SARAIVA S.A. LIVREIROS EDITORES

Companhia Aberta

CNPJ nº 60.500.139/0001-26

FATO RELEVANTE

A Saraiva S.A. Livreiros Editores ("Saraiva" ou "Companhia") nos termos da Instrução CVM nº 358/02, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral a revisão do guidance para 2014, sujeito a posteriores complementações que, caso ocorram, serão divulgadas via Fato Relevante e atualização do Formulário de Referência.

A demanda por produtos e serviços da Saraiva continua sólida, com a Companhia apresentando expansão de vendas na rede de lojas físicas de 13% na comparação anual durante os primeiros nove meses do ano. O faturamento bruto consolidado totalizou R$1,6 bilhão nos 9M14, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento foi resultado principalmente do desempenho de vendas das lojas, em linha com as expectativas, apesar da deterioração do consumo no Brasil. As vendas das lojas foram impulsionadas pela demanda das principais categorias de produtos. Na divisão editorial, a venda de conteúdo educacional voltado para o mercado privado também teve um bom desempenho, com destaque para sistemas de ensino, livros didáticos, técnicos e jurídicos.

O sólido desempenho desses canais foi parcialmente compensado pelo volume de vendas do e-commerce, menor do que o esperado. A despeito do crescimento das vendas de e-commerce no ultimo trimestre (+8,4% vs 3T13, excluindo eletroeletrônicos), o volume de vendas deste canal deve ficar abaixo da expectativa original. Além disso, destacamos as vendas da Editora no âmbito do PNLD/2015 abaixo do esperado. Sendo assim, a Companhia agora espera que a Receita Bruta Consolidada do ano inteiro totalize entre R$2,3 - 2,5 bilhões, em comparação com o guidance anterior de R$2,4 - 2,6 bilhões.

Receita Bruta Consolidada Estimada para o ano de 2014

2014 Alteração

Anterior (A) Novo (B) (B) / (A) -1

Receita R$ 2,4 - 2,6

Bruta bilhões

Consolidada

R$ 2,3 - 2,5 bilhões

4%

Em função da revisão da Receita Bruta e do resultado acumulado nos 9M14, a Companhia reduziu sua previsão de EBITDA ajustado para 2014. A definição de EBITDA ajustado compreende o resultado líquido do período, ajustado pelo resultado financeiro, equivalência patrimonial, impostos sobre a renda, depreciação e amortização. A nova expectativa é de EBITDA ajustado em torno de R$110-130 milhões em 2014, em comparação com os R$190-210 milhões anteriormente estimados.

EBITDA Ajustado Estimado para o ano de 2014

2014 Alteração

Anterior (A) Novo (B) (B) / (A) -

1

EBITDA R$190 - 210

Ajustado milhões

R$110 - 130 milhões

40%

A relação entre a dívida líquida ajustada (representada pela totalidade dos empréstimos, financiamentos, obrigações com aquisição e antecipações de recebíveis descontada do saldo de caixa) e o EBITDA ajustado foi de 4,0x na posição de 30 de setembro de 2014 versus 3,2x em 30 de junho de 2014. A Companhia divulga dívida líquida ajustada desta forma porque é a métrica que utiliza para medir a sua necessidade de caixa.

Valores do indicador Dívida Líquida Ajustada sobre o EBITDA projetado para o ano de 2014 2014 Dív. Líquida ajustada/EBITDA

ajustado

A companhia optou por retirar do guidance o indicador Dívida Líquida Ajustada sobre o EBITDA ajustado. Em substituição a esta métrica, a Companhia estabelece novo indicador de endividamento, representado pelo valor absoluto de dívida líquida ajustada esperada para o final de 2014 - consistindo no somatório das obrigações financeiras remuneradas de curto e longo prazo (empréstimos e financiamentos), incluindo o saldo de antecipações de recebíveis, deduzido do saldo de caixa e equivalentes de caixa (aplicações financeiras de liquidez imediata). Com as vendas de final de ano e recebimento parcial das vendas no âmbito do PNLD/2015, a Companhia espera apurar dívida líquida ajustada entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões ao final de 2014.

Valores do indicador Dívida Líquida ajustada projetado para o ano de 2014 2014

Dívida Líquida ajustada R$500 - 600 milhões

Cabe por fim destacar que todas as premissas indicadas acima estão sujeitas a mudanças, riscos e incertezas, que podem escapar do controle da Companhia. Qualquer alteração na percepção, ou nos fatos acima descritos, pode fazer com que os resultados obtidos divirjam das projeções efetuadas. Nesse caso, o guidance pode vir a ser revisado.
São Paulo, 17 de novembro de 2014.

JORGE SARAIVA NETO

Diretor Presidente e de Relações com Investidores

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