São Carlos prevê preços de locação de escritórios estáveis em 2015

Por Chiara Quintão De São Paulo

A São Carlos Empreendimentos e Participações avalia que, em 2015, os preços das renovações de contratos de aluguel de escritórios comerciais em São Paulo ficarão estáveis no mercado, ajustados pela inflação. Pontualmen te, pode haver correções de valores para baixo na região da Faria Lima, na zona Sul da capital paulista, em função do volume de empreendimentos em fase de entrega, de acordo com o presidente da São Carlos, Felipe Góes. Na avaliação do executivo, haverá mais oportunidades de aquisição de escritórios comerciais no próx imo ano do que em 2014. A concorrência para a compra de escritórios está menor, segundo Góes, porque há menos investidores que não são profissionais do segmento de propriedades comerciais interessados nesse tipo de ativo.

A São Carlos recebeu hoje as chaves da torre A do empreendimento de alto padrão EZTowers, desenvolvido pela EZTec. Até o momento, a São Carlos fechou a locação de 35% da área locável da torre A, e há outras cinco negociações em curso. Até o fim de 2015, a parcela locada deve superar 75%, na estimativa de Góes.

Há demanda pelas lajes corporativas da torre A por multinacionais, empresas do ramo farmacêutico, de bens de consumo e químicas. Trata-se de movimento de busca de consolidação e concentração de áreas já ocupadas por essas empresas e não de expansão do espaço locado.

A São Carlos comprou a torre A em janeiro do ano passado por R$ 564 milhões, por meio de caixa e do compromisso de assumir a dívida de financiamento à produção do EZTowers a partir da entrega do prédio adquirido. Segundo o presidente da São Carlos, mesmo após essa dívida ser assumida, o patamar de alavancagem da companhia continuará "bastante confortável e abaixo do padrão dos concorrentes". No fim de setembro, a relação entre a dívida líquida e o valor do portfólio da São Carlos era de 16 ,6%, e o prazo médio de vencimento era de 9,2 anos.

O executivo disse ainda que, embora no curto prazo haja "volume de oferta substancial" de escritórios nos mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro, haverá restrições para o desenvolvimento desse tipo de projetos no longo prazo. Em São Paulo, a restrição resultará de falta de terrenos com esse perfil nas regiões consideradas atrativas e, no Rio, devido à geografia da cidade, de acordo com o executivo. "Em 2014 e 2015, o momento é mais desafiador", diz Góes.

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