10 de agosto de 2017, foram obtidas todas as autorizações regulatórias necessárias à

aprovação da aquisição da The Body Shop pela Natura International, inclusive as aprovações

pelas autoridades de defesa da concorrência no Brasil e nos Estados Unidos da América. Com

isso, foram cumpridas todas as condições precedentes à consumação da operação, conforme

estabelecidas no contrato de compra e venda de ações celebrado pela Vendedora e pela Natura

International em 26 de junho de 2017.

Em 7 de setembro de 2017, em Londres, foi implementado o fechamento da operação

contratada no contrato de compra e venda de ações celebrado pela Vendedora e pela Natura

International, resultando, portanto, na aquisição, pela Natura International, de 100% das ações

de emissão da The Body Shop, anteriormente detidas pela Vendedora.

c) sociedades

A Natura International e a The Body Shop foram as principais sociedades envolvidas.

envolvidas

  1. efeitos resultantes Não houve qualquer efeito em relação aos acionistas da Natura Cosméticos já que ambas as

da operação no

operações foram aquisições do controle acionária sem qualquer relação de troca do ativo

quadro acionário

adquirido com as ações de emissão da Natura Cosméticos.

  1. mecanismos Não aplicável, considerando que tais transações não envolveram participação acionária da

utilizados para garantir Natura Cosméticos.s

  • tratamento equitativo entre os acionistas
  1. quadro societário Não aplicável, considerando que tais transações não envolveram participação acionária da

antes e depois da

Natura Cosméticos.

operação

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15.8 - Outras Informações Relevantes - Controle E Grupo Econômico

15.8 - Outras Informações Relevantes - Controle E Grupo Econômico

Não há outras informações relevantes referentes a esta Seção.

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16.1 - Descrição Das Regras, Políticas E Práticas do Emissor Quanto À Realização de Transações Com Partes Relacionadas

16.1 - Descrição Das Regras, Políticas E Práticas do Emissor Quanto À Realização de Transações Com Partes Relacionadas

Possuímos uma Política Global de Transações com Partes Relacionadas, aprovada pelo Conselho de Administração em 17 de julho de 2019, que visa assegurar que as transações da nossa Companhia e de suas controladas envolvendo Partes Relacionadas (conforme definido na política) e outras situações que envolvam potenciais conflitos de interesses sejam realizadas (i) de acordo com os melhores interesses da nossa Companhia, (ii) em condições estritamente comutativas ou com pagamento compensatório adequado e observados os mesmos princípios e procedimentos que norteiam negociações feitas pelas demais empresas do nosso grupo com o mercado em geral, e (iii) de forma transparente aos acionistas e ao mercado em geral.

De acordo com a referida política, "Partes Relacionadas" são aquelas pessoas jurídicas, direta ou indiretamente, relacionadas por meio de um ou mais intermediários, quando a parte: (i) controlar, for controlada por, ou estiver sob o controle comum da nossa Companhia (isso inclui controladoras ou controladas); (ii) tiver participação na nossa Companhia que lhe confira influência significativa sobre a nossa Companhia; ou (iii) tiver controle conjunto sobre a nossa Companhia, incluindo, mas não se limitando a:

  1. as nossas coligadas;
  2. joint venture (empreendimento conjunto) em que somos investidores;
  3. membros do pessoal chave da nossa administração ou de nossos controladores;
  4. membros próximos da família ou de qualquer pessoa referida nas alíneas (b) ou (e) da referida política;
  5. sociedade controlada, controlada em conjunto ou significativamente influenciada por, ou em que o poder de voto significativo na sociedade seja, direta ou indiretamente, detido por qualquer pessoa referida nas alíneas (b) ou (e) da referida política; ou
  6. empresa que promove plano de benefícios pós-emprego em favor dos nossos empregados.

Esta política também deve ser observada por suas afiliadas, subsidiárias ou controladas, e pelos seus administradores, incluindo membros do Conselho de Administração e da Diretoria (estatutário e não estatutário). No momento da assinatura do termo de posse dos novos diretores, membros do Conselho de Administração e demais órgãos colegiados das empresas do Grupo, ou na contratação ou promoção de pessoas ao quadro de pessoal-chave da administração, deve ser assinado o "Termo de Adesão à Política de Transações com Partes Relacionadas".

Além disso, todo o pessoal-chave da administração de uma empresa do Grupo deve, pelo menos uma vez por ano, informar de acordo com essa política, a existência de entidades nas quais eles - ou seus Parentes Próximos - detêm participação societária, laboral ou influência significativa.

O Departamento Jurídico de cada empresa parte do Grupo mantém um mapeamento das Partes Relacionadas e solicitar uma anotação nos registros de cada entidade que é uma Parte Relacionada, para, durante qualquer processo de cotação e/ou compra e/ou contratação, sempre seja observada, pelas áreas contratantes, as informações de que se trata de uma parte relacionada.

A Controladoria de cada empresa do Grupo mantém uma lista detalhada de cada transação que ocorre com cada Parte Relacionada, incluindo fluxos de aprovação e os valores envolvidos por transação, e deve monitorar essas transações, para fins de cumprimento desta política e de

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16.1 - Descrição Das Regras, Políticas E Práticas do Emissor Quanto À Realização de Transações Com Partes Relacionadas

qualquer procedimento criado para adequação às leis ou regulamentações específicas aplicáveis em cada país em que as empresas do Grupo operam.

Esta política pode ser encontrada no site de Relações com Investidores da Natura &Co através do seguinte link: http://ri.naturaeco.com/pt-br/naturaco-holding-s-a/estatuto-codigos-e-politicas/

A Política Global de Transações com Partes Relacionadas já atende integralmente as novas regras do atual Regulamento do Novo Mercado, pois trata de conflito de interesses, dos procedimentos para realização e monitoramento das transações com partes relacionadas, de regras a serem observadas pelos envolvidos nessas transações e, por fim, da divulgação das transações.

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16.2 - Informações Sobre as Transações Com Partes Relacionadas

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Até a data deste Formulário de Referência, nenhuma das empresas do Grupo realizou transações com partes relacionadas, com exceção das despesas incorridas até o momento (incluindo custos administrativos e de auditoria), as quais foram pagas pela Natura Cosméticos. Todavia, cabe esclarecer que as seguintes transações com partes relacionadas foram realizadas:

  • Em 5 de junho de 2012, foi firmado um contrato entre a Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. e a Bres Itupeva Empreendimentos Imobiliários Ltda., ("Bres Itupeva"), para a construção e locação de um centro de beneficiamento, armazenagem e distribuição de mercadorias (HUB), na cidade de Itupeva/SP. Em 2019, a Bres Itupeva cedeu seus créditos, no âmbito de referido contrato, para a BRC Securitizadora S/A para quem a Natura efetua mensalmente os pagamentos. Em 30 de agosto de 2019, a Bres Itupeva foi incorporada pela Bresco Logistica Fundo de Investimento Imobiliário ("Fundo Imobiliário Bresco Logística"). Os Srs. Guilherme Peirão Leal, Pedro Luiz Barreiros Passos e Antônio Luiz da Cunha Seabra, integrantes do bloco de controle indireto da Natura &Co Holding S.A. detêm, indiretamente, o controle do Fundo Imobiliário Bresco Logística.
  • Em 1 de setembro de 2015, a nossa subsidiária Natura Cosméticos e a Raia Drogasil S.A. firmaram contrato de compra e venda e outras avenças para permitir a comercialização de produtos na rede Raia e Drogasil. Os Srs. Guilherme Peirão Leal e Pedro Luiz Barreiros Passos, integrantes do bloco de controle da Natura &Co Holding S.A. detêm, indiretamente, participação acionária na Raia Drogasil S.A.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

16.3 - Identificação Das Medidas Tomadas Para Tratar de Conflitos de Interesses E Demonstração do Caráter Estritamente Comutativo Das Condições Pactuadas ou do Pagamento Compensatório Adequado

16.3 - Identificação Das Medidas Tomadas Para Tratar de Conflitos de Interesses E Demonstração do Caráter Estritamente Comutativo Das Condições Pactuadas ou do Pagamento Compensatório Adequado

  1. identificar as medidas tomadas para tratar de conflitos de interesses

Além das práticas exigidas pela legislação com o intuito de afastar situações de conflito de interesses, adotamos uma Política Global de Transações com Partes Relacionadas, aprovada pelo Conselho de Administração em 17 de julho de 2019, que visa assegurar que tais tipos de transações sejam realizadas em termos não menos favoráveis à nossa Companhia do que seriam caso fossem realizadas com terceiros que não são partes relacionadas, sob as mesmas circunstâncias ou em cenários similares.

  1. demonstrar o caráter estritamente comutativo das condições pactuadas ou o pagamento compensatório adequado

As transações realizadas sob a égide desse documento observaram os procedimentos neles previstos. Assim, as decisões acerca das nossas operações foram submetidas à nossa administração, conforme as competências definidas pela Política Global de Transações com Partes Relacionadas.

Tanto para as transações celebradas após a edição da Política como antes de sua aprovação e divulgação, na hipótese de haver um possível conflito de interesses entre as matérias sob análise e algum membro dos nossos órgãos deliberativos, iremos seguir o disposto na Lei das S.A., ocasião em que o respectivo membro abster-se-á de votar e a decisão ficará a cargo dos demais membros que não possuírem qualquer relação com a matéria em exame.

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Versão : 2

16.4 - Outras Informações Relevantes - Transações Com Partes Relacionadas

16.4 - Outras Informações Relevantes - Transações Com Partes Relacionadas

Não possuímos um limite mínimo de materialidade para divulgar as nossas transações entre partes relacionadas.

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17.1 - Informações Sobre O Capital Social

Data da autorização ou

Quantidade de ações

Quantidade de ações

Quantidade total de ações

aprovação

Valor do capital (Reais)

Prazo de integralização

ordinárias (Unidades)

preferenciais (Unidades)

(Unidades)

Tipo de capital

Capital Emitido

27/07/2020

6.939.587.950,23

Totalmente integralizado

1.252.116.435

0

1.252.116.435

Tipo de capital

Capital Subscrito

27/07/2020

6.939.587.950,23

1.252.116.435

0

1.252.116.435

Tipo de capital

Capital Integralizado

27/07/2020

6.939.587.950,23

1.252.116.435

0

1.252.116.435

Tipo de capital

Capital Autorizado

13/11/2019

0,00

1.315.000.000

0

1.315.000.000

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17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

199.151.684,00

Subscrição

199.151.684

0

199.151.684

1.991.516,84000000

2,34

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

92,00

Subscrição

92

0

92

0,00000046

2,34

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

99.342.778,00

Subscrição

99.342.778

0

99.342.778

0,49882924

2,47

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

45.349.492,00

Subscrição

45.349.492

0

45.349.492

0,15192732

2,37

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

50.670,00

Subscrição

50.670

0

50.670

0,00013019

2,06

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

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17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

26.231.646,00

Subscrição

26.231.646

0

26.231.646

0,06739121

2,07

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

35.156.064,00

Subscrição

35.156.064

0

35.156.064

0,08461636

2,06

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

5.859.936,00

Subscrição

5.859.936

0

5.859.936

0,01300382

2,06

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

24.305.810,00

Subscrição

24.305.810

0

24.305.810

0,05256994

2,04

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

4.367.930,00

Subscrição

4.367.930

0

4.367.930

0,00897536

2,05

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

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17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

4.367.930,00

Subscrição

4.367.930

0

4.367.930

0,00889552

2,05

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

45.349.492,00

Subscrição

45.349.492

0

45.349.492

0,13188967

2,37

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

Extraordinária

13/11/2019

5.859.936,00

Subscrição

5.859.936

0

5.859.936

0,01283689

2,06

R$ por Unidade

particular

Os aumentos de capital foram aprovados com a renúncia expressa pelos acionistas da Companhia aos seus respectivos direitos de preferência em decorrência dos aumentos de capital ora aprovados e o reconhecimento por todos os acionistas e subscritores que os aumentos de capital aprovados não resultarão em diluição injustificada, para os fins do art. 170 da Lei das S.A.

As ações foram integralizadas por meio da contribuição à Companhia de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A., de acordo com Laudo de Avaliação elaborado pela KPMG Auditores Independentes, e em moeda corrente nacional.

13/11/2019

619.776.422,28

Sem emissão

0

0

0

0,00000000

0,00

R$ por Unidade

de ações

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

17/12/2019

1.101.013.735,76

Sem emissão

0

0

0

0,00000000

0,00

R$ por Unidade

Extraordinária

de ações

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

13/11/2019

Assembleia Geral

03/01/2020

10.376.920.792,08

Sem emissão

0

0

0

0,00000000

0,00

R$ por Unidade

Extraordinária

de ações

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

PÁGINA: 370 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

06/05/2020

Conselho de

06/05/2020

2.738.295,20

Subscrição

72.827

0

72.827

0,05607604

37,60

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

Conselho de

06/05/2020

4.028.447,43

Subscrição

108.379

0

108.379

0,08249636

37,17

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

Conselho de

06/05/2020

780.714,80

Subscrição

31.030

0

31.030

0,01598783

25,16

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

06/05/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

06/05/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

06/05/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

172.954,80

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

567.984,48

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

137.608,24

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

Subscrição

12.840

0

12.840

0,00354185

13,47

R$ por Unidade

particular

Subscrição

44.688

0

44.688

0,01163144

12,71

R$ por Unidade

particular

Subscrição

11.044

0

11.044

0,00281800

12,46

R$ por Unidade

particular

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17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

06/05/2020

Conselho de

06/05/2020

13.510.000,00

Subscrição

500.000

0

500.000

0,27666385

27,02

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

06/05/2020

Conselho de

06/05/2020

15.565.895,00

Subscrição

536.755

0

536.755

0,31876539

29,00

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

30/06/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

30/06/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

30/06/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

30/06/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

30/06/2020

2.000.000.000,00

Subscrição

62.500.000

0

62.500.000

40,64475401

32,00

R$ por Unidade

particular

O preço de emissão das Ações foi fixado nos termos do artigo 170, parágrafo primeiro, inciso III, da Lei das S.A., com base no preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações nos pregões da B3 realizados entre 7 de fevereiro de 2020 (inclusive) e 7 de maio de 2020 (inclusive), aplicando-se um deságio de 6,01%, que é compatível com práticas de mercado.

À vista, em moeda corrente nacional, no ato da subscrição.

30/06/2020

169.576,82

Subscrição

13.342

0

13.342

0,00344620

12,71

R$ por Unidade

particular

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

30/06/2020

365.875,44

Subscrição

29.364

0

29.364

0,00743546

12,46

R$ por Unidade

particular

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

30/06/2020

710.091,36

Subscrição

42.192

0

42.192

0,01443074

16,83

R$ por Unidade

particular

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

PÁGINA: 372 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

17.2 - Aumentos do Capital Social

Data de

Orgão que

deliberou o

Valor total emissão

Tipo de

Ordinárias

Preferênciais

Total ações

Subscrição / Capital

deliberação

aumento

Data emissão

(Reais)

aumento

(Unidades)

(Unidades)

(Unidades)

anterior

Preço emissão

Fator cotação

27/07/2020

Conselho de

27/07/2020

14.723.474,00

Subscrição

507.706

0

507.706

0,21270765

29,00

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

27/07/2020

Conselho de

27/07/2020

1.861.200,00

Subscrição

165.000

0

165.000

0,02688846

11,28

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

27/07/2020

Conselho de

27/07/2020

57.020,04

Subscrição

3.388

0

3.388

0,00082376

16,83

R$ por Unidade

Administração

particular

Critério para determinação do

Plano de outorga de opção de compra de ações.

preço de emissão

Forma de integralização

27/07/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

27/07/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

27/07/2020

Conselho de

Administração

Critério para determinação do preço de emissão

Forma de integralização

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

27/07/2020

53.553,08

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

27/07/2020

330.154,96

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

27/07/2020

632.776,54

Plano de outorga de opção de compra de ações.

À vista, mediante pagamento em dinheiro.

Subscrição

4.298

0

4.298

0,00077367

12,46

R$ por Unidade

particular

Subscrição

25.976

0

25.976

0,00476970

12,71

R$ por Unidade

particular

Subscrição

17.398

0

17.398

0,00914162

36,37

R$ por Unidade

particular

PÁGINA: 373 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

17.3 - Informações Sobre Desdobramentos, Grupamentos E Bonificações de Ações

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável, considerando que até a data da divulgação deste Formulário de Referência, não foram realizados desdobramentos, grupamentos e bonificações de ações.

PÁGINA: 374 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

17.4 - Informações Sobre Reduções do Capital Social

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável, considerando que até a data da divulgação deste Formulário de Referência, não foram realizadas reduções de capital social.

PÁGINA: 375 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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17.5 - Outras Informações Relevantes

17.5 - Outras Informações Relevantes

Em 7 de maio de 2020, em reunião do nosso Conselho de Administração, foi aprovado o aumento do capital social de, no mínimo, R$1.000.0000.00,00 (um bilhão de reais) e, no máximo, R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), mediante a emissão de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal ("Ações") para subscrição privada, dentro do limite do capital autorizado ("Aumento de Capital"). Para a assegurar a subscrição de um valor mínimo de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), os acionistas do nosso grupo de controle se comprometeram perante a nossa Companhia a participar do Aumento de Capital com investimento total de, no mínimo, R$508.095.712,00 (quinhentos milhões, noventa e cinco mil e setecentos e doze reais), via subscrição e integralização de Ações decorrentes do exercício de parte de seus direitos de subscrição, e certos investidores financeiros ("Investidores") assumiram o compromisso firme de subscrição e integralização de Ações no valor total de R$491.904.288,00 (quatrocentos e noventa e um milhões, novecentos e quatro mil e duzentos e oitenta e oito reais), sujeito aos termos e condições dos contratos de subscrição celebrados com esses Investidores. Como forma de viabilizar a subscrição pelos Investidores, alguns acionistas do nosso grupo de controle cederam aos Investidores parte de seus direitos de subscrição de Ações, relativos a um total de 11.261.627 (onze milhões, duzentos e sessenta e um mil e seiscentos e vinte e sete) Ações.

O Conselho de Administração homologou, em reunião realizada em 30 de junho de 2020, o Aumento de Capital no valor de R$2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), dentro do limite do capital autorizado, mediante a emissão, para subscrição privada, de 62.500.000 (sessenta e dois milhões e quinhentas mil) ações ordinárias. As ações subscritas foram creditadas em nome dos subscritores em 3 de julho de 2020 e o início da negociação das novas ações na B3 ocorreu em 1º de julho de 2020.

Os termos e condições do referido Aumento de Capital encontram-se descritos no Fato Relevante e Aviso aos Acionistas divulgado pela nossa Companhia em 7 de maio de 2020. As demais informações acerca dos resultados do Aumento de Capital também estão disponíveis nos Comunicados ao Mercado divulgados em 17 e 26 de junho de 2020 e no Aviso aos Acionistas divulgado em 30 de junho de 2020. Todos os documentos estão disponíveis em nosso website site de Relações com Investidores (https://ri.naturaeco.com/pt-br/).

O Conselho de Administração homologou, em reunião realizada em 27 de julho de 2020, o Aumento de Capital no valor de R$ 17.658.178,62 (dezessete milhões, seissentos e cinquenta e oito mil, cento e setenta e oito reais e sessenta e dois centavos), dentro do limite do capital autorizado, mediante a emissão, sem direito de preferência, de 723.766 (setecentos e vinte e três mil, setecentas e sessenta e seis) ações, subscritas pelos administradores e empregados da Companhia durante o período de 1 de julho de 2020 a 22 de julho de 2020, em decorrência do exercício de opções de compra ou de subscrição de ações ordinárias de emissão da Companhia, pelos administradores e empregados da Companhia, assim como pelos administradores e empregados de suas controladas, direta ou indiretas, participantes dos Planos de ILP ("Aumento de Capital ILP"). As novas fazem jus, em igualdade de condições com as ações ordinárias atualmente existentes, a todos os direitos concedidos a estas, inclusive a dividendos, juros sobre o capital próprio e eventuais remunerações de capital que vierem a ser declarados pela Companhia a partir de sua data de emissão.

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Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

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17.5 - Outras Informações Relevantes

Em consequência do Aumento de Capital ILP, o capital social da Companhia passou a ser R$ 6.939.587.950,23 (seis bilhões, novecentos e trinta e nove milhões, quinhentos e oitenta e sete mil, novecentos e cinquenta reais e vinte e três centavos), representado por 1.252.116.435 (um bilhão, duzentos e cinquenta e dois milhões, cento e dezesseis mil, quatrocentas e trinta e cinco) ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.

Os termos e condições do referido Aumento de Capital encontram-se descritos em Aviso aos Acionistas divulgado pela nossa Companhia em 27 de julho de 2020, disponível em nosso website site de Relações com Investidores (https://ri.naturaeco.com/pt-br/).

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18.1 - Direitos Das Ações

Espécie de ações ou CDA

Ordinária

Tag along

100,000000

Direito a dividendos

Nosso Estatuto Social fixou o percentual mínimo que deve ser pago aos acionistas a título de

dividendos obrigatórios equivalente a 30% (trinta por cento) do lucro líquido anual ajustado.

Direito a voto

Pleno

Conversibilidade

Não

Direito a reembolso de capital

Sim

Descrição das características

Nos casos previstos em lei, o acionista dissidente de deliberações tomadas em assembleia geral

do reembolso de capital

poderá retirar-se da nossa Companhia, mediante o reembolso do valor patrimonial de suas ações,

conforme previsto no artigo 45 da Lei das S.A. As possibilidades para exercício do direito de retirada

pelo acionista estão contidas nos incisos I a VI e IX do artigo 136 da Lei das S.A. e não serão

aplicáveis caso nossas ações possuam dispersão e liquidez, nos termos do artigo 137, II, a e b, da

Lei das S.A.

Restrição a circulação

Não

Resgatável

Não

Hipóteses de resgate e fórmula de cálculo do valor de resgate

Condições para alteração dos direitos assegurados por tais valores mobiliários

Outras características relevantes

Não há previsão de condições para alteração dos direitos assegurados pelas ações emitidas por nós, observados os direitos já assegurados pela Lei das S.A., nosso Estatuto Social e no Regulamento de Listagem do Novo Mercado.

No entanto, em relação ao direito de preferência, nosso Estatuto Social prevê possibilidade em que este pode deixar de ser observado na hipótese de outorga de opções de compra ou subscrição de ações, de acordo com os planos ou programas aprovados em Assembleia Geral, a seus administradores e empregados, assim como aos administradores e empregados de outras sociedades que sejam controladas, direta ou indiretamente, por nós.

Ademais, a critério do Conselho de Administração, poderá ser excluído ou reduzido o prazo para o exercício do direito de preferência nas emissões de ações, bônus de subscrição e debêntures conversíveis, cuja colocação seja feita mediante venda em bolsa ou por subscrição pública ou em oferta pública de aquisição de controle.

Não há outras características relevantes a informar.

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18.2 - Descrição de Eventuais Regras Estatutárias Que Limitem O Direito de Voto de Acionistas Significativos ou Que os Obriguem A Realizar Oferta Pública

18.2 - Descrição de Eventuais Regras Estatutárias Que Limitem O Direito de Voto de Acionistas Significativos ou Que os Obriguem A Realizar Oferta Pública

  1. limitação do direito de voto

Não possuímos regras estatutárias que limitem o direito de voto de acionistas significativos.

  1. obrigações de realizar oferta pública

De acordo com o nosso Estatuto Social, qualquer acionista relevante que adquira ou se torne titular de ações de nossa emissão ou outros direitos, inclusive usufruto ou fideicomisso, em quantidade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do total de ações de nossa emissão deverá realizar ou solicitar o registro de uma oferta pública para aquisição da totalidade das ações de nossa emissão ("OPA"), observando-se o disposto na regulamentação aplicável da CVM, os regulamentos da B3 e o estabelecido no Estatuto Social.

O preço de aquisição na OPA de cada ação de nossa emissão não poderá ser inferior ao maior valor entre: (i) cotação unitária mais alta atingida pelas ações de nossa emissão durante o período de 12 (doze) meses anterior à realização da OPA em qualquer bolsa de valores na qual as nossas ações forem transacionadas; (ii) o preço unitário mais alto pago pelo acionista relevante, a qualquer tempo, para uma ação ou lote de ações de nossa emissão; e (iii) o valor equivalente a 12 (doze) vezes o nosso EBITDA Consolidado Médio deduzido do nosso endividamento consolidado líquido, dividido pelo número total de ações de nossa emissão.

A realização da OPA não excluirá a possibilidade de outro acionista da nossa Companhia, ou de nós mesmos, formular uma OPA concorrente. Ainda, a realização poderá ser dispensada mediante voto favorável de acionistas representando a maioria do capital social em assembleia geral extraordinária da nossa Companhia especialmente convocada para deliberar a respeito da OPA.

A obrigação de oferta pública não se aplica na hipótese de uma pessoa tornar-se titular de ações de nossa emissão em quantidade superior a 25% (vinte e cinco por cento) do total das ações de nossa emissão em decorrência (i) da incorporação de uma outra sociedade por nós; (ii) da incorporação de ações de uma outra sociedade por nós; ou (iii) da subscrição de nossas ações, realizada em uma única emissão primária, que tenha sido aprovada em Assembleia Geral de Acionistas da nossa Companhia.

Ademais, qualquer acionista relevante que tenha subscrito e/ou adquirido ações de nossa emissão, em quantidade igual ou superior a 30% (trinta por cento) do número total de nossas ações em circulação e que deseje realizar uma nova aquisição de ações de nossa emissão em bolsa de valores, estará obrigado a, previamente a cada nova aquisição, nos comunicar por escrito, bem como à B3, sua intenção de adquirir outras ações de nossa emissão, com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis da data prevista para a realização da nova aquisição de ações, observados sempre os termos da legislação vigente, da regulamentação da CVM e os regulamentos da B3 aplicáveis.

Na hipótese do acionista relevante não cumprir com suas obrigações impostas, o nosso Conselho de Administração convocará Assembleia Geral Extraordinária, na qual o acionista relevante não poderá votar, para deliberar a suspensão do exercício dos direitos do acionista.

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18.3 - Descrição de Exceções E Cláusulas Suspensivas Relativas A Direitos Patrimoniais ou Políticos Previstos no Estatuto

18.3 - Descrição de Exceções E Cláusulas Suspensivas Relativas A Direitos Patrimoniais ou Políticos Previstos no Estatuto

Nos termos do artigo 34 do nosso Estatuto Social, qualquer acionista relevante, que adquira ou se torne titular de ações de nossa emissão, em quantidade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do total de ações de nossa emissão deverá, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações em quantidade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do total de ações de nossa emissão, realizar ou solicitar o registro de, conforme o caso, uma OPA, observando-se o disposto na regulamentação aplicável da CVM, os regulamentos da B3 e os termos do Estatuto Social.

Na hipótese do acionista relevante não cumprir com as obrigações impostas pelo nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração convocará Assembleia Geral Extraordinária, na qual o acionista relevante não poderá votar, para deliberar a suspensão do exercício dos direitos do acionista relevante que não cumpriu com qualquer obrigação imposta pelo Estatuto Social, conforme disposto no artigo 120 da Lei das S.A.

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18.4 - Volume de Negociações E Maiores E Menores Cotações Dos Valores Mobiliários Negociados

Exercício social

31/12/2019

Volume financeiro

Valor maior cotação

Valor menor cotação

Valor média

Trimestre

Valor Mobiliário

Espécie

Classe

Mercado

Entidade administrativa

negociado (Reais)

(Reais)

(Reais)

Fator cotação

cotação (Reais)

31/12/2019

Ações

Ordinária

Bolsa

BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de

1.084.993.800

39,85

36,76

R$ por Unidade

0,00

Valores, Mercadorias e Futuros

PÁGINA: 381 de 403

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18.5 - Outros Valores Mobiliários Emitidos no Brasil

Valor mobiliário

Identificação do valor mobiliário

Data de emissão

Data de vencimento

Quantidade (Unidades)

Valor total (Reais)

Saldo Devedor em Aberto

Restrição a circulação

Descrição da restrição

Conversibilidade

Possibilidade resgate

Hipótese e cálculo do valor de resgate

Condições para alteração dos direitos assegurados por tais valores mobiliários

Nota Comercial

2ª (Segunda) Emissão, Série Única - Oferta Restrita e Instrução CVM nº 476/09

04/05/2020

04/05/2021

100

500.000.000,00

500.000.000,00

Sim

As notas comerciais serão ofertadas exclusivamente a investidores profissionais, assim definidos nos termos do artigo 9-A da Instrução CVM n° 539, de 13 de novembro de 2013, conforme alterada, e não serão negociadas nos mercados regulamentados de valores mobiliários.

Não

Sim

Sujeito ao atendimento das condições a serem estabelecidas nas Cártulas, a Companhia poderá, a seu exclusivo critério, realizar, a partir da Data de Emissão, o resgate antecipado facultativo total ou parcial das Notas Comerciais ("Resgate Antecipado Facultativo"). As Notas Comerciais resgatadas serão automaticamente canceladas. A Companhia deverá comunicar o Agente Fiduciário com no mínimo 5 (cinco) Dias Úteis de antecedência da data do Resgate Antecipado Facultativo devendo, a seu exclusivo critério, na mesma data: (a) enviar correspondência à totalidade dos Titulares das Notas Comerciais, com cópia para o Agente Fiduciário; ou (b) divulgar, nos termos a serem estabelecidos nas Cártulas, anúncio aos Titulares das Notas Comerciais ("Comunicação de Resgate Antecipado Facultativo"). A Comunicação de Resgate Antecipado Facultativo deverá descrever os termos e condições do Resgate Antecipado Facultativo, incluindo: (a) o valor do Resgate Antecipado Facultativo; (b) a data efetiva para o Resgate Antecipado Facultativo, que deverá ser um Dia Útil ("Data do Resgate Antecipado"); e (c) demais informações necessárias à operacionalização do Resgate Antecipado Facultativo. Por ocasião do Resgate Antecipado Facultativo, os Titulares das Notas Comerciais farão jus ao recebimento do Valor Nominal Unitário ou saldo do Valor Nominal Unitário, conforme o caso, acrescido da Remuneração, devida até a data do Resgate Antecipado Facultativo ("Saldo Devedor") e acrescido de prêmio positivo equivalente à diferença entre o valor calculado conforme fórmula estabelecido nas cártulas e o Saldo Devedor das Notas Comerciais.

Quaisquer modificações nas condições relativas a (a) juros remuneratórios; (b) datas de pagamento dos juros remuneratórios; (c) data de vencimento; (d) valores e datas de amortização das notas comerciais; (e) exclusão ou alteração de eventos de inadimplemento das notas comerciais; ou (f) alteração dos quóruns de deliberação de assembleia geral de titulares de notascomerciais, dependerão da aprovação de titulares de notas comerciais que representem, no mínimo 90% (noventa por cento) das notas comerciais em circulação. Todas as deliberações a serem tomadas nas assembleias gerais de titulares das notas comerciais relativas a pedidos de renúncia ou perdão temporário dependerão da aprovação de titulares das notas comerciais que representem, pelo menos, 2/3 (dois terços) das notas comerciais em circulação.

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18.5 - Outros Valores Mobiliários Emitidos no Brasil

Outras características

Juros: 100,00% da Taxa DI + 3,25%.

relevantes

Garantia Real: Alienação fiduciária de ações de emissão da Natura Cosméticos S.A. e

de titularidade da Companhia.

Agente Fiduciário: Simplific Pavarini Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Sua principal atribuição é proteger os interesses da comunhão dos titulares de notas

comerciais, devendo, no caso de inadimplemento da Companhia e observados os

termos das cártulas de notas comerciais, declarar o vencimento antecipado das notas

comerciais e tomar qualquer providência necessária para realização dos créditos dos

titulares de notas comerciais.

Valor mobiliário

Nota Comercial

Identificação do valor

1ª (Primeira) Emissão, 2ª (Segunda) Série - Oferta Restrita e Instrução CVM nº 476/09

mobiliário

Data de emissão

20/12/2019

Data de vencimento

19/12/2020

Quantidade

56

(Unidades)

Valor total

560.000.000,00

(Reais)

Saldo Devedor em Aberto

560.000.000,00

Restrição a circulação

Sim

Descrição da restrição

As notas comerciais (a) serão depositadas para distribuição no mercado primário,

exclusivamente através do MDA - Módulo de Distribuição de Ativos, administrado e

operacionalizado pela B3, sendo a distribuição a ser liquidada financeiramente por meio

da B3 e as notas comerciais depositadas eletronicamente na B3; e (b) não serão

negociadas no mercado secundário.

As notas comerciais serão ofertadas exclusivamente a investidores profissionais, assim

definidos nos termos do artigo 9-A da Instrução CVM n° 539, de 13 de novembro de

2013, conforme alterada, e não serão negociadas nos mercados regulamentados de

valores mobiliários.

Conversibilidade

Não

Possibilidade resgate

Sim

PÁGINA: 383 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.

Versão : 2

18.5 - Outros Valores Mobiliários Emitidos no Brasil

Hipótese e cálculo do valor de resgate

Condições para alteração dos direitos assegurados por tais valores mobiliários

Resgate Antecipado Facultativo: Podemos realizar o resgate antecipado total ou parcial das notas comerciais, a nosso exclusivo critério, independentemente da vontade dos titulares das notas comerciais e de forma unilateral, observado que, em caso de resgate antecipado facultativo parcial, as notas comerciais da 1ª (primeira) série terão preferência em relação às notas comerciais da 2ª (segunda) série. Por ocasião do resgate antecipado facultativo, os titulares das notas comerciais farão jus ao recebimento do Valor Nominal Unitário acrescido dos juros remuneratórios, calculada pro rata temporis desde a data de emissão ou da última data de pagamento dos juros remuneratórios, conforme o caso, e dos encargos moratórios devidos e não pagos até a data do resgate antecipado facultativo. Os titulares das notas comerciais da 1ª (primeira) série e os titulares das notas comerciais da 2ª (segunda) série não farão jus ao recebimento de qualquer prêmio por conta da realização do resgate antecipado facultativo.

Resgate Antecipado Obrigatório: Na ocorrência de determinados eventos estabelecidos nas cártulas, devemos obrigatoriamente resgatar antecipadamente total ou parcialmente as notas comerciais, observado que, em caso de resgate antecipado obrigatório parcial, as notas comerciais da 1ª (primeira) série terão preferência em relação às notas comerciais da 2ª (segunda) série. Por ocasião do resgate antecipado obrigatório, os titulares das notas comerciais farão jus ao recebimento do Valor Nominal Unitário acrescido dos juros remuneratórios, calculada pro rata temporis desde a data de emissão ou da última data de pagamento dos juros remuneratórios, conforme o caso, e dos encargos moratórios devidos e não pagos até a data do resgate antecipado obrigatório. Os titulares das notas comerciais não farão jus ao recebimento de qualquer prêmio por conta da realização do resgate antecipado obrigatório.

Quaisquer modificações nas condições relativas a (a) juros remuneratórios; (b) datas de pagamento dos juros remuneratórios; (c) data de vencimento; (d) valores e datas de amortização das notas comerciais; (e) exclusão ou alteração de eventos de inadimplemento das notas comerciais; ou (f) alteração dos quóruns de deliberação de assembleia geral de titulares de notas comerciais, dependerão da aprovação de titulares de notas comerciais que representem, no mínimo 90% (noventa por cento) das notas comerciais em circulação Todas as deliberações a serem tomadas nas assembleias gerais de titulares das notas comerciais relativas a pedidos de renúncia ou perdão temporário dependerão da aprovação de titulares das notas comerciais que representem, pelo menos, 2/3 (dois terços) das notas comerciais em circulação ou das notas comerciais em circulação da respectiva série, conforme o caso.

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18.5 - Outros Valores Mobiliários Emitidos no Brasil

Outras características

Principais eventos de vencimento antecipado: (i) descumprimento por nós de obrigação

relevantes

pecuniária e não pecuniária no âmbito das notas comerciais, observado prazos de cura;

(ii) cancelamento ou não renovação de nossas licenças, cuja ausência resulte em efeito

adverso relevante; (iii) recuperação judicial ou extrajudicial da nossa Companhia; (iv)

extinção, liquidação ou falência da nossa Companhia; (v) transformação de nosso tipo

societário; (vi) não cumprimento por nós ou qualquer uma de nossas controladas

relevantes de decisão final irrecorrível em valor acima de US$75 milhões; (vii) redução

do nosso capital social sem a anuência dos titulares de notas comerciais representando

2/3 (dois terços) das notas comerciais em circulação, exceto para absorção de

prejuízos; (viii) inadimplemento ou vencimento antecipado de quaisquer obrigações

financeiras acima de US$75 milhões; (ix) protesto de títulos acima de US$75 milhões;

(x) alteração do nosso controle acionário e/ou de uma de nossas controladas relevantes

que acarrete rebaixamento da classificação de risco ou a substituição de pelo menos

2/3 (dois terços) dos membros da nossa diretoria ou do nosso conselho de

administração sem a anuência de pelo menos 2/3 (dois terços) dos titulares de notas

comerciais; (xi) incorporação (inclusive de ações), fusão, cisão ou outra forma de

reorganização societária da nossa Companhia ou da Natura Cosméticos, exceto se

ocorridas dentro do nosso grupo econômico ou aprovadas por 2/3 (dois terços) dos

titulares de notas comerciais reunidos em assembleia geral; (xii) pagamento de

dividendos ou de juros sobre capital próprio, caso estejamos inadimplentes com nossas

obrigações pecuniárias descritas na cártula; (xiii) mudança ou alteração no nosso objeto

social ou da Natura Cosméticos que modifique materialmente as atividades exercidas

por nós na data de emissão das notas comerciais, salvo se mediante anuência prévia

dos debenturistas representando 2/3 (dois terços) das notas comerciais em circulação;

(xiv) comprovação de inveracidade, incorreção ou inconsistência de qualquer

declaração feita por nós na respectiva cártula que resulte em efeito adverso relevante,

desde que referido fato não seja sanado por nós no prazo de 30 dias contados de sua

verificação; (xvi) não observância do índice financeiro Dívida Líquida/EBITDA (nos

termos das cártulas, estmaos obrigados a manter nossa Dívida Líquida/EBITDA em

valor igual ou inferior a 4,00 a ser apurado semestralmente por nós.

Juros: 100,00% da Taxa DI + 2,00%.

Garantia Real: Alienação fiduciária de ações de emissão da Natura Cosméticos e de

nossa titularidade.

Agente Fiduciário: Simplific Pavarini Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Sua principal atribuição é proteger os interesses da comunhão dos titulares de notas

comerciais, devendo, no caso de inadimplemento da nossa Companhia e observados os

termos da cártula, declarar o vencimento antecipado das notas comerciais e tomar

qualquer providência necessária para realização dos créditos dos titulares de notas

comerciais.

Em 14/01/2020, realizamos o resgate antecipado facultativo parcial de 183 notas

comerciais da 1ª (primeira) série da 1ª (primeira) emissão, reduzindo para 37 as notas

comerciais em circulação da 1ª (primeira) série da 1ª (primeira) emissão.

Em 30/06/2020, realizamos o resgate antecipado facultativo total das 37 notas

comerciais da 1ª (primeria) série da 1ª (primeira) emissão e o resgate antecipado parcial

de 14 notas comerciais da 2ª série da 1ª emissão, reduzindo para 56 as notas

comerciais em circulação da 2ª série da 1ª emissão.

PÁGINA: 385 de 403

Formulário de Referência - 2020 - Natura &Co Holding S.A.Versão : 2

18.5.a - Número de Titulares de Valores Mobiliários

Valor Mobiliário

Pessoas Físicas

Pessoas Jurídicas

Investidores Institucionais

Nota Comercial

0

0

207

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18.6 - Mercados Brasileiros em Que Valores Mobiliários São Admitidos À Negociação

18.6 - Mercados Brasileiros em Que Valores Mobiliários São Admitidos À Negociação

As nossas ações ordinárias são admitidas à negociação no segmento de listagem Novo Mercado da B3 sob o ticker "NTCO3".

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18.7 - Informação Sobre Classe E Espécie de Valor Mobiliário Admitida À Negociação em Mercados Estrangeiros

Valor Mobiliário

Identificação do Valor Mobiliário

País

Mercado Valor Mobiliário

Entidade Administradora

Data de admissão

Data de Início listagem

Percentual

Descrição de Segmento de Negociação

Descrição de Proporção de Certificados de Depósito no Exterior

Descrição do Banco Depositário

Descrição da Instituição Custodiante

ADR

NTCO

Estados Unidos

Bolsa de Valores de Nova York (New York Stock

Exchange)

Bolsa de Valores de Nova York (New York Stock

06/01/2020

06/01/2020

0.000000%

Exchange)

Sim: ADS Nível II

Sim: 1 ADS corresponde a 2 ações ordinárias

Sim: The Bank of New York Mellon

Sim: Itaú Unibanco S.A.

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18.8 - Títulos Emitidos no Exterior

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Este item não é aplicável, considerando que não foram emitidos títulos no exterior até a data da divulgação deste Formulário de Referência.

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18.9 - Ofertas Públicas de Distribuição

18.9 - Ofertas Públicas de Distribuição

Em 20 de dezembro de 2019, realizamos a nossa 1ª (primeira) emissão de notas promissórias comerciais, em duas séries, para distribuição pública com esforços restritos de distribuição, com garantia real, regulada pela Instrução CVM 476. O detalhamento dessa emissão encontra-se no item 18.5 acima e as principais características constam na tabela abaixo:

Notas Comerciais da 1ª Emissão

Número de

Título

Taxa contratual

Vencimento

Valor total

notas

comerciais

1ª Série

100% DI +

220

2,00%

19/12/2020

R$2.900.000.000,00

2ª Série

100% DI +

70

2,00%

Em 4 de maio de 2020, realizamos a nossa 2ª (segunda) emissão de notas promissórias comerciais, em série única, para distribuição pública com esforços restritos de distribuição, com garantia real, regulada pela Instrução CVM 476. O detalhamento dessa emissão encontra-se no item 18.5 acima e as principais características constam na tabela abaixo:

Notas Comerciais da 2ª Emissão

Número de

Título

Taxa contratual

Vencimento

Valor total

notas

comerciais

Série Única

100% DI +

04/05/2021

R$500.000.000,00

100

3,25%

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18.10 - Destinação de Recursos de Ofertas Públicas

18.10 - Destinação de Recursos de Ofertas Públicas

  1. como os recursos resultantes da oferta foram utilizados

Notas Promissórias Comerciais da 1ª Emissão

Os recursos obtidos por nós por meio da emissão foram destinados ao pagamento do total do valor do resgate das ações preferenciais Série C, emitidas pela Avon Products, Inc., sociedade constituída em Nova Iorque, bem como ao pagamento de custos e despesas incorridos ou a serem incorridos, associados à aquisição da Avon Products, Inc. por nós.

Notas Promissórias Comerciais da 2ª Emissão

Os recursos obtidos no âmbito desta emissão foram destinados ao reforço de capital próprio ou de suas controladas.

  1. se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição

Não houve desvios entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição.

  1. caso tenha havido desvios, as razões para tais desvios

Não houve desvios entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição.

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18.11 - Ofertas Públicas de Aquisição

18.11 - Ofertas Públicas de Aquisição

Este item não é aplicável, considerando que não foram realizadas ofertas públicas de aquisição relativas a ações de emissão de terceiros até a data da divulgação deste Formulário de Referência.

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18.12 - Outras Inf. Relev. - Val. Mobiliários

18.12 - Outras Inf. Relev. - Val. Mobiliários

Não há outras informações relevantes que não tenham sido divulgadas nos demais itens deste Formulário de Referência.

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19.1 - Informações Sobre Planos de Recompra de Ações do Emissor

Data delib.

Período

Reservas e lucros

Espécie

Classe

Qtde. prevista

% rel. circ.

Qtde. adquirida

PMP

Fator de cotação

% adquirido

aprovadas

recomp.

disp. (Reais)

(Unidades)

(Unidades)

Outras caracter.

06/02/2020

06/02/2020 à

1.302.990.000,00

Ordinária

1.114.460

0,166152

1.114.460

49,25

R$ por Unidade

100,000000

17/02/2020

Nos termos do Programa de Recompra, desde sua aprovação em 6 de fevereiro de 2020 até o dia 17 de fevereiro de 2020 (data de seu encerramento, a Companhia adquiriu em bolsa de valores, a preços de mercado, o total de 1.114.460 ações ordinárias de emissão da Companhia, que poderão ser utilizadas para fazer frente às obrigações da Companhia decorrentes do eventual exercício dos programas de ações restritas e opções de compra de ações da Companhia, podendo, ainda, serem mantidas em tesouraria, alienadas ou canceladas nos termos da lei.

As operações realizadas no âmbito do Programa de Recompra foram suportadas pelo montante global das reservas capital.

A operação de aquisição das ações da Companhia foi intermediada pelo Itaú Corretora de Valores S.A., inscrita no CNPJ/ME sob o n.º 61.194.353/0001-64, com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, n.º 3.500, 3º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo.

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19.2 - Movimentação Dos Valores Mobiliários Mantidos em Tesouraria

Justificativa para o não preenchimento do quadro:

Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2019, 2018 e 2017, não tínhamos valores mobiliários mantidos em tesouraria.

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19.3 - Outras Inf. Relev. - Recompra/tesouraria

19.3 - Outras Inf. Relev. - Recompra/tesouraria

Conforme Comunicado ao Mercado divulgado em 18 de fevereiro de 2020, adquirimos, nos termos do Programa de Recompra de Ações aprovado em reunião do Conselho de Administração e divulgado no Fato Relevante datado de 6 de fevereiro de 2020, o total de 1.114.460 ações ordinárias de emissão da Companhia.

As ações adquiridas poderão ser utilizadas para fazer frente às obrigações decorrentes do eventual exercício dos nossos programas de ações restritas e opções de compra de ações, podendo, ainda, serem mantidas em tesouraria, alienadas ou canceladas, nos termos da lei.

Apresentamos abaixo a movimentação das ações mantidas em tesouraria em fevereiro de 2020:

Movimentação

Quantidade

Preço médio ponderado de

(unidades)

aquisição/alienação (Reais)

Saldo inicial

-

-

Quantidade adquirida

1.114.460-

49,25

Quantidade alienada

-

-

Quantidade cancelada

-

-

Saldo final (28/02/2020)

1.114.460-

-

Relação valores mobiliários em

circulação

0,166152%

Em março de 2020, foram transferidas 686.322 ações referentes aos planos de remuneração em ações para os nossos administradores e executivos, resultando em um saldo final de 428.138 ações em tesouraria, que representam 0,0638% das ações em circulação.

Apresentamos abaixo a movimentação das ações mantidas em tesouraria em 31 de março de 2020:

Movimentação

Quantidade

Preço médio ponderado de

(unidades)

aquisição/alienação (Reais)

Saldo inicial

1.114.460

-

Quantidade transferida

686.322

-

Saldo final (31/03/2020)

428.138

-

Relação valores mobiliários

em

0,0638%

circulação

Em junho de 2020, foram transferidas 54.375 ações referentes aos planos de remuneração em ações para os nossos administradores e executivos, resultando em um saldo final de 373.763 ações em tesouraria, que representam 0,0076% das ações em circulação.

Apresentamos abaixo a movimentação das ações mantidas em tesouraria em 30 de junho de 2020:

Movimentação

Quantidade

Preço médio ponderado de

(unidades)

aquisição/alienação (Reais)

Saldo inicial

428.138

-

Quantidade transferida

54.375

-

Saldo final (30/06/2020)

373.763

-

Relação valores mobiliários em

0,0076%

circulação

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20.1 - Informações Sobre A Política de Negociação de Valores Mobiliários

Data aprovação

06/02/2020

Órgão responsável pela aprovação

Conselho de Administração

Cargo e/ou função

São as pessoas indicadas no artigo 13 da Instrução CVM 358, incluindo a nossa Companhia, os

acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração, membros do

Conselho Fiscal, funcionários com acesso a informações privilegiadas e, também, membros de

quaisquer Comitês, incluindo quaisquer observadores nomeados, ou outros órgãos estatutários

da nossa Companhia que possam ser criados com funções técnicas ou consultivas e, também,

qualquer pessoa que, devido ao seu cargo ou posição na nossa Companhia ou em nossas

subsidiárias, tiver aderido expressamente ao termo de adesão e possa ter conhecimento de

informação privilegiada sobre a nossa Companhia.

Principais características e locais de consulta

Tem por objetivos: (i) estabelecer os procedimentos relacionados à divulgação de atos ou fatos relevantes; (ii) estabelecer padrões de boa conduta que devem ser observados pelas Pessoas Vinculadas; (iii) assegurar o cumprimento das leis e regras que coíbem a prática do Insider Trading; e (iv) estabelecer as regras e diretrizes que deverão ser observadas pelo nosso Diretor de Relações com Investidores, pelo Comitê de Divulgação e pelas demais Pessoas Vinculadas para assegurar a observância das melhores práticas para a negociação dos valores mobiliários emitidos por nós.

Esta política pode ser encontrada em nosso site de Relações com Investidores por meio do seguinte link: https://ri.naturaeco.com/pt-br/, bem como no site da CVM.

Períodos de vedação e descrição dos procedimentos de fiscalização

Além dos períodos de restrição à negociação determinados pelas leis e regulamentações aplicáveis, o Diretor de Relações com Investidores poderá decidir sobre a imposição de períodos de restrição à negociação. Nesse caso, ele deverá indicar claramente às Pessoas Vinculadas o início e o final da vigência desses períodos de restrição à negociação adicionais.

Na eventualidade da existência e acesso ou conhecimento de uma informação privilegiada, as Pessoas Vinculadas são proibidas de negociar valores mobiliários até a divulgação ao mercado da informação privilegiada.

As Pessoas Vinculadas não podem negociar valores mobiliários, no período de 15 (quinze) dias antes da divulgação ou publicação, conforme for o caso, de: (i) nossas informações trimestrais (ITR); (ii) nossas demonstrações financeiras padronizadas (DFP); e (iii) qualquer divulgação antecipada das informações financeiras mencionadas nos itens (i) ou (ii) deste parágrafo.

Os ex-administradores que já não pertenciam à nossa administração antes da divulgação pública de um fato relevante relacionado a qualquer negócio ou fato iniciado durante o seu período de administração não poderão negociar valores mobiliários por um período de 6 (seis) meses após o afastamento dos mesmos ou até a divulgação por nós de tal fato relevante ao mercado, o que ocorrer por último.

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20.2 - Outras Informações Relevantes

20.2 - Outras Informações Relevantes

Não há outras informações relevantes referentes a esta Seção.

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21.1 - Descrição Das Normas, Regimentos ou Procedimentos Internos Relativos À Divulgação de Informações

21.1 - Descrição Das Normas, Regimentos ou Procedimentos Internos Relativos À Divulgação de Informações

Possuímos uma Política de Divulgação de Informações e Negociação de Valores Mobiliários, aprovada pelo Conselho de Administração em 6 de fevereiro de 2020, cujas regras devem ser respeitadas pelas pessoas indicadas no artigo 13 da Instrução CVM 358, incluindo a nossa Companhia, os acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração, membros do Conselho Fiscal, funcionários com acesso a informações privilegiadas e, também, membros de quaisquer Comitês, incluindo quaisquer observadores nomeados, ou outros órgãos estatutários da nossa Companhia que possam ser criados com funções técnicas ou consultivas e, também, qualquer pessoa que, devido ao seu cargo ou posição na nossa Companhia ou em nossas subsidiárias, tiver aderido expressamente ao termo de adesão e possa ter conhecimento de informação privilegiada sobre a nossa Companhia ("Pessoas Vinculadas").

A política integral, que prevê as responsabilidades do Diretor de Relações com Investidores, cria o Comitê de Divulgação e estabelece o dever de guardar sigilo e regras para a divulgação de informações, encontra-se no nosso site de Relações com Investidores: (https://ri.naturaeco.com/pt- br/) e no site da CVM (www.cvm.gov.br).

Tem por objetivos: (i) estabelecer os procedimentos relacionados à divulgação de atos ou fatos relevantes; (ii) estabelecer padrões de boa conduta que devem ser observados pelas Pessoas Vinculadas; (iii) assegurar o cumprimento das leis e regras que coíbem a prática do Insider Trading; e (iv) estabelecer as regras e diretrizes que deverão ser observadas pelo nosso Diretor de Relações com Investidores, pelo Comitê de Divulgação e pelas demais Pessoas Vinculadas para assegurar a observância das melhores práticas para a negociação dos valores mobiliários emitidos por nós.

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21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

A Política de Divulgação e Negociação de Valores Mobiliários se baseia nos seguintes princípios :

  1. fornecer informações adequadas aos acionistas e entidades do mercado;
  2. garantir a ampla e tempestiva divulgação de fatos relevantes, bem como assegurar sua confidencialidade enquanto não divulgados;
  3. consolidar as boas práticas de governança corporativa; e
  4. cooperar com a higidez e o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.

O Diretor de Relações com Investidores será responsável, sem prejuízo de outras atribuições previstas na Política e do apoio prestado pelo Comitê de Divulgação, por:

  1. divulgar e comunicar à CVM e à B3, imediatamente após a sua ciência e análise, qualquer fato relevante ocorrido ou relacionado à nossa Companhia;
  2. divulgar à CVM e à B3 comunicado ao mercado, nas situações em que entenda necessário;
  3. zelar pela ampla e imediata disseminação do fato relevante simultaneamente em todos os mercados em que os valores mobiliários emitidos por nós sejam admitidos à negociação; e
  4. prestar aos órgãos competentes, quando devidamente solicitado, esclarecimentos adicionais à divulgação de fato relevante ou comunicado ao mercado.

Possuímos um Comitê de Divulgação, responsável pelo assessoramento e emissão de recomendações ao Diretor de Relações com Investidores sobre o tratamento a ser dado a qualquer informação submetida à sua análise e sua necessidade de divulgação ao público. O Comitê de Divulgação é composto por 4 (quatro) membros, sendo eles o Diretor de Relações com Investidores, que presidirá o Comitê, o Diretor de Assuntos Corporativos, o Diretor do Departamento Jurídico e o Diretor de Relações com Investidores.

As Pessoas Vinculadas deverão manter sigilo das informações referentes aos fatos relevantes, às quais tenham acesso privilegiado devido ao cargo, posição ou função ocupada até a sua divulgação efetiva ao mercado, e garantir que subordinados e terceiros de sua confiança também o façam, sendo solidariamente responsáveis, em caso de não cumprimento. Quaisquer violações verificadas pelas Pessoas Vinculadas deverão ser comunicadas imediatamente ao Diretor de Relações com Investidores.

Os procedimentos a seguir também devem ser observados:

  1. envolver somente pessoas consideradas necessárias às ações que possam resultar em fatos relevantes;
  2. não discutir informações confidenciais na presença de terceiros que não estejam cientes delas, mesmo que se possa esperar que esses terceiros não possam intuir o significado da conversa;
  3. não discutir sobre informações confidenciais em conferências telefônicas nas quais não se possa ter certeza de quem são os participantes;

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21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

  1. tomar as medidas necessárias e adequadas para manter a confidencialidade dos documentos, em formato físico ou eletrônico, que contenham informações confidenciais (segurança, proteção por senha, etc.); e
  2. sem prejuízo da responsabilidade de quem estiver transmitindo as informações confidenciais, exigir de um terceiro, que não pertença à nossa Companhia e precise ter acesso a informações confidenciais, a assinatura de um termo de confidencialidade, no qual a natureza das informações deverá estar especificada e deverá conter a declaração de que o terceiro reconhece a sua natureza confidencial, comprometendo-se a não a divulgar a nenhuma outra pessoa, nem negociar com os valores mobiliários emitidos por nós, antes da divulgação das informações ao mercado.

Os fatos relevantes são divulgados no portal de notícias do Valor Econômico (www.valor.com.br/valor-ri/fatos-relevantes), além dos websites da CVM (www.cvm.gov.br) e da nossa Companhia (https://ri.naturaeco.com/pt-br/).

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21.3 - Administradores Responsáveis Pela Implementação, Manutenção, Avaliação E Fiscalização da Política de Divulgação de Informações

21.3 - Administradores Responsáveis Pela Implementação, Manutenção, Avaliação E Fiscalização da Política de Divulgação de Informações

O administrador responsável pela implementação, manutenção e fiscalização da Política de Divulgação de Informações e Negociação de Valores Mobiliários é a Diretora de Relações com Investidores.

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21.4 - Outras Informações Relevantes

21.4 - Outras Informações Relevantes

Não há outras informações relevantes referentes a esta Seção.

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Natura & Co Holding SA published this content on 13 August 2020 and is solely responsible for the information contained therein. Distributed by Public, unedited and unaltered, on 14 August 2020 00:12:07 UTC